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Guião de entrevista

Tese de Mestrado em Gestão de Serviços e da Tecnologia – ISCTE business School Local de desenvolvimento - Hospital da Luz

Helder Tiago Morais Rodrigues

Descrição: Prevê-se a aplicação de dois tipos de entrevista, uma dirigida aos prestadores

de cuidados e outra a responsáveis de unidades / serviços e/ou Gestores, para desta forma reunir diferentes opiniões e perspectivas mas também concluir possíveis relações. A entrevista pretende-se, na possibilidade, presencial e informal.

Objectivo de tese: Compreender o fluxo hospitalar dos pacientes numa patologia

concreta que envolve o tratamento cirúrgico – neoplasia da próstata, numa óptica de gestão de operações em serviços, identificando o tipo de estratégias utilizadas na indústria e no caso em concreto, que possibilitem a melhoria da eficiência e eficácia.

Objectivos gerais:

 Identificar momentos chave de decisão;

 Identificar decoupling points (“pontos de transição de processos onde a diferenciação se inicia”);

 Relacionar a adequação dos recursos do hospital face ao caso patológico concreto;  Identificar as estratégias utilizadas pelo hospital para o caso concreto;

 Possibilitar a uniformização de procedimentos e fluxo de pacientes.

Entrevista com clínicos:

Objectivos:

 Identificar quais os pontos a valorizar para a triagem de pacientes

 Identificar pontos-chave da passagem no hospital por um paciente e compreender a sua relação (ex.º: consulta + diagnóstico + tratamento + recuperação)

 Identificar tipos de tratamentos e sua relação com os pacientes  Identificar e perceber a relação do diagnóstico e equipa necessária

87  Identificar a relação da especialidade com um tipo de serviço de internamento

específico bem como equipa de prestadores de cuidados

 Identificar planeamento afecto à especialidade de cirurgia urológica e ao tipo de cirurgia em específico (número de camas / sazonalidade)

Questões:

1. Tendo em conta que é um hospital privado, podendo não existir uma triagem prévia que no Serviço Nacional de Saúde (SNS) é feita nos cuidados primários, os pacientes chegam à consulta, de um modo geral, provenientes de onde? 2. Existe na consulta de especialidade, relação considerável com a consulta de

medicina interna ou Medicina Geral e Familiar (MGF)?

3. Quais os primeiros passos a seguir após suspeita de doença? Existe algum procedimento comum que combine o fluxo que o paciente segue até à cirurgia (se este for também o tratamento a realizar), a nível organizacional de recursos (por ex.º: secretárias clínicas fazem marcação de exames complementares de diagnóstico e agendamentos de cirurgias)?

4. É necessário na maioria dos casos reunião com equipa multidisciplinar? Em que fase é realizada se for necessária (por ex.º: antes ou após exames complementares de diagnóstico).

5. Tendo em conta o tempo disponível de bloco operatório, como são geridos os Clientes que necessitam de tratamento cirúrgico?

6. Quais as condicionantes que podem ser encontradas para a marcação de uma cirurgia tendo em conta a organização do hospital?

7. Existem restrições para a opção terapêutica cirurgia (clássica, robótica e/ou laparoscópica).

a. Que restrições clínicas e organizacionais são mais comuns? b. Neste caso a apólice do seguro é tida em conta?

8. Tendo em conta o número de cirurgias realizadas e o tempo de funcionamento do hospital, é valorizada como opção, uma equipa (enfermagem, médica, etc.) ou serviço para o tratamento e seguimento destes pacientes?

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Entrevista com gestores:

Objectivos:

 Compreender o volume da cirurgia urológica e da patologia em causa no hospital;  Identificar pontos-chave da passagem no hospital por um paciente e compreender

a sua relação (ex: consulta + diagnóstico + tratamento + recuperação)

 Identificar custo/benefício para hospital e para paciente de opções de tratamento – como é balanceada a relação hospital-paciente;

 Compreender a dinâmica da relação com os diferentes serviços;

 Identificar preferência da especialidade por um tipo de serviço de internamento específico bem como equipa de prestadores de cuidados;

 Identificar e compreender o planeamento afecto à especialidade de cirurgia urológica e ao tipo de cirurgia em específico (número de camas, sazonalidade, recursos humanos necessários em cada época);

Questões:

1. De uma forma geral quais as estratégias utilizadas na tomada de decisões para gestão do fluxo de pacientes?

2. Tendo em conta o volume cirúrgico da especialidade de cirurgia urológica e em específico da cirurgia - prostatectomia, existe afectação de um número de camas para estes internamentos?

3. Como é gerido o número de vagas (camas) disponíveis, em picos de procura de outras especialidades, como é o exemplo do inverno com os pacientes do foro médico?

4. Existe preferência por algum serviço /equipa para internamento dos pacientes? 5. Quais as condicionantes que podem ser encontradas para a marcação de uma

cirurgia, para além do tipo de seguro ou possibilidades do paciente? É possível associar um tempo para marcações em determinados tipos de seguro, tendo em conta o seu tempo de resposta?

6. Existem restrições para a opção terapêutica cirurgia robótica e/ou laparoscópica? 7. Existem medidas para o seguimento dos tipos de variação que podem surgir (por

ex: variação do tempo de internamento, variação do tempo de cirurgia)? 8. Como são geridos os picos de procura com a capacidade do hospital?

a. São canceladas cirurgias?

b. Os pacientes são transferidos para outra unidade do grupo que tenha vaga? c. No caso da não existência de Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) os

pacientes fazem recobro prolongado?

9. Existe comunicação / cooperação do hospital com outros hospitais para possível transferência de pacientes? Como é feita essa comunicação?

10. Como são medidas as necessidades de prestadores de cuidados tendo em conta o número de pacientes?

a. Se existir necessidade de dispensar profissionais de saúde, esta medida é tomada tendo em conta a experiência da equipa necessária?

89 11. Existe medição de tempos de alta de quartos? Tempo de limpeza e preparação de

quartos?

12. Existem medições de tempos de exames, laboratoriais, bem como tempos de espera para realizar exames?

13. Existe um tempo médio de internamento para este tipo de cirurgias. Se existir um desvio (relacionado com infecção ou outro tipo de complicação) e a capacidade de internamento do hospital estiver acima de 95%, como é gerida a flexibilidade necessária?

14. Seria benéfico um sistema de localização de pacientes (sistema semelhante ao utilizado na maternidade com os recém nascidos), para quando na ausência do serviço onde estão internados, se possa monitorizar onde se encontram e o tempo que demoram?

a. Na sua opinião, um sistema destes poderia ter impacto na eficiência e em custos?

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