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Furação com máquina manual

No documento Principios em Tecnologia Industrial (páginas 121-127)

esmerilhamento e serramento

22.2 Furação com máquina manual

A furação é um processo mecânico de usinagem destinado à obtenção de um furo em determinada peça, com auxílio de uma ferramenta multicor- tante (várias arestas afiadas cortantes) chamada broca. Nesta operação, a ferramenta ou a peça giram e simultaneamente a ferramenta ou a peça se deslocam segundo uma trajetória retilínea, coincidente ou paralela ao eixo principal da máquina (FERRARESI, 2003).

A furação pode ser feita em uma variedade de máquinas, como tornos, fre- sadoras e furadeiras. As furadeiras consistem de uma base, uma coluna que suporta um motor, um eixo onde se monta o mandril, o qual tem por finali- dade travar a broca, e uma mesa de trabalho, conforme ilustra a figura 22.1. Para máquinas de pequeno porte, a base é colocada sobre uma bancada, mas para máquinas de maior porte, a base fica fixada no chão (ASM V16, 1995). Na figura 22.1, destacamos em A o mandril rotativo e em B a mesa móvel de uma furadeira.

B

A

Para que a furadeira manual seja operada com segurança, o trabalhador deve estar atento à uma série de instruções, como:

Familiarizar-se com o manual e com as regras de segurança do equipa- mento e do local;

Se o operador possuir cabelos longos, ele deverá utilizar permanente- mente rede protetora ou outro recurso adequado, devido ao risco dos cabelos se enrolarem no mandril rotativo;

Não remover os cavacos com as mãos ou com ar comprimido, somente com pincel e equipamento desligado;

Fixar a broca no mandril cuidadosamente, de maneira que não se solte;

Prender a peça a ser furada firmemente de forma a evitar o giro e dobra da mesma;

O uso de luvas é proibido nos trabalhos de usinagem;

Usar permanentemente os óculos de proteção em policarbonato, como em toda operação de usinagem (SENAI RSSO, 2005).

Figura 22.1: Máquina furadeira.

Fonte: http://www.sxc.hu

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Na figura 22.2, apresentamos algumas brocas, que são ferramentas da furação que exigem cuidado no seu manuseio, em função dos diversos gumes cortantes.

22.3 Serramento

O serramento é um processo mecânico de usinagem destinado ao corte ou recorte de materiais, que utiliza ferramentas multicortantes de pequena es- pessura, normalmente chamadas de serra. Para tanto, a ferramenta gira ou se desloca de forma alternada, ou executa ambos os movimentos de forma combinada, enquanto que a peça se desloca ou fica parada, que é o que geralmente acontece (FERRARESI, 2003).

Os equipamentos utilizados para operações de serramento são: a serra alter- nativa mecânica, a serra fita, a serra circular, que na área de mecânica é subs- tituída por um disco abrasivo passando a ser chamada de policorte, e a serra manual com arco (ASM V16, 1995). Desta forma, o processo de serramento pode ser dividido em duas formas básicas: o serramento retilíneo, como no caso de uma serra manual, e o serramento circular, como no caso de uma serra circular, utilizada para corte de madeira em marcenarias. Na figura 22.3, vemos a esquerda uma serra manual montada em arco de aço para operações de serramento de pequeno porte, e à direita serra circular rotativa para madeira.

Figura 22.2: Brocas fabricadas em aço rápido, a ferramenta multicortante da furação.

Fonte: http://www.sxc.hu

Figura 22.3: Serra manual e serra circular rotativa.

Fonte: http://www.sxc.hu

Para que a operação de serramento seja realizada com segurança, o traba- lhador deve estar atento para uma série de instruções, como:

Familiarizar-se com o manual e com as regras de segurança do equipa- mento e do local;

Certificar-se que a peça está presa corretamente na morsa ou torno de bancada;

Usar permanentemente sapatos de segurança, óculos de segurança e protetor auricular;

Lembrar que o trabalho em dupla necessita de sincronismo e sinais preci- sos para o referido trabalho;

Não remover a proteção dos discos de corte da policorte, e manter a distância entre a proteção dos dedos e a base superior a 8 milímetros;

Usar uma peça de suporte quando estiver cortando peças pequenas de chapa de metal na policorte ou serra fita, ou de madeira, no caso da serra circular;

Se o operador possuir cabelos longos, ele deverá utilizar permanente- mente rede protetora ou outro recurso adequado, sendo proibido o uso de bonés para fixação dos cabelos;

Tomar cuidado com os cantos vivos da chapa de metal após atividade de corte (SENAI RSSO, 2005).

22.4 Esmerilhamento

O esmerilhamento é um processo de usinagem que ocorre pelo mecanismo de abrasão, onde partículas de material na forma de pequenos cavacos são removidos, com auxílio de uma ferramenta de revolução, a qual pode ser um disco abrasivo ou rebolo. Nesta operação, a ferramenta gira e a peça ou a ferramenta se deslocam segundo uma trajetória determinada, podendo a peça girar ou não (FERRARESI, 2003).

Os equipamentos para realização desta operação podem ser as esmerilha- deiras ou as lixadeiras manuais empunhadas por um operador, conforme vemos na figura 22.4, ou até mesmo um esmeril de bancada.

Figura 22.4: Operação de esmerilhamento manual de solda em estrutura metálica.

Fonte: http://www.sxc.hu

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Para que a operação de esmerilhamento manual seja realizada com segu- rança, o trabalhador deve estar atento a uma série de instruções, como:

Verificar se o disco de esmerilhamento está em boas condições e fixado corretamente;

Verificar a posição e a fixação correta da proteção do disco;

Verificar as condições de isolação do cabo de conexão. Caso a isolação esteja danificada, não usar a máquina;

Cuidar para que nenhuma fagulha atinja pessoas próximas ou materiais combustíveis;

Usar obrigatoriamente protetor auricular e óculos de segurança (SENAI RSSO, 2005);

Para a realização de operações de esmerilhamento em equipamento de ban- cada (motoesmeril) ressaltamos também algumas recomendações de segu- rança, que devem ser atendidas pelo operador:

Para prevenir a quebra do rebolo, verificar se o tamanho e a rotação máxima do rebolo estão corretos;

Antes de iniciar o trabalho de esmerilhamento, verificar se não há trincas no rebolo;

Quando for substituir um rebolo, fazer um teste antes de iniciar o trabalho;

Manter uma distância inferior a 2 milímetros entre o rebolo e o descanso ou capa de proteção;

Se o operador perceber vibração periódica ou ruído anormal no esmeril, parar a máquina e comunicar o responsável pelo setor, sob risco de rup- tura do rebolo;

Usar obrigatoriamente protetor auricular e óculos de segurança;

Se o operador possuir cabelos longos, ele deverá utilizar permanente- mente rede protetora ou outro recurso adequado, sendo proibido o uso de bonés para fixação dos cabelos (SENAI RSSO, 2005).

Resumo

Nessa aula você estudou as características funcionais e os riscos envolvidos com os processos de usinagem por furação, serramento e esmerilhamento. Você conheceu algumas instruções de segurança que devem ser obedecidas pelos operadores destes equipamentos para que a atividade seja realizada com segurança, o que evidencia ainda mais a necessidade de se treinar os operadores para a função que eles irão executar.

Para saber mais detalhes sobre o risco envolvido ao realizar operações de esmerilhamento ignorando os procedimentos básicos de segurança no trabalho, acesse o link http:// zonaderisco.blogspot.com/2009/05/ acidente-com-esmeril.html

Atividades de aprendizagem

Agora que você já conhece o que são processos de esmerilhamento e sol- dagem (visto nas aulas 19 e 20), considerados trabalhos a quente pela NR- 34, consulte nesta norma, a qual está disponível no site do Ministério do Trabalho e Emprego, os itens de segurança que estão relacionados a estes processos. Para isto, estude os subitens 34.5.1 a 34.5.10.1 da NR-34.

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