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Grupo Sá Cavalcante lança marketplace, banco e administradora

No documento NÓS_EQUIPE FORA DAS TELAS (páginas 32-37)

om a crise sanitária, o Grupo Sá Cavalcante prontamente mudou o planejamento estratégico, adiou investimentos em greenfield e trouxe inovação para os empreendimentos. Um dos principais lançamentos é o Sá App, um marketplace próprio, que já está em operação em um empreendimento e, em breve, será implementado em mais um shopping.

Segundo o presidente Leonardo Sá Cavalcante, os negócios passaram a ser phygital (junção das palavras em inglês físico e digital). O foco da empresa é oferecer uma jornada completa ao consumidor nos canais on e off-line. Além disso, a companhia traz mais uma oferta de serviços aos lojistas com a criação do Banco Sá e apresenta ao mercado a administradora Sá Cavalcante, aplicando toda a expertise de 27 anos no setor.

Presente nos estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo, Maranhão, Pará e Piauí, a com-panhia tem oito empreendimentos e continua com os planos de ampliar o portfólio. Em entrevista à Revista Shopping Centers, o presidente conta os resultados dessa transformação implantada desde o ano passado e que continua em 2021

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Revista Shopping Centers – Com a crise sanitária, o Grupo Sá Cavalcante acelerou os investimen-tos em omnicanalidade?

Leonardo Sá Cavalcante – Como praticamente todos os segmentos tradicionais do varejo, nós ti-vemos uma grande aceleração digital no último ano. O que prevíamos realizar em três anos, fize-mos em seis meses, com o lançamento de nosso marketplace próprio, o Sá App. O projeto é termos uma plataforma única que atenda a todos os em-preendimentos administrados pela Sá Cavalcante. Hoje, estamos ativos no Shopping Praia da Costa, no Espírito Santo. Temos um hub logístico instala-do dentro instala-do empreendimento, garantininstala-do entre-gas em, no máximo, duas horas em toda a Grande Vitória. Iniciamos o processo para implementação em uma segunda unidade ainda no primeiro se-mestre de 2021.

RSC – Como tem sido a adesão dos clientes aos novos canais de venda on-line?

LSC – Podemos separar esta adesão em duas fa-ses: lojistas e clientes finais. Primeiro, nos

aproxi-mamos de nossos lojistas apresentando o que temos de diferenciais. São taxas competitivas na praça, proximidade do time no processo de inte-gração das lojas, ações de marketing pensadas para a construção segura de uma base ativa de clientes e garantia de agilidade na entrega. Além disso, nos tornamos o canal de entrada para que os lojistas possam começar a gerar vendas atra-vés do ambiente digital. Uma vez que tivemos a adesão de nossos lojistas, iniciamos o trabalho de crescimento da base de usuários. Ainda é o come-ço, estamos no terceiro mês de projeto, mas es-tamos conseguindo ter um growth rate bastante satisfatório.

RSC – Durante a quarentena, os consumido-res sentiram falta de ir ao shopping, conforme pesquisa da Abrasce realizada no ano passado. Acredita que o e-commerce é um complemento da venda física?

LSC – Acredito que não temos mais como traba-lhar de maneira desassociada o varejo off e on--line. Hoje, já vivemos a realidade desses canais serem complementares. Nossos shoppings, por suas localizações privilegiadas dentro de grandes centros, atuam muito como pontos de distribui-ção para os canais on-line e como geradores de experiência para o off-line. Dentro da Sá, não é possível mais imaginar trabalhar apenas um dos canais. Todos os nossos projetos e processos inter-nos estão sendo conduzidos para que a jornada dos consumidores possa ser completa e satisfató-ria, seja ela realizada em nossos pontos de contato físicos ou nos canais digitais.

RSC – O que motivou a criação do Banco Sá e quais vantagens oferecerá aos lojistas frente a outras instituições financeiras?

LSC – O Banco Sá é mais uma oferta de serviços que estamos trazendo para nossos lojistas. Nossa

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maior motivação é ter a clareza de que enten-demos o nosso ecossistema e todos os atores envolvidos melhor do que qualquer institui-ção financeira do mercado. Nós estamos aqui todos os dias. Vemos como estão as vendas e sabemos os custos de manutenção das ope-rações. Também pensamos e trabalhamos junto aos nossos lojistas para a criação de ações de incremento de vendas e

estimulamos o processo de transformação digital para os pequenos varejistas que não têm acesso a ferramentas com cus-tos competitivos. Atualmente, estamos em nossa versão beta, trabalhando apenas com parceiros pré-se-lecionados. Mas já posso adiantar que teremos muitas vantagens, como contas digitais

sem custos para nossos lojistas, adquirência e empréstimos a melhores taxas que o merca-do tem trabalhamerca-do para o pequeno varejista, além de outros serviços que serão oferecidos em nossa plataforma. É um grande e inovador projeto dentro de nossa indústria e estamos bastante confiantes que teremos, em breve, boas novidades.

RSC - Gostaria que me falasse mais sobre o lançamento da administradora Sá Cavalcan-te e se exisCavalcan-te alguma meta estabelecida para esse novo negócio dentro da companhia.

LSC – Esse é mais um projeto que acelera-mos muito no último ano. Começaacelera-mos re-pensando, modernizando e ampliando nossa estrutura de CSC (Central de Serviços Com-partilhados), permitindo com que mais em-preendimentos sejam plugados em nossa

holding. Neste momento, estamos em vias de completar seis meses de nosso primeiro em-preendimento de terceiros administrado pela Sá Cavalcante.

Os resultados estão 20% acima dos previs-tos pelo empreendedor. Isso chancela nosso

modelo de administração que é muito focado em proximidade e

trans-parência. Temos e damos visibilidade de todos os indicadores e

admi-nistramos para ter-ceiros da mesma

maneira que ad-ministramos nosso próprio portfólio. Acredito que este seja o nosso maior diferencial: ter donos de empreendimentos do mesmo segmento do seu negócio, com 27 anos de experi-ência no setor, administrando o seu sho-pping. Então, entendemos que chegou a hora de abrir este serviço para o mercado.

RSC – Para avançar nesses novos projetos e colocá-los em prática, foi necessária uma adaptação da cultura da empresa?

LSC – Totalmente, e começando por nós, em-preendedores. Agora, estamos abertos e es-timulando que nosso time nos traga novas formas de fazer o que já realizávamos, além de novos projetos que conversem com nosso ecossistema. Fizemos também uma renova-ção de nossas principais lideranças, criamos e reestruturamos departamentos como os de transformação digital, insights, marketing, dentre outros. Assim surgiram todos estes projetos que falamos e em tão pouco tempo.

RSC - Como se deu o engajamento da equipe nesse período tão desafiador?

LSC – Usei uma frase muitas vezes com a equipe. Sempre disse que jamais gostaria de passar novamente por uma situação como a que vivemos em 2020, mas, caso tivesse que vivenciar, não teriam melho-res pessoas para estar comigo nesta “trin-cheira” do que o nosso time. A dedicação, o comprometimento, a criatividade e a adesão aos nossos valores de todo o nosso time nos fizeram superar o ano passado, muito melhor do que havíamos projetado no início da pandemia.

RSC – Atualmente, a companhia gera quantos empregos diretos e indiretos? Foi necessário reduzir o quadro de cola-boradores ou conseguiram manter todos os postos de trabalho?

LSC – Nós temos alguns braços de atu-ação: shoppings, construtora, franquias, comunicação, dentre outros. No total, ge-ramos cerca de 1.500 empregos diretos e estimamos 4 mil indiretos. Por conta das medidas do Governo Federal, da austeri-dade condominial que implementamos em nossos empreendimentos e uma dose extra de confiança do Conselho da empre-sa, conseguimos passar por esse momento sem a necessidade de redução de nossos quadros na unidade de shopping centers. RSC – Quais foram as medidas tomadas para ajudar o varejista?

LSC – Somente em renúncia, nós tivemos algo em torno de R$ 50 milhões em des-contos ou isenções concedidas aos

nos-sos lojistas. Fizemos também um grande trabalho de redução dos custos condomi-niais, diminuindo o impacto no caixa dos varejistas. Além disso, mantivemos uma proximidade grande com nossos parceiros, sempre buscando – dentro do que nos foi possível pelas limitações – reduzir o impac-to da crise. Muitas ações inovadoras foram implementadas, permitindo com que lojis-tas continuassem com suas porlojis-tas aberlojis-tas em meio a todo o caos que vivemos. RSC – Com a pandemia, o Grupo Sá Ca-valcante adiou algum investimento ou seguiu o planejamento?

LSC – Sim, certamente tivemos que rever uma parte de nosso planejamento. Mudar o foco, acelerar áreas como a de transfor-mação digital e prorrogar nossos prazos para outros projetos.

RSC – Há planos de expansão ou de gre-enfields para 2021?

LSC – Este foi um de nossos projetos que fizemos a prorrogação de prazo. Estáva-mos bastante animados em trabalhar nosso greenfield no Rio de Janeiro para 2021. Diante de todo o cenário de 2020 e as incertezas que ainda estamos vivendo, repensamos estes prazos. Ainda temos ex-pectativas de, quem sabe, retomar o proje-to em 2022, mas tudo dependerá de como será o desenrolar deste ano.

RSC – Como estão a taxa de vacância e o fluxo nos empreendimentos?

LSC – A rede terminou 2020 melhor do que projetamos em meio à pandemia, mas é

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inegável o tamanho do impacto da pandemia em todo o nosso setor. Nossa taxa de vacância fechou o ano em 9%, 2 pontos percentuais acima do início de 2020. O fluxo, altamente impactado pelos meses fechados e pelas restrições de funcionamento, ter-minou 2020 com uma queda de 29%.

RSC – Como avalia a recuperação das vendas des-de a reabertura?

LSC –Cenário ainda bastante delicado e muito sujei-to às decisões dos diferentes governos dos estados. Temos praças que estão, desde agosto de 2020 com crescimento de vendas totais e de vendas nas mes-mas lojas (SSS). Mas, também temos praças que estão com quedas médias de vendas em torno de 20%. Ainda é uma realidade muito heterogênea e onde mais temos dedicado tempo para pensar em ações de incremento.

RSC – Com a vacinação, como fica a expectativa para esse ano?

LSC – Nossa expectativa é alta. Nossas metas es-tabelecidas para 2021 são bastante desafiadoras e contamos, muito, com a união das diferentes esfe-ras públicas para que este processo de vacinação seja efetivo e rápido. Vidas precisam ser protegidas, empresas precisam voltar a ter o mínimo de previ-sibilidade para retomar seus investimentos e, com isso, retomarmos nosso ritmo de crescimento. Nos-sos shoppings estão todos à disposição dos entes públicos, para montagem dos postos de vacinação. Em algumas praças, já estamos vendo isto na práti-ca, como em nossas unidades do Piauí e do Mara-nhão. O Brasil merece isso e nós estamos fazendo nossa pequena parte neste cenário. Está na hora de todos estarmos focados no mesmo objetivo!

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O Shopping da Ilha, em São Luís (MA), completará 10 anos de operação em 2021

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