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5. D A P LANIFICAÇÃO À E XECUÇÃO DO P ROJETO DE I NTERVENÇÃO “C UIDADOR : C APACITAR PARA A

5.1. Grupo alvo

No projeto implementado, utilizámos como critérios de seleção “Ser cuidador de utente

dependente, referenciado para cuidados da ECCI Vila Real I”, que perfazia um total de

catorze cuidadores. Após convite dirigido aos cuidadores para as duas sessões de EpS (modulo I do projeto), aceitaram o convite cinco dos cuidadores, que passaram a constituir o grupo de participantes do projeto de intervenção “Cuidador: Capacitar para a prevenção de UP”. Dado o número de participantes, a informação mais relevante para a sua caracterização será expressa em texto (Tabela 16).

Tabela 16.

Caracterização do grupo de cuidadores de utentes dependentes que participaram no projeto “Cuidador: Capacitar para a prevenção de UP”

Os cuidadores participantes no projeto de intervenção

C1

Sexo feminino, 52 anos de idade, casada possui como habilitações literárias o 2º ciclo do ensino básico e exerce atualmente atividade de ação social (família de acolhimento).

Coabita com o utente de quem cuida, com o qual possui uma relação de filiação. O dever familiar esteve na origem da aceitação do papel de cuidadora, o qual exerce há mais de cinco anos. Presta todos os cuidados que o utente necessita, desde a higiene, vestir, alimentação, eliminação, posicionamento/transferência, gestão do regime terapêutico, prevenção de quedas, prevenção de UP, vigilância de saúde e lazer. Recebe apoio do marido na prestação de cuidados, em média 4 horas por dia, em tarefas como higiene, posicionamento e alimentação, não havendo remuneração do apoio prestado.

Possui formação anterior, para cuidar de pessoas dependentes, efetuada pela segurança social, com a duração de 2,5 horas durante quatro dias. Os temas abordados incluíram a alimentação, posicionamento e higiene.

C2

Sexo feminino, 48 anos de idade, divorciada possui como habilitações literárias o 2º ciclo do ensino básico e exerce atualmente atividade de empregada doméstica, contratada pela família do utente.

Coabita com o utente de quem cuida. O gosto em ajudar pessoas dependentes, esteve na origem da aceitação do papel de cuidadora, o qual exerce há mais ou menos dois anos. Presta todos os cuidados que o utente necessita, desde a higiene, vestir, alimentação, eliminação, posicionamento/transferência, gestão do regime terapêutico, prevenção de quedas, prevenção de UP, vigilância de saúde e lazer. Recebe apoio da filha na prestação de cuidados, em média 4 horas por dia, em tarefas como higiene, posicionamento, alimentação e eliminação, sendo este apoio remunerado.

Possui formação anterior, para cuidar de pessoas dependentes, efetuada pelo lar de idosos onde trabalhou na Bélgica. A formação teve a duração de 7 horas (1h/dia durante uma semana). Os temas abordados incluíram a alimentação, posicionamento e higiene.

C3

Sexo feminino, 46 anos de idade, casada, doméstica, possui como habilitações literárias o 1º ciclo do ensino básico. Coabita com o utente de quem cuida, com o qual possui uma relação filial. O dever familiar, esteve na origem da aceitação do papel de cuidadora, o qual exerce há mais ou menos dois anos. Presta todos os cuidados que o utente necessita, desde a higiene, vestir, alimentação, eliminação, posicionamento/transferência, gestão do regime terapêutico, prevenção de quedas, prevenção de UP, vigilância de saúde e lazer. Recebe apoio do marido na prestação de cuidados, em média 2-3 horas por dia, em tarefas como higiene, vestir, alimentação, não sendo este apoio remunerado.

Não possui formação anterior, para cuidar de pessoas dependentes.

C4

Sexo feminino, 39 anos de idade, casada possui como habilitações literárias o ensino secundário e exerce atualmente atividade de auxiliar de ação direta num lar de idosos.

Não coabita com o utente de quem cuida, habitando no entanto na mesma localidade. Possui com o utente uma relação de parentesco (tia), estando o dever familiar na origem da aceitação do papel de cuidadora, o qual exerce há mais de cinco anos. Presta todos os cuidados que o utente necessita, desde a higiene, vestir, alimentação, eliminação, posicionamento/ transferência, gestão do regime terapêutico, prevenção de quedas, prevenção de UP, e lazer, ficando os cuidados de vigilância da saúde a cargo da mãe. Não recebe apoio na prestação de cuidados. Possui formação anterior, para cuidar de pessoas dependentes, efetuada pelo Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro EPE, com a duração aproximada de 30 horas. Os temas abordados incluíram a alimentação, posicionamento e higiene, eliminação e os cuidados com o ventilador portátil.

C5

Sexo feminino, 62 anos de idade, viúva possui como habilitações literárias o ensino superior, estando atualmente reformada da função pública onde exerceu a profissão de professora.

Coabita com o utente de quem cuida, com o qual possui uma relação filial. O dever familiar esteve na origem da aceitação do papel de cuidadora, o qual exerce há mais ou menos três anos. Presta todos os cuidados que o utente necessita, desde a higien e, vestir, alimentação, eliminação, posicionamento/transferência, gestão do regime terapêutico, prevenção de quedas, prevenção de UP, vigilância de saúde e lazer. Recebe apoio da empregada contratada, em todas as tarefas do cuidar, durante 8 horas por dia, sendo este apoio remunerado. Não possui formação anterior, para cuidar de pessoas dependentes.

Ao visualizarmos a Tabela 16, verificamos que o grupo de participantes é na totalidade do sexo feminino, três são casadas, uma viúva e uma divorciada. Apresentam idades compreendidas entre os 39 e os 62 anos, três frequentaram o ensino básico, uma, o ensino secundário e outra, o ensino superior. Apenas uma cuidadora não coabita com o utente, no entanto, reside na mesma localidade. Quatro das cuidadoras possuem uma relação de parentesco com a pessoa de quem cuidam, sendo que três são filhas, uma é tia e apenas uma possui uma relação profissional, sendo empregada doméstica contratada pela família do utente. Prestam todos os cuidados que o utente necessita e apenas uma não recebe apoio na

prestação de cuidados. Três cuidadoras já receberam formação sobre a prestação de cuidados a pessoas dependentes e duas nunca tiveram formação.

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