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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.7 ANÁLISE DAS VARIÁVEIS MODERADORAS VERSUS APLICATIVOS

4.7.5 Google Play Music

Apesar do pouco uso deste aplicativo pelos brasileiros e considerando os usuários que responderam com escala “Sempre”, a Tabela 45 mostra que os brasileiros mais novos são os que utilizam o Google Play Music de modo mais constante. Dados que não diferem dos estudos de Jones e Fox (2009) quando analisados os americanos.

Tabela 45 – Frequência do uso do Google Play Music para as variáveis moderadoras

Frequência de uso – Google Play Music

Variáveis Nunca MR R AV F QS Sempre Total

Idade Mais novos 307 97 81 142 94 83 177 981 Mais velhos 312 94 116 125 71 77 124 919 Gênero Feminino 280 90 102 153 96 103 169 993 Masculino 339 101 95 114 69 57 132 907 Experiência Menos experientes 349 109 113 153 97 105 179 1105 Mais experientes 270 82 84 114 68 55 122 795 Escolaridade Menor nível de escolaridade 302 99 77 140 80 79 183 960 Maior nível de escolaridade 317 92 120 127 85 81 118 940 Renda Menor renda 482 159 159 229 141 133 268 1571 Maior renda 137 32 38 38 24 27 33 329 Estado Civil Sozinho 354 111 94 150 84 77 170 1040 Acompanhado 265 80 103 117 81 83 131 860

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

Legenda: MR – Muito raramente; R – Raramente; AV – As vezes; F- Frequentemente; QS – Quase sempre.

Em relação ao gênero dos respondentes, tem-se que as mulheres utilizam com maior frequência, em torno de 17% das consumidoras responderam usar sempre o aplicativo. Diferente dos Estados Unidos, cujo público maior é o masculino (ROBERTS, YAYA e MANOLIS, 2014).

Examinado o tempo de experiência com smartphone, os que possuem menos experiência, 5 anos ou menos, possuem maior frequência de uso (Sempre) do aplicativo de

música com 16,20%. Apesar de serem diversas as opções de diversão que a tecnologia pode proporcionar ao consumidor, com o passar do tempo, o estusiasmo do uso diminuiu após o usuário ganhar mais experiência (THONG, HONG e TAM, 2006). Dessa forma, os que apresentam maior experiência já não utilizam tanto aplicativos que provoquem motivação hedônica, mas passam a utilizar aqueles com fins mais práticos (VENKATESH, THONG e XU, 2012).

Quanto ao nível de Escolaridade e Renda, o uso sempre se dá mais entre os respondentes das classes menos favorecidas, sendo que o uso mais frequente acontece entre 35,62% dos que tem baixa escolaridade e 34,5% entre aqueles com menor renda. Este dado é semelhante ao estudo de Deursen, Dijik e Klooster (2015) realizado nos Países Baixos, cujos resultados demonstraram que lá, os consumidores com inferior grau de escolaridade e renda navegam mais em sites relacionados às músicas e seu downloading do que das outras classes.

Ao se analisar o Estado Civil, percebe-se um uso maior, quanto ao uso sempre, para os sozinhos com 16,34% pelo próprio estilo de vida que eles apresentam.

4.7.6 Maps

Referente ao aplicativo de mapas, a Tabela 46 ilustra que ao observar a relação do software quanto a idade, tem-se que o maior uso do aplicativo é para os respondentes mais novos, com idade menor ou igual a 32 anos, com 20,9%; chegando a alcançar 53% quando somados a frequência entre “Frequentemente” e “Sempre”. Muitos dos consumidores mais novos conviveram com a tecnologia desde a infância e automaticamente a utilizam quando encontram-se em situações que necessitam de busca por rotas, tráfego e localização. Alguns dos mais velhos ainda tem o costume de perguntar para outras pessoas sobre a localização de determinado ponto.

Ao verificar em qual gênero o uso sempre ocorre, se dá no gênero masculino (21,5%). No entanto, quando incluídas as escalas “Frequentemente” e “Quase sempre”, as mulheres revelam utilizá-lo um pouco mais (49,84%), uma vez que a lateralização do cérebro delas é menos espacial que dos homens. Este resultado foi dessemelhante à pesquisa de Roberts, Yaya e Manolis (2014), pois eles não descobriram diferença entre os gêneros para o uso do Maps.

Já referente a experiência com smartphone, o maior uso do aplicativo é entre os mais experientes, com 22,89%. Santos, Coutinho-Rodrigues e Antunes (2011) mencionam que os serviços do Google Maps proporcionam acesso, por meio da Internet, à cartografia e às

estruturas de rede rodoviária, bem como a importantes dados reais associados a estradas e restrições de trânsito, além de fornecer tempos de viagem para cada rua ou estrada com base nos respectivos limites de velocidade. Assim, aqueles que têm mais experiência com o aplicativo apresentam maior domínio, conseguem mensurar as vantagens e consequentemente demonstram maior intenção em continuar o uso.

Tabela 46 – Frequência do uso do Maps para as variáveis moderadoras

Frequência de uso – Maps

Variáveis Nunca MR R AV F QS Sempre Total

Idade Mais novos 92 55 95 219 182 133 205 981 Mais velhos 157 80 89 169 123 118 183 919 Gênero Feminino 139 68 97 194 174 128 193 993 Masculino 110 67 87 194 131 123 195 907 Experiência Menos experientes 169 87 99 217 173 154 206 1105 Mais experientes 80 48 85 171 132 97 182 795 Escolaridade Menor nível de escolaridade 169 86 92 181 127 108 197 960 Maior nível de escolaridade 80 49 92 207 178 143 191 940 Renda Menor renda 220 119 161 312 239 198 322 1571 Maior renda 29 16 23 76 66 53 66 329 Estado Civil Sozinho 130 75 98 214 175 136 212 1040 Acompanhado 119 60 86 174 130 115 176 860

Fonte: Dados da pesquisa (2017).

Legenda: MR – Muito raramente; R – Raramente; AV – As vezes; F- Frequentemente; QS – Quase sempre.

Quando examinados o nível de Escolaridade, Renda e Estado Civil notou-se que todos apresentam uma característica semelhante. Nos três casos, a diferença é baixa quando se tratar apenas da frequência “Sempre” – Menor escolaridade (20,52%) contra Maior Escolaridade (20,31%); Menor Renda (20,49%) versus Maior Renda (20,06%) e Sozinho (20,38%) contra Acompanhados (20,46%) – isto é, todos apresentaram o mesmo comportamento com 20%, mas são decimais e/ou unidades de medida que os diferem.

Todavia, quando somadas as frequências que indicam maior uso (F, QS e Sempre), os que possuem nível Superior completo acima exibem percentual de 54,46%, valor superior daqueles com baixo nível de escolaridade com 45%; e também quando verificados os dados para a escala “Nunca”, os usuários de alta escolaridade expõem menor grau (8,51% contra

17,60%). O mesmo acontece com a Renda e Estado Civil. Apesar dos de menor renda apresentar um pouco mais de uso “Sempre” (0,43%) que os de maior renda, eles indicam que 14% dos 1571 consumidores das Classes C, D e E nunca utilizaram o aplicativo, enquanto que 8,81% das Classes A e B informaram fato semelhante. E quando somadas as escalas “Frequentemente” a “Sempre”, os de maior renda e sozinhos atingem valores superiores com 56,23% e 50,28% respectivamente. Assim, esses dados podem estar relacionados a dificuldade de interpretação dos dados do aplicativo, estilo de vida e tempo para viajar, interesse, habilidade, confiança, menor disposição em investir e menor capacidade em aprender.