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A necessidade de sobrevivência fez com que a produção se tornasse essencial na existência da humanidade. Na antiguidade a produção se resumia na busca por alimentos como a caça, pesca, frutos, raízes que garantiam a sua alimentação, sem isso a sobrevivência se tornaria impossível. A produção primitiva foi evoluindo e proporcionando para produzir mais permitindo o desenvolvimento social.

Desde a antiguidade, os homens perceberam que trabalhando em grupo conseguiram alcançar seus objetivos mais rapidamente, sejam eles o sucesso em uma grande caçada ou a construção de uma aldeia. Surgem as primeiras

organizações, ou “agrupamentos humanos intencionalmente construída reconstruída, a fim de atingir objetivos específicos” (ETZIONI, 1964, p.9).

Com o passar do tempo os meios de produção foram se desenvolvendo e passou a ser organizado proporcionando oportunidades para a troca, compra e venda, com a ampliação do mercado surge a necessidade de oferecer uma quantidade maior de mercadorias e consequentemente se inicia o conceito de lucro.

Dentro deste contexto o setor produtivo se organizou e foram surgindo técnicas que foram se evoluindo e projetaram outras técnicas, que no cenário atual é indispensável no setor produtivo.

Martins e Laugeni (2005), a função de pode ser entendia como um conjunto de atividades que levam à transformação de um bem tangível em outro de maior utilidade. Quando polia pedra com a finalidade de transformar em uma ferramenta, o homem pré-histórico estava executando uma atividade de produção. Com esta atitude o homem estava desenvolvendo sua criatividade em transformar a pedra (matéria-prima) em um utensilio. No processo de evolução da produção algumas pessoas mostraram naturalmente terem habilidades na produção de bens específicos, e passaram produzir conforme os pedidos e dentro das especificações apresentadas pelos terceiros. Esta forma de produção denominada como a primeira forma de produção organizada, pois eram estabelecidas as características os prazos de entrega e o valor das encomendas. Com o advento da revolução industrial, houve a decadência da produção artesanal, os processos foram padronizados e os produtos fabricados com maquinas tornando-os mais baratos.

Segundo Martins e Laugeni (2005), os artesões que até então trabalhavam em suas próprias oficinas e começaram a se agrupar nas fabricas. Com a evolução as empresas tiveram que adequar e padronizando seus produtos e investindo em treinamentos para os funcionários, qualificando sua mão de obra que até então tinha o conhecimento de produção artesanal, mas agora era necessário operar maquinas. A produção de um modo geral, nas organizações é processo onde ocorre a transformação de um material, mediante a utilização de mão de obra e equipamentos, em um produto de maior valor. Se tratando de uma prestadora de serviços a produção é a realização de uma função ou serviço que agregue valor financeiro para o solicitante.

Tramontini (2012) ressalta que a produção não constitui apenas na aplicação da mão de obra e ferramentas aos materiais. É a aplicação da lógica ao trabalho e quanto mais clara e racionalmente for aplicada a lógica correta, a produção constituirá cada vez menos uma limitação e cada vez mais uma oportunidade de crescimento.

O autor acima refere-se a importância da aplicação correta dos processos na produtivos nas empresas para atingir suas metas, e do conjunto de estratégias que visam acompanhar as ações em desenvolvimento, que devem ser constantes nas organizações para se manter sólida e competitiva no mercado.

Quando se fala em gestão da produção ou Administração da produção, as vezes pode ser confundido com uma atividade ou processo fabril, logo as pessoas imaginam um local cheio de maquinas, com pessoas trabalhando de um lado para outro e produtos sendo fabricados. Tudo isso tem a ver com a produção, mas não se limita somente as indústrias, a produção também pode ser classificada como um serviço, por exemplo: bancos, escolas e aeroportos, também fazer parte do conceito de produção.

Gestão da Produção é a atividade de gerenciamento de recursos escassos e processos que produzem e entregam bens e serviços, visando a atender as necessidades e/ou desejos de qualidade, tempo e custo de seus clientes. Toda organização, vise ela ao lucro ou não, tem dentro de si uma função de produção, pois gera algum “pacote de valor” para seus clientes que inclui algum composto de produtos e serviços, mesmo que, dentro da organização, a função de produção não tenha este nome (PASQUINI, 2010, p. 9).

De um modo geral pode-se dizer que a gestão da produção, é um assunto pratico, mas que trata de um assunto real, pois a maioria dos produtos que consumimos são industrializados. A gestão da produção tem como finalidade organizar o processo produtivo de forma eficiente e eficaz para atingir os objetivos da organização.

Conforme Chiavenato (2005), a administração da produção tem como foco o aproveitamento dos recursos físicos e materiais da empresa no sentido de buscar um sistema de produção eficiente e eficaz.

Para Pasquini (2010), a gestão da produção é a atividade de gerenciamento de recursos escassos e processos que produzem e entregam bens e serviços, visando a atender as necessidades e/ou desejos de qualidade, tempo e custo de seus clientes. Todas as organizações, visando lucro ou não, tem no seu processo uma

função de produção, pois gera um valor agregado no seu produto ou serviço para seus clientes. A gestão da produção tem um papel muito importante nas organizações, pois seu resultado influencia no nível pela qual satisfaz os seus consumidores.

Os sistemas de produção podem ser definidos como, as formas de transformação das matérias-primas em produtos, que são desejados pelos consumidores. Os sistemas são muito dinâmicos se modificam constantemente para se adequar às necessidades da área de produção, dos consumidores e também do segmento de mercado em que a empresa atua.

Para Martins e Laugeni (2005), o conceito de sistema tem sido utilizado no desenvolvimento e várias disciplinas, tanto nas ciências exatas como nas ciências humanas. Na opinião destes autores, o sistema é um conjunto de elementos inter- relacionados com um objetivo comum.

Existem diversas maneiras de apresentar as classificações dos sistemas de produção. De modo geral, no entanto, todos os critérios que servem como base para as classificações relacionam-se com os elementos do modelo abaixo:

Figura N°1 Modelo de Transformação – input transformação output

Moreira (1998, p.8), citado por Franco (2010), define o que é um sistema de produção e descreve brevemente seus elementos e suas interações. Apresentando, duas classificações de sistemas de produção, a primeira denomina Classificação Tradicional e a segunda Classificação Cruzada de Schroeder.

A Classificação Tradicional, em função do fluxo do produto, agrupa os sistemas de produção em três grandes categorias:

a) Sistemas de produção contínua ou de fluxo em linha: apresentam sequência linear de fluxo e trabalham com produtos padronizados

 Produção contínua propriamente dita: é o caso das indústrias de processo, este tipo de produção tende a ter um alto grau de automatização e a produzir produtos altamente padronizados;

 Produção em massa: linhas de montagem em larga escala de poucos produtos com grau de diferenciação relativamente pequeno.

b) Sistemas de produção intermitente (fluxo intermitente)

 Por lotes: ao término da fabricação de um produto outros produtos tomam seu lugar nas máquinas, de maneira que o primeiro produto só voltará a ser fabricado depois de algum tempo;

 Por encomenda: o cliente apresenta seu próprio projeto do produto, devendo ser seguidas essas especificações na fabricação.

c) Sistemas de produção de grandes projetos sem repetição: produto único, não há rigorosamente um fluxo do produto, existe uma sequência predeterminada de atividades que deve ser seguida, com pouca ou nenhuma repetitividade.

 Já na Classificação Cruzada de Schroeder leva-se em consideração duas dimensões: de um lado, a dimensão tipo de fluxo de produto de maneira semelhante à classificação tradicional; de outro, a dimensão tipo de atendimento ao consumidor, onde existem duas classes:

 Sistemas orientados para estoque: o produto é fabricado e estocado antes da demanda efetiva do consumidor. Este tipo de sistema oferece atendimento rápido e a baixo custo, mas a flexibilidade de escolha do consumidor é reduzida;

 Sistemas orientados para a encomenda: as operações são ligadas a um cliente em particular, discutindo-se preço e prazo de entrega.

Pode-se dizer que tanto no tradicional quanto na Cruzada de Schroeder, pode-se dizer que em uma ferramentaria o sistema de fabricação voltado para o cliente, ou seja, os recursos são alocados conforme a necessidade de um projeto específico, solicitado por um cliente.

Tubino (1997, p.27) apud Franco (2010) discute de maneira mais ampla as classificações dos sistemas de produção e identifica três critérios que servem de base para três delas:

a) pelo grau de padronização.

 Sistemas que produzem produtos padronizados: bens ou serviços que apresentam alto grau de uniformidade e são produzidos em grande escala;

 Sistemas que produzem produtos sob medida: bens ou serviços desenvolvidos para um cliente específico.

b) pelo tipo de operação.

- Processos contínuos: envolvem a produção de bens ou serviços que não podem ser identificados individualmente;

- Processos discretos: envolvem a produção de bens ou serviços que não podem ser isolados, em lotes ou unidades, e identificados em relação aos demais. Podem ser subdivididos em;

_ processos repetitivos em massa: produção em grande escala de produtos altamente padronizados;

_ processos repetitivos em lote: produção em lotes de um volume médio de bens ou serviços padronizados;

_ processos por projeto: atendimento de uma necessidade específica dos clientes, o produto concebido em estreita ligação com o cliente tem uma data determinada para ser concluído. Uma vez concluído, o sistema de produção se volta para um novo projeto.

- Manufatura de bens: quando o produto fabricado é tangível; - Prestador de serviços: quando o produto gerado é intangível;

Na classificação de Tubino, uma ferramentaria pode ser considerada uma empresa de manufatura de bens, pois os produtos fabricados são tangíveis. Utiliza sistemas que produzem produtos sob medida. Utiliza o sistema de produção discreto, através da utilização de processos por projeto.

A classificação de sistemas de produção que foram apresentadas dá a possibilidade de identificar grupos de técnicas de planejamento e de gestão da produção correta para cada tipo de sistema, o que facilita a escolha na tomada de decisão sobre qual delas adotar em determinada circunstância, como exemplo no caso da aplicação em uma ferramentaria.

As ferramentarias estão no tipo de produção de produtos fabricados sob medida ou sob encomenda como, por exemplo, ferramentas de estampo, corte e repuxo, dispositivos para usinagem e outros, que são projetos únicos, ou seja, são produzidos uma única vez conforme o pedido do cliente e depois não voltam a ser mais produzidos, com exceções quando ocorre desgaste ou quebra do dispositivo ou ferramenta (FRANCO, 2010, p.23)

A Ferramentaria é uma area da metalmecanica que cria, desenvolve, produz ferramentas e peças, tambem da todo suporte de manutenção e reforma quando o molde ou ferramenta atinge a vida util.

Segundo Santos (1997), citador por Tramontini et.al. (2012 pg. 57), ferramentaria pode ser definida como o nome atribuído a empresas que se dedicam a fabricação e manutenção de ferramentas, como exemplo: matrizes de estampo, dobra e repuxo, molde de injeção de plástico, molde de injeção de metais, molde de extrusão, moldes de forjaria e outras ferramentas e dispositivos que são usados por grandes empresas de montagem de veículos, eletrodomésticos, outros bens de consumo de forma seriada.

Utiliza equipamentos de precisão como a fresadora, retifica, torno centro de usinagem eletro-erosão entre outros. Entre os profissionais que atuam no ambiente de ferramentaria, o ferramenteiro é o profissional mais completo da metalurgia braçal, com conhecimento de todas as áreas, faz desde a usinagem à preparação

de seus maquinários tem habilidades em fresadoras, tornos devendo saber de tudo um pouco.

A função de uma ferramentaria é fornecer recursos de produção para as fabricas. Essa tarefa não é fácil diante de tanta complexidade nos processos. Dependendo da área do setor de produção considerada, os custos com ferramentas (moldes ou matrizes), podem elevar o custo total de produção DEONISIO (1998) apud DARVIN (2003). A elevação dos custos refere-se, tanto os custos de reforma de ferramentas, quanto os relacionados com a fabricação de novas ferramentas.

Para Faraco (2010) O contexto da fabricação de ferramentais envolve geralmente condições severas se complexas de usinagem, utilizando-se aplicativos computacionais de modelamento 3D na etapa de desenvolvimento do projeto, que requerem tecnologia capaz de potencializar a concepção do produto passando pela simulação CAM da manufatura do ferramental, até a geração do programa CNC em linguagem máquina e a usinagem propriamente dita. (RESENDE e GOMES, 2004). Na indústria metal-mecânica, uma cadeia de manufatura típica pode envolver os processos apresentados na Figura abaixo;

Fonte: Adaptado Souza (2009)

A ferramentaria é um ramo de atuação bastante técnico que permite a produção de peças, ferramentas e moldes, utilizados na produção de diversos produtos, por exemplo, carros, talheres, instrumentos cirúrgicos, componentes eletrônicos e uma série de outros produtos. Os requisitos solicitados no processo da ferramentaria consistem na combinação entre prazos, custos e qualidade do produto.

O planejamento é a função administrativa que determinam antecipadamente quais são os objetivos que deverão ser atingidos e o que deve ser feito para atingi-los da melhor maneira possível. O planejamento e o controle da produção (PCP) é o departamento que permite a continuidade dos processos produtivos na indústria. Controla a atividade de decidir sobre o melhor emprego dos recursos de produção, assegurando assim, a execução do que foi previsto no tempo e quantidade certa e com os recursos corretos. O PCP trata dados de diversas áreas, transforma-os em informações, reporta para produção para que o produto seja entregue na data e quantidade certa CHIAVENATO (2005).

Tubino (2007), defini PCP como setor de apoio dentro do sistema produtivo, que desenvolve o Planejamento Estratégico da Produção, Planejamento mestre, Programação e acompanhamento e controle da produção. O grau de dificuldade de cada uma destas funções dependera do tipo de sistema produtivo dentro do qual o PCP está agindo.

No sistema de produção de uma ferramentaria o planejamento e controle da produção é complexo por causa do número de variáveis envolvidas. Existe, geralmente, um alto nível de variabilidade com respeito aos roteamentos e tempos de processo. Esta situação dificulta prever como o trabalho será distribuído entre os vários grupos de máquinas em qualquer período de tempo Tramontini et.al. apud (2012 p. 58)

O PCP, é considerado uma ferramenta decisiva na estratégia das empresas para ter flexibilidade diante das variáveis de mercado, variáveis dos processos e a melhor distribuição dos recursos para a execução com qualidade e no prazo previsto

Para Imai (1996 P. 15), o controle da qualidade total. É um dos sistemas da administração japonesa, que em seu início enfatizou o controle do processo da

qualidade. Sendo que este processo evoluiu e passou a ser um sistema de que engloba todos os aspectos da administração, que é chamado de “TQC” ou de gerenciamento da qualidade total, termo que é utilizado em todo mundo. Seguindo este pensamento de Imai, o TQC foi desenvolvido como estratégia para ajudar a gerencia a se torna mais competitiva e rentável melhorando todos os aspectos dos negócios.

Maximiniano (2000 p. 78) menciona que Feigenbaun apresentou uma nova versão mais evoluída, onde deu-se o nome de controle total da qualidade (TQC – Total Quality Control). Onde o a ideia principal para a qualidade é o interesse do cliente como ponto de partida, a qualidade quem determina é o cliente e não os engenheiros, engenharia, fabricação e manutenção do produto ou serviço que satisfaz as expectativas do cliente. A qualidade não é apenas a conformidade do produto ou serviço com as especificações, a qualidade deve ser embutida o produto ou serviço desde o começo, com base nos desejos e interesses do cliente (MAXIMINIANO, 2000, p, 78).

Segue abaixo algumas ferramentas da qualidade citadas por PEINALDO (2007 p.530)

 O fluxograma;

 A folha de verificação;

 O gráfico de controle estatístico de processos;  O diagrama de Pareto;  O diagrama de Ishikawa;  O diagrama de correlação;  O histograma;  O brainstorming;  Os gráficos demonstrativos;  A estratificação;

 OPDCA;

 O método 5W + 1H

Segundo Peinaldo (2007) “Na Qualidade Total, a identificação e solução dos problemas são feitas por meio de um método muito simples, que consiste em identificar, observar, analisar e agir sobre as causas de um problema”. Dentro deste contexto, é possível dizer que hoje a Qualidade Total da condição para que a empresa sobreviva e se desenvolva nesse ambiente competitivo e de mudanças rápidas.

3. METODOLOGIA

Segundo Prodanov (2013). A metodologia consiste em estudar, compreender e avaliar os vários métodos disponíveis para a realização de uma pesquisa acadêmica. A aplicação dos métodos possibilita a descrição, coleta e processamento de informações, visando resolver os problemas ou questões investigadas.

Para o autor do ponto de vista dos procedimentos técnicos a pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com o material já escrito sobre o assunto da pesquisa (PRONADOV, 2013)

A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado (FUZZI, 2010)

Com a aplicação dos métodos além possibilitar a descrição, coleta e processamento de informações, com o objetivo de resolver as questões investigadas, também sofre a intervenções da realidade podendo ser alterada à medida que surgem novos problemas que a princípio não foram pensados.

4. CONSIDERAÇÕES

Gestão da Produção é uma atividade que gerencia os recursos escassos e processos ligados a produção de bens ou entrega de serviços, visando a atender as necessidades ou padrão de qualidade. A aplicação das ferramentas a gestão da subsidio para uma melhor distribuição dos recursos, para a execução dos processos com qualidade, entrega do produto dentro do prazo previsto e a qualidade requerida do produto final. Através dos conhecimentos adquiridos, ainda parcialmente com o estudo, pode se dizer que as ferramentarias estão no tipo de produção de produtos fabricados sob medida ou sob encomenda, são projetos únicos, ou seja, são produzidos uma única vez conforme o pedido do cliente e depois não voltam a ser mais produzidos, e tem como principais fatores que podem levar a empresa a o sucesso, a qualidade, custos e prazo de entrega.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DARVIN, Cibele A. de C. D. OS BENEFÍCIOS DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA

FERRAMENTARIA DE UMA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA: UTILIZANDO O

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