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PEIXOTO, 2007, p. 258). Assim, utilizamos estas fontes de imprensa para analisar a construção deste “Outro” sujeito - sem espaço de fala - em veículo de circulação com função de comunicar e formar ideias ditas como “verdades” que “como uma prática constituinte da realidade social, que modela formas de pensar e agir define papéis sociais, generaliza posições e interpretações que se pretenem compartulhadas e universais.” (CRUZ & PEIXOTO, 2007, p. 258). Essa perspectiva de cuiado pretende atender as necessidades de cuidado sobre a narrativa localizando suas estratégias no alcance de sua informação e mensagem.

Com a leitura das fontes, problematizo as hierarquias sociais e o racismo estrutural e institucional73 em suas construções de um “Outro” estranho ao “Ser”. A intenção da leitura das fontes sobre essa perspectiva é resgatar definidores condicionantes da ausência de direitos e inserção social do sujeito histórico em estudo74.

A fonte de documentos públicos possui leituras diretamente ligadas a discursos políticos por sua vez as disputas de poder e ou de comunicação de dados, estão como docutos que possibilitam uma dupla análise. A primeira apresenta a ideia sobre o “Outro” “Não-Ser” (maloqueiro) e demonstra, ao mesmo tempo, como eram os padrões do imaginário que estabeleciam o “Ser” sujeito “Cidadão” de direitos na cidade de Porto Alegre dentro do período estudado. E a outra demontra os interlocutores de compos em disputa que possuem lugar de fala propositora de regimes de verdades, em casos específicos, demonstra a luta de discursos entre protagonistas do campo político.

2.4 História Pública

A pesquisa pretende a Fonte Oral como fundamental na proposição de leitura, ângulo e modo de entendimento. As demais fontes estão relacionadas para apresentar, legitimar e sustentar as fontes orais em suas memórias. Essa proposta levou a pesquisa à construção em dalogo das fontes orais, daí já poderia definir esta prática como hitória publica. Proponho perceber segundo Almeida:

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O trabalho de história oral como uma prática de história publica sugere práticas de responsabilidade político-social com a memória coletiva. Nesse sentido, as entrevistas

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A biopolítica, sustentada em justificativas ideológicas, expõem argumentos buscados em teorias sociais evolucionistas – eugenia e higienização social.

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Dentre os discursos os recortes narrativos que enquadram as políticas urbanas sob as estruturas conceituais higiênicas, condenadas quanto suas teorias, mas não superadas na prática social segregacionista.

orais contrubuem para a elaboração e socialização da produção do conhecimento histórico dos movimentos sociais. As necessidades e os interesses de um movimento social podem inspirar projetos em história publica – integrando os membros do movimento social e pesquisadores acadêmicos em colabração. (ALMEIDA, p. 52. In.: MAUHAD, ALMEIDA & SANTHIAGO (org.) 2016).

Entendo a História Pública para além da prática de construção mútua de fonte oral entre pesquisador e entrevistado. Para esta pesquisa, exercitei a prática de campo e de devolução de resultados de pesquisa junto da comunidade pessoalmente e em desenvolvimento de pequenos vídeos postados em meio virtual, falas e debates sobre a prática de pesquisa e a constatane devolução a comunidade em oficinas e rodas de conversas juntamente com os depoentes pretendeu “diálogos ativos sobre o significado e sobre o lugar da história no presente, sobre o que é que importa na compreensão e no aproveitamento do passado.”, de alguma forma propondo alternativas mais amplas de registros de memória. E, “Uma história publica que faça esse diálogo ser central e indispensável é, a meu ver, uma história publica que tem a capacidade de transcender as restrições de dicotomias comoprodução/consumo, historidos/plateia, pesquisa/produto.” (ALMEIDA, p.60. In.: MAUHAD, ALMEIDA & SANTHIAGO (org.) 2016).

Tal prática vai ao encontro da comunidade, para esta em perquisa, deixar de ser “objeto de estudo” e tornar-se um “campo de diálogo” com resultados comunicados e em ferramentas de circulação mais ampla que seu espaço. Na possibilidade de não mais ser foco de comunicados e consclusões sobre a comunidade em via única, a mesma deseja comunicar suas dúvidas, conclusões e proposições como protagonistas de saber/poder. Mesmo na contramão da onda ideológica autoritária, colocar na roda o diálogo sobre contrução de verdades é sempre um desafio.

A difícil tarefa de ler a memória que a cidade entende em sua complexa relação com este espaço em análise de fontes documentais e seus pesos desconstrutivos, foram minimizados pelo imenso prazer de compartilhar as memórias e de conhecer sujeitos que carregaram em si – corpo – a resistência quando somando a outros corpos que sobreviveram e transformaram seu lugar. Sou eu mais um corpo desta memória, este espaço me formou e pretendo usar o afeto do pertencimento para construir esta dissertação – EU SOU RESTINGUEIRA, RESTINGENSE, EU SOU TINGA E DAÍ.

A prática da História Publica está também em produz material em vídeo a partir das entrevistas, buscando alcançar e comunicar o maior número de pessoas. O primeiro Piloto: Origens do Bairro Restinga, Maria Clara e Seu Ênio, já publicado no You Tube em 03 de

outubro de 201975. Aberto ao diálogo, a proposta pretende conversar com o publico e com a comunidade do bairro Restinga76, uma comunicação contínua para além da Dissertação defendida com a manutenção do diálogo e produção de memória junto à comunidade. Tal ação já está em prática com a devolução contínua do material levantado com a pesquisa junto a comunidade do Bairro em:

 Rodas de Conversas77;  Oficinas78;

 Diálogos nas Escolas79;

 Exposições, Congressos, Encontros e Seminário80;

O debate da História Publica junto da História Oral é levada a todos os espaços com interação do diálogo, quando possível com os depoentes presentes, quando não se faz possível com mostra das entrevistas e depoimentos conferidos em fontes com os cuidados necessários para sua produção. Mais que a produção do currículo, a proposta é desenvolver afeto na construção do conhecimento publico. Quando somos afetados, trocamos e construímos com mais autonomia crítica.

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Trabalhado na comunidade desde 2018. 76

Meterial do Pilodo: Origem do Bairro Restinga – Maria Clara e Sr. Ênio (You Tube). 77

Escola Municipal de Ensino Fundamental Vereador Carlos Pessoa de Brum e IFRS Campus Restinga são espaços parceiros iniciais da proposta que deve abranger todoo território do Bairro Restinga, nessas são convidados os depoentes para diálogo.

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Escola Municipal de Ensino Fundamental Vereador Carlos Pessoa de Brum, IFRS Campus Restinga, Geografia UFRGS (Introdução a teoria e Metodologia) e Centro da Juventudade Bairro Restinga. A proposta foi apresentar a proposta de História Oral em sua metodologia e processo ético para construsão de uma saber para alem dos espaços da Universidade.

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Escola Municipal de Ensino Fundamental Vereador Carlos Pessoa de Brum e IFRS Campus Restinga são espaços que iniciamos a proposta, com trabalho sólido, o sugundo momento pretende produzir um calendário com as intituições do Bairro.

80 Todos os momentos do processo de construção da Dissertação junto ao PPG História UFRGS, a proposta de comunicar e diálogo acompanhou o trabalho: Restinga, 50 anos Deposimento para Aline Custódio para o cunjunto de seu especial sobre o tema; MOSAICO CULTURAL 50 ANOS DE RESTINGA junto da AACEL – Associação dos Amigos da Cultura, Esporte e Lazer e CCMQ – Casa de Cultura Mario Quintana; ações internas ao bairro junto ao IFRS Institudo Federal do Rio Grande do Sul Campos Restinga; entre outras ações ligadas a Universidade nos trasito intelectual de ações para debatar temas ligados ao processo de pesquisa.

III: Narrativa Pública, Intelectual e de Imprensa sobre a Cidade Real e a