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2.4 A REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA E A ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA

2.4.3 Unidades Autônomas do Parlamento Potiguar

No Rio Grande do Norte, a Assembleia da Província foi instalada em 2 de fevereiro de 1835, enquanto o Conselho Geral da Província do Rio Grande do Norte se reuniu pela última vez no dia 31 de janeiro de 183414. A Assembleia da Província do Rio Grande do Norte

12 Não tem Líder a Bancada com apenas um Deputado – ALRN - REGIMENTO INTERNO - RESOLUÇÃO 46/90

(Consolidado por determinação da Resolução Nº 010/2003) - Art. 54, § 5º.

13 Participar das Reuniões de Lideranças – ALRN - REGIMENTO INTERNO - RESOLUÇÃO 46/90

(Consolidado por determinação da Resolução Nº 010/2003) - Art. 55, V.

14Disponível em: <http://www.al.rn.gov.br/portal/noticias/8413/a-assembleia-no-tempo-h-183-anos-era-extinto-

funcionou de 2 de fevereiro de 1835 até 16 de setembro de 1889. Inicialmente, em 1835, o parlamento potiguar foi denominado como Assembleia Legislativa Provincial; em 1891, como Poder Legislativo; em 1892, como Congresso Legislativo; em 1898, manteve-se como Congresso Legislativo Estadual ou Congresso Estadual; em 1948, como Palácio Amaro Cavalcanti; e finalmente em 1971, intitulou-se como Palácio José Augusto. No dia 31 de janeiro de 1983, o deputado Carlos Augusto Rosado, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, com os demais deputados da 52ª Legislatura, inauguraram as instalações do Palácio José Augusto, sede atual.

Apresentada a resumida história de criação da Assembleia Legislativa, destacamos a estrutura organizacional da Casa, esculpida na Resolução 050/2012, em que é apresentada a seguinte organização administrativa: I- Plenário (gabinetes dos deputados e comissões permanentes); II- Mesa Diretora; III- Gabinete da Presidência.

Quadro 4 - Deputados Membros da Mesa Diretora - 61º Legislatura

Presidente Ezequiel Ferreira PSDB

1º Vice-Presidente Gustavo Carvalho PSDB

2º Vice-Presidente José Adécio DEM

1º Secretário Galeno Torquato PSD

2º Secretário Hermano Moraes PMDB

3º Secretário George Soares PR

4º Secretário Carlos Augusto Maia PSD

Fonte: http://www.al.rn.gov.br/portal/mesadiretora. – Adaptada pelo autor.

De acordo com o artigo 6º do Regimento Interno da ALRN, a Mesa diretora da Assembleia Legislativa é o órgão colegiado cuja função é dirigir os trabalhos legislativos e administrativos (ALRN, 2003).

A Casa Legislativa Potiguar é composta por 24 (vinte e quatro) deputados estaduais (RIO GRANDE DO NORTE, Constituição Estadual, Art. 33. § 2º), cada qual ocupando um gabinete, com estrutura própria de funcionários, sendo esse o ambiente de atendimento aos cidadãos potiguares ou a entidades representativas que buscam a atenção do parlamentar para suas reivindicações.

Os Gabinetes dos Deputados são unidades administrativas autônomas, nos termos da norma(Lei do Estado do Rio Grande do Norte, Art. 7º, nº 5.744, de 4 de janeiro de 1988), a lei assegura que é de competência do Deputado a administração de seu Gabinete.

Para o funcionamento do Gabinete, o parlamentar deve requisitar à Assembleia Legislativa os meios materiais necessários e, igualmente, indicar quem deve ser nomeado para assessorá-lo (Lei do Estado do Rio Grande do Norte, Nº 10.261, de 27 de outubro de 2017, Art. 1º, § 5º). Assim, cabe ainda ao deputado, a responsabilidade da indicação de servidores para a sua assessoria, ficando os serviços desses sob sua inteira responsabilidade (Regimento Interno da ALRN, Art. 16, IX). Quanto aos servidores lotados nos Gabinetes dos Deputados, bem como àqueles de assessoramento político à Mesa que estejam à disposição daqueles, há suas tarefas individuais fixadas pelo responsável (Lei do Estado do Rio Grande do Norte, Nº 10.261, de 27 de outubro de 2017, ART. 2º).

Nesse processo em que o Deputado ocupa a posição de administrador de gabinete, ocasiona-se uma série de responsabilidades que exige uma equipe de assessoramento qualificada e alguns conhecimentos além da atividade política. Embora a responsabilidade da administração da Unidade recaia sobre o parlamentar, ele dispõe de uma equipe para prestar-lhe assessoramento em questões legislativas, administrativas e políticas, inclusive em atividades externas de interesse do mandato parlamentar.

Sobre o trabalho dos membros dos Poderes Legislativo e Executivo que são eleitos, destaca-se:

[...] todo representante eleito, seja membro do poder Executivo ou do Legislativo, não trabalha sozinho, e ao ocupar suas funções tanto no Executivo quanto no Legislativo, conta com um quadro de servidores temporários que lhe atenderão ao longo de seu mandato e que são de sua confiança (DIAS; MATOS 2012, p. 47).

Sobre a escolha dos auxiliares, escreveu Nicolau Maquiavel, na célebre obra “O Príncipe” (2003, p.136):

A escolha dos ministros por parte de um príncipe não é coisa de pouca importância: os ministros serão bons ou maus, de acordo a prudência que o príncipe demonstrar. A primeira impressão que se tem de um governante e de sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fieis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e de manter fidelidade. Mas quando a situação é oposta, pode-se sempre fazer dele mau juízo, porque seu primeiro erro terá sido cometido ao escolher os assessores.

Portanto, observando a impossibilidade de uma atuação solitária por parte do parlamentar, parece ser necessária a escolha de uma equipe de assessores competentes para desempenhar funções que possam contribuir para a construção de um mandato exitoso.

No quadro a seguir, apresenta-se o quadro de cargos que são ocupados por servidores de acordo com a Lei Nº 10.261, de 27 de outubro de 2017, que dispõe sobre a estrutura organizacional das unidades parlamentares autônomas da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte. De acordo com a Lei, a unidade autônoma tem a configuração seguinte.

Quadro 5 - Composição dos Cargos de Assessoramento Político e Legislativo de cada Unidade Parlamentar Autônoma

DESCRIÇÃO DO CARGO QTD VENCIMENTO REPRESENTAÇÃO

Chefe de Gabinete Parlamentar 01 Vide Lei nº 9.485/11 Vide Lei nº 9.485/11 Coordenador de Escritório de Apoio Parlamentar 01 Vide Lei nº 9.485/11 Vide Lei nº 9.485/11

Assessor Especial Parlamentar 03 Vide Lei nº 9.485/11

Vide Lei nº 9.485/11

Assistente Parlamentar 03 Vide Lei nº 9.485/11

Vide Lei nº 9.485/11

Auxiliar Parlamentar 05 Vide Lei nº 9.485/11

Vide Lei nº 9.485/11

Auxiliar Político 14 R$ 1.026,00 R$ 684,00

Fonte: Lei do Estado do Rio Grande do Norte Nº 10.261, Anexo I, de 27 de outubro de 2017

A composição demonstrada no Quadro 5 (cinco) traz inovação na composição dos cargos das unidades autônomas. Destaque para o Coordenador de Escritório de Apoio Parlamentar. O referido escritório de apoio é uma extensão do gabinete parlamentar que funciona fora do prédio-sede da Assembleia Legislativa, se busca nesse espaço oferecer um ambiente que proporcione um melhor desempenho da equipe do mandato parlamentar. Oportuno ressaltar que o escritório de apoio parlamentar tem seus gastos custeados exclusivamente pela verba de indenização de despesas do exercício do mandato de cada Deputado (Lei do Estado do Rio Grande do Norte, Nº 10.261, Art. 7, de 27 de outubro de 2017). Ainda no quadro 5 (cinco), apenas o auxiliar político tem seu vencimento e representação demonstrado.

A seguir, para conhecimento, apresentamos no quadro 6 (seis) a antiga composição do gabinete parlamentar (unidade autônoma) quando vigorava a Lei Nº 9.485, de 31 de maio de 2011. Com a edição da nova norma, a composição demonstrada no quadro 6 (seis) deixou de existir.

Quadro 6 - Distribuição dos Cargos de Gabinete Parlamentar

QUANTIDADE DENOMINAÇÃO DO CARGO

01 Agente Administrativo Parlamentar

01 Assessor Chefe de Gabinete

01 Assessor Técnico de Gabinete

01 Assessor Especial Parlamentar

01 Assessor Técnico Parlamentar

02 Assistente Político

01 Auxiliar Parlamentar

01 Assistente Técnico de Comunicação

01 Secretário de Gabinete Parlamentar

01 Motorista de Gabinete Parlamentar

01 Técnico de Processamento de Dados Parlamentar

Fonte: Lei Nº 9.485/2011, anexo I.

Os números referentes aos cargos do Gabinete da Presidência da Assembleia Legislativa diferem do Gabinete do Deputado, conta, para os fins do assessoramento, com lotação igual ao dobro estipulado nas referentes leis (Lei do Estado do Rio Grande do Norte, nº 9.485/2011, Art. 3º, 2011 e nº 10.261/ 2017).

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