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Tipos de SAF’s e suas especificidades e aplicações;

Elementos formadores de SAF’s; Espécies utilizadas:

Identificação de SAF’s já praticadas; Análise comparativa com experiência fora do contexto local;

Técnicas básicas para produção de mudas;

Manejo de florestas e sistemas;

Prevenção de incêndios e controle de queimadas.

Ao final do curso, os participantes deverão ter capacidade de melhor compreender a realidade na qual estão inseridos, com vistas à adequação dos modelos de exploração de cultivos ora praticados, tendo a possibilidade de auferir maior renda, através do processamento dos produtos, reduzindo a agressão ao meio ambiente.

HABILIDADE DE GESTÃO

Discutir as práticas associativas e estratégicas de autogestão, suas possibilidades e seus limites num

contexto global. HG 10h

HABILIDADES DE GESTÃO:

Agregação de valor aos produtos oriundos da floresta e ou sistemas autossustentável;

Gestão da propriedade num sistema integrado da produção familiar;

Enfoque sobre a administração da produção;

Racionalização da força de trabalho familiar;

Gerenciamento adequado ao tipo de sistema praticado;

Trabalho coletivo; Relação com mercado;

Valorização dos produtos naturais-selo verde;

Perspectivas e estratégias de acesso ao mercado;

Formação dos preços dos produtos; Participação organizacional; Cooperativismo alternativo.

Quadro 11.5 – Plano de Educação Profissional PROG AGROINDUSTRIA FAMILIAR

Município de Santarém EMATER – PARÁ

2000

Conteúdo Programático

Objetivos Específicos do Curso Carga

Horária

P/ Habilidade HB, HE, HG

Resultado Esperado

Elaborar um projeto técnico para implantação de uma agroindústria de processamento de café.

Prestar consultoria na área de comercialização, marketing e licenciamento.

60 h

80 h

HABILIDADE DE GESTÃO

HABILIDADE DE GESTÃO

Obter o projeto devidamente elaborado para posterior envio às fontes financiadoras.

Considerando o ano de 1999 como referência, visto que os relatórios seguintes não dispunham de plano de curso, chama atenção:

1. A divisão do curso em habilidades: a) Habilidades Básicas; b) Habilidades Específicas e C) Habilidades de Gestão;

2. A Carga Horária;

3. A quantidade e a qualidade dos conteúdos; 4. O número de turmas de participantes.

Infelizmente não se dispõe de um dado importante: a relação dos participantes do curso; quanto aos instrutores, é sabido que foram os técnicos da EMATER.

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Historicamente, os movimentos sociais atuam na defesa de direitos, de justiça e de cidadania e, mesmo sem promoverem transformações estruturais na sociedade, interferem na relação de poder e contribuem para a formação da identidade dos seus membros. Eles se constituem em canais de disputa de poder, de barganha e de afirmação de identidades.

Muitos dos movimentos sociais atuais, dentre esses os do Baixo Amazonas, nas últimas décadas, atuam em torno de questões decorrentes do desenvolvimento capitalista, contra as consequências da pobreza, no sentido de criar formas alternativas de geração de trabalho e renda, de defesa do meio ambiente e do biopoder (FRANK E FLUENTES, 1980, GOHN, 2008).

Muitos movimentos sociais atualmente atuam nas agendas das políticas públicas e sociais, na condição de parceiros, de articuladores e executores dessas políticas, o que significa que mudaram as formas de mobilização, de luta, bem como os atores sociais. Em diversos movimentos sociais, as mobilizações se dão de cima pra baixo, as orientações e as agendas emanam dos gabinetes dos governos.

Mobilizados em torno de questões sociais e do Desenvolvimento Sustentável, a atuação de algumas organizações e entidades, especificamente no Baixo Amazonas, tem se caracterizado pelo atendimento à pobreza, no intuito da geração de renda e da preservação do meio ambiente, no sentido da constituição de um modelo alternativo de desenvolvimento que supere o descaso e o abandono do Estado.

A história dos movimentos sociais na região mantém estrita relação com a Igreja Católica, pois, se por um lado “[...] as igrejas buscam adequar os sujeitos às normas sociais, por outro, muitos movimentos sociais de cunho religiosos militam na luta pela terra e pelo

direito ao trabalho humano com dignidade [...]” (MENEZES, 2007, p. 331). Foi possível observar, embora não seja esta uma questão nesta tese, que inúmeras lideranças comunitárias com as quais se teve contato possuem uma base de formação oriunda da Igreja Católica.

No que se refere aos STTR’s, a história pode ser assim contada:

Isso é uma história da região ou do Estado contada dessa natureza, porque os Sindicatos surgiram na mão dos grandes, que não queriam abrir mão de uma entidade que não pertencia a eles, e quando o trabalhador ia procurar seu direito, eles, do sindicato, negavam, quer dizer, os verdadeiros trabalhadores rurais não encontravam apoio e achavam que o Sindicato não valia nada e nós descobrimos que o Sindicato é uma ferramenta dos trabalhadores e não podíamos deixar na mão de quem estava dominando eles. Em 1990, nós conseguimos o Sindicato [...] e começou nossa luta na questão da demarcação de terras, de titulação, educação de melhor qualidade [...] Nossa luta começou dentro da Igreja Católica, começando com trabalhos de base [...] (Celina) Grifo nosso).

Realmente, a história da região e do Estado pode ser contada pela organização e luta dos movimentos sociais, pela organização dos agricultores: na luta pela titulação de terra, por educação, por saúde, transporte, vicinais, dentre outras.

Quando, por exemplo, o entrevistado afirma as bandeiras de luta do STTR: “a demarcação de terras”, a “titulação” e a “educação de qualidade”, ele apresenta questões que se inscrevem na luta por cidadania e aponta para a dimensão de organização e luta (que transcendem o local), de caráter nacional, que fazem parte de uma ampla rede de mobilização no sentido de amenizar os conflitos decorrentes dessas questões.

O movimento social não ficou restrito ao sindicalismo no BAM, outras formas de organização foram surgindo na lacuna deixada pelo Estado quanto ao atendimento à pobreza na região, de forma que, como se poderá averiguar no quadro abaixo, a formação, a qualificação, a titulação das terras, a capacitação e a geração de renda são as características preponderantes no que se refere à atuação das entidades. O quadro a seguir tem por objetivo evidenciar as organizações existentes na região e sua caracterização, bem como os parceiros e os principais projetos.

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