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Guiões para a leitura de contos integrais Pág

No documento Caderno Apoio Professor P-Virgula PORT7 (páginas 33-37)

Pintor; pobres; discípulo de Wang-Fô; casara-se com uma mulher bela, jovem e frágil; taberna; abrigo a Wang- -Fô; a sua mulher; vendera tudo o que tinha e passara a vaguear com Wang-Fô pelas estradas do reino de Han.

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1.

Meditar; pressentimento; curvado; pureza; tortura; vermelha; descendência; tristeza; ritmo; serenar; insignificante.

2.

planta; arredores, cercanias; cadeirinha coberta, conduzida por homens; rasto, vestígio; mineral de cor verde; guarda castrado; ondas; carregadores.

3.

Wang-Fô era um velho pintor. Ele conseguia, através da sua pintura, captar a verdadeira beleza do mundo e de tudo aquilo que o rodeava. Apesar de ser extremamente talentoso e trabalhador, o Mestre era pobre, pois «tro- cava as pinturas por um caldo de milho-miúdo e desprezava as moedas de prata».

4.

«um saco cheio de esboços, (…) ia cheio de montanhas sob a neve, de rios pela Primavera e do rosto da Lua no Verão».

5.

Wang-Fô ensinou Ling a ver o mundo de uma nova maneira; ofereceu-lhe uma alma viva e curiosa, pronta a des- cobrir os mistérios e a beleza da vida.

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6.

Suicídio, por falta de amor. Depois de Wang-Fô ter pintado a esposa de Ling, este passou a preferir os retratos que o Mestre fazia da sua mulher. A jovem suicidou-se, pois sentiu que o marido deixara de a amar.

7.

Respeito, carinho, gratidão e uma profunda amizade.

8.

Vendeu todos os bens que possuía e «quando a casa ficou vazia, (…) Ling fechou atrás de si a porta do seu pas- sado, (…) e o mestre e o discípulo vaguearam juntos pelas estradas do reino de Han».

9.

«velava pelo sono do mestre» e «massajava-lhe os pés».

10.

Wang-Fô e Ling foram presos pelos soldados do Imperador.

11.

O palácio imperial tinha «um sem-fim de salas quadradas ou circulares, (…) as portas giravam sobre si mes- mas soltando uma nota de música. (…) O Mestre celeste estava sentado num trono de jade». O comporta- mento dos soldados e dos cortesãos face ao Imperador era de submissão e de medo: «Os soldados tremeram como mulheres»; «os seus cortesãos, alinhados junto às colunas, apuravam o ouvido para sorver a mínima palavra saída dos seus lábios».

12.

Wang-Fô compara o Imperador com o Verão porque ele é jovem e compara-se com o Inverno porque já é velho.

13.

Durante a infância e a adolescência, o Imperador viveu isolado e afastado do mundo, encerrado nas salas do palácio. Ele passara todo o tempo a contemplar os quadros de Wang-Fô, que o seu pai coleccionava.

13.1

O Imperador odiava o pintor, pois este tinha-lhe mentido. Mentira-lhe através da beleza da sua pintura e da visão deturpada que o fizera ter do mundo real, durante a sua infância e adolescência: «O mundo não é mais do que um amontoado de manchas confusas (…). O reino de Han não é o mais belo dos reinos, e eu não sou o Imperador». O Imperador guardava rancor de Wang-Fô devido à ilusão causada pelos seus quadros.

14.

Só valia a pena reinar num império igual ao que Wang-Fô pintava nos seus quadros. Tratava-se de um império mais poderoso, pois era belo e eterno: «Só tu [Wang-Fô] reinas em paz sobre montanhas cobertas de uma neve que jamais fundirá e sobre campos de narcisos que jamais hão-de morrer».

15.

Porque a condenação é terrível. Wang-Fô é condenado pelo Imperador, que decide queimar-lhe os olhos, «as duas portas mágicas que te abrem o teu reino», e cortar-lhe as mãos, «as duas estradas de dez caminhos que te conduzem ao coração do teu império».

15.1

Ao tentar salvar o Mestre, Ling é morto pelos guardas imperiais.

16.

Pretende que Wang-Fô finalize uma pintura incompleta.

17.

Enquanto Wang-Fô pintava o mar, o palácio imperial começou a encher-se de água, transformando-se no mar que o Mestre pintava. Wang-Fô e o seu discípulo Ling, que julgara morto, remaram para longe do palácio. Depois o nível da água foi descendo e, na pintura, avistava-se uma canoa a desaparecer por detrás de um rochedo. Só o Imperador sentiu uma estranha amargura no coração.

18.

Fisicamente, o Imperador «tinha as mãos engelhadas como as de um velho, embora mal contasse vinte anos». Vestia uma túnica azul e verde e «o seu rosto era belo», mas frio e inexpressivo. Apesar de possuir uma voz melodiosa, o Dragão Celeste tinha o hábito de falar sempre em voz baixa. Psicologicamente, o Imperador era cruel, autoritário, egocêntrico, omnipotente e vingativo. (…)

19.

Assim como os quadros pintados por Wang-Fô se tornavam realidade, também no caso deste pintor a sua obra ganhava vida própria, as aves levantavam sempre voo antes da última pincelada. Por outro lado, tal como este pintor, também Wang-Fô deixara um quadro inacabado.

20.

Aquela gente não era capaz de sonhar. O mundo imaginário e belo criado por Wang-Fô não se encontrava ao alcance de qualquer um.

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Nova York; limpa-vias; subway; Igreja de São João Baptista e do Santíssimo Sacramento; casamentos; arroz; Deus.

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1.

«lobrigar» — ver claramente; «engalfinham-se» — soltam-se; «polvilhava» — amontoava; «resvala» — adere; «obliquava» — endireitava; «Resignou-se» — revoltou-se.

2.

«estrídulo» — agudo/vibrante»; «exangues» — sem sangue/esvaídos em sangue; «bisonho» — acanhado; «imundo» — sujo/nojento; «viscoso» — pegajoso; «lívida» — pálida; «imponente» — altiva/majestosa.

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3.

«prodígios»; «torniquetes»; «pilastras»; «voragem»; «pátina»; «estrago»; «masmorra»; «remedeio»; «casebres».

4.

«Igreja de São João Baptista e do Santíssimo Sacramento»; «paróquia»; «sacristão»; «católicos»; «pagãos»; «prenúncio votivo»; «crescei e multiplicai-vos»; «Alto»; «ritos» «templos»; «Providência»; «Céu»; «Deus»; «maná»; «graça divina»; «misericordiosa»; «Senhor»; «rezar-Lhe»; «fervorosamente».

5.

«subway»: metropolitano; «chewing gum»: pastilha elástica; «Uptown»: parte mais importante da cidade.

6.

O espaço exterior é o Uptown. O espaço interior é o subway. O limpa-vias pertence ao subway, ao espaço interior.

7.

Como uma toupeira, animal que faz escavações na terra, ou um rato, que anda pelo interior dos canos, o limpa- vias trabalhava no subway, no subterrâneo, sempre de olhos no chão.

8.

Bisonho e calado, pois era um solitário, andava sempre sozinho pelas galerias do subway, com os olhos no chão. Só falava em monossílabos, porque era um imigrante pobre, que não sabia falar inglês. A sua face era incolor e estava coberta de uma pátina oleosa e negra, consequência do ar do subway.

9.

O aparecimento de arroz limpo e polido no chão escuro de uma galeria.

9.1

Comparação: «O arroz limpo e polido brilhava como as pérolas de mil colares desfeitos no escuro da galeria».

10.

Sensações visuais: «olhos no chão»; «pó branco»; «lanterna»; «parede negra»; «chão imundo»; «lívida clari-

dade»; «negrume interior»; «tremeluzem lâmpadas»; «pilastras inumeráveis»; «obscuridade».

Sensações tácteis: «limpava as latrinas»; «ajudava a pôr graxa nas calhas»; «polvilhava as vias»; «escorriam

Sensações auditivas: «apito estrídulo».

Sensações olfactivas: «limpava as latrinas»; «espalhava desinfectantes»; «graxa nas calhas».

Sensações de movimento: «Picava papéis»; «metia-os num saco»; «varria»; «raspava»; «limpava»; «espa-

lhava»; «polvilhava»; «encolhia-se».

11.

À esquina de uma rua fica a imponente Igreja de São João Baptista e do Santíssimo Sacramento, com a sua fachada barroca e cinzenta. Os respiradouros do subway formam uma longa plataforma de aço arrendado. É uma zona «chique». Ali, realizam-se frequentemente casamentos.

12.

Enquanto as pessoas que comemoram os casamentos desperdiçam grandes quantidades de arroz de boa qua- lidade, atirando-o aos noivos, o limpa-vias, que não teve arroz sequer no seu casamento, apanha-o do chão da galeria do subway, para alimentar a sua família.

13.

Os respiradouros.

14.

Porque no fundo dos respiradouros acumula-se muita coisa, inclusivamente moedas ou «tesouros» que inte- ressam aos garotos.

14.1

Os garotos tentam pescar as moedas perdidas, com habilidade e obstinação. Quando o «tesouro» prome- te ser grande, juntam dinheiro e compram um bilhete para entrar no subway, trepando, então, aos respi- radouros sem serem vistos, e orientando-se pelas indicações dos que estão lá fora. Alguns entram no subway sem pagar, passando no meio das pernas dos passageiros, por debaixo dos torniquetes.

15.

Ao narrador.

15.1

Os convidados dos casamentos, frequentadores do bairro.

15.2

Ao leitor.

16.

O conto chama-se «Arroz do Céu», porque, para o limpa-vias, o arroz vem do Céu, é-lhe enviado por Deus. Mas, afinal, o arroz é varrido para dentro dos respiradouros do subway e, portanto, vem da rua que os outros pisam. Por isso, «O Céu do limpa-vias é a rua que os outros pisam».

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1.

De cima para baixo: malhoada; empalmar; campanário; retoiço; estafa; escachar; andor; soalho. De baixo para cima: arreava; sineta. Da esquerda para a direita: taliscas; proa; barrancos; latoeiro; sortes. Da direita para a esquerda: adro.

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2.

Todas significam barulho de vozes de pessoas.

3.

1.aParte: 3; 5; 1; 6; 2; 4; 7.

2.aParte: 8; 12; 11; 13; 10; 9.

3.aParte: 19; 17; 14; 21; 16; 18; 20; 15; 22.

4.aParte: 23; 26; 25; 24; 27.

3.1

Possibilidades: «Uma Estrela Magnífica»; «A Desilusão»; «A Descoberta do Roubo»; «Pedro Enfrenta a Multidão»; «A Reposição da Estrela».

4.

A acção passa-se num espaço rural: «estava treinado a subir às oliveiras quando era tempo dos ninhos (…), andava à solta pela serra, saltava os barrancos»; «desatou a correr pela aldeia fora»; «Tinham roubado a mula ao Roda Vinte e Seis, tinham roubado a galinha ao Pingo de Cera (…), tinham roubado um caldeiro de bosta de boi à Raque- -Traque que andara a apanhar pelas ruas uma semana inteira para estrumar as couves»; «o filho chamou o Pananão, que lhe cultivava umas sortes». (…)

5.

Através dos articuladores de tempo: «Um dia, à meia-noite»; «De modo que, nessa noite»; «Assim que se viu na rua»; «agora estava ali»; «No dia seguinte»; «a certa altura»; «logo de manhã»; «Passou assim o dia»; «Mas à noite»; «assim que acordou»; «Até que à noite»; «Então tirou a caixa»; «Aconteceu então que no dia seguinte»; «Ora certa noite»; «Mas no outro dia»; «E só à noite é que foi». (…)

6.

Como a cigarra é um bicho que passa o Verão a cantar, o nome Cigarra indica-nos o poeta da aldeia, que se preocupa com o roubo da estrela, símbolo do sonho, e que fará uns versos para cantar a história de Pedro. O nome Governo é dado ao homem que é muito importante na aldeia por ser rico, que procura sempre um lugar de des- taque nas discussões em torno do roubo da estrela, mas que está mais preocupado com o seu prestígio pes- soal e a sua popularidade do que com o desaparecimento da estrela.

6.1

Pedro: miúdo com sete anos; brincalhão; ágil, corajoso, afoito; decidido, cumpridor. (…) Mãe: preocupada, vigilante, sensata, religiosa. (…)

Pai: vigilante, prático, autoritário, decidido, correcto, íntegro. (…)

Velho: bastante idoso; mal se podia mexer; voz esganiçada; amigo; bom contador de histórias; olhos ama-

chucados e bons; insone; atento; solitário. (…)

Filho de António Governo: autoritário; fanfarrão. (…) Pananão: obediente, serviçal. (…)

Unidade 4 • O texto poético

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