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GESTÃO DE CAPITAL

No documento RELATÓRIO E CONTAS 2008 VOLUME 2 (páginas 117-168)

2008 2007 Fundos de acções 25.936

39. GESTÃO DE CAPITAL

 

Os objectivos de gestão do Capital na Caixa Geral de Depósitos, norteiam-se pelos seguintes princípios gerais:

- Cumprir com as exigências regulamentares estabelecidas pelas Autoridades de Supervisão, nomeadamente pelo Banco de Portugal e pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros; - Gerar uma rentabilidade adequada para a empresa, com criação de valor para o accionista,

proporcionando-lhe a remuneração dos capitais aplicados;

- Sustentar o desenvolvimento das operações que a CGD está legalmente autorizada a praticar, mantendo uma sólida estrutura de capitais, capaz de responder ao crescimento da actividade e aos riscos dela decorrentes;

- Assegurar a reputação da Instituição e do Grupo, através da preservação da integridade das operações praticadas no decurso da sua actividade.

Para atingir os objectivos descritos, a Caixa Geral de Depósitos procede a um planeamento das suas necessidades de capital a curto e médio prazo, tendo em vista o financiamento da sua actividade, sobretudo por recurso ao auto-financiamento e à captação de recursos alheios. Esse planeamento é efectuado a partir das estimativas internas de crescimento das operações de balanço e o financiamento através de recursos alheios é feito, primordialmente, pela emissão de dívida subordinada, a qual integra os Fundos Próprios Complementares, dentro de determinados limites.

As principais exigências regulamentares em vigor assentam no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, o qual assume um papel

primordial na regulamentação prudencial portuguesa, reflectindo, em larga medida, as Directivas comunitárias aplicáveis ao sistema financeiro. O referido RGICSF contempla diversos domínios de regulação com influência na gestão do Capital, de que se salientam:

- Obrigatoriedade de um Capital Social mínimo de 17,5 milhões de euros, para as Instituições de Crédito;

- Determinação de que os Fundos Próprios nunca poderão ser inferiores ao Capital Social mínimo e que pelo menos 10% dos lucros líquidos apurados em cada exercício deverão ser afectos às Reservas Legais, até ao montante do Capital Social;

- A aplicação de instrumentos de carácter preventivo, como seja a exigência de o denominado Rácio de Solvabilidade não poder ser inferior a 8%, o que na prática corresponde à necessidade de as Instituições de Crédito afectarem determinados volumes de Capital para fazer face a perdas inesperadas que possam ocorrer;

- A imposição de limites à concentração de riscos face a um cliente ou grupo de clientes, através da introdução de percentagens indexadas ao valor dos Fundos Próprios, as quais, em termos individuais, se cifram em 20% para o próprio Grupo e em 25% para os restantes. Com esta medida privilegia-se a diversificação das carteiras, dado o risco de contaminação que pode existir num dado Grupo, em caso de incumprimento por uma ou mais entidades pertencentes a esse Grupo;

- Os limites às participações em outras sociedades - que não sejam nem Instituições de Crédito, nem empresas do sector Segurador -, as quais não devem ultrapassar, se consideradas individualmente, 15% dos Fundos Próprios da instituição participante e 60% desses Fundos, se for tomado o conjunto das participações qualificadas.

Para além destas exigências, há ainda outras regras prudenciais a que os Bancos estão sujeitos, as quais, em conjunto com as apresentadas, devem ser entendidas como um complemento importante de uma gestão prudente dos riscos por parte das Instituições, a qual se deverá basear,

essencialmente, nos dispositivos internos de avaliação e controlo por si montados, tendo em conta as responsabilidades perante os accionistas, depositantes e restantes credores. Exemplo destas regras complementares são as orientações que o Banco de Portugal difunde habitualmente para o sistema financeiro, as quais poderão assumir um carácter de exigência ou de recomendação, como no caso da recente Carta-Circular nº 83/08, de 12/11, na qual o Banco de Portugal recomenda o reforço dos níveis de capitalização das instituições de crédito, para fazerem face à conjuntura internacional de crise e de recessão. Essa recomendação aponta um rácio mínimo de 8% para os Fundos Próprios de Base (Tier I), a atingir até 30 de Setembro de 2009.

A maioria dos requisitos e limites prudenciais têm por base o conceito de Fundos Próprios, os quais correspondem ao capital regulamentar mínimo imposto pelo regulador. O seu cálculo regular e obrigatório foi introduzido na legislação nacional pela publicação do Aviso nº 12/92, de 22 de Dezembro, do Banco de Portugal. Este diploma, bem como o referente ao Rácio de Solvabilidade (Aviso nº 1/93, de 19 de Maio), decorre da aprovação, em 1988, do primeiro Acordo de Basileia, e foi complementado em 1996 com o Aviso do Banco de Portugal nº 7/96, de 29/12, o qual veio acrescentar aos requisitos de capital previstos no Aviso nº 1/93 (riscos de crédito), os decorrentes dos riscos de mercado e cambial.

O normativo de Basileia I foi substituído em 1 de Janeiro de 2008 pelo denominado Novo Acordo de Capital Basileia II, o qual contempla, para além de novas metodologias de cálculo dos requisitos mínimos de fundos próprios mais sensíveis ao risco (Pilar I), um conjunto de exigências relativas à auto-avaliação e determinação por parte das Instituições de Crédito do nível de capital interno considerado adequado ao seu perfil de risco (Pilar II), constituindo esse montante apurado, o capital económico do banco. Apesar de este capital não constituir a solução para todas as contingências de crise ou de recessão que possam ocorrer, é tido como fundamental para o amortecimento dos impactos negativos que advêm para a actividade das instituições de crédito, em cenários e conjunturas desfavoráveis como a actual. Torna-se assim muito importante para as Instituições o planeamento da evolução do seu capital interno, tendo em vista assegurar a sua adequação, numa base permanente, aos riscos incorridos em cada momento, de forma a ser possível fazer face às perdas não esperadas, servindo como uma espécie de caução, no caso de estas virem a ocorrer. De acordo com esta perspectiva, pode afirmar-se que a nova estrutura de adequação do capital imposta por Basileia II se pode revelar um importante veículo de melhoria da avaliação e da gestão dos riscos a que uma instituição de crédito está sujeita, devendo os modelos de risco de crédito, tendencialmente, culminar numa maior proximidade entre capital regulamentar e capital económico, sendo expectável que esses modelos passem a ser utilizados não só para as decisões de crédito como também para cálculo dos fundos próprios.

Para analisar e dar resposta ao cumprimento dos requisitos legais impostos pela Supervisão Bancária, a Caixa Geral de Depósitos dispõe de um Departamento próprio de Informação

Prudencial, que trabalha em articulação com os diversos Departamentos internos, em especial com a área de Gestão de Risco, bem como com as diferentes entidades que compõem o Grupo.

No quadro seguinte resume-se a composição do Capital Regulamentar da Caixa Geral de Depósitos, nos finais de 2008 e de 2007, para a sua actividade individual.

(milhões de Euros)

Variação

(Dez/2008-Dez/2007)

A - FUNDOS PRÓPRIOS BASE (TIER I) 3.797 4.057 261

Capital Social 3.100 3.500 400 Reservas e Resultados Transitados 706 1.022 316 Resultado Líquido 366 191 (175) Impactos de transição IAS (regime transitório) 177 141 (35)

Deduções aos F. P. Base (552) (796) (244)

B - FUNDOS PRÓP.COMPLEMENTARES (TIER II) 3.018 2.969 (49)

Passivos subordinados c/ venc. indeterminado 710 710 - Passivos subordinados c/ venc. determinado 1.898 2.029 131 Reservas de Reavaliação 410 230 (180) Outros elementos - - -

C - DEDUÇÕES AOS F. P. TOTAIS (34) (36) (2)

Participações em empresas e Seguros e em Instituições de Crédito - - - Outras Deduções (34) (36) (2)

D - TOTAL DE FUNDOS PRÓPRIOS ELEGÍVEIS(A+B+C) 6.781 6.990 210

E - POSIÇÕES DE RISCO PONDERADAS 59.577 59.768 191

Variação

(Dez/2008-Dez/2007)

TIER I (A/E) 6,4% 6,8% 0,4%

TIER II (B/E) 5,1% 5,0% -0,1%

DEDUÇÕES (C/E) -0,1% -0,1% 0,0%

RÁCIO DE SOLVABILIDADE (D/E) 11,4% 11,7% 0,3%

RÁCIOS

31-12-2007 31-12-2008

31-12-2008 31-12-2007

Conforme se pode verificar no quadro anterior, o valor final dos Fundos Próprios resulta do somatório de 3 grandes agregados, sendo que os montantes considerados apresentam algumas diferenças em relação aos valores constantes do Balanço, traduzindo a aplicação de filtros prudenciais pelo regulador. Assim:

- Fundos Próprios de Base ou Tier I: Correspondem aos Capitais de maior estabilidade do Banco. As suas principais componentes e valores considerados nos Fundos Próprios são:

- O Capital Social, as Reservas (excepto as de Reavaliação) e os Resultados Transitados, correspondem, na íntegra, aos valores contabilísticos;

- O Resultado do Exercício, o qual é incluído nos Fundos Próprios líquido dos dividendos a entregar ao Estado e apenas se tiver sido objecto de certificação por Revisor Oficial de Contas; - Os Impactos de transição, que correspondem aos encargos com os benefícios dos

trabalhadores que resultaram da introdução das IAS (Plano Médico e outros encargos com a saúde) e cujas deduções aos Fundos Próprios foram objecto de diferimento, inicialmente, por 5 ou por 7 anos. Em 2008 estes períodos de diferimento foram alargados em mais 3 anos, através do Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro, do Banco de Portugal;

- As deduções aos Fundos Próprios de Base, as quais correspondem a diversas rubricas que o regulador considerou necessário introduzir, numa perspectiva de prudência, como factores de correcção. Incluem-se as Contribuições para o Fundo de Pensões ainda não relevadas como custo do exercício, o Imobilizado Incorpóreo e as Reservas de Reavaliação Negativas, das quais o Banco de Portugal veio excluir, pelo Aviso nº 6/2008, de 14 de Outubro, as perdas não realizadas em títulos de dívida, classificados como disponíveis para venda. Até Setembro de 2007 incluía-se também nestas deduções a parcela dos Impostos Diferidos Activos que ultrapassasse 10% dos Fundos Próprios de Base, tendo este limite sido revogado pelo Aviso do Banco de Portugal nº 9/2008, de 28 de Outubro.

Fundos Próprios Complementares ou Tier II: São constituídos, essencialmente, pelas Reservas de Reavaliação positivas de alguns activos e por Passivos Subordinados sujeitos a aprovação prévia pelo Banco de Portugal. Das Reservas de Reavaliação positivas passaram a ser excluídos, a partir de Outubro de 2008, os ganhos não realizados em títulos de dívida classificados como disponíveis para venda, de acordo com a entrada em vigor do já referido Aviso nº 6/2008, de 14 de Outubro, do Banco de Portugal.

O valor destes Fundos Próprios Complementares não pode ultrapassar o referente aos Fundos Próprios de Base e a sua decomposição é a seguinte:

- Dívida Subordinada, sendo a de vencimento determinado considerada no segmento Lower Tier II apenas até ao limite de 50% dos Fundos Próprios de Base, enquanto a de vencimento indeterminado é considerada na totalidade, no segmento Upper Tier II;

- Reservas de Reavaliação positivas, as quais são incluídas nos Fundos Próprios Complementares apenas por 45% do seu montante.

Deduções aos Fundos Próprios: Referem-se a um conjunto de deduções que resultam de imposições do regulador, nomeadamente:

- Montantes relacionados com os imóveis em reembolso de crédito próprio em poder da Instituição, há mais de quatro anos;

- Eventuais ultrapassagens aos limites estabelecidos para efeito de Grandes Riscos que, no caso dos elementos prudenciais individuais, correspondem a 20% dos Fundos Próprios para as exposições perante o próprio Grupo Caixa e 25% para as exposições perante outros Grupos; - Excedentes que possam ocorrer nas participações qualificadas (superiores a 5%) em empresas

que não sejam Financeiras ou Seguradoras, e cujo montante seja superior, individualmente, a 15% dos Fundos Próprios ou a 60% dos mesmos, no caso do montante agregado deste tipo de participações.

Em termos dos Requisitos de Capital no âmbito de Basileia I, utilizados até 31/12/2007, os activos ponderados eram hierarquizados em 4 factores de risco (0%, 20%, 50% e 100%), de acordo com a natureza de cada activo e de cada contraparte, bem como de eventuais garantias que pudessem existir. Um tratamento idêntico era adoptado para as posições extra-patrimoniais associadas às garantias prestadas e a outros compromissos potenciais assumidos.

A partir de 1 de Janeiro de 2008, as Instituições de Crédito passaram a aplicar no cálculo dos Requisitos de Capital os normativos decorrentes do Novo Acordo de Basileia (Basileia II), o que na Caixa se traduziu na aplicação do método padrão para efeito do risco de crédito.

A metodologia adoptada é uma evolução de Basileia I e consiste em atribuir ponderadores às

posições em risco (activos e elementos extra-patrimoniais convertidos em equivalentes de crédito) em função da sua natureza, tipo de contraparte e da existência de garantias (reais ou pessoais).

Face a Basileia I, as principais alterações advêm da possibilidade de se utilizarem ratings atribuídos por agências de notação externa reconhecidas (ECAIs) para aferição do ponderador de risco e da existência de tratamento específico para operações de securitização, conforme regulado pelo Aviso do Banco de Portugal n.º 7/2007.

Em 2008 foi também introduzido o novo risco operacional, dando origem à necessidade de as Instituições calcularem Requisitos de Capital adicionais para a sua cobertura. Segundo o método básico de análise de riscos operacionais utilizado pela Caixa, o capital em risco operacional ascendia a 3.643 milhões de euros. É intenção estratégica da CGD evoluir para o método de notações

No que respeita à periodicidade de reporte ao Banco de Portugal, os Fundos Próprios em base Individual têm de ser remetidos mensalmente, até 30 dias após a data do reporte. A periodicidade destes relatórios demonstra o grau de acompanhamento que é feito à evolução dos Fundos Próprios, o que significa que também a Situação Líquida da Instituição é, indirectamente, objecto de controlo regular por parte da Autoridade de Supervisão.

A Caixa Geral de Depósitos, S.A. (Caixa ou CGD), fundada em 1876, é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos. A transformação em sociedade anónima ocorreu em 1 de Setembro de 1993, através do Decreto - Lei nº 287/93, de 20 de Agosto, que aprovou igualmente os respectivos estatutos. Em 23 de Julho de 2001, a Caixa incorporou por fusão o Banco Nacional Ultramarino, S.A. (BNU).

A CGD desenvolve a sua actividade numa óptica de banca universal. Para a realização das suas operações, em 31 de Dezembro de 2008 a Caixa contava com uma rede nacional de 832 agências, uma Sucursal em França com 46 agências, uma Sucursal em Timor com 8 agências, Sucursais em Espanha, Londres, Luxemburgo, Nova Iorque, Ilhas Cayman e Zhuhai e uma Sucursal Financeira Exterior na Madeira.

A Caixa participa ainda, directa e indirectamente, no capital de um conjunto significativo de empresas nacionais e estrangeiras, nomeadamente em Espanha, Cabo Verde, Moçambique, África do Sul, Brasil e Macau, nas quais detém posições maioritárias. Estas empresas constituem o Grupo Caixa Geral de Depósitos (Grupo) e posicionam-se em diversos sectores, como sejam, banca, seguros, banca de investimento, corretagem, capital de risco, área imobiliária, gestão de activos, crédito especializado, comércio electrónico e actividades culturais. A Caixa detém também participações em empresas de sectores não financeiros da economia Portuguesa.

As demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2008 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 19 de Março de 2009.

As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008 da CGD e de parte das suas filiais e associadas estão pendentes de aprovação pelas correspondentes assembleias gerais. No entanto, o Conselho de Administração da Caixa admite que as demonstrações financeiras utilizadas na

preparação das contas consolidadas venham a ser aprovadas sem alterações significativas. 2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2008 foram preparadas com base nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia, na sequência do Regulamento (CE) Nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho e das disposições do Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro. 2.2. Adopção de normas (novas ou revistas) emitidas pelo “International Accounting Standards

Board” (IASB) e interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretation Commitee” (IFRIC), conforme adoptadas pela União Europeia

No exercício de 2008 a Caixa adoptou na preparação das suas demonstrações financeiras as normas e interpretações emitidas pelo IASB e pelo IFRIC, respectivamente, desde que endossadas pela União Europeia, com aplicação em exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2008. As alterações com relevância para a CGD foram as seguintes: - IAS 39 (Emenda) e IFRS 7 (Emenda) – “Reclassificação de activos financeiros” – Com esta emenda, aprovada pelo IASB em 13 de Outubro de 2008, passou a ser permitida a reclassificação de alguns activos financeiros classificados como activos financeiros detidos para negociação ou disponíveis para venda para outras categorias. Continua a não ser permitida a reclassificação de activos financeiros relativamente a activos classificados na categoria (ou para a categoria) ao justo valor através de resultados. As reclassificações de activos financeiros efectuadas até 31 de Outubro de 2008 beneficiaram de um regime transitório, no âmbito do qual foi permitida a sua aplicação com efeitos retroactivos a 1 de Julho de 2008. Foram ainda definidos requisitos específicos de divulgação ao abrigo do IFRS 7 para as entidades que efectuem reclassificações de activos financeiros, os quais são apresentados na Nota 8.

tem por objectivo clarificar os critérios de aplicação do IFRS 2 a determinadas transacções cuja liquidação ocorra através da entrega de acções, sendo de aplicação obrigatória em exercícios iniciados em ou após 1 de Março de 2007, não tendo a sua adopção

apresentado impacto na preparação das demonstrações financeiras do exercício de 2008. - IFRIC 14 – “Limite no reconhecimento de activos em planos de benefício definido,

requisitos mínimos de financiamento e a sua interacção” – Esta interpretação clarifica os requisitos de registo de um activo associado a planos de benefício definido, assim como os efeitos contabilísticos associados ao reconhecimento de responsabilidades decorrentes de requisitos mínimos de financiamento do plano. É de aplicação obrigatória em exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2008. Esta interpretação está em linha com os procedimentos que já eram adoptados pela Caixa, pelo que a sua introdução não teve impacto na preparação de informação relativa a este exercício.

Em 31 de Dezembro de 2008, encontravam-se disponíveis para adopção antecipada as seguintes normas (novas e revistas) e interpretações emitidas pelo IASB e pelo IFRIC, respectivamente, endossadas pela União Europeia:

- IFRS 8 – “Segmentos operacionais” – Esta norma define os requisitos de divulgação de informação sobre segmentos, substituindo o IAS 14 – “Relato por Segmentos”. É de aplicação obrigatória em exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009.

- IAS 1 (Alterada) – “Apresentação das Demonstrações Financeiras” – Esta norma introduz alterações ao nível da denominação e dos requisitos de apresentação das demonstrações financeiras, assim como de determinadas transacções com efeito em rubricas de capitais próprios. É de aplicação obrigatória em exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009.

- IAS 1 (Emenda) – “Apresentação de demonstrações financeiras – Instrumentos financeiros com uma opção put e obrigações decorrentes de uma liquidação” e IAS 32 (Emenda) – “Instrumentos financeiros: Apresentação” – A revisão efectuada ao texto destas normas esclarece essencialmente os critérios que deverão ser considerados no âmbito da classificação enquanto passivo financeiro ou instrumento de capital próprio de instrumentos financeiros com uma opção put (opção que permite ao detentor do

instrumento financeiro exigir ao emitente a sua recompra ou liquidação, através da entrega de dinheiro ou outro instrumento financeiro). Neste âmbito, foram ainda definidos

requisitos específicos de divulgação para estes instrumentos financeiros ao abrigo do IAS 1. A adopção das normas revistas é de aplicação obrigatória em exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009.

emitidas as seguintes normas e interpretações, ainda não endossadas pela União Europeia: - IFRS 3 (Alterada) – “Concentrações de actividades empresariais” e IAS 27 –

“Demonstrações financeiras consolidadas e individuais” – A revisão efectuada ao texto destas normas introduz alterações na mensuração e registo do “Goodwill” apurado no âmbito de concentrações de actividades empresariais, quer no momento inicial, quer na consideração do impacto de eventos posteriores a essa data com efeito no justo valor da entidade adquirida e no tratamento contabilístico de aquisições efectuadas em diversas fases. Vem ainda definir o tratamento contabilístico a adoptar no registo de transacções com acções de filiais, com e sem manutenção de controlo. A adopção das normas revistas é de aplicação obrigatória em exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Julho de 2009.

- IAS 27 – “Demonstrações financeiras consolidadas e separadas – Custo de um investimento numa subsidiária, entidade conjuntamente controlada ou associada”

(Emenda) – A revisão efectuada ao texto da norma clarifica os critérios de mensuração de um investimento numa subsidiária, entidade conjuntamente controlada ou associada no âmbito da reestruturação de um grupo com alterações ao nível da empresa mãe. A

No documento RELATÓRIO E CONTAS 2008 VOLUME 2 (páginas 117-168)