• Nenhum resultado encontrado

I- CAPITULO: A EDUCAÇÃO EM ANGOLA DO PERIODO COLONIAL ATÉ

4. Gestão escolar

4.2 Grau de satisfação global dos professores

Tabela 6: Distribuição da amostra sobre a experiência dos professores no exercício de gestão escolar

Opções N %

Sim 17 15

Não 96 85

Total 113 100

Na amostra em estudo 15% dos professores referem possuir experiência no exercício da gestão da escola como diretores o que indicia que os mesmos já foram nomeados ou indicados para o respetivo cargo 85% disseram não possuir experiência como gestor.

Tabela 7: Distribuição da amostra face a satisfação global dos professores no local de trabalho

Opções N %

Muito satisfeito 32 28,3

Satisfeito 57 50,4

Nem satisfeito nem insatisfeito 18 15,9

Insatisfeito 5 4,4

Muito insatisfeito 1 0,9

Total 113 100

Relativamente ao nível de satisfação global no local de trabalho, a maioria (50,4%) refere-se “satisfeito”; (28,3%) referem sentir-se “muito satisfeito”; (0,9%) “muito insatisfeito” e (15,9%) referiram que não se sentem nem “satisfeito” tão pouco “insatisfeito”; ao passo que os “insatisfeitos” se fazem reoresentar por (4,4%). Nos cinco itens apresentados, os resultados obtidos apontam para um nivel infimo de insatisfação dos professores. Ora, o resultado da satisfação global dos respondentes, vai

66 ao encontro do que citou Esteves (2013) o respeito e o acolhimento facilitam a boa convivência porque passamos mais tempo no trabalho do que em nossas casas, sem perceber o quanto isso é importante.

Tabela 8: Distribuição da amostra sobre a relação dos professores com os órgãos diretivos da escola

Opções N %

Muito boa 38 33,6

Boa 63 55,8

Nem boa nem má 11 9,7

1 0,9

Total 113 100

Sobre a relação com os órgãos diretivos da escola, (33,6%) responderam ser “muito boa”; (55,8%) “boa”; (9,7%) responderam não ser “nem boa, nem má”; (0,9%) respondeu ser “má”.

A este respeito, os resultados mostram que existe uma influência possitiva dos diretores sobre os professores. Paro (2001, p.29-30 in mec.br 2004, p.30) sublinhou que a evidência da influência positiva da organização escolar sobre o comportamento das pessoas pode ser percebida quando se comparam escolas em que foram introduzidas inovações que provocaram maior democratização dos contactos humanos, com situações anteriores, em que as relações eram de mando e submissão:

Se o compromisso é com uma nova visão de mundo, que exige a prática para ser aprendida, o caminho é criar condições para viver e aprender sempre. Pois, só assim, se pode esperar contribuir para desarticular a ideologia do mercado incrustada no dia-a-dia da sociedade, e em particular, so sistema de ensino. (mec, br 2004, p.32)

A este respeito, Esteves (2013) argumenta que se o professor tiver uma baixa auto- estima, problemas com a direção ou problemas pessoais, haverá interferencia no seu desempenho em sala de aula, que pode provocar falta de interesse do aluno aprender e

67 interferência no comportamento. O professor é considerado um modelo a ser seguido, logo, além de atuar como elo entre o conhecimento e o aluno, deve desenvolver a integridade deste.

Como diz Gadotti.

O ideal de uma escola cidadã está no cerne de um projeto de transformar a instituição convencional em uma rede de relações humanas fortemente “participativa”, envolvendo alunos, professores, pais e encarregados de educação e toda a comunidade servida pela unidade de ensino (Gadotti, 1995, p.13 in Esteves 2013, p. 7).

Uma escola é uma organização complexa porque lida, permanentemente, com relações interpessoais e formação humana.

Tabela 9: Distribuição da amostra sobre o posicionamento dos professores face ao modo de ocupação do cargo de diretor

Opções Resultados

Por Eleição N %

Eleito pelos pares 24 21,2

Mais competente na area da gestão 22 19,5 Com mais formação específica na área 36 31,9

Por Nomeação N %

Nomeado pelo governo central 3 2,7 Nomeado pelo governo provincial 20 17,7

Com mais anos de serviço 6 5,3

Mais antigo na escola 2 1,8

Total Geral 113 100

Relativamente ao modo de ocupação do cargo de director de escola, por eleição (21,2%) dos professores responderam que devem ser eleitos pelos pares; (19,5%) referem que o cargo deve ser ocupado pelos profissionais mais competentes na área de gestão e (31,9%) acham que deve ser com os que tem mais formação específica na área. Por nomeação (2,7%) responderam que devem ser nomeados pelo governo central, (17,7%) acham que deve ser pelo governo provincial, (5,3%) com mais anos de serviço e (1,8%) o mais antigo na escola.

68 Embora a literatura nos indicie que o espírito democrático numa organização, possa passar pela eleição dos seus representantes pelos seus pares, os dados sugerem que a maioria (31,9%) dos professores vêm na formação específica uma mais valia para o cargo do diretor.

Estes dados, contrariam, o que defende Carvalho segundo a qual, ademocraciaé uma construção (que supõe) de homens e mulheres conscientes do caminho que trilham, libertos da condição de meros meios desprendidos de submissões dogmáticas. (Carvalho 2009, p. 7).

Efetivamente, a discussão sobre as formas de escolha do diretor, é tarefa complexa, com posições politico-ideológicas muito distintas. Sendo várias as formas e as propostas de acesso ao cargo de diretor, historicamente utilizadas; como o diretor indicado pelo poder politico, diretor de carreira ou aprovado num concurso publico; fundamentadas em argumentos importantes. Paro considera:

Nenhuma destas parece garantir plena e isoladamente as exigências para o cumprimento das funções do diretor na gestão democrática da escola. A complexidade do processo de gestão implica considerar algumas exigências para a escolha do diretor: a efetiva participação das comunidades local e escolar, a proposta pegagogica para a gestão e a liderança dos candidatos ao cargo. (2001, p. 36).

A participação, em seu sentido pleno, caracteriza-se por uma força de atuação consistente pela qual os membros da escola reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na dinâmica dessa unidade social, de sua cultura e dos seus resultados. Esse poder seria resultante de sua competência e vontade de compreender, decidir e agir em torno de questões que lhe dizemrespeito (Lück, 1998).

Tendo em conta que o cargo de diretor obedece a nomeação e cariz político, favoravelmente para os que têm maior nivel académico, é em nosso entendimento que para o modo de ocupação do cargo, os respondentes preferem que seja alguem com maior formação academica, mais, eleito pelos pares; seguido os que são mais competentes na área de gestão, também eleito pelos pares; depois, o nomeado pelo governador.

69 Tabela 10: Distribuição da amostra sobre a opinião dos professores face ao modo de

escolha do diretor de escola.

Opções N %

Eleição 70 61,9

Nomeação/indicação 43 38,1

Total 113 100

Para o modo de escolha do director de escola, 61,9% defendem que tem de ser eleitos e 38,1% devem ser nomeados/indicados.

Estes dados vão ao encontro do que defende Carvalho (2012) segundo a qual, a eleição é a melhor via, pois, nomeação/indicação se resume numa escola assente na relação de autorismo e de controlo por parde da classe politica que se conserva no poder a partir da representação local.

Porem, Paro vem reforçar que:

Nos sistemas em que o diretor é nomeado, seu compromisso politico é com quem está no poder, porque foi quem o nomeou; nos sistemas em que ele é admitido pelo concurso, seu compromisso é também com quem está no poder, pois o concurso isolado não estabelece nenhum vinculo do diretor com os usuarios, mas sim com o estado que é quem o legitima por lei ((1996, p. 29).

A modalidade de nomeação retira a comunidade educativa a possibilidade de controlar, favorece a ilicitude e fere o princípio de igualdade e de oportunidade (Paro, 1996). Efetivamente, se o diretor é nomeado, esse processo lesa o principio democratico e a este respeito Carvalho afirma que:

A organização não nos pode ser dada por quem nos governa, depende da incansável procura no quotidiano de quem é governado, é um fazer-se, é um constante exercicio prático que nos liberta da passividade em que se vive émerso e que a escola alimenta e reproduz (2014, p.7).

70 Podemos afirmar que a posição dos autores, vai de encontro com a opinião dos nossos respondentes.

Tabela 11: Distribuição da amostra face a participação dos professores na eleição do diretor de escola

Opções N %

Sim 2 1,8

Não 111 98,2

Total 113 100

Relativamente à participação na eleição do diretor de escola, apenas (02) respondentes (1,8%) referiram ter participado e (111) 98,2% defenderam nunca ter participado na eleição do diretor de escola.

4.3 Comparação da valorização da importância de atributos no diretor de escola

Documentos relacionados