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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.7 ANÁLISE DAS VARIÁVEIS MODERADORAS VERSUS APLICATIVOS

4.7.9 Google Play Games

Ainda que o smartphone possibilita a utilização de diversos aplicativos de jogos para lazer, diversão e escapismo, a maioria dos consumidores brasileiros entrevistados (54,4%), independentemente das características, informou nunca ter usado o Google Play Games. O exame sobre a frequência de uso do aplicativo com as variáveis moderados é exposto na Tabela 49.

Em relação a a idade, 7,23% dos respondentes mais novos informaram o uso permanente do aplicativo, valor maior que os mais velhos com 5,33%. Fato que corrobora com Venkatesh, Thong e Xu (2012) ao mencionarem que os jovens adotam mais a tecnologia em razão do divertimento que ela lhe proporciona.

Já para variável gênero, o uso mais frequente (F, QS e Sempre) se faz pelos respondentes do gênero masculino; apesar do feminino informar ser mais incessante. Este dado corrobora com o estudo de Dittmar, Long e Mekk (2004) ao informar que os homens conseguem se divertir mais com os jogos e aplicativos de entretenimento do que as mulheres.

Tabela 49 – Frequência do uso do Google Play Games para as variáveis moderadoras

Frequência de uso – Google Play Games

Variáveis Nunca MR R AV F QS Sempre Total

Idade Mais novos 504 127 96 100 47 36 71 981 Mais velhos 529 102 100 81 26 32 49 919 Gênero Feminino 539 120 111 93 32 32 66 993 Masculino 494 109 85 88 41 36 54 907 Experiência Menos experientes 587 130 121 108 44 40 75 1105 Mais experientes 446 99 75 73 29 28 45 795 Escolaridade Menor nível de escolaridade 481 126 100 91 38 40 84 960 Maior nível de escolaridade 552 103 96 90 35 28 36 940 Renda Menor renda 826 200 159 151 65 59 111 1571 Maior renda 207 29 37 30 8 9 9 329 Estado Civil Sozinho 564 131 108 92 41 34 70 1040 Acompanhado 469 98 88 89 32 34 50 860

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

Legenda: MR – Muito raramente; R – Raramente; AV – As vezes; F- Frequentemente; QS – Quase sempre.

Comparando os níveis de experiência, percebe-se maior utilização do aplicativo para os com menor experiência, cujos 14,38% dos consumidores que tem menor experiência relataram ser mais contínuo seu uso. Com o passar do tempo, os mais experientes perdem a atratividade por inovações que envolvem o prazer e passam a utilizar a tecnologia para fins mais práticos e utéis (VENKATESH, THONG e XU, 2012).

Em relação para o nível de escolaridade, tem-se um menor uso (Sempre) para os com de maior nível de escolaridade (3,82%), sendo o valor inferior aos 8,75% dos que tem menor instrução. Analisando a variável renda, as pessoas com menor renda utilizam de modo permanente 2,5 vezes mais que os de maior renda. Dessa forma, pessoas com baixas condições financeiras e de escolaridade podem utilizar os jogos como meio de compensação e escapismo.

Sobre o estado civil a utilização mais frequente (F, QS e Sempre) se dá para os sozinhos (13,94%), mas seu uso é muito parecido com os acompanhados (13,48%). Ou seja, em razão de ter mais tempo e estilo de vida ser mais independente, são os solteiros, divorciados e viúvos que utilizam mais este aplicativo.

4.7.10 OLX

Apesar do aplicativo OLX ser pouco utilizado pelos brasileiros, os resultados ilustrados na Tabela 50 mostram que em relação à idade, o maior uso (Sempre) é dos respondentes mais velhos, com idade superior a 32 anos, com percentual de 7,5. Kwon e Noh (2010), que estudaram o comportamento de compra de roupas on-line entre os consumidores americanos mais velhos (os nascidos antes de 1964), descobriram que a percepção de benefícios do produto, desconto de preço e risco financeiro são itens que podem afetar a sua intenção de compra. Assim, no Brasil, apesar de ser pouco utilizado, o aplicativo apresenta maior aceitação pelos mais velhos, corroborando com os estudos de Jones e Fox (2009) quando afirmam que os americanos mais velhos (de 33 a 44 anos) compram mais produtos online do que os mais jovens.

Tabela 50 – Frequência do uso do OLX para as variáveis moderadoras

Frequência de uso – OLX

Variáveis Nunca MR R AV F QS Sempre Total

Idade Mais novos 500 123 99 128 51 30 50 981 Mais velhos 495 92 94 89 54 26 69 919 Gênero Feminino 543 110 97 111 52 23 57 993 Masculino 452 105 96 106 53 33 62 907 Experiência Menos experientes 599 116 110 117 56 29 78 1105 Mais experientes 396 99 83 100 49 27 41 795 Escolaridade Menor nível de escolaridade 512 96 93 108 58 24 69 960 Maior nível de escolaridade 483 119 100 109 47 32 50 940 Renda Menor renda 825 178 153 174 93 51 97 1571 Maior renda 170 37 40 43 12 5 22 329 Estado Civil Sozinho 559 124 99 117 54 28 59 1040 Acompanhado 436 91 94 100 51 28 60 860

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

Legenda: MR – Muito raramente; R – Raramente; AV – As vezes; F- Frequentemente; QS – Quase sempre.

Quando verificado sobre o gênero que mais utiliza o aplicativo, percebe-se que o gênero masculino é o maior utilizador, isto é, quando analisadas as frequências de “Frequentemente” a “Sempre”, 16,53% dos homens da amostra relatam seu contínuo uso,

enquanto que as mulheres aparecem com 13,30%. Este fato corrobora com os estudos Faqhi (2016) ao afirmar que o gênero feminino tem um baixo nível de auto-eficácia em dominar a tecnologia, são mais preocupadas com os riscos em divulgar seus dados pessoais e apresentam desconfiança para realizar compras virtualmente.

Analisando a experiência, tem-se que os respondentes menos experientes, com 5 anos ou menos, possuem maior uso (Sempre) do aplicativo (7,05%), porém o comportamento dos mais experientes é similar quando feita a soma das maiores frequências (menos experientes com 14,75% e os mais experientes com 14,71%). Pantano e Priporas (2016) alegam que conforme os consumidores percebem as vantagens das compras online, mais disposto se torna a utilizar essa ferramenta online.

Referente ao nível de escolaridade, percebe-se que o maior uso é dos que possuem menor nível de escolaridade (7,18%). Assim, por não contribuir com o desenvolvimento intelectual, os com maior nível de escolaridade tendem a não utilizar o aplicativo de compras. Sobre a variável renda, o maior uso (Sempre) se dá entre os que possuem maior renda; no entanto quando unidas as escalas “Frequentemente” a “Sempre”, são das Classe C, D e E que mais utilizam esse aplicativo. Por se tratar de um software que refere-se a compra e venda de produtos novos e usados, possibilitando que a compra aconteça em uma localização próxima entre o vendedor e o comprador; o uso mais contínuo dos de menor renda podem estar atrelados aos valores e oportunidade de um rendimento extra ao mesmo tempo em que para aqueles que possuem maior renda podem estar associados ao anonimato (já que não há a necessidade de se cadastrar), facilidade em negociação sem sair de casa, como também economia de tempo e esforço.

Já para a variável estado civil, verifica-se um uso maior entre os respondentes que são acompanhados, isto é, tanto para os casados ou em união estável que usam sempre (6,97%) ou de frequentemente a sempre (16,16%), são eles que mais utilizam esse aplicativo de compras. Fato que pode estar relacionado à preocupação com as despesas domésticas, uma vez que os produtos podem ser mais baratos (uma vez que também se negocia bens usados e consequentemente com preços menores) como também de venderem objetos que não usam mais.