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A resolução 43/53 da Organização das Nações Unidas (ONU), de 1988, versa especificamente sobre a preocupação com as questões das mudanças climáticas ao afirmar que a instituição estaria convencida do impacto negativo de uma mudança no clima do planeta, propondo, sob o controle da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a criação de um

“Intergovernmental Panel on Climate Change, immediately to initiate action leading, as soon as possible, to a comprehensive review and recommendations with respect to:

(a) The state of knowledge of the science of climate and climatic change;

(b) Programmes and studies on the social and economic impact of climate change, including global warming;

(c) Possible response strategies to delay, limit or mitigate the impact of adverse climate change;

(d) The identification and possible strengthening of relevant existing international legal instruments having a bearing on climate;

(e) Elements for inclusion in a possible future international convention on climate” (ONU, 1988)

Estaria criado, a partir desta resolução, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), responsável pela elaboração de

acerca das mudanças climáticas, além das formas de adaptação e mitigação deste fenômeno. O objetivo básico do IPCC e suas ações seria:

The role of the IPCC is to assess on a comprehensive, objective, open and transparent basis the scientific, technical and socio-economic information relevant to understanding the scientific basis of risk of human-induced climate change, its potential impacts and options for adaptation and mitigation. IPCC reports should be neutral with respect to policy, although they may need to deal objectively with scientific, technical and socio-economic factors relevant to the application of particular policies (IPCC, 2013:01, grifos nossos)

Interessante notarmos a presença da noção de “base científica” nos objetivos do IPCC, pois trata-se de um documento responsável pela agregação de informações de inúmeros centros de pesquisa e cientistas sobre seus trabalhos mais recentes acerca do tema. Vem à tona uma perspectiva clássica da ciência como algo objetivo, calculado, pragmático e distante de valores, além de absolutamente “neutro” em diversos aspectos, como a política. Um lugar onde os juízos de valores não existem e não determinam as ações dos atores, num contrassenso à perspectiva da Sociologia do Conhecimento Científico que já abordamos neste capítulo. Temos a impressão de que um estudo com “bases científicas” e “neutro” é o atestado de qualidade para o resultado da pesquisa, mesmo sabendo que este servirá para um fim pragmático, no caso, a aplicação de políticas particulares.

Mas sabemos que a ciência não é um processo pronto, porém um espaço em construção. Aliás, o próprio IPCC reconhece isso à medida em que os relatórios são divulgados amplamente a cada 5 anos e com inúmeros aperfeiçoamentos e

modificações, por vezes contrariando partes dos relatórios anteriores. O fato é que, na visão mais comum, após a divulgação de um relatório aqueles dizeres serão “verdades científicas” cotidianas pelos próximos cinco anos.

Torna-se importante esclarecer que o IPCC não se trata de um laboratório ou de um ambiente para a produção de ciência, mas sim de um documento responsável por agregar conhecimento produzido em diversos lugares do planeta acerca das mudanças climáticas e divulgar as políticas públicas mais gerais que tratem dos aspectos da preservação do meio natural geral e das questões das mudanças no clima em particular. Isso implica que uma arena das mudanças climáticas forja-se a partir da criação do

IPCC, que será capaz de agregar ciência, torná-la pública e interferir em outros atores, permitindo sua inserção no debate da questão ambiental, como Estado, responsável pelas políticas públicas, as organizações não governamentais, a mídia, etc.

Interessante notarmos que, apesar da arena ambiental ir se formando e se complexificando após os anos 1950, possibilitando a ampliação de pesquisas nos mais variados campos, a questão das mudanças climáticas não se insere de forma rápida neste debate.

O debate ambiental inicialmente vai ser pautado principalmente pelas preocupações associadas aos países mais ricos, seja porque nestes o status da produção científica sobre o tema está mais avançado, seja por ser de onde os investimentos nessa produção tem origem. Por exemplo, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em 1972, na cidade de Estocolmo (Suécia), os principais debates ficaram em torno de temas relevantes aos países centrais, como poluição do ar e chuva ácida. Diante do crescente industrialismo destes países, a qualidade do ar torna-se um fator central na questão da qualidade de vida (MCCORMICK, 1992; RIBEIRO, 2001) . Percebemos que, apesar do tema da poluição ser intensamente debatido, não foi citada nenhuma vez a questão das mudanças climáticas cujas causas antrópicas apresentariam relação direta com os agentes que promovem a chuva ácida e a poluição do ar (ONU, 1972).

Nos anos de 1980, com os avanços das ciências do clima e dos estudos sobre mudanças climáticas, esse tema ganha destaque ao ponto de promover a origem do IPCC. De fato, essa década foi muito positiva para o movimento ambiental. O fim da Guerra Fria e o fortalecimento da globalização impuseram novos destaques à agenda internacional, favorecendo novos discursos e processos (JAMERSON & CEVASCO, 2001; MARTIN, 1999; PORTO-GONÇALVES, 2006). A proposta da globalização, enfatizando as relações de interdependência em diversos setores, como a cultura, em que a homogeneização promovida pela indústria cultural pode ser um bom exemplo (IANNI 1995; MATTELART & PELEGRIN, 2000), ou a economia, com a intensificação da formação dos blocos econômicos ou de uma “economia-mundo” (ORTIZ, 2006), serve- nos como referência de novos discursos, dentre eles o ambiental, tema interdisciplinar por excelência (ALVES, 2012) e que se tornaria referência sobre como a degradação do meio natural em diferentes lugares pode ter causas e efeitos intensificados globalmente.

Em diversos outros setores, com o apoio do discurso científico, o impacto ambiental deixa de apresentar um caráter local para ser predominantemente global (FERREIRA, 2006). Ações localizadas deixam de ter impacto e passam a favorecer a discussão de grandes movimentos conjuntos pró-meio biofísico, representado, por exemplo, pela formação do IPCC, um instrumento responsável pela divulgação de resultados de pesquisas ambiental de diversos países do mundo, composto por uma pluralidade de nacionalidades em que se trata de um tema que afeta todas as nações, focado no fortalecimento de políticas públicas de impacto global dentro dos mais diferentes países.

Com sede em Genebra (Suíça), anexo ao prédio da Organização Meteorológica Mundial, o IPCC responde à Organização Meteorológica Internacional (OMM)11 e é coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)12, que tem sua sede em Nairóbi (Quênia)13. A OMM registra uma grande base de dados sobre a dinâmica climática de várias décadas e agrega diversas modelagens sobre a variação do tempo e clima para os mais diversos estudos. Suas conferências e tratados tornam-se um meio eficaz de disseminar conhecimento de diversas instituições de pesquisas pelo mundo, apresentando características fortemente científicas e tendo seus dados utilizados por inúmeras outras organizações da ONU. Já ao PNUMA cabe a promoção de temas e propostas com a interação entre o meio natural e a sociedade. Isso apresenta o IPCC

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A OMM surgiu em 1950, apresentando atualmente 191 membros, como herdeira dos dados e trabalhos da Organização Meteorológica Internacional, de 1893. Trata -se do porta voz da ONU nas questões relativas ao comportamento da atmosfera terrestre e sua relação com os oceanos e a dinâmica climática. Considerando este tema claramente transfronteiriço, a WMO propõe medidas de cooperação e debate entre os países membros sobre as questões meteorológicas e suas interfaces na agricultura, aviação, navegação e temas sobre acesso aos recursos hídricos (OMM,2009).

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Criada em 1972 como uma das resoluções do Encontro de Estocolmo, o PNUMA tem como objetivo integrar seus 193 países membros em ações para promoção de meios racionais de uso dos recursos naturais, incentivando o desenvolvimento sustentável. Apresenta como missão encorajar parcerias entre diversos atores, como Estados, pessoas e organizações não governamentais para “d’améliorer la qualité de leur vie sans toutefois compromettre celle des générations à venir” (UNEP, 2014).

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Ribeiro (2001) propõe um debate interessante sobre a esco lha da sede do PNUMA no Quênia. Trata- se do primeiro organismo da ONU situado fora dos países ricos da Europa e Estados Unidos e o país escolhido para recebê-lo foi justamente um pequeno território com imensa biodiversidade na porção Centro -Oriental da África, banhado pelo Oceano Índico. Para muitos, positivamente, isso significou um indício da descentralização do poder da ONU rumo aos países mais pobres, porém outros argumentaram que justamente o programa responsável pela questão ambiental estar fora da proximidade das demais sedes (“centros”) mostraria a “periferia” com que o tema é representado pela ONU ou então um reflexo direto da tentativa da ONU forçar a entrada da questão da temática ambiental nos países mais pobres que, no debate da época, ficariam privados do desenvolvimento aos moldes europeus e norte-americano que, apesar de predatório, mostrou -se efetivo e cabia ao PNUMA, dentro das áreas mais pobres, ser o agente fiscalizador das práticas econômicas dos mais pobres.

com um forte caráter técnico herdado da OMM, porém também uma perspectiva relacional, pois as questões climáticas só existem diante das consequências relacionais entre homens e natureza com a influência direta do PNUMA.

A gênese do IPCC é fruto de seu tempo histórico, com o fortalecimento da questão ambiental na arena científica e social, na segunda metade do século XX, refletindo-se na criação das conferências sobre o clima realizadas pela ONU. Na primeira, realizada em Toronto (1988), houve a formação das bases do IPCC. Dito de outra forma, a natureza multifacetada do IPCC e sua ação na arena das mudanças climáticas é refletida por sua origem sob orientação das duas instituições da ONU, em que o caráter extremamente técnico da OMM se evidencia ao lado das análises da interação entre ambiente e sociedade do PNUMA.

Quanto ao contexto histórico, podemos afirmar que o ambiente para as discussões ambientais em geral e das mudanças climáticas em particular apresentava-se extremamente profícuo no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Com o fim da Guerra Fria e o belicismo que o acompanhou por toda sua existência (GADDIS, 2005), o fim da bipolarização ideológica estimula o surgimento de novas possibilidades e novos atores que emergem para apresentar suas demandas num novo contexto social. Mesmo entre os Estados, o fim da centralidade do poder militar da época da “Paz Armada” oferece maiores possibilidades de novos vetores de diplomacia (RIBEIRO, 2001; TÍLIO NETO, 2010).

Nesta organização cada vez mais multipolar, a estrutura do IPCC ganha destaque na aprovação da Convenção sobre Mudanças Climáticas durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Rio-92 ou Eco-92, e a posterior criação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (CQNUMC), também em 1992, mas com atuação efetiva somente em 1994, que tinha como objetivo “pourrait adopter est de stabiliser, (...), les concentrations de gaz à effet de serre dans l'atmosphère à un niveau qui empêche toute perturbation anthropique dangereuse du système climatique” (ONU, 1992:06) e que seria responsável pela promoção da chamada Conferência das Partes (COP), um evento anual com a presença de todos os países membros da CQNUMC, no qual seriam tratados temas relativos às mudanças climáticas tendo por base os estudos do IPCC. Também é o espaço em que os relatórios seriam apresentandos quinquenalmente. Assim, a CQNUMC e suas COPs funcionam como instrumentos de análise e revisão

constante dos dados do IPCC, assim como o próprio IPCC funciona como fornecedor de subsídios técnicos para as ações da CQNUMC (ONU, 1992; BRASIL, 2004).

Então, temos o surgimento do IPCC em um espaço positivo e otimista de criação, com a pressão de ONGs sobre a temática climática e o aumento das evidências científicas das mudanças climáticas. Tal instrumento foi criado para ampliar o diálogo entre instituições científicas e agências de tomadas de decisões da ONU, uma vez que substituirá organizações anteriores, de caráter mais científico, como o Global Atmospheric Research Program (GARP) e o Advisory Group on Greenhouse Gases (AGGG), que apresentavam sua participação restrita apenas aos cientistas do tema e de alcance limitado nas esferas fora da ciência. Dessa forma, o IPCC apresenta-se como uma alternativa para integrar a arena científica das mudanças climáticas com os tomadores de decisão da arena política sobre a questão, revelando uma das suas características que buscaremos trabalhar ao longo desta tese: o caráter multifacetado do Painel.

Internamente, o IPCC apresenta uma estrutura relativamente enxuta (FIGURA 2) se considerarmos apenas os funcionários da sede em Zurique (Suiça), onde encontramos um secretariado composto por 13 (treze) pessoas divididas em 3 (três) Grupos de Trabalho (GTs) responsáveis pela análise do material sobre mudanças climáticas das inúmeras pesquisas científicas desenvolvidas por vários centros de pesquisa pelo mundo. Há também uma unidade conhecida como Força-Tarefa em Inventários Nacionais de Gases do Efeito Estufa (TFI, em inglês), um órgão responsável por propor ou criar metodologias e processos de modelagem para possibilitar o recolhimento de dados estatísticos sobre a emissão de gases-estufa por parte dos países membros, 4 (quatro) Unidades de Suporte Técnico (TSUs, em inglês), que seriam Universidades convidadas para serem consultoras de cada relatório e atender às demandas urgentes, como supostos erros ou conflitos de interesses dentro de cada GT ou TFI. Os diferentes membros dessas instituições também podem participar de outras organizações dentro do Painel, como o Bureau do IPCC que é composto pelo presidente do IPCC, seus vice- presidentes e os co-presidentes e vice-presidentes dos Grupos de Trabalho, cujo objetivo central é a orientação da organização, o planejamento dos relatórios e a facilitação da troca de informações entre os responsáveis de cada área.

FIGURA 2: Organograma estrutural do IPCC

(Fonte: http://www.ipcc.ch/organization/organization_structure.shtml#excom. Acessado em 22 de fevereiro de 2014 )

Sobre os diferentes Grupos de Trabalhos (GTs), são seus resultados e análises que dão origem ao relatório quinquenal e se dividem em três diferentes estruturas:

xAs Bases das Ciências Físicas (GT1): responsável por avaliar os estudos sobre os aspectos científicos físicos das mudanças climáticas e seu sistema. Trata-se, portanto, de um grupo que busca as interpretações científicas que nos levam a compreender se estamos passando por um período de mudanças climáticas ou de variabilidade climática e qual o tamanho deste impacto nos meios biofísicos; xImpactos das Mudanças Climáticas, Adaptação e Vulnerabilidade (GT2): visa compreender os impactos diretos e indiretos das mudanças climáticas sobre ecossistemas e sistemas socioeconômicos, sendo estes positivos ou negativos, além

de tratar de temas como vulnerabilidade, desenvolvimento sustentável e adaptação para diferentes recursos socioeconômicos e naturais, como saúde humana e sistemas costeiros em diferentes regiões do planeta, como a América Latina e pequenas ilhas.

xMitigação das Mudanças Climáticas (GT3): busca compreender e oferecer alternativas para impedir ou limitar a emissão de gases estufa pelos países e seus processos econômicos, tratando de fornecer opções de curto e longo prazo para a mitigação das mudanças climáticas a partir de análises de custo e benefício de novas alternativas ambientalmente sustentáveis.

Embora diferentes, podemos notar claramente que os três GTs se relacionam, sendo o primeiro responsável pela organização dos dados das ciências físicas que justificam a preocupação com a questão das mudanças climáticas, o segundo apresentando os impactos destas alterações nos ecossistemas e sociedades destacando as áreas de vulnerabilidade e o ultimo evidenciando as soluções possíveis para a mitigação dos efeitos apresentados no GT2.

Porém, na base de todo trabalho do IPCC, encontramos uma série de autores voluntários, indicados por governos e organizações não governamentais para formarem o Grupo de Autores Principais (LAs, em inglês) e a Coordenação dos Autores Principais (CLAs, em inglês), pesquisadores na arena das mudanças climáticas selecionados pelo IPCC buscando respeitar alguns critérios, como a representação geográfica dos participantes e a distribuição igualitária de gênero. Cada capítulo do Relatório apresenta geralmente duas CLAs, uma em um país desenvolvido e outra em um “em desenvolvimento”, sendo essa coordenação responsável pelo trabalho das LAs e podendo receber a contribuição de “lead authors” ao longo do processo. Além dos autores, também encontramos uma série de revisores-editores também voluntários, responsáveis por analisar o texto dos autores, lidar com os temas mais controversos dos textos e oferecer alternativas de abordagens para os Relatórios, com uma preocupação maior com o texto e aproximação da divulgação científica dos dados. Também existem os revisores-especialistas, que buscam comentar sobre a validade dos dados científicos, técnicos ou socioeconômicos nos diferentes estágios da produção do Relatório, sobre os quais trabalharemos mais adiante.

Embora enxuta na Sede, podemos notar que os Relatórios de Avaliação do IPCC envolvem milhares de membros entre autores principais e diferentes revisores. Para a realização do AR4, o qual discutiremos nesta tese, foram utilizados os trabalhos de mais

de 3.500 autores distribuídos por mais de 130 países (450 LAs, 800 revisores-editores e 2.500 especialistas), resultando em mais de 90.000 comentários de revisão dos textos.

Financeiramente, a estrutura do IPCC é sustentada pela IPCC Trust Foundation, que delibera sobre o uso dos recursos recebidos da ONU e de contribuições voluntárias oferecidas por países e/ou organizações que trabalham com as questões climáticas.14 No início de cada ano, durante a primeira conferência do Painel, as contas do ano anterior são apresentadas e aprovadas.

O primeiro passo para a produção do relatório do IPCC é a realização de uma “reunião de escopo” na qual será definida a estrutura geral do relatório. De posse dos primeiros tópicos que serão abordados e de uma visão geral do que se tornará o relatório, temos as escolhas dos Coordenadores de Autores Principais (CLAs) e dos Autores Principais (Las), que são selecionados a partir de listas oferecidas pelos países membros, por organizações não governamentais e pela estrutura interna do IPCC, seguindo, como explicamos anteriormente, critérios geográficos, socioeconômicos e de gênero, buscando um equilíbrio entre os continentes, o desenvolvimento dos países e os gêneros, porém priorizando a análise do currículo de publicações e trabalhos dos possíveis nomes selecionados. Com os autores escolhidos, começam os trabalhos para a realização da primeira versão do relatório. Vale frisar que autores convidados, mesmo que não selecionados para a escrita do texto final, podem participar como revisores especialistas que também tem papel fundamental no texto organizado pelo Painel.

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Os dados de 2015 podem ser vistos em

http://www.ipcc.ch/apps/eventmanager/documents/37/010320160933 -Doc.%202%20- %20IPCC%20Programme%20and%20Budget.pdf

FIGURA 3: Esquema para a divulgação do Relatório de Atividades

(Adaptado de http://www.ipcc.ch/organization/organization_procedures.shtml . Acessado em 22 de fevereiro de 2014)

Na primeira versão do relatório, busca-se uma análise dos avanços técnicos do IPCC em relação à versão anterior, privilegiando as informações científicas e socioeconômicas disponíveis no Painel. Sabe-se que o Relatório de Avaliação é um processo final de um longo ciclo e entre eles, os diferentes trabalhos realizados ficam à disposição dos membros do Painel graças às redes de apoio entre a instituição, os países membros e seus centros de pesquisa. Esses dados são referências para a escrita do novo material pelos LAs e, com esse passo elaborado, temos a revisão realizada por especialistas e membros dos governos que compõem o Painel. Cabe aos Coordenadores dos LAs realizarem o elo e associação entre a autoria e os comentários da revisão. Convém salientar também que todos os comentários são públicos e de acesso geral.