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153 mudar tudo, não vai funcionar Não adianta querer mudar tudo, então tudo sempre ficou livre E se for mudar

tem que ser para melhor.

Temos 12 auxiliares sobrando, tinha que sair. Inscrevi-me, mas o gerente geral não deixou que eu fosse, pois a agência precisava de mim.

Pessoas como eu, e alguns outros, são chaves, pois os clientes antigos vêm e se identificam com a gente. Esse pessoal novo já começou a ser reconhecido pelos clientes.

 Como é seu relacionamento com os colegas? Você acha que aumentou a competição com os colegas, na disputa por cargos ou cumprimento das metas? Exemplifique.

Sempre foi tranquilo.

 Você participa na distribuição de metas da agência? Sente-se pressionado a colaborar? E o que você acha das metas?

Como a agência é grande, estou só na área de seguros. Então o gerente reúne a agência, e a gente participa, e o gerente torce. Eu gosto muito dele.

Estou fazendo o que eu gosto, então fico feliz. Não me sinto mal nem acuada.

Como trabalho com seguros, que é chave para fechar as metas e continuar uma agência ‘ouro’, são 6 horas de trabalho que passam muito rápido. Aqui tem um ambiente ótimo.

 O que você acha da PLR? Ela o estimula a atingir as metas ou traz problemas para você? De que forma?

A gente tem recebido normal. Não influencia em nada no meu serviço. A agência sempre cumpre todas as metas. Estamos sempre no ‘Ouro’. Começamos agosto, e no meio de agosto já quase fechamos a meta de seguros para o mês de setembro. Todo mês tem a festa dos aniversariantes. A gente conseguiu ser ‘ouro’ novamente, então teve uma festa. Estamos bem-classificados, então não fica ninguém te pressionando.

 O que você acha sobre a venda de produtos e serviços nos bancos? O papel das vendas nas suas funções é importante?

Todos os bancos são assim. Quando ia mudar para o BB, tínhamos todos os servidores públicos. O Banespa [Santander] mandou um presente para cada cliente, com uma carta dizendo para deixar cair o pagamento no Banco do Brasil, mas dizendo que iria bancar o pagamento, com a condição que o cliente assinasse um documento para transferir o pagamento. É a realidade dos bancos. Vender e conquistar ao máximo os clientes.

 As equipes/segmentos e processos de trabalho são organizados a partir dos diferentes produtos e serviços oferecidos?

São, e eu acho que é legal.

No início alguns consideravam discriminação separar os clientes pela renda. Mas o bom é que você oferece o que o cliente realmente precisa. O Estilo é o cliente que ganha mais de seis mil hoje.

É mais organizado assim – Varejo 2 (quem ganha até R$1000,00), Varejo 1 (de R$1000 a R$ 3000), personalizado (de R$ 3000 a R$ 6000). Acima disso são os personalizados.

 Quais são os critérios para indicação de funções comissionadas?

É pelo sistema, com inscrição. Posso entrar no ‘TAO’ e me inscrever para ser qualquer coisa. Eu sei que tem uma prova. Mas nunca tive interesse.

 Você sente grandes diferenças entre a jornada de trabalho formal e a real? Como ocorre no dia- a-dia?

Não. O sistema fecha e não fazemos mais nada. No BNC trabalhava muito mais. Isso melhorou.  Você percebeu alguma mudança, desde que entrou no banco, em termos tecnológicos e como

isso afetou seu trabalho?

Tudo mudou. Muito melhor com internet.

 Como você vê os correspondentes bancários? Não sei avaliar.

 Qual sua visão sobre a terceirização nos bancos?

Temos o jurídico terceirizado. Mas acho que é bom. O pessoal da faxina e do café é terceirizado. Antigamente era diferente. O pessoal da faxina não recebe direito das terceirizadas.

 Você sente que as mudanças ocorridas em termos de automação, terceirização, tornaram seu trabalho dispensável?

Não sei, pois não me envolvo muito. Não tenho opinião. Essa agência aqui é muito grande, não dá para saber.

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 Com a fusão, o que você sentiu que mudou?

Para mim não mudou nada, mas todo o resto mudou. Ficou tudo bagunçado, não se encontra ninguém. As pessoas perderam seus salários. Duas amigas minhas foram morar em Brasília para não perder o emprego. Uns 90% sofreram muito. Mas a gente sofre pelos outros.

A sensação é que não sabemos nada e que o nosso trabalho não produz. Já se passou um ano, agora que está se ajeitando. Mas é difícil. Mas ainda não absorveu. Ainda não estamos como uma agência do BB.

 Quais foram as principais mudanças que ocorreram? Como você se sentiu em relação às mudanças?

Não me senti prejudicada.

Hoje no BB sou ‘madrinha’ no seguro. Vai ter uma mudança no seguro, vai ser BB-Mapfre, e vai mudar tudo. Mas é o que eu gosto.

 Que problemas você enfrentou com a fusão? Você percebeu, ou sofreu humilhações ou constrangimentos após a incorporação?

A gente sofre pelos outros, os que perderam cargo, e os que sofreram.  Em relação às metas e pressão, houve alguma mudança?

Não sei avaliar, mas no produto que trabalho sempre teve 300% da meta alcançada.

 Em relação aos colegas e superiores que eram do outro banco, como foi e está sendo o relacionamento? Houve algum tipo de dificuldade?

Eles são bem estranhos, mas não ligo para isso. Mas todos se respeitam.

 Atualmente, quais são as principais diferenças em relação aos funcionários do outro banco? Percebe diferenças no salário, em benefícios, ou mesmo em relação ao tratamento? Isso o incomoda?

Em relação aos salários não sei. Mas não temos acesso ao convênio do Banco do Brasil. Isso incomoda.

Saúde

 Após entrar no banco você percebeu alguma alteração em sua saúde? LER? Depressão? Se sim, como os superiores reagiram frente ao problema? E quanto aos afastamentos?

Nada. Só saí de licença maternidade, e quando operei minha vesícula e fiquei duas semanas afastadas do trabalho. Nunca fiz corpo mole.

 Quais são os problemas de doença e afastamento mais recorrentes, segundo sua percepção? Não sei, nessa agência é difícil. Eu tinha uma amiga que tinha todos os ‘ites’, mas em geral é bem pouco.

 Quando ocorre um afastamento na agência, qual é a reação dos colegas e superiores?

Aqui é uma agência especial, somos uma família, pois sobrou muita gente da Nossa Caixa. O pessoal do BB que veio está aprendendo a ser ‘gente’.

 Você percebe que o bancário afastado sofre alguma humilhação ou constrangimento?

Tem o Augusto que é como eu, trabalha com gosto e cuida do cliente e é educado. O gerente achou que ele não servia para algumas coisas e mandou para uma agência longe. Lá o amam e não o soltam.

O Anselmo ia só para audiências, e todos falavam bem dele. Ele foi para outra agência e foi tão discriminado que ele diz sentir falta da agência matriz. Se alguém falava mal dele aqui, ele não captava.

 Você já trabalhou doente, ou percebeu algum colega seu agindo desta forma? Qual foi a motivação?

Nunca trabalhei doente, nem percebi.

 A quantidade de bancários que sofrem de depressão é relevante para você? Nunca percebi.

 Você já sofreu ou presenciou algum caso de assédio moral ou sexual? Como foi? Nunca.

 O banco tem algum programa de conscientização do assédio moral? Não sei.

 Você acredita que o sindicato tem algum papel importante na atuação contra o assédio moral? Como?

Acho que sim. O modo como o sindicato recebe os bancários. Perspectivas

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 Você gosta de trabalhar no banco? Está satisfeito? Você acredita que há maiores perspectivas profissionais?

Gosto, e estou satisfeita. Estou segurando porque não tenho previdência privada.  Quais são suas perspectivas de carreira? Pretende continuar no banco? Não. Vou ficar só mais um ano.

 Você acha que as condições de trabalho são boas? O que mais o incomoda e o que mais lhe agrada?

O que me agrada é a convivência, somos uma família.

 Você tem alguma sugestão para melhorar as condições de trabalho no banco?

Não. Eu estou focada no meu trabalho. Os outros não, e fazem muitas coisas. Mas procuro não olhar. 4. Paulo: sou escriturário – caixa.

Agência ouro. Trabalho bancário

 Quais são as funções que você exerce em seu cargo? Houve alguma mudança desde sua admissão? O que você faz hoje no seu trabalho?

Faço compensação, atendimento e trabalho no caixa. Houve, comecei no administrativo, fui para a tesouraria, estou no caixa, e estou indo para o PSO, que é uma plataforma de suporte operacional.

 Houve alterações na forma como o trabalho é organizado no banco? Por exemplo, o modo como são determinadas as ordens. Ou como é a conformação das equipes.

Sempre foi por grupos de atendimento, separados em varejo, personalizado, caixa, etc.

 Como é sua relação com os superiores? Houve alguma mudança desde que você entrou no banco?

A gente sempre entra num entendimento. Sempre foi um relacionamento bom.

 Como é seu relacionamento com os colegas? Você acha que aumentou a competição com os colegas, na disputa por cargos ou cumprimento das metas? Exemplifique.

Nunca tive problemas.

 Você participa na distribuição de metas da agência? Sente-se pressionado a colaborar? E o que você acha das metas?

Não diretamente, pois a retaguarda não é tão cobrada, mas sempre temos que participar, pois somos um grupo. Temos que colaborar. Não me sinto pressionado. Eu escuto e procuro fazer.

Acho que para o banco crescer, meta sempre teve e sempre vai ter.

 O que você acha da PLR? Ela o estimula a atingir as metas ou traz problemas para você? De que forma?

Acho boa. Vou receber minha segunda PLR agora. Tem ligação com as metas, e estimula, pois se a gente cumpre as metas a PLR aumenta.

 O que você acha sobre a venda de produtos e serviços nos bancos? O papel das vendas nas suas funções é importante?

O banco vive disso, então os produtos oferecidos são para fazer um ‘fundo’. Trabalho no caixa e indico para ser atendido por um funcionário. Mas no banco Real eu trabalhava no caixa e tinha que vender.

 As equipes/segmentos e processos de trabalho são organizados a partir dos diferentes produtos e serviços oferecidos?

São organizados pelos tipos de contas dos clientes, e produtos oferecidos.  Quais são os critérios para indicação de funções comissionadas? Não sei.

 Você sente grandes diferenças entre a jornada de trabalho formal e a real? Como ocorre no dia- a-dia?

Eu cumpro somente 6 horas, pois o sistema trava. Dificilmente fazemos hora extra.

 Você percebeu alguma mudança, desde que entrou no banco, em termos tecnológicos e como isso afetou seu trabalho?

Em um ano e quatro meses, já vi umas cinco atualizações do sistema.  Como você vê os correspondentes bancários?

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