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Funcionários do perfil “Administrador” são responsáveis por matricular os alunos nos cursos; manter os cadastros de cursos, disciplinas, professores, funcionários e responsáveis; sendo que, no início de cada período letivo, é preciso cadastrar as turmas oferecidas e matricular os alunos nas turmas especificadas.

Quando professores, funcionários ou responsáveis são cadastrados no sistema, ou quando um aluno é matriculado em um curso, eles recebem um código e uma senha para acesso ao mesmo.

Professores do perfil “Professor Gestor” de posse de código e senha, acessando o sistema, deverão definir os artefatos e os respectivos itens de avaliação que serão empregados pela instituição de ensino. A fim de manter uma base de domínio compartilhada, coerente e não redundante, este perfil também é responsável por manter os níveis de domínio e módulos conceituais. Todavia, para dar uma certa flexibilidade ao perfil “Professor” a manutenção do cadastro dos recursos didáticos lhe é permitida.

Preparada a base de domínio e definida uma turma para determinado professor, este poderá realizar o seu planejamento didático, definindo as unidades, sessões de ensino e atividades. Para cada unidade serão definidos os conceitos a serem transmitidos, classificando-os segundo os níveis: básico, intermediário e avançado. Ao definir uma sessão de ensino, será especificado o tipo de aula a ser aplicado, o grupo ao qual a sessão está direcionada, os objetivos a serem atingidos e, enfim, os recursos didáticos a serem utilizados por cada zona de comportamento (no caso de sessões síncronas, também serão definidos os roteiros de aplicação destes recursos).

O aluno poderá participar tanto de sessões síncronas como de assíncronas, a depender das sessões de ensino atribuídas ao seu perfil de grupo atual, sendo que nas sessões síncronas o controle da seqüência dos conceitos e recursos didáticos a serem aplicados é do sistema, enquanto que nas sessões assíncronas, o aluno tem a livre escolha de qual conceito estudar no momento (respeitando-se a questão de pré-requisitos) e de qual recurso didático utilizar. Após

a apresentação de todos os recursos didáticos relacionados a um conceito (sessão síncrona) ou após a navegação por todos o recursos obrigatórios a sua zona de comportamento (sessão assíncrona), o aluno passará pela verificação da aprendizagem do conceito. A análise do desempenho obtido possibilita ao sistema realizar a mobilidade do aluno segundo sua zona de comportamento atual e/ou apresentar um roteiro de recuperação para o conceito em questão. O sistema também verifica se o aluno já aprendeu todos os conceitos relacionados ao seu perfil de grupo, no caso afirmativo, o sistema reclassifica-o no perfil de grupo superior.

A qualquer momento o professor poderá atribuir uma atividade aos alunos da turma, de acordo com os artefatos determinados para a instituição de ensino. Os alunos serão avisados sobre a atribuição da nova atividade. O sistema acompanhará de forma automática os prazos de atividades a vencer, atividades vencidas, atividades a avaliar. Ao realizar uma atividade, o aluno deve informar a sua execução ao sistema e disponibilizar o documento resultante, assim, o professor será informado automaticamente que possui a atividade de um aluno para avaliar. O professor avaliará a atividade segundo os itens de avaliação definidos para o artefato correspondente, sendo o aluno informado da disponibilização do resultado. Após a data final determinada para a entrega da atividade, o professor poderá encerrá-la, de maneira que nada mais poderá ser registrado ou reavaliado. Em relação a cada unidade, ela poderá ser encerrada após a data final prevista, sendo que, nenhuma atividade ou sessão de ensino poderá mais ser definida. Do mesmo modo, ocorre no encerramento da turma, onde nenhuma unidade poderá mais ser adicionada. Nos três casos de encerramento, o sistema verificará o desempenho da turma, informando ao professor o resultado geral.

Todas as atividades executadas pelos alunos serão acrescentadas ao seu portfólio de trabalho. Como este portfólio é de acesso restrito aos usuários do sistema, algumas destas atividades podem ser selecionadas e agregadas ao seu portfólio de apresentação, com o objetivo de disponibilizá-las a todo o público com acesso à Internet.

Serão fornecidas diversas consultas aos usuários do sistema, todavia em alguns casos, o acesso vai depender do perfil e/ou usuário ativo, como por exemplo, o portfólio de trabalho do aluno poderá ser consultado por qualquer professor ou funcionário da diretoria da instituição, porém quando o usuário for um aluno, este só poderá consultar o seu próprio portfólio de trabalho, assim como, um responsável poderá consultar somente os portfólios de trabalho de seus dependentes.

4.4 Conclusões

Com o objetivo não de substituir o professor, mas sim de auxiliá-lo em suas atividades pedagógicas, definiu-se, neste capítulo, o escopo e funcionalidades que constituirão o Portfólio-Tutor.

O portfólio proposto possibilitará o registro das atividades dos alunos, o acompanhamento das habilidades desenvolvidas na execução dessas atividades, bem como o acompanhamento da eficiência das estratégias didáticas aplicadas. O comportamento ativo temporal incorporado ao mesmo facilitará o trabalho diário do professor, uma vez que, com a geração de avisos automáticos, ele não precisa se preocupar com o controle de prazos e com a identificação dos alunos que estão com rendimento inferior.

Quanto ao tutor, a solução apresentada permitirá a transmissão de conteúdo adaptada ao nível de conhecimento e comportamento de cada aluno, propiciando um ambiente de aprendizagem personalizado e conseqüentemente mais motivador. A base de domínio de conhecimento será compartilhada pelos professores, contudo a estratégia didática a ser aplicada em cada disciplina/turma, unidade ou sessão de ensino, será específica e determinada por cada professor.

Nos próximos capítulos, serão especificadas e implementadas algumas dessas funcionalidades, gerando um protótipo executável do Portfólio-Tutor, com a finalidade de validar a sua proposta.

5 MODELAGEM DO PORTFÓLIO-TUTOR

Assim como na Arquitetura, Engenharia Civil, Engenharia Mecânica, etc, a técnica de modelagem também é muito aplicada na Engenharia de Software. O seu objetivo é, através da elaboração de modelos, aumentar a compreensão sobre os objetos (casas, prédios, automóveis, sistemas...) que serão construídos ou alterados. Focalizando o desenvolvimento de sistemas de informação, a utilização de modelos: (i) ajuda a visualizar o que se deseja para o sistema; (ii) permite especificar a estrutura e comportamento do sistema; (iii) serve de guia para a construção do sistema e (iv) documenta as decisões tomadas (BOOCH, 2000).

Portanto, neste capítulo expõem-se, inicialmente, o processo de desenvolvimento empregado e o detalhamento da arquitetura da aplicação. Consecutivamente, são apresentados os principais modelos que especificam a estrutura e o comportamento do sistema, que serviram de orientação para a implementação do protótipo do Portfólio-Tutor.