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NATUREZA CULTURAL

No documento CULTURAL E COMO FUNCIONA (páginas 62-88)

responsabilidades. Ele será inscrito no sistema do Simples Nacional e ficará isento de todos os impostos federais, estaduais e municipais (IRPJ – Imposto de Renda de Pessoa Jurídica; IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados; CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social; Contribuição para o PIS/PASEP, CPP – Contribuição Patronal Previdenciária; – ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços e ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). Precisará pagar apenas uma contribuição mensal. de R$ 39,40 (INSS), acrescido de R$ 5,00 (Prestadores de Serviço) ou R$ 1,00 (Comércio e Indústria) por meio de carnê emitido através do Portal do Simples Nacional, além de taxas estaduais/municipais que devem ser pagas dependendo do estado/município e da atividade exercida. A esse carnê dá-se o nome de DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional (ou simplesmente Documento de Arrecadação Simplificada).

Para emitir o carnê, basta ter o número do CNPJ e fazer a impressão a partir do site do Simples Nacional:

http://www8.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional/servicos/gru po.aspx?grp=t&area=1

O pagamento do carnê será feito na rede bancária e casas lotéricas, até o dia 20 de cada mês.

Se o faturamento anual do MEI for maior que R$ 60 mil, porém não ultrapassar R$ 72 mil (menor que 20% de R$ 60 mil), o empreendedor deverá recolher os DAS na condição de MEI até o mês de dezembro e recolher um DAS complementar, pelo excesso de faturamento, no vencimento estipulado para o pagamento dos tributos abrangidos no Supersimples relativos ao mês de janeiro do ano-calendário subsequente. A regra geral é no dia 20 de fevereiro, sendo que esse DAS será gerado quando da transmissão da Declaração Anual do MEI (DASN-SIMEI). A partir do mês de janeiro, o MEI passará a recolher os impostos pelo sistema Supersimples como microempresa, com percentuais iniciais de 4%, 4,5% ou 6% sobre o faturamento do mês, conforme

as atividades econômicas exercidas (Comércio, Indústria e/ou Serviços).

Que se registra como MEI poderá contratar apenas um empregado (ou empregada), que receberá o salário mínimo ou o piso da sua categoria profissional, para cumprir a jornada prevista na Constituição Federal, que é de 8 horas diárias ou 44 horas semanais.

A pessoa contratada, na zona urbana ou na rural, terá direito a receber o salário mínimo, fixado em lei válida para todo o Brasil. Em 2015, o salário mínimo nacional é R$ 788,00. Alguns estados têm custo de vida diferenciado e por isso apresentam valores próprios. No caso do Rio de Janeiro, o salário mínimo em 2015 ficou na faixa dos R$ 953,47, podendo aumentar de acordo com a atividade (os demais valores podem ser encontrados no art. 1º da Lei Estadual nº 6.983 de 31/03/2015).

Há também os profissionais que devem ganhar mais do que o salário mínimo nacional/estadual. Isso acontece quando o Sindicato que os representa consegue estipular um outro valor, chamado piso salarial, através de negociações com o Sindicato representante do empregador ou diretamente com a empresa.

V

ANTAGENSDESETORNARUM

MEI

Foi a Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, que criou as condições especiais para que o trabalhador possa sair da informalidade, ser o dono do próprio negócio, tornando-se um pequeno empresário. Entre as vantagens de se tornar um MEI, estão as seguintes:

Ÿ O registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais;

Ÿ Todo é enquadrado no regime do Simples Nacional e fica isento dos tributos federais, estaduais e municipais. Assim, o MEI paga apenas um valor fixo mensal de R$ 40,40 (comércio ou indústria), R$ 44,40 (prestação de serviços) ou R$ 45,40 (comércio e serviços). Essa taxa é destinada à Previdência

Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas a cada ano, de acordo com a variação do salário mínimo.

Ÿ A cobertura previdenciária para o empreendedor e sua família (auxílio-doença, aposentadoria por idade, salário-maternidade após carência, pensão e auxilio reclusão) é obtida por meio do pagamento de uma mensalidade reduzida, estipulada em 5% do salário mínimo, hoje R$ 36,20. Com essa cobertura, o empreendedor estará protegido em caso de afastamento por doença, aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez e salário maternidade, no caso de gestantes e adotantes, após um número mínimo de contribuições. Sua família terá direito a pensão por morte e auxílio reclusão.

O Sistema SEBRAE dá apoio às pessoas que desejam se tornar Microempreendedores individuais. Procure o Balcão SEBRAE mais próximo da sua residência e peça ajuda. Pela internet, o Sistema SEBRAE fornece também todas as orientações necessárias para quem deseja se tornar um MEI. O link é:

http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/Microemp reendedor-Individual-conta-com-o-Sebrae

Para se cadastrar como MEI pela internet, basta acessar o site do Portal do Empreendedor vinculado ao Governo Federal, no seguinte endereço:

h t t p : / / w w w . p o r t a l d o e m p r e e n d e d o r . g o v . b r / m e i - microempreendedor-individual/formalize-se

A relação das atividades profissionais permitidas para atuação como MEI estão no seguinte endereço eletrônico, por ordem alfabética:

http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/Microemp reendedor-Individual-conta-com-o-Sebrae

Na área cultural, principais atividades permitidas são as seguintes:

Ÿ Artesão - de bijuterias / em borracha / em cerâmica / em cimento / em cortiça, bambu e afins / em couro / em gesso / em louças, vidro e cristal / em madeira / em mármore, granito, ardósia e outras pedras / em metais / em metais preciosos / em outros materiais / em papel / em plástico / em vidro.

Ÿ Comerciante de suvenires, bijuterias e artesanatos / de objetos de arte.

Ÿ Dublador(a).

Ÿ Editor(a) – de livros / de revistas / de vídeo.

Ÿ Fotógrafo(a) / fotógrafo aéreo / fotógrafo(a) submarino(a).

Ÿ Humorista e contador(a) de histórias.

Ÿ Instrutor(a) de arte e cultura em geral / de artes cênicas / de música.

Ÿ Livreiro(a);

Ÿ Locador(a) – de fitas de vídeo, DVDs e similares / de instrumentos musicais / de palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário, exceto andaimes.

Ÿ Mágico(a);

Ÿ Reparador(a) de instrumentos musicais.

Ÿ Restaurador(a) – de instrumentos musicais históricos / de jogos acionados por moedas / de livros / de obras de arte / de prédios históricos.

Ÿ Revelador(a) fotográfico(a).

Ÿ Serigrafista.

Ÿ Técnico(a) de sonorização e de iluminação

O cadastro de MEI também pode ser feito no Portal do Empreendedor, que não é ligado a órgãos de governo e cobra R$ 168,90 para fazer o cadastro, tirar dúvidas e dar suporte online. O endereço eletrônico é:

http://www.portaldoempreendedor.adm.br/

ME – M

ICROEMPRESA

Quando ultrapassa o limite de faturamento de R$ 60 mil por ano, o MEI passará à condição de microempresa. A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que trabalhadores informais de todo o Brasil possam se legalizar como Microempreendedor Individual (MEI). Trata-se de um grande avanço para diversos setores, especialmente para o Governo, pois arrecada impostos e tributos que serão investidos em melhorias sociais. Também favorece o empreendedorismo no país, pois a m p l i o u p a r a m u i t a s p e s s o a s a s o p o r t u n i d a d e s d e

reconhecimento e crescimento de seus negócios e acesso a direitos adquiridos. O ponto mais relevante desse novo cenário é que, com o MEI, agora se permite que negócios que antes não tinham perspectivas de crescimento possam a crescer e ter mais oportunidades e faturamento, momento em que já não se encaixam mais no perfil.

Dessa forma, quando excede o limite de faturamento anual de R$ 60 mil, o MEI passa à condição de Microempresa (ME). Nessa altura, são duas as situações às quais o empreendedor poderá estar sujeito. Aprenda como deve proceder para a transição de MEI para ME.

1 – Se o faturamento anual for maior que R$ 60 mil, porém não ultrapassar R$ 72 mil (menor que 20% de R$ 60 mil), o empreendedor deverá recolher os DAS na condição de MEI até o mês de dezembro e recolher um DAS complementar, pelo excesso de faturamento, no vencimento estipulado para o pagamento dos tributos abrangidos no Supersimples relativos ao mês de janeiro do ano-calendário subsequente. Na regra geral é no dia 20 de fevereiro, sendo que esse DAS será gerado quando da transmissão da Declaração Anual do MEI (DASN-SIMEI). A partir do mês de janeiro, passa a recolher os impostos pelo sistema Supersimples como microempresa, com percentuais iniciais de 4%, 4,5% ou 6% sobre o faturamento do mês, conforme as atividades econômicas exercidas (Comércio, Indústria e/ou Serviços).

2 – Se o faturamento anual for superior a R$ 72 mil. Neste caso, o empreendedor deixará se pertencer à categoria de Microempresa e se tornará Empresa de Pequeno Porte.

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA

As micro e pequenas empresas representam mais de 90% das empresas brasileiras e empregam mais de 50% das pessoas economicamente ativas do nosso país. Isto representa quase 6 milhões de organizações desse tipo. Essas empresas são a base econômica da nossa sociedade, pois são elas que absorvem a

grande parte dos desempregados da população e dinamizam o mercado. Além disso, fazem parte do grande sonho de todo trabalhador, que é o de ser dono do próprio negócio.

Na sociedade contemporânea, quando se faz uma aliança adequada entre criatividade e investimento financeiro, a mistura pode fazer surgir um novo conceito, um novo produto ou serviço, uma ideia revolucionária ou uma nova empresa capaz de sobreviver no mercado. A era da informação faz com que tudo se torne acessível e barato, mas, no mundo de hoje, para conseguir lucrar é necessário inovar.

Nenhuma empresa nasce grande, ou seja, as empresas começam pequenas e são desenvolvidas com dedicação e competência. A microempresa é a base de um futuro de grandeza e prosperidade.

EPP – E

MPRESADE

P

EQUENO

P

ORTE

Se o faturamento for superior a R$ 360 mil e inferior a R$ 3,6 milhões, o negócio se torna automaticamente uma Empresa de Pequeno Porte, retroativo ao mês de janeiro ou ao mês da inscrição (formalização), caso o excesso da receita bruta tenha ocorrido durante o próprio ano-calendário da inscrição (formalização).

Nesse caso, passa a recolher os tributos devidos pelo sistema Supersimples, com percentuais iniciais de 4%, 4,5% ou 6% sobre o faturamento, conforme as atividades econômicas exercidas (Comércio, Indústria e/ou Serviços).

Observações: no caso de início de atividade, deverá ser observado o limite proporcional: (R$ 60 mil/12) multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro (Resolução CGSN nº 94/2011,art. 91, §1º ). Nas duas situações acima, ME – Microempresa e EPP – E m p r e s a d e P e q u e n o P o r t e , o M E I d e v e r á s o l i c i t a r, obrigatoriamente, o desenquadramento como MEI no Portal do Simples Nacional, no site da Receita Federal do Brasil.

Entre as vantagens de se tornar ME ou EPP, são listadas as seguintes:

Ÿ Dispensa de algumas obrigações trabalhistas;

Ÿ Acesso diferenciado e facilitado a financiamentos;

Ÿ Possibilidade de usar os juizados especiais (antigo juizado de pequenas causas) para dirimir questões de natureza jurídica.

E I R E L I – E

M P R E S A

I

N D I V I D U A L D E

R

ESPONSABILIDADE

L

IMITADA

O empreendedor que não deseja ter um sócio e usufruir da vantagem da responsabilidade limitada, pode constituir uma EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. A grande inovação deste tipo de empresa é permitir a separação entre o patrimônio pessoal do empresário e o patrimônio da pessoa jurídica. Mas, para criar uma EIRELI, é preciso ter um capital social igual a, no mínimo, 100 vezes o valor do salário mínimo vigente no momento da sua criação, totalmente integralizado. Isto quer dizer que o capital social deverá fazer parte, obrigatoriamente, do ato de constituição da empresa, que deverá ser registrado na Junta Comercial. No Rio de Janeiro, em 2015, esse valor de 100 vezes o do salário mínimo foi de R$ 78.800,00. A EIRELI não possui limite de faturamento anual. Conforme o nível de sua receita, ela poderá ser enquadrada como ME ou EPP, para que os impostos sejam pagos através do Simples Nacional, representando uma grande economia de recursos financeiros para o empresário.

Veja no site da Incubadora Cultural, no endereço eletrônico http://incubadoraculturalcursos.com.br/a/ o modelo de ato constitutivo de uma EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. Basta seguir o caminho SUPORTE PARA ALUNOS / CARTILHA DO EMPREENDEDOR CULTURAL / EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada / Modelo de Ato Constitutivo de EIRELI.

ONG

OU

A

SSOCIAÇÃO

C

ULTURAL

Quando as atividades culturais são realizadas por um grupo de pessoas, são voltadas para comunidades de baixa renda e têm uma forte dimensão social, então a melhor alternativa é criar uma organização não governamental, uma ONG. O que caracteriza uma ONG é que as pessoas que a compõem se emanciparam da atitude comodista de esperar que o governo resolva tudo e resolvem colocar a mão na massa para resolver algum tipo de problema social.

Desenvolver ações culturais em comunidades de baixa renda contribuem para tirar crianças e jovens dos caminhos do crime e da violência, contribuem para gerar trabalho e renda e contribuem para

Do ponto de vista jurídico e sob o prisma econômico caracterizam- se como ONGs as entidades que não têm fins lucrativos e não derivam do poder público, ou seja, materializam projetos da própria sociedade civil, e podem ter objetivos sociais, filantrópicos, culturais, recreativos, esportivos, ecológicos ou de geração de trabalho e renda. E como podem as pessoas agruparem-se e, de forma consistente, mobilizarem-se na execução de tais objetivos?

O primeiro passo para se constituir uma entidade não governamental (ONG) é a mobilização, convocando-se uma reunião informal através de telefonemas, cartas, anúncios, panfletos e jornais, ou outros meios, para atrair pessoas em relação à importância da criação da entidade respectiva, marcando uma data e horário para uma apresentação inicial dos objetivos e atividades da mesma.

Sugere-se a criação de uma Comissão de Redação do Estatuto Social, um grupo pequeno e ágil, que irá elaborar e depois apresentar ao grupo uma proposta de Estatuto que será discutido, analisado, modificado (se necessário) e finalmente aprovado pela Assembleia Geral (a ser convocada).

faz-se expedição de uma carta convite à cada pessoa, contendo o dia, hora, local, além dos objetivos desta e da pauta da reunião, para a realização da Assembleia Geral de fundação, a aprovação do Estatuto e a eleição da primeira Diretoria.

O Estatuto deverá conter, entre outros assuntos:

Ÿ Nome e sigla da entidade;

Ÿ Endereço da sede e foro (a sede poderá ter um endereço provisório e, mais tarde, um endereço definitivo);

Ÿ Finalidades e objetivos da entidade;

Ÿ F o r m a s d e c a p t a ç ã o d e r e c u r s o s q u e g a r a n t a m a autossustentabilidade da ONG;

Ÿ Descrição dos associados e seus tipos, entrada e saída, direitos e deveres;

Ÿ Como serão constituídos os poderes dentro da entidade, tais como Assembleia Geral (todos os participantes da ONG), Diretoria (Presidente, Vice-Presidente, Tesoureiro ou Diretor Financeiro, Secretário(a) Geral), Conselho Consultivo (10 membros notáveis, especialistas nas áreas de atuação da ONG) e Conselho Fiscal (responsável pela aprovação das contas da ONG, semestralmente ou anualmente, formado por 3 titulares e 3 suplentes);

Ÿ As regras para realização de eleições, aprovação e exoneração de diretores e conselheiros, prazos de seus respectivos mandatos;

Ÿ Tempo de duração da ONG (normalmente o tempo é indeterminado);

Ÿ Regras de modificação dos Estatutos;

Ÿ Como a entidade poderá ser dissolvida;

Ÿ Definição do destino do patrimônio, em caso de dissolução. O Estatuto deverá ser aprovado (homologado) por um advogado profissional com registro válido na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

No dia da Assembleia, registra-se em livro de presença o nome e assinatura dos presentes. Deve-se registrar também, no Livro de Atas, a aprovação do Estatuto e a eleição da primeira Diretoria e dos Conselhos, assinadas pelos presentes. Deve ser feita, nesse

momento, a Ata de Fundação da ONG.

Veja no site da Incubadora Cultural dois modelos de Estatutos de ONG. O endereço eletrônico do site é

http://incubadoraculturalcursos.com.br/a/. Siga o caminho SUPORTE PARA ALUNOS / CARTILHA DO EMPREENDEDOR CULTURAL / ONGs / Modelo de Estatuto de ONG. Na mesma pasta se encontra um Modelo de Ato Constitutivo de ONG e um Manual do Terceiro Setor editado pelo IPB – Instituto Pro Bono. Outro arquivo mostra os procedimentos para registrar uma ONG. Segue-se a eleição da Diretoria, e sua respectiva posse, de acordo com as normas do Estatuto aprovado pela Assembleia Geral, bem como do Conselho Fiscal e outros Conselhos que comporão a ONG.

A seguir, registra-se o Estatuto no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, obtendo-se posteriormente o CNPJ junto à Receita Federal. A partir do registro, a entidade tem existência legal, e pode, dentro das normas estatutárias, receber contribuições, atuar para atingir seus objetivos e angariar associados e mantenedores. Juridicamente, não existe diferença entre Associação e ONG, se ambas forem sem finalidades lucrativas.

I

MPOSTOSPAGOSPOR

ONG

S

Embora qualquer ONG seja uma entidade sem fins lucrativos, se faz necessária a manutenção da escrituração contábil, pois através desta é possível que a administração tenha informações necessárias para melhor executar as atividades contidas no objeto social da entidade.

Quanto aos impostos, como regra geral, tal entidade goza de isenção tributária.

Porém, é necessário satisfazer algumas condições para gozar efetivamente desse benefício:

Considera-se entidade sem fins lucrativos a que não apresente "superávit" em suas contas ou, caso o apresente em determinado

exercício, destine referido resultado integralmente à manutenção e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais (§ 3º do art. 12 da Lei nº 9.532/97, conforme nova redação dada pela Lei nº 9.718/98).

Para o gozo da isenção, a ONG fica obrigada a atender às seguintes exigências:

Ÿ Não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados;

Ÿ Aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos sociais (não é possível dividir “lucros” entre os diretores);

Ÿ Manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão;

Ÿ Conservar em boa ordem, pelo prazo de 5 anos (da data da emissão), os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, como também a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial;

Ÿ Apresentar anualmente a Declaração de Rendimentos, em conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal.

Observação importante:

Não é o déficit ou superávit, o lucro ou o prejuízo, o que caracteriza a finalidade lucrativa, e sim a destinação ou aplicação do resultado financeiro. Uma entidade sem fins lucrativos pode e deve auferir receitas, e, se estas superarem as despesas, hão de ser aplicadas em projetos da entidade, que pode contar com um fundo institucional destinado a tanto. O que a entidade não pode fazer é distribuir qualquer parcela de sua receita a título de lucro ou participação nos resultados a seus sócios. Nada impede, pois, que a entidade preste serviços ou proceda, em determinadas circunstâncias, à venda de mercadorias. Essas atividades, porém, exigirão algumas providências de tipo fiscal, esclarecidas nos itens a seguir.

ONGs que vendem mercadorias poderão ser abordadas pela Secretaria Estadual de Fazenda que lhes irá cobrar ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. Alguns governos estaduais permitem a isenção de ICMS para a venda de mercadorias feitas por ONGs, uma vez que o superávit será reinvestido nas atividades da organização, sem haver divisão de lucros entre sócios.

D

ESPESAS

O

BRIGATÓRIAS

Todas as Pessoas Jurídicas são OBRIGADAS a se cadastrarem no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, abreviadamente conhecido como CNPJ.

Além do CNPJ, temos também o INSS, o ISS e outros órgãos dependendo da finalidade ou do modo de trabalho da pessoa jurídica. Todos esses registros são pagos (taxas, emolumentos e impostos).

O registro tem de ser solicitado em requerimento preparado de acordo com o padrão do cartório e assinado pelo representante legal da entidade, na forma do Estatuto. Necessita, ainda, do acompanhamento dos seguintes documentos, que podem variar de cartório para cartório:

Ÿ Três vias da Ata da Assembleia de Constituição, devidamente assinadas pelo presidente, com firma reconhecida em cartório, e pelo secretário da Assembleia;

Ÿ Três vias do Estatuto social aprovado; rubricadas e assinadas pelo presidente da entidade com assinatura de um advogado inscrito na OAB e respectivo número de inscrição (Lei nº 8906/94); pagamento de taxas do cartório (se houver);

Ÿ Extrato do estatuto (um resumo com os principais pontos). Às vezes, os cartórios solicitam que se apresente a Publicação no Diário Oficial destes extratos; outros publicam simultaneamente (se for solicitado pelo cartório).

Toda ONG também precisa contribuir para o PIS/PASEP. Atualmente, o art.13 da Medida Provisória nº 1.991-17/2000 dispõe que a contribuição para o PIS/PASEP será determinada

com base na folha de salários, à alíquota de 1% (um por cento), pelas entidades sem fins lucrativos.

Tendo em vista todas essas despesas, é importante ter, no grupo de pessoas que colaboram com a ONG, um Contador ou um Advogado que trabalhe voluntariamente, sem cobrar seus honorários profissionais. Caso esse apoio não exista, será necessário pagar um contador profissional.

Todas as pessoas jurídicas são obrigadas a apresentarem

No documento CULTURAL E COMO FUNCIONA (páginas 62-88)

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