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Grupo IV Animais sadios submetidos a cateterismo central bilateral e uma sessão de hemodiálise clássica de seis horas de duração (uma sessão – mono-lúmen).

GI GII GIII GIV Pressão Venosa sistólica (mmHg)

Tempo 0 119,67 ± 22,14Aab 131,33 ± 29,02Aa 109,67 ± 23,47Ab 109,67 ± 10,38ACb Tempo 1 94,67 ± 12,37Ba 110,00 ± 16,73Bb 82,33 ± 11,48Ba 96,67 ± 10,01ABab Tempo 2 96,67 ± 60,41Bab 108,50 ± 8,80Ba 85,67 ± 10,84BCb 94,50 ± 12,39BDab Tempo 3 106,67 ± 13,78ABab 111,67 ± 11,69Ba 93,67 ± 14,77BDb 101,67 ± 11,69ACDab Tempo 4 97,00 ± 7,97B 100,33 ± 4,46B 103,20 ± 35,79AD 109,33 ± 9,00ACD Tempo 5 102,33 ± 6,86BCab 106,00 ± 8,10Bab 93,20 ± 18,63BDa 112,80 ± 29,58ACb Tempo 6 104,67 ± 4,67BC 104,00 ± 16,00B 99,00 ± 8,46ACD 110,33 ± 12,99AC Tempo 7 116,33 ± 11,13AC 102,67 ± 9,93B 107,67 ± 7,53AD 112,33 ± 18,99C

Tempo de Preenchimento Capilar (segundos)

Tempo 0 1,67 ± 0,52 1,83 ± 0,75 1,83 ± 0,41A 1,50 ± 0,55 Tempo 1 2,00 ± 0,63 1,50 ± 0,55 1,83 ± 0,75A 1,83 ± 0,41 Tempo 2 2,00 ± 0,63 1,50 ± 0,55 1,50 ± 0,84AB 1,50 ± 0,55 Tempo 3 1,83 ± 0,75 1,50 ± 0,55 1,33 ± 0,52AB 1,33 ± 0,52 Tempo 4 1,83 ± 0,98a 1,67 ± 0,52ab 1,20 ± 0,44Bb 1,67 ± 0,52ab Tempo 5 1,83 ± 0,75 1,50 ± 0,55 1,80 ± 0,45A 1,40 ± 0,55 Tempo 6 1,83 ± 0,75 1,83 ± 0,40 1,66 ± 0,51AB 1,66 ± 0,51 Tempo 7 1,50 ± 0,55 1,33 ± 0,52 1,17 ± 0,41B 1,50 ± 0,55 AB

médias seguidas por letras maiúsculas, na mesma coluna, diferem (P<0,05). ab

médias seguidas por letras minúsculas, na mesma linha, diferem (P<0,05).

* Grupo I: controle; Grupo II: Cateter duplo-lúmen e uma sessão de hemodiálise; Grupo III: Cateter duplo-lúmen e duas sessões de hemodiálise; Grupo IV: Cateter mono-lúmen e uma sessão de hemodiálise.

**Tempo 0: antes do início da hemodiálise (controle); Tempo 1: 30 minutos após o início da diálise; Tempo 2: 60 minutos após o início da diálise; Tempo 3: 120 minutos após o início da diálise; Tempo 4: 210 minutos após o início da diálise; Tempo 5: 300 minutos após o início da diálise; Tempo 6: 15 minutos após o término da diálise = 375 minutos; Tempo 7: 24 horas após a hemodiálise.

Valores de referência para pressão sanguínea sistólica: 100 - 130 (Magdesian, 2004).

Valores de referência para tempo de preenchimento capilar: 1 – 2 segundos (Gay e Radostits, 2002).

Nos grupos I e II o tempo 0 foi diferente (p<0,05) dos tempos 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. Os tempos 1, 2 e 3 diferiram (p<0,05) dos tempos 5, 6 e 7, e o tempo 4 diferiu do 7 (p<0,05). Apesar das diferenças detectadas, a diminuição da temperatura foi observada até o tempo 3, referente a duas horas de hemodiálise, para os animais do grupo I. Para o grupo III o tempo controle foi diferente (p<0,05) dos tempos 2 e 7. A amostra 7 apresentou diferença dos anteriores. Neste grupo a

temperatura mais baixa foi constatada apenas no tempo 1. No grupo IV o tempo 0 foi diferente dos tempos restantes, assim como o tempo 7 também. Como observado para os grupos I e II, os primeiros três tempos sugerem discreta hipotermia.

Comparando-se os grupos observa-se diferença (p<0,05) nos tempos 0 e 1 entre o grupo III e os demais. No tempo 2 não houve diferenças (p>0,05). Para o tempo

3 o grupo II foi diferente (p<0,05) dos grupos III e IV. Para o tempo 4 o grupo III diferiu (p<0,05) dos demais. Nos tempos 5 e 7 os grupos II e III apresentaram diferença (p<0,05) dos grupos I e IV. No tempo 6 não há diferenças (p>0,05).

Não foi observado hipertermia em nenhum dos grupos ou tempos. Contrariamente, em vários momentos a temperatura apresenta-se abaixo dos valores esperados. Spinosa e Górniak (2006) citam que a acepromazina pode levar a diminuição da temperatura, entretanto, todos os grupos, com exceção do grupo III, iniciaram as avaliações com temperaturas relativamente baixas. No grupo III, cuja temperatura no tempo 0 apresentou valor adequado, após a

administração do protocolo sedativo detectou-se queda da mesma. Assim, parece que a tranqüilização, neste momento, foi responsável pela queda da temperatura corporal.

A aferição da temperatura no tempo 0 foi realizada, para todos os animais, no horário entre 6:00 e 7:00 horas da manhã, período do dia em que a temperatura ambiente é mais amena. Visto que os animais permaneciam durante a noite a campo, a remissão matutina da temperatura retal pode ser considerada fisiológica neste momento. A temperatura média neste horário, no interior da sala de hemodiálise, foi de 21,00 ± 1,37 graus centígrados.

Tabela 34 – Mensuração da temperatura retal (ºC) de eqüinos hígidos submetidos à hemodiálise (média ± desvio padrão).

Grupos* Tempos**

GI GII GIII GIV

Tempo 0 36,17 0± 1,02Aa 36,13 ± 0,53Aa 37,65 ± 0,26ACb 36,33 ± 0,73Aa Tempo 1 36,98 ± 0,62Ba 37,41 ± 0,26Ba 36,85 ± 0,83ABCb 36,98 ± 0,38Ba Tempo 2 36,92 ± 0,63B 37,18 ± 0,36B 37,00 ± 0,78B 36,97 ± 0,76B Tempo 3 36,97 ± 0,76Bab 36,80 ± 0,27Ba 37,27 ± 0,19ABEb 37,03 ± 0,53Bab Tempo 4 37,25 ± 0,75BDa 37,10 ± 0,35BCa 37,72 ± 0,26Cb 37,08 ± 0,53Ba Tempo 5 37,40 ± 0,62CDa 37,30 ± 0,31Cab 37,66 ± 0,35CEb 37,30 ± 0,45BCa Tempo 6 37,55 ± 0,51CD 37,42 ± 0,24C 37,72 ± 0,48C 37,57 ± 0,41C Tempo 7 37,72 ± 0,33Ca 37,80 ± 0,39Da 38,38 ± 1,03Db 37,97 ± 0,37Da AB

médias seguidas por letras maiúsculas, na mesma coluna, diferem (P<0,05). ab

médias seguidas por letras minúsculas, na mesma linha, diferem (P<0,05).

* Grupo I: controle; Grupo II: Cateter duplo-lúmen e uma sessão de hemodiálise; Grupo III: Cateter duplo-lúmen e duas sessões de hemodiálise; Grupo IV: Cateter mono-lúmen e uma sessão de hemodiálise.

**Tempo 0: antes do início da hemodiálise (controle); Tempo 1: 30 minutos após o início da diálise; Tempo 2: 60 minutos após o início da diálise; Tempo 3: 120 minutos após o início da diálise; Tempo 4: 210 minutos após o início da diálise; Tempo 5: 300 minutos após o início da diálise; Tempo 6: 15 minutos após o término da diálise = 375 minutos; Tempo 7: 24 horas após a hemodiálise.

35 36 37 38 39 40 0 1 2 3 4 5 6 7 Tempos

GI GII GIII GIV

Figura 33 – Mensuração da temperatura retal (ºC) de eqüinos hígidos submetidos à hemodiálise.

Nos grupos I, II e IV, a manutenção da baixa temperatura nas primeiras horas de diálise pode também ter sido pronunciada pelo uso de acepromazina.

Os achados para os valores de temperatura retal discordam da observação de Massola (1995), que cita possível aumento na temperatura de indivíduos em hemodiálise, pois este procedimento acarreta hipercatabolismo. Neste estudo, a temperatura do dialisato foi regulada em 38,0ºC durante os 360 minutos de diálise em todos os grupos dialisados, o que possivelmente colaborou para auxiliar na manutenção da temperatura corporal dos animais durante a diálise.

Além dos exames de rotina, a pesagem dos pacientes em hemodiálise constitui-se de medida importante, por esta técnica levar a flutuações no volume plasmático extracelular, podendo determinar

alterações bruscas no peso corporal. A diminuição do peso pós-diálise indica perda de volume plasmático. Em insuficientes renais, via de regra, esta perda é necessária, mas em indivíduos sadios isso pode representar desidratação. De modo oposto, o ganho de peso pós- diálise indica retenção ou ganho de água durante este procedimento, o que é bem menos comum (Daugirdas e Van Stone 2003).

Com o intuito de acompanhar possíveis alterações no peso das éguas pré e pós- diálise, os animais foram também pesados em balança depois do término de cada sessão. Os valores de peso corporal antes e depois da hemodiálise estão citados na Tab. 35. Nesta tabela também são apresentados o valor do peso das fezes excretadas durante o período de 360 minutos da diálise. Descontando-se o valor das fezes, e a pesagem pós-diálise,

pode-se estimar a perda de peso real aproximada em cada grupo.

Em todos os tratamentos o peso pré e pós diálise não apresentou diferença (p>0,05) entre os grupos. O peso das fezes foi considerado apenas para caracterizar a perda real de peso dos indivíduos durante o procedimento de diálise, sendo por este fato não realizadas análises comparativas para estes dados.

Os animais foram alimentados às 16:00 horas do dia anterior, não sendo acompanhado a ingestão de alimento no transcorrer da noite, até o momento da

pesagem antes da hemodiálise. Neste período não houve restrição hídrica.

A perda de peso observada nos indivíduos igualou-se entre os grupos I, II e IV, sendo diferente destes o grupo III. Os dados da Tab. 35 sugerem que as perdas observadas ocorreram pela diminuição da água corporal total, e que esta diminuição não tem como causa a hemodiálise, visto que os animais do grupo I apresentaram a mesma média que os animais dos grupos II e IV.

Tabela 35 – Avaliação do peso corporal (kg) de eqüinos hígidos pré e pós-hemodiálise (média ± desvio padrão).

Tempos/Grupos* GI GII GIII GIV

Pré-hemodiálise 254,33 ± 31,38 243,00 ± 39,23 231,00 ± 37,68 265,50 ± 47,29 Pós-hemodiálise 246,17 ± 30,55 236,33 ± 39,38 236,83 ± 39,58 257,50 ± 52,82

Peso das fezes 4,23 ± 2,20 2,62 ± 1,59 0,53 ± 0,61 4,35 ± 1,86 Perda de peso 3,93 ± 2,98a 4,05 ± 5,57a 2,96 ± 7,73b 3,65 ± 4,56a ab

médias seguidas por letras minúsculas, na mesma linha, diferem (P<0,05).

* Grupo I: controle; Grupo II: Cateter duplo-lúmen e uma sessão de hemodiálise; Grupo III: Cateter duplo-lúmen e duas sessões de hemodiálise; Grupo IV: Cateter mono-lúmen e uma sessão de hemodiálise.

Com base nestes resultados o procedimento de hemodiálise neste estudo não acarretou ganho ou perda de peso, como era esperado.

4.7 - Eletrocardiograma

Chan (2004) descreveu a importância do eletrocardiograma em pacientes sob hemodiálise, em função da grande alteração do volume extracelular durante a diálise, o que pode colaborar para alterações na freqüência cardíaca. Além disso, como o banho de diálise contém eletrólitos como sódio, potássio e cálcio,

torna-se interessante a avaliação destes sobre o miocárdio.

Os parâmetros obtidos pelos traçados eletrocardiográficos nos animais deste estudo estão descritos nas Tab. 36 e 37 (Fig. 34 a 38), onde se observam diferenças (p<0,05) entre os tempos para os grupos I e II. No grupo I a amostras 3, 4, e 5 diferem (p<0,05) das amostras 0, sendo a 5 também diferente (p<0,05) da amostra 1. Já no grupo II a amostra 6 é diferente das amostras 4 e 5. Entre os tempos apenas a amostra 1 apresentou diferença (p<0,05), do grupo I, em relação aos grupos II e III. Para o grupo

IV não foi realizado análise estatística, já que o número de parcelas perdidas foi prejudicial à análise.

Apesar das diferenças encontradas todos os valores de duração de onda P encontrados estão de acordo com as recomendações de Brooijmans (1957) e Patteson (1996). Nenhuma alteração digna de nota foi constatada.

Para o intervalo PR observaram-se diferenças antre os tempos apenas no grupo II, sendo as amostras 4, 5 e 6 diferentes (p<0,05), da amostra 0 e 1.

Entre os grupos as amostras 0, 1 e 4 do grupo I, diferem (p<0,05), destes tempos nos grupos II e III, tendo estes dois últimos apresentados valores menores. Para o grupo IV não foi realizada análise estatística.

A semelhança dos resultados encontrados para a duração da onda P, os valores de intervalo PR para este estudo apresentam- se todos dentro dos limites de referência para eqüinos, não sendo detectado alterações indicativas de enfermidades cardíacas.

Tabela 36 – Avaliação dos parâmetros eletrocardiográficos (duração de onda P e intervalo PR) em eqüinos hígidos submetidos à hemodiálise (média ± desvio padrão).

Grupos* Tempos**

GI GII GIII GIV

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