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Harry Potter e o Pequeno Príncipe na Literatura

No documento ANAIS – Mostra Científica 2019 (páginas 193-200)

EIXO 1 – Interlocuções entre Conhecimento e Saber no Campo da Docência RESUMO:

4.2 Harry Potter e o Pequeno Príncipe na Literatura

Harry Potter parte de uma premissa fantasiosa de um mundo onde existem duas comunidades. A bruxa e a trouxa, na qual uma pode realizar feitiços, conhece criaturas mágicas

e lugares mágicos, enquanto a outra vive num mundo isolado de tudo isso. Elas coexistem, mas uma desconhece a existência da outra. Harry é um garoto adotado pelos tios que não conhece o mundo bruxo e é bastante segregado pelos seus familiares. Contudo, essa narrativa muda drasticamente quando ele completa 11 anos e recebe cartas e a visita de um membro da Escola de Magia e Bruxaria da Escócia, Hogwarts.

A primeira lição trazida disso tudo é que, a comunidade trouxa, que não sabe que magia existe, convive com uma visão opaca da relação que as crianças e os jovens desenvolvem com a magia, porque estão sempre preocupados com suas obrigações, muitas vezes sem importância, e se tornam pessoas distorcidas, que vivem padronizados em um mundo não mágico e preto e branco. Os bruxos já apresentam fatores que elencam a carência infantil e juvenil que, ao se chocarem com a literatura fantasiosa, entram em frequência com alguns anseios íntimos e secretos que esses indivíduos mantêm.

Para Rosa (2008), essas vertentes podem estar entrelaças com o fato de que algumas crianças e adolescentes procuram por algo que preencha um vazio aberto em sua vida pessoal ou em sua vida em sociedade. Então nada melhor do que completar esse espaço através dessa aprendizagem paralela as lacunas do mundo real e dessa experiência individual (os livros) que estão intrinsicamente interligadas.

O Pequeno Príncipe conta a trajetória da queda do avião do narrador da história e como ele encontra com o Pequeno Príncipe, que logo em seguida decidi apresentar-lhe suas aventuras. No livro que fala de um personagem erudito, em seu desejo pelo conhecimento, percebe-se que livros infanto-juvenis também trazem uma carga riquíssima de valores que um livro clássico poderia oferecer. Andrade, Cordeiro e Rosman (2010) situam que o personagem, além de abandonar o seu “egocentrismo”, ele conhece o sentimento que os humanos denominam como “cativar”, que traz um conceito belo e generoso, tão antes conhecido por aqueles habitantes. No entanto, esses mesmos indivíduos desconhecem o entendimento e a dedicação a coisas simples, como o desenho. Logo, o personagem adulto que se choca com essa realidade, decide se tornar piloto ao querer se libertar desse retrato de negligência, utilizando a frase “Preciso de Ar”.

Outra parte importante do livro está no contato do adulto com o pequeno viajante após a queda do avião no deserto, onde os dois personagens trocam experiências, enquanto o

adulto decide despender um pouco do seu tempo em dedicar-se a criança tão curiosa e cheia de atenção. O adulto ainda facilita o acesso da criança a um poço no deserto para chegar até a água, representando uma analogia a qual o adulto pode ser o professor e a água o conhecimento ou o livro, onde o mesmo mediará o encontro da criança com essa experiência tão prazerosa e sublime, que é esse mundo interior. A água bebida por ambos os personagens também ilustra a integração do saber de um pelo outro, criando um vínculo de afetividade, respeito e conhecimento.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nota-se que o gosto individual de cada pessoa é inerente ao tipo de leitura que esse indivíduo irá consumir, ou seja, não adianta querer impor literatura nacional clássica a uma criança, se você pode entender o funcionamento desse mundo literário dela, e a partir dele, adaptar-se ao indivíduo e ajuda-lo a lapidar o seu interesse pela leitura, e futuramente, auxiliar a sua passagem por outros gêneros literários.

O Brasil já se mostra um país onde o próprio avanço literário se encontra, entre suas próprias vicissitudes, adaptando-se ao que seu tipo de público quer. E por tipo de público entende-se uma gigantesca diversidade que explora os gêneros mais buscado aos novos que se encontram em ascensão nesse momento e no crescimento da própria era tecnológica. As crianças e os jovens possuem capacidade para lidar com a literatura nacional clássica inserida aos poucos, ainda que feita para leitores mais frequentes. Porém, se estamos falando em mediar o conhecimento, impor algo que não agrade pode ser fator de risco para que o indivíduo se prive da leitura pôr lembrar que ela se resume a Vinicius de Assis, Guimarães Rosa ou Aluísio de Azevedo, mesmo que exista numerosos mundos que ela pode visitar a hora que desejar, seja por um livro antigo que está numa livraria há tanto tempo, como também em uma biblioteca virtual que pode ser acessadas com poucos toques em uma tela touchscreen.

Concluiu-se também que Harry Potter e O Pequeno Príncipe também possuem uma carga de conhecimentos que podem ser aplicados a essa realidade problemática em relação ao mundo literário da criança e do jovem, onde esse vai intervir no tipo de leitor que essa pessoa

vai ser e qual a frequência que ele estará na quantidade de vezes que entra em contato com essa experiência pessoal tão variegada e discrepante de criança e jovem para criança e jovem.

REFERÊNCIAS

ALVES, Cristiane da Silva. Algumas breves considerações sobre a literatura brasileira contemporânea. In: JORNADA DA UFRGS DE ESTUDOS LITERÁRIOS, 2., 2012, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: UFRGS, 2012, p. 01-07.

ANDRADE, L. B.; CORDEIRO, M. O.; ROSMAN, P. M. G. Análise da obra “O Pequeno Príncipe” apoiada no desenvolvimento do pensamento e linguagem. Encontro: Revista de Psicologia, vol.10, n.17, p.95-105, 2010.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.

CURIA, Denise Fonseca dos Santos. A Literatura Infanto-juvenil na Contemporaneidade: um outro olhar para o literário em sala de aula. Revista Thema, [S.l.], vol.9, n.2, nov 2012.

LOPES, Francisco Edson de Freitas; ARAÚJO, Alyne Ferreira de; DIAS, Daise Lilian Fonseca. O uso de literatura no contexto de sala de aula de língua inglesa. In: IV Simpósio Nacional de Linguagens e Gêneros Textuais. Campina Grande: Anais do IV Simpósio Nacional de Linguagens e Gêneros Textuais, 2017.

MARAFIGO, E. C. A importância da literatura infantil na formação de uma sociedade de leitores. São Joaquim, 2012.

PAIVA, S. C. F.; OLIVEIRA, A. A. A Literatura Infantil no processo de formação do leitor. Cadernos da pedagogia (UFSCar. Online), vol.4, p.22-36, 2010.

ROSA, Daniela Botti da. Harry Potter e o sujeito da pós-modernidade. Psicol. cienc.

prof. [online], vol.28, n.3, p.480-493, 2008.

O CAPITALISMO NA ESCOLA E SUA INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO Dayane dos Santos Teixeira215

Marcos Batinga Ferro216 EIXO 1 – Interlocuções entre Conhecimento e Saber no Campo da Docência

RESUMO:

Este artigo tem como objetivo discutir o papel da educação em escolas privadas, por meio de uma abordagem qualitativa, a fim de compreender o processo atual de ensino e aprendizagem.

A escola vem transferindo uma educação mecânica, na qual os alunos são formados para manutenção social. Precisamos entender a influência do capitalismo na educação e como esse sistema econômico afeta os alunos na sociedade. A escola precisa enfrentar problemas educacionais e modificar a formação dos alunos nas escolas, idealizando uma organização social que a rompe como serviço do capitalismo, entendendo a real importância da educação.

Palavras-chave: Capitalismo. Educação Sociedade.

ABSTRACT:

This article aims to discuss the role of education in private schools, through a qualitative approach, in order to understand the current process of teaching and learning. The school has been transferring a mechanical education, in which students are trained for social maintenance.

We need to understand the influence of capitalism on education and how this economic system affects students in society. The school needs to take on educational problems and modify the formation of students in schools, idealizing a social organization that breaks the school as a service of capitalism, understanding the real importance of education.

Keywords: Capitalism. Education. Society.

215 Graduanda em Pedagogia, pela Faculdade São Luís de França. E-mail: dayane.txr@icloud.com.

216 Mestre em Educação pela UFS E-mail: marcosbating@gmail.com.

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo compreender a função da educação nas escolas privadas, diante de uma sociedade capitalista, uma pesquisa resultante em uma conscientização da influência capitalista nas escolas.

A escola privada, tem adquirido uma prática capitalista no ensino, transforma o aluno pensante em máquina para o mercado de trabalho, podendo ser observado as diferenças sociais que estão presentes em nossa sociedade capitalista. Precisamos de uma educação transformadora, libertadora, sem expropriação. Mas a gestão escolar capitalista impede a formação das novas práticas escolares

Existe a necessidade de construir novas condições para mudar a situação atual na sociedade, principalmente para uma reestruturação social, formando educandos com autonomia e não produtos para o mercado capitalista. Diante disto, percebemos a realidade social e relacionamos entre educação e o trabalho, por meio das teorias de Marx (1818-1883) e Freire (1921-1997), foi criado novos entendimentos e questionamentos sobre a educação.

É normal considerar a escola como um ambiente de aprendizagem, mas o que temos que questionar, é, qual aprendizagem que os alunos vêm tendo nas escolas privadas? É uma educação mecânica ou libertadora?

O desenvolvimento na organização de ensino, realiza uma perspectiva diferente de pensar em educação, além de pensar de forma crítica, também é preciso ter uma ação crítica, enfatizando as atitudes de mudanças sociais e dando relevância a uma educação que transforma não só o educandos, mas também, educadores, gestores escolares e comunidade na qual a escola está inserida.

2 O CAPITALISMO NA EDUCAÇÃO

A escola capitalista tornou-se um comércio que transfere conhecimentos escolares para terem um resultado satisfatório, desta forma, apropria-se da capacidade dos alunos para promover a instituição como uma escola com índice alto de aprovação.

A escola vem assumindo um papel em que os alunos são formados para uma manutenção social, onde a educação não foi modificada, existindo uma reprodução social que produz indivíduos expropriado que de maneira coletiva para produzir riquezas aos proprietários do meio de produção, contribuindo para o crescimento da pobreza de forma injusta. A classe dos trabalhadores, é a única que luta e sobrevive do seu próprio trabalho, enquanto a classe dominante necessita está sempre explorando para acumular riqueza.

O capitalismo contribui para desigualdade e alienação social, destruindo a relação entre o ambiente escolar e a aprendizagem democrática e igualitária. A escola é uma instituição social, que não deve ser isolada e independente, a escola necessita ser integrada na sociedade de maneira participativa e com um convívio social e produtivo.

Por essa razão, a ideologia de uma nova educação é essencial para um novo tipo de escola, pois, diante de um capitalismo globalizado, criou-se uma estrutura de produção que se aproveita do enfraquecimento educacional, e elabora uma aprendizagem mecânica para os alunos, desta forma , continua explorando a classe trabalhadora, instaurando crises na sociedade e gerando riqueza para classe dominante. Isso significa que

No caso da educação e da formação profissional, essas instituições fomentaram o desenvolvimento de um novo consenso, segundo o qual as profundas transformações que ocorreram no mundo do trabalho, com o advento de novas tecnologias e dos novos dispositivos organizacionais e gerenciais, engendraram a necessidade de uma força de trabalho mais escolarizada e mais qualificada. (BATISTA, 2011, p.150)

O ensino nas escolas privadas, valorizam o capital e os alunos são vistos como produtos que serão destinados ao mercado capitalista e essa atuação do capitalismo nas escolas, afeta o desenvolvimento escolar, tornando-se destrutivo. A escola foi adequando-se às exigências do mercado e hoje possui um perfil de produção capitalista centralizado e competitivo.

Incorporando-se cada vez mais ao capital.

Muitas escolas sustentam a ideia de que tem a função de preparar os alunos para desempenhar papéis sociais, desta forma, assumindo uma posição na sociedade. E o docente precisa ser contra esse sistema capitalista e não dá aulas específicas, com apenas determinados

No documento ANAIS – Mostra Científica 2019 (páginas 193-200)