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PARTE EXPERIMENTAL

III 4.2.2– UTILIZAÇÃO DO ÁCIDO 3-MERCAPTOPROPIÔNICO (SPGE/MPA-PH)

Os eletrodos SPGE modificados por PH usando o ácido 3- mercaptopropiônico (MPA) foram obtidos pelo seguinte procedimento. Os eletrodos receberam primeiramente na superfície uma solução alcoólica contendo 1 mmol L-1 de ácido 3-mercaptopropiônico (MPA) deixado em repouso por uma hora. A seguir o eletrodo foi lavado com álcool e recebeu em sua superfície uma alíquota de PL de uma solução 1% de poli-histidina. A etapa de evaporação do solvente foi realizada em estufa pré-aquecida a 80 ºC por 2 minutos.

III. 5 – PROCEDIMENTOS EMPREGADOS PARA A DETERMINAÇÃO DOS ANALITOS EM AMOSTRAS

III. 5.1 – DETERMINAÇÃO DE AUROTIOMALATO EM URINA HUMANA

A determinação de aurotiomalato (AuTM) foi realizada em amostras de urina, em dois métodos desenvolvidos adotando-se o seguinte procedimento: Uma alíquota de 10,0 mL de urina humana, coletada de uma pessoa saudável, foi enriquecida com aurotiomalato, de modo a se obter uma concentração de 1,3 x 10-5 mol L-1. A amostra foi acidificada com 1,0 mL de HCl concentrado e aquecida a 80oC durante 20 minutos.

Utilizando o eletrodo de carbono impresso não modificado, foram realizados voltamogramas de varredura linear em solução de 0,1 mol L-1 KCl + 0,1 mol L-1HCl (pH = 1,0) em um intervalo de potencial entre -0,6V e +0,6 V (vs. carbono impresso), a 100 mV s-1 após pré-concentração em -1,5 V por 60 s. A amostra após retornar a temperatura ambiente, foi diluída com uma solução 0,2 mol L-1 de KCl na razão 1:1.

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A determinação de AuTM nesta solução foi realizada pelo método da adição de padrão, para quatro sucessivas adições de 6,0 x 10-6 mol L-1 de AuTM.

A determinação de AuTM empregando o SPCE/PH foi realizada por voltametria de pulso diferencial utilizando como parâmetros: intervalo de varredura: +0,7V a -0,3V, amplitude de pulso: 50 mV, tempo de pulso: 10 ms, velocidade de varredura: 20 mV s-1, potencial de acumulação: 1,0 V, tempo de pré-concentração: 60s em solução de 0,1 mol L-1 KCl + 0,1 mol L-1 HCl (pH = 1,0). A amostra foi enriquecida com 1,0 x 10-4 mol L-1 e o procedimento de digestão foi o mesmo descrito acima. Uma alíquota de 200 PL dessa amostra foi diluída com 0,1 mol L-1 KCl + 0,1 mol L-1HCl (pH = 1,0), até um volume final de 10 mL. A determinação foi realizada em triplicata, pelo método de adição de solução padrão de AuTM para concentrações finais na célula eletroquímica de 0,5, 1,0, 2,0 e 4,0 Pmol L-1.

III. 5.2 – DETERMINAÇÃO DE L-DOPA EM FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA

A determinação de L-dopa foi realizada em duas formulações farmacêuticas, SINEMET e PROLOPA, ambas comercializadas na forma de comprimidos, adotando-se o seguinte procedimento: três comprimidos foram pesados e macerados com pistilo em um almofariz até a obtenção de um pó finamente dividido. Posteriormente, uma quantidade apropriada foi dissolvida em tampão acetato 0,1 mol L-1. A solução resultante foi quantitativamente filtrada, transferida para um balão volumétrico de 100 mL e o volume completado com tampão acetato.

A quantificação foi realizada pelo método da adição de padrão. Amperogramas hidrodinâmicos foram registrados sob as condições otimizadas: pH 3,0, E = 0,8 V (vs. Ag) e vazão de 14,1 mL min-1 para a solução contendo amostra e quatro sucessivas adições de solução padrão, fornecendo concentrações finais de 0,1, 0,2, 0,3 e 0,4 mmol L-1 de L-dopa.

III. 5.3 – DETERMINAÇÃO DE PROCAÍNA EM FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA

A determinação de procaína foi realizada em uma amostra líquida, comercializada como TIMPANOL. A preparação da amostra consistiu na diluição

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direta de uma alíquota apropriada da formulação farmacêutica em solução de acetato de sódio 0,1 mol L-1.

Os sinais transientes foram obtidos empregando as condições otimizadas: pH = 6,0, potencial aplicado = 0,8V (vs. carbono impresso), vazão da solução transportadora = 4,0 mL min-1 e volume de injeção de 450 µL. A determinação amperométrica foi realizada pelo método da adição de solução padrão, empregando concentrações de procaína de 15, 30, 45 e 60 µmolL-1.

III. 5.4 – DETERMINAÇÃO DE ISONIAZIDA EM URINA HUMANA

A determinação de isoniazida (INZ) foi realizada em amostras de urina humana, adotando-se o seguinte procedimento: Uma alíquota de 10,0 mL de urina humana, coletada de uma pessoa saudável, foi enriquecida com INZ em ordem de obter uma concentração de. 7,3 x 10-4 mol L-1 do analito. Voltamogramas de pulso diferencial foram registrados no intervalo entre -0,4V e -1,3V (vs. Ag/AgCl) sob as seguintes condições: tempo de pulso de 5 ms, amplitude de pulso de 75 mV, pH 7,0 e velocidade de varredura de 10 mVs-1 após borbulhamento de nitrogênio por 10 minutos. A determinação foi realizada pela diluição direta de uma alíquota de 100 PL da amostra em 10 mL de eletrólito suporte, seguida de quatro adições sucessivas de uma solução de isoniazida, resultando em concentrações finais de 0,3, 0,6, 0,9 e 1,2 Pmol L-1.

III. 5.5 – DETERMINAÇÃO DE PIRAMINAMIDA EM URINA HUMANA

A determinação de pirazinamida (PIR) foi realizada em amostras de urina humana, segundo o seguinte procedimento: Uma alíquota de 10,0 mL de urina humana, coletada de uma pessoa saudável, foi enriquecida com PIR em ordem de obter uma concentração de. 5,0 x 10-4 mol L-1 do analito. Voltamogramas de pulso diferencial foram registrados no intervalo entre -0,4V e -1,3V (vs. Ag/AgCl) sob as seguintes condições: tempo de pulso de 5 ms, amplitude de pulso de 75 mV, pH 1,0 e velocidade de varredura de 10 mVs-1 borbulhamento de nitrogênio por 10 minutos. A determinação foi realizada pela diluição direta de uma alíquota de 200 PL da

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amostra em 10 mL de eletrólito suporte, seguida de quatro adições sucessivas de uma solução de pirazinamida, resultando em concentrações finais de 0,5, 1,0, 1,5 e 2,0Pmol L-1 de pirazinamida.

III. 5.6 – DETERMINAÇÃO DE CRÔMIO EM ÁGUA DE CURTUME

Amostras de água residual foram coletadas do efluente tratado do curtume Betin indústria de couro (Lins-SP) em frascos de polietileno préviamente limpos, e conservadas em geladeira a 4oC. Essa amostra foi avaliada em duas condições, com e sem o enriquecimento com Cr (VI) e Cr (III).

Voltamogramas de varredura linear foram registrados em um intervalo de potencial entre +0,5V e -0,7V (vs. Ag/AgCl) empregando uma solução tampão acetato pH 4,0, velocidade de varredura de 50 mVs-1, tempo de pré-concentração de 180 s em condições de potencial de circuito aberto.

Amostras foram analisadas pelo método proposto sem o enriquecimento, porém não foi detectada concentração de crômio na faixa de linearidade. Por esta razão, optou-se por realizar o enriquecimento da amostra.

As determinações nas amostras enriquecidas com Cr (III) e Cr (VI) foram realizadas em duas etapas: a primeira, antes da oxidação da amostra, fornecia valores de Cr (VI) e a segunda, após a oxidação, fornecia Cr (VI) total. Através da diferença entre os valores, foi possível obter a concentração de Cr (III). A oxidação da amostra foi realizada pelo seguinte procedimento: alíquotas de 5,0 mL das amostras foram alcalinizadas pela adição de 1 mL de solução de NaOH 1,0 mol L-1, seguida da adição de 1mL peróxido de hidrogênio 30 volumes, sendo o excesso eliminado por fervura sob aquecimento. O pH foi ajustado, e a solução transferida para um balão volumétrico de 5,0 mL. A determinação foi realizada por adições múltiplas de soluções padrão de Cr (VI).

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CAPÍTULO IV