Pág. 182
o poeta/a poesia
Pág. 183
1.
Miguel Torga: semeia/poemas/seara/chãoCassiano Ricardo: homem/trabalha/«a palavra do seu coração»/vidente/futuro/olhos/sábios.
Pág. 184
1.
«génio»; «limites»; «infinito» e «universal»; «encarcerado».2.
«Em poucas linhas de papel» existe o génio do poeta a trabalhar, sem limites, numa conquista universal. Mas, afinal, o poeta acaba por ficar preso ao que escreve, «em todas as linhas de papel».Pág. 185
1.
«Uma súplica»; «a pedra duma escola/com palavras a giz»; «Dores,/vividas umas, sonhadas outras»; «Um esquema dorido»; «a reza dum rosário/imaginário»; «Uma esmola»; «Um teorema que se contradiz».2.
Metáfora.3.
«Vividas umas, sonhadas outras…» e «para a gente apagar ou guardar», porque o poeta não dá uma conclu- são definitiva sobre o que diz. Pelo contrário, deixa a dúvida no ar.3.1
O poeta não tem certezas absolutas quanto à diferença entre as dores reais e as dores imaginadas. O poeta também não sabe se as palavras do poema ficarão gravadas na memória ou se desaparecerão, deixando que os leitores decidam.Os poemas
Pág. 187
1.
Escada; pêndulo; espinha dorsal; uma aranha; a lua em quarto minguante.2.
Dispondo as palavras, no papel, de uma maneira a formarem figuras que representam essas ideias.Pág. 188
1.
Rataplã/Ra ta plã ta plã (1.a, 3.a, 6.a, 7.a, 8.a, 11.aestrofes).1.1
Reproduzir o som dos tambores e da marcha dos soldados.2.
«Passam (…) passam», «cegos (…) cegos», «trinam, trinam».3.
A natureza apresenta-se aos olhos dos soldados («Passam andorinhas», os melros «trinam»), mas estes estão «cegos», pois apenas prestam atenção ao ritmo da marcha.4.
As andorinhas «dizem recados», os melros e os pardais «fazem-lhes sinais» e os melros «trinam» e «troçam».4.1
Acentuam a indiferença dos soldados em relação a toda uma natureza que se mostra viva e alegre.Pág. 189
Ritmo lento, no início, e ritmo rápido, no final.
1.
Para reproduzirem o som do comboio e marcar o ritmo da sua marcha.2.
«maquinista», «fumaça», «foguista», «fogo», «fornalha».3.
Vou com pressa.Pág. 190
Poema original: O menino pergunta ao eco/onde é que ele se esconde. Mas o eco só responde: «onde?,
onde?»/o menino também lhe pede:/«Eco, vem passear comigo!»/Mas não sabe se o eco é amigo/ou inimigo./Pois só lhe ouve dizer:/«Migo!».
1.
«é que».2.
O eco apenas repete o som das palavras que o menino diz.1.
Som, trio, rio, sombrio, largo, bom.2.
É nela que se juntam todas as características do rio e é como se o seu caudal fosse aumentando.2.1
Sensações visuais: «sombrios»; «claro». Sensações auditivas: «som»; «longo som». Sensações auditivas: «frio».3.
Os versos apresentam um tamanho irregular para sugerir o movimento da água, o fluxo do rio. As estrofes vão aumentando de tamanho como se o caudal do rio também fosse aumentando da nascente à foz.Pág. 191
1.
A história de alguém que vai pedalando uma bicicleta, num passeio agradável e que, de repente, distrando-se com uma borboleta, cai com a bicicleta.2.
Onomatopeia.2.1
O som dos pedais da bicicleta.3.
No final do poema, é-nos sugerido o som de uma travagem e de uma queda, seguido do som dos pedais que con- tinuam a rodar sozinhos.Pág. 192
1.
«lavadeira»; «ribeira»; «perdigueira»; «ladeira»; «brejeira»; «maneira»; «caçadeira»; «algibeira»; «inteira»; «cos- tureira»; «canseira»; «caçador»; «favor»; «senhor»; «valor»; «amor»; «maior»; «melhor».1.1
«lavadeira» e «caçador».1.2
«ribeira» e «ladeira».Pág. 193
A ideia de ilusão/sonho.
1.
Sonho. (…)1.1
Os adultos também o desejam, como o sujeito poético de «Menino». Aliás, é a todas as pessoas que se diri- ge o sujeito poético de «O Sonho».2.
Chama-se «Menino», porque o sujeito poético diz que nele «a infância permanece» e que continua «a ter medo do escuro/e a sonhar com ladrões», como as crianças.3.
A de que nos guiamos ou devemos guiar pelo sonho.3.1
A fé, a esperança e a alma dada com alegria a tudo o que nos rodeia.3.2
Não, porque o poeta diz que «Haja ou não haja frutos», ou seja, quer cheguemos ou não a alguma coisa ou a algum lado, o que importa é continuar a sonhar.Pág. 195
1.
Peixes, mar, espuma, areia, maré.2.
«vêm» e «vão».3.
Personificação.3.1
«Chora a espuma pela areia».4.
O mar não consegue trazer de volta, não consegue recuperar, os seus peixes. Quem me compra um jardim com flores?Borboletas de muitas cores, Lavadeiras e passarinhos, ovos verdes e azuis nos ninhos? Quem me compra este caracol? Quem me compra um raio de sol? Um lagarto entre o muro e a hera, uma estátua da Primavera?
Pág. 196
Abelhas: amarelas e negras/zumbem uma canção. Hipopótamo: olho periscópico.
Crocodilo: tímido/reservado.
«Quebrou-a o vento.» (primeiro poema) «tal o vento» (segundo poema).
Quem me compra este formigueiro? E este sapo, que é jardineiro? E a cigarra e a sua canção? E o grilinho dentro do chão? (este é o meu leilão!)
1.
No primeiro poema, o sujeito poético compara-se com uma árvore que foi quebrada pelo vento, porque ficou sem alguém que era muito especial. No segundo poema, o sujeito poético compara o tempo com o vento, porque, tal como o vento arranca as folhas e as empurra para parte incerta, o tempo, ao passar, faz arrancar as folhas do calendário, os dias, que nunca mais voltam.2.
As reticências transmitem-nos as emoções de quem lamenta a partida de alguém, no primeiro poema, e de quem vê passar os dias que não se repetem (no segundo poema).Pág. 197
Poema original: As aves desenham o silêncio voando em volta do campanário
Fugiram do aviário E voam à solta…
E a alada escolta abraça o horizonte largo e vário!…
Sugestão: referir que Filipe II reinou em Espanha e em Portugal (Filipe I de Portugal), pois o nosso país perdeu a
independência em 1580, consequência da morte de D. Sebastião na Batalha de Alcácer Quibir (1578). Mencionar o poder de Filipe II, que alargou os domínios espanhóis na América, de onde vinha muita prata, e que organizou uma ofen- siva contra a Inglaterra, com a chamada Armada Invencível (a qual partiu de Lisboa em 1588), que afinal foi derrotada.
1.
«colar de oiro com pedras e rubis»; «cinto de coiro,/com fivela de oiro,/olho de perdiz»; «O copo (…)/de cristal de rocha»; «tapetes flamengos»; «galos/alões e podengos,/falcões e cavalos»; cama/de prata maciça/com dossel de lhama/de franja roliça»; «atíbia de um santo/guardada num frasco»; «oiro e prata,/pedras nunca vistas,/safi- ras, topázios,/rubis, ametistas». (…)2.
A última estrofe. Filipe II tinha em seu poder muitas preciosidades, mas não tinha uma coisa que hoje é tão banal e tão prática: um fecho éclair. É engraçado pensarmos que o rei que tinha «tudo», afinal não tinha um objecto tão simples como esse.3.
Quintilha; oitava; oitava; oitava; quadra; décima; dístico ou parelha.Pág. 198
1.
Era uma vez um rei que atirou o seu anel ao mar e ordenou às sereias que o fossem buscar, caso contrário trans- formar-se-iam em espuma das ondas do mar. As sereias trouxeram o anel. Então, o rei atirou grãos de arroz ao mar e tornou a dizer às sereias que, se não os trouxessem, transformar-se-iam em espuma das ondas do mar. As sereias trouxeram os grãos de arroz. Finalmente o rei atirou a sua filha ao mar, deu a mesma ordem e fez a mesma ameaça. Desta vez, as sereias não voltaram e transformaram-se em espuma do mar.2.
As exclamações dão maior emoção às ordens e às ameaças do rei, assim como os comentários sobre a sua atitude cruel. Também nos sugerem a admiração face ao comportamento final das sereias.3.
Cruel, autoritária, injusta, prepotente, ameaçadora. (…)Pág. 199
1 praia. 2 estrada. 3 lambreta. 4 e 5. calções/blusinha. 6 e 7 vermelho/amarelo. 8 e 9 coxa/cintura. 10 companheiro. 11, 12 e 13 volúpia/amor/confusão. 14, 15 e 16 céu/nuvens/casas.
2.
Comparação: «Como um rasgão na paisagem/corta a lambreta afiada» / «como um punhal que se enterra» /«lembra um demónio com asas». Metáfora: «engole as bermas da estrada/e a rumorosa folhagem» / «bramir de rinoceronte». Onomatopeia: «Fuge, fuge».
Pág. 200
Angola: «lendas»; «feitiços»; «batucadas»; «cantigas e danças»; «ritmo de chinguvo e de marimba»; «Poesia
entoada ao vento». Cabo Verde: «esmagam a cana para o grogue»; «pilões / cochindo o milho»; «mercado»; «pescadores lançando / os botes ao mar»; «coladeiras de Santo António / de São João, de São Pedro, / ao som dos tambores»; «mornas dançadas, (…) tocadas, (…) cantadas».
1.
«Rumores». É a partir dos rumores, dos sons, que o poeta caracteriza Cabo Verde.Pág. 201
2.
«Lançando um «Cântico a Angola», no qual saúda esse país («Eu te saúdo, Angola!») e onde diz que essa é a terra dos seus antepassados, a sua terra natal, onde viveu as suas primeiras experiências: «Terra de meus avós, de meus pais, minha terra, / terra da minha infância, / da minha primeira escola / e meu primeiro estudo, / do meu primeiro amor, primeiro sonho e ânsia».Pág. 202
1.
A mãe negra sonha com mundos diferentes daqueles que conhece, mundos onde o seu filho poderia ir à escola e onde teria um destino feliz.1.1
Adjectivo: «maravilhosos». Nomes: «escola»; «estrada». Os mundos são «maravilhosos», porque são osmundos onde o seu filho encontraria a felicidade, apredendo na «escola» e realizando um percurso feliz, cor- rendo na «estrada».
2.
«secou»; «acabou»; «construindo»; «Cimentando».Pág. 203
1.
Gostaria de poder afirmar que o amor, a bondade, a sinceridade e outros sentimentos se encontram, realmente, no coração.1.1
Para realçar a importância dos sentimentos que o sujeito poético gostaria de encontrar no coração.2.
Com a do seu coração, órgão físico descrito nos compêndios, sem nenhuma emoção.2.1
«válvulas (a tricúspida e a mitral)», «compartimentos (duas aurículas e dois ventrículos)», «simpático».Pág. 204
1.
1 nuvem. 2 cavalo. 3 barca à vela. 4 navio. 5 torre amarela. 6 donzela (imaginação).1.1
É através da imaginação que o sujeito poético consegue visualizar uma série de figuras na nuvem e escrever um poema sobre essa capacidade de imaginar formas nas nuvens.2.
O poeta pede que o deixem imaginar à vontade, que o deixem sonhar sem limites. Viajando numa nuvem, ele poderia ser qualquer coisa.Unidade 5 • O texto dramático
O teatro
Adereços; actor com adereço; actor no camarim; actores em palco; palco com cenário montado.