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GRÁFICO 8 EVOLUÇÃO DO LAJIR POR QUANTIDADE DE UEN

A análise gráfica revela que no ano de 1991, todos os grupos de empresas apresentaram queda no crescimento do LAJIR em comparação ao ano anterior. Depois deste ano, todos os anos apresentaram crescimentos acumulados. O grupo de empresas que mais cresceu no período estudado foi o grupo que possuía 3 UEN e que foi acompanhado pelo grupo de empresas que possuíam 5 ou mais UEN em 1999. Novamente, o ano de 1998 apresentou-se como um período de retração em relação ao ano anterior mas que foi compensado em todos os grupos no ano de 1999. Todos os grupos cresceram mais de 4 vezes no período de estudo.

A evolução do LAJIR por quantidade de UEN mostrou-se mais uniforme que a evolução por tipo de segmento. Isto pode-se verificar através da comparação de ambos os gráficos. Com exceção do ano de 1991 que houve retração para todos os grupos, nos anos seguintes, nenhum grupo classificado por quantidade de UEN apresentou-se menor que o

50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 BASE 100 = 1990 1 SEGMENTO 61 187 201 158 192 232 413 372 521 2 SEGMENTOS 64 170 186 147 185 256 435 328 527 3 SEGMENTOS 63 172 191 170 203 294 400 366 564 4 SEGMENTOS 60 180 196 148 187 291 436 398 500 5 OU + SEGMENTOS 63 169 197 135 169 268 390 354 563 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

ano-base enquanto que pela classificação do tipo de segmento houve retrações até o ano de 1994.

IV.4. TESTES DE HIPÓTESES

O objetivo dos testes de hipóteses para médias é avaliar afirmações feitas a respeito de médias populacionais. Os diversos testes exigem dados quantitativos, isto é, dados contínuos ou discretos.

Há basicamente três tipos de afirmação que se podem fazer acerca de médias populacionais, e cada tipo requer um tipo diferente de avaliação. Uma afirmação pode dizer respeito à média de uma única população: a avaliação envolve então um teste de uma amostra. Ou pode-se afirmar que as médias de duas populações são iguais; tem-se então um teste de duas amostras. Finalmente, pode-se afirmar que as médias de mais de duas populações são todas iguais, o que envolve um teste de k amostras. Esta última situação é a análise de variância.

A análise de variância é uma técnica que pode ser usada para determinar se a média de duas ou mais populações são iguais. O teste se baseia numa amostra extraída de cada população. Ela pode ser utilizada para determinar se as médias amostrais sugerem diferenças efetivas entre as amostras, ou se tais diferenças decorrem apenas da variabilidade amostral. Se o teste estatístico (análise de variância) levar a aceitar a hipótese de nulidade, conclui-se que as diferenças observadas entre as médias amostrais são devidas a variações aleatórias na amostra. No caso de rejeição da hipótese de nulidade, conclui-se que as diferenças entre as médias amostrais são demasiadamente grandes para serem devidas à chance.

Um dos testes de hipóteses a serem realizados neste estudo diz respeito à média da quantidade de UEN por empresa por ano. Caso esta média apresente crescimento durante o período estudo, pode-se

concluir que há diversificação das empresas. Porém, o teste de hipóteses é utilizado quando se tem médias amostrais de populações com distribuição normal. Neste estudo, trabalha-se com toda a população e não com amostras. Na verdade, as amostras representam a população. Obviamente que está população é caracterizada pelas várias restrições feitas tais como pertencerem ao banco de dados CIS, faturamento superior a US$ 20 milhões por ano, não possuir UEN na indústria de segmentos financeiros entre outros. As empresas que satisfizeram as exigências colocadas foram incluídas na amostra. Portanto, pode-se afirmar que se este trabalho contempla toda a população e que, por conseguinte, a amostra é a própria população. Sendo assim, os testes de hipóteses que serão realizados na realidade serão análises gráficas das evoluções das médias populacionais.

IV.4.1. NÚMERO MÉDIO DE UEN

O objetivo deste estudo refere-se a diversificação das empresas do setor de telecomunicações porém, para enriquecer as análises, criou-se categorias por segmentos identificados dentro do subgrupo 3661 do SIC. Através desta classificação, avaliou-se os múltiplos por segmento. Para verificar o crescimento ou não da quantidade de UEN por empresas durante os anos de 1990 a 1999, optou-se também por mostrar a evolução por segmentos muito embora o foco principal seja a média das empresas pertencentes à amostra.

A seguir apresenta-se a média, mediana e desvio-padrão por tipo de segmento referente ao período de estudo assim como das empresas como um todo:

Segmentos Média Mediana Desvio Telefonia Fixa 2,26 2,24 0,55 Telefonia Móvel 2,25 2,25 0,54 Infra-estrutura 2,28 2,34 0,52 Comunicação de Dados 2,20 2,10 0,58 Transmissão 2,24 2,29 0,60 Outros 2,26 2,27 0,57 TOTAL 2,25 2,27 0,55

TABELA 21– MÉDIA, MEDIANA E DESVIO-PADRÃO DO QUANTIDADE DE UEN

Muito embora todos os segmentos apresentem-se próximos a média total do grupo (2,25), pode-se notar que o segmento Comunicação de Dados é o que apresenta a menor média e mediana enquanto que o segmento de Infra-estrutura apresenta a maior média e mediana. Através do desvio-padrão do segmento Transmissão pode-se adiantar que este segmento é o que deve apresentar maior variação durante os anos do estudo.

A análise do resultado da média total (2,25) com a mediana total (2,27) permite sugerir que uma aceleração da evolução do número médio de UEN a partir do meio do período estudado. Ou seja, em torno dos anos de 1994/1995, o crescimento pode ter aumentado (a curva do gráfico deve ter uma característica exponencial a partir deste período).

Como as médias são muito próximas às medianas, optou-se por analisar os dados dos números médios de UEN através da média aritmética e não da mediana. Estas análises podem ser confrontadas com o gráfico apresentado a seguir: