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Gestão do Projeto – Nível Tático-operacional

Século XX: Modernidade e Modernização na Construção da Capital Capixaba ”, de Maria da

ANEXO 1: QUESTIONÁRIO SEMIESTRUTURADO DA PESQUISA EMPÍRICA

3. Gestão do Projeto – Nível Tático-operacional

O nível tático-operacional é exercido pela Equipe Local do Terra Mais Igual e pela Equipe Ampliada, em parceria com a comunidade através das Comissões e Subcomissões de Moradores.

3.1. Escritório/Equipe Local

A Equipe Local do Projeto é composta por profissionais das áreas social, ambiental e urbanística, responsável pela coordenação do Terra Mais Igual nos territórios, articulando os diferentes atores públicos e sociais na elaboração, implementação e monitoramento dos Planos de Desenvolvimento Local Integrado – PDLI. Cabe a Equipe Local do Terra Mais Igual:

• Gerenciar a implementação do Terra Mais Igual no nível local, tendo como ferramenta o Plano de Desenvolvimento Local Integrado;

• Promover a integração das políticas públicas e a participação da comunidade em todas as fases do Projeto; • Alavancar parcerias;

• Exercer o papel de facilitador e articulador da implementação da gestão compartilhada;

• Organizar, mobilizar, e participar dos Fóruns, Assembleias e reuniões para discussão e acompanhamento do Plano de Desenvolvimento Local, em todas as suas fases;

• Acompanhar sistematicamente as famílias beneficiadas direta e indiretamente pelo Projeto, orientando e informando sobre as intervenções urbanas, questões sociais, ambientais e fundiárias;

• Mobilizar a comunidade para a efetiva participação no processo de mudança, visando garantir a sustentabilidade das intervenções sócioambientais e urbano-ambientais;

• Realizar o gerenciamento social das obras, acompanhando, sob a perspectiva social, as intervenções urbanísticas, de modo a propiciar que sua implantação traga menos transtornos às famílias;

• Trabalhar junto às organizações sociais, visando o envolvimento, crescimento e co-responsabilização dessas instituições no alcance dos objetivos do Projeto;

• Atuar como parte da Equipe Ampliada e como referência e suporte desta, para o desenvolvimento das ações sociais na área.

3.2. Equipe Ampliada

A Equipe Ampliada é constituída por representantes das secretarias municipais em nível local e tem por objetivo articular as políticas públicas no território, visando à inclusão social e a promoção da cidadania, atendendo às demandas socioambientais identificadas pela equipe local do Projeto Terra. Participam da Equipe Ampliada os representes das secretarias municipais com atuação no território da Poligonal sob a coordenação da Gerente do Escritório Local de cada Poligonal.

A periodicidade das reuniões é definida de acordo com atividades específicas que demandem atuação de todos os equipamentos.

3.3. Comissão de Moradores

Espaço de interlocução das comunidades e Poder Público Municipal para planejamento, monitoramento e avaliação das ações e intervenções do Projeto Terra Mais Igual nos territórios. A Comissão de Moradores contribui para o exercício da cidadania e do controle social e dela participam: moradores, lideranças comunitárias, representantes do Poder Público, sob a coordenação do Gerente do Escritório Local de cada Poligonal. A periodicidade das reuniões é definida conforme a realidade de cada Poligonal, mas em geral, as reuniões ocorrem mensalmente.

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Na metodologia de trabalho da Comissão de Moradores está prevista a composição de subcomissões, cujas temáticas são definidas conforme o momento do trabalho e do território, dentre as quais destacamos a Subcomissão de Acompanhamento às Obras.

3.4. Subcomissão de Acompanhamento às Obras

Conforme o fluxo de trabalho, poderá ser constituída a Subcomissão de Acompanhamento às Obras, formada a partir da Comissão de Moradores, com a indicação de um grupo menor de representantes das comunidades para acompanhar o processo de planejamento, execução, entrega e avaliação das intervenções físicas, através de reuniões e visitas a campo (Fonte: Núcleo Gestor do Terra Mais Igual. Relatório de Transição – Programa Terra Mais Igual. Vitória, 2012, s/n.).

BAIRROS DA POLIGONAL 2

CRUZAMENTO: Na década de 40-50 somente a parte baixa era ocupada, tendo o governo construído algumas casas de conjunto para trabalhadores na esquina da atual Avenida Paulino Muller e Avenida Vitória. Na década de 60, com o crescimento da migração, os barracos proliferaram-se no morro adjacente a Jucutuquara. Desde então, somente o morro adotou o nome Cruzamento, sendo a parte baixa incorporada a Jucutuquara. Fonte: http://legado.vitoria.es.gov.br/regionais/bairros/regiao3/cruzamento.asp

FORTE SÃO JOÃO: Até o final dos anos 40 e princípios dos anos 50, todos os moradores enfrentavam grandes dificuldades, desde acesso ao bairro até a falta d'água. Sua população está concentrada nos morros do Forte, do Cruzeiro e das Três Marias. No final dos anos 40 e princípios dos 50, todos os moradores enfrentavam as mesmas dificuldades, desde o acesso ruim até a falta d'água. Mesmo abrigando um grande contingente populacional desde 1950, somente na década de 70 os moradores passaram a contar com água encanada (1975) e luz elétrica eficiente (1976).

Fonte: http://legado.vitoria.es.gov.br/regionais/bairros/regiao1/fortesaojoao.asp

ROMÃO: Em seu relevo, ele se caracteriza por duas áreas distintas, uma ao nível do mar, dotada de infra-estrutura, correspondendo a um percentual pequeno da totalidade do bairro; e outra, constituída por morro, com aproximadamente 110m, na sua cota mais elevada. A ocupação da área que compreende o bairro do Romão iniciou-se em 1952, com o estabelecimento de algumas famílias de migrantes da zona rural do norte do Espírito Santo. A área era desabitada e de fácil acesso, fator que favoreceu o processo de invasões. A parte plana do entorno do bairro, era constituída por um extenso manguezal, não despertando inicialmente interesse de ocupação. Os primeiros moradores chegaram e demarcaram os lotes nas partes mais elevadas do morro, que ofereciam melhores condições físicas para habitação.

Até o início dos anos 60, a expansão dos assentamentos se dava de forma lenta e dispersa. Os moradores se alojavam em pontos do morro e abriam caminhos para circulação no interior do espaço ocupado, sem conflito com o poder público. Segundo depoimentos, alguns chegaram a receber lotes doados pela Prefeitura de Vitória. Posteriormente, com o aterro do manguezal, ocorreu a conseqüente valorização da área que foi loteada. Os fatores que determinaram a formação do bairro foram a proximidade da área com o centro da cidade, além da facilidade com o transporte, pois na década de 50, o bonde passava na Avenida Vitória, importante via que interliga os bairros da zona norte com a região central. Este fato ainda é uma realidade, pois esta avenida, localizada no entorno do bairro, é servida por diversas linhas de transporte coletivo, que atendem todos os municípios da Grande Vitória.

Em 1963, com a vinda de migrantes do interior do Estado, houve o aumento acelerado e desordenado dos domicílios que se aglomeravam no morro. Tal fato gerou conflitos com o poder público municipal, que tentava através da fiscalização, desmanchar os barracos construídos de caixote, papelão ou lona. Em contrapartida, os moradores tornavam a construir os casebres, como forma de manifestar resistência aos atos praticados pelos poderes públicos. Entretanto a repressão não impediu o processo contínuo de ocupação que se intensificou nos anos 70, quando também passam a se alojar no Romão migrantes baianos e mineiros que chegavam a Vitória em busca de trabalho e sem nenhuma condição de pagar aluguel. Até o final dos anos 80 o bairro já estava intensamente habitado, e a luta pela posse da terra e melhorias urbanas se constituem em uma ação de união comunitária.

177 ANEXO 3: INDICADORES MUNICIPAIS E DADOS SOCIOECONÔMICOS E URBANÍSTICOS DOS BAIRROS SELECIONADOS/ESPAÇOS DA PESQUISA103