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Identificação

No documento CULTURAL E COMO FUNCIONA (páginas 58-62)

RECURSOS PRIVADOS

1. Identificação

Nessa fase são realizados estudos, diagnósticos e visitas aos municípios ou comunidades para certificar que o local reúne as condições necessárias para organização de um Banco Comunitário. Dentre outros, são observados os seguintes aspectos:

a) presença de uma organização local/comunitária, interessada em desenvolver e gerir as ações de um Banco Comunitário;

privada, em apoiar a implantação do Banco;

c) existência de grupos produtivos locais e de empreendimentos econômicos solidários; e

d) existência de rede telefônica instalada no município/bairro (serviço necessário para o funcionamento de caixa eletrônico). 2. Preparação

Consiste no processo de sensibilização dos moradores, produtores e comerciantes do município/comunidade, bem como a capacitação dos agentes e gerentes de crédito. Considerar nessa etapa eventos de capacitação (oficinas, cursos e treinamentos), distribuídas ao longo do período desta fase. Apresenta as seguintes etapas:

a) reuniões com a comunidade, o governo local, e outros parceiros locais objetivando ouvir suas expectativas, negociação de apoio e definição da contribuição de cada um para a constituição de Banco Comunitário;

b) oficina de sensibilização com técnicos da entidade que apoiará o Banco Comunitário e comunidade, momento em que serão abordadas noções de desenvolvimento local e Economia Solidária;

c) oficina das experiências de outros bancos, apresentando o estágio de desenvolvimento alcançado pela comunidade;

d) oficina sobre economia solidária para oferecer aos moradores noções sobre como organizar coletivamente redes de produtores e consumidores locais, remontando cadeias produtivas e criando instrumentos de Economia Solidária

e) oficinas práticas sobre o mapeamento da produção e do consumo local; e

f) curso de agente e gerente de crédito, quando serão treinadas pessoas da comunidade para atuarem como agente e gerente de crédito.

3. Implantação.

Após o processo de sensibilização e capacitação, iniciam-se os preparativos práticos para o funcionamento do banco, destacando-se;

a) oficina de planejamento do Banco Comunitário para determinar o funcionamento do Banco, nome, produtos, gestão, parcerias e outros;

b) oficina de treinamento da equipe do Banco Comunitário e criação dos instrumentos de gestão (formulários, fichas de cadastro, definição de política de juros, sistema de aval, analise do crédito e outros);

c) preparação e edição do material gráfico sobre o Banco Comunitário e a Moeda Social Local;

d) cartaz, folder, convite, impressão das moedas sociais e outros; e e) lançamento do banco e assessoria à equipe de gestão por três meses.

4. Consolidação

Nessa fase, os Bancos Comunitários precisam consolidar suas atividades e superar dificuldades apresentadas ao longo do processo inicial. São realizadas ações de:

a) consultorias especializadas e focadas; b) reuniões com o poder público local; c) articulação com novos parceiros;

d) cursos de aperfeiçoamento para os agentes e gerentes de crédito, produtores locais e consumidores;

e) aperfeiçoamento nos conhecimentos e nas práticas desenvolvidas no banco;

f) campanhas para divulgar as ações do banco e seu impacto na comunidade.

CDD: uma moeda social carioca

Uma experiência de banco comunitário de desenvolvimento e criação de moeda social local está em plena vigência na comunidade da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. A moeda própria criada localmente, em setembro de 2011, se chama CDD e é resultado do projeto Rio Eco Sol, da Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico Solidário da Prefeitura do Rio de Janeiro. Entretanto, a moeda social ainda é pouco aproveitada pela comunidade. Estratégias de divulgação do projeto estão sendo realizadas na tentativa de reverter esse quadro.

A CDD (nome que faz referências às iniciais da comunidade) é distribuída pelo Banco Comunitário da Cidade de Deus, cuja gestão é feita por um conselho composto por moradores da favela, integrantes do Instituto Palma (criador da moeda social) e representantes do BNDES (financiador).

Reprodução da cédula de valor unitário da moeda social da Cidade de Deus

O sistema da moeda social funciona da seguinte forma: o

morador vai até o Banco Comunitário e faz a troca de Real para CDD. Com a nova moeda em mãos, ele pode fazer compras com descontos nos estabelecimentos credenciados. Há cinco cédulas em circulação: 0,50 CDD; 1 CDD; 2 CDD; 5 CDD e 10 CDD. O banco também faz empréstimos para consumidores e comerciantes, com juros bem inferiores aos dos bancos

convencionais.

Os funcionários do Banco Comunitário da Cidade de Deus estudam propostas para tornar o programa mais conhecido. Uma delas é o concurso literário da moeda social, destinado a crianças e adolescentes, cuja premiação é em CDDs. Outras ações buscam a divulgação em eventos, como a Caravana do Viva Favela, que acontece naquela comunidade.

O mercado cultural não é exceção para esta regra: pessoas físicas dificilmente conseguem obter recursos, somente pessoas jurídicas (com ou sem fins lucrativos) conseguem patrocínios de empresas privadas, verbas de órgãos de governo ou assinam contratos com organizações públicas ou privadas.

A legislação brasileira dá diversas opções a quem deseja se tornar uma pessoa jurídica para atuar no mercado cultural. Você poderá escolher entre trabalhar sozinho ou em sociedade, em uma empresa com fins lucrativos ou entidades sem fins de lucro. As principais alternativas estão relacionadas a seguir. Leia todas com atenção e escolha a pessoa jurídica mais adequada para o seu caso individual.

MEI – M

ICROEMPREENDEDOR

I

NDIVIDUAL

No Brasil de hoje, a maneira mais fácil para uma pessoa física se t o r n a r p e s s o a j u r í d i c a é s e c a d a s t r a r c o m o M E I – Microempreendedor Individual.

Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria, depois de se legalizar como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) por ano ou R$ 5 mil por mês.

Quem faturar acima disso, precisa mudar de categoria profissional e pagar mais impostos. O MEI não pode participar de nenhuma outra empresa, nem como sócio, nem como principal titular.

O MEI tem direito aos benefícios previdenciários, como auxílio- maternidade, auxílio-doença, aposentadoria, entre outros. Assim como tem direitos, o MEI também tem obrigações e

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PESSOAS JURÍDICAS DE

No documento CULTURAL E COMO FUNCIONA (páginas 58-62)

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