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Implementação do projeto de educação em saúde

Parte V – Levantamento de Crenças sobre a HAS

4. Sedentário: aquele que não realizou nenhuma atividade física por pelo menos 10 minutos contínuos durante a semana.

6.6.3 Implementação do projeto de educação em saúde

O projeto de educação em saúde incluiu a realização de quatro oficinas temáticas com atividades lúdicas, contatos telefônicos (ligações e mensagens) e atendimento individual.

Para implementação do projeto de educação em saúde foram realizados planejamentos prévios e organização das atividades propostas. Durante o período de formação do baseline foram criadas 4 comissões no grupo de pesquisa GISC (Grupo Interdisciplinar sobre o

Cuidado à Saúde Cardiovascular) compostas por pesquisadoras e estudantes de graduação e pós-graduação integrantes do grupo cuja finalidade foi a elaboração conjunta do programa educativo. Cada comissão ficou responsável pela criação, elaboração e operacionalização de uma oficina.

Para o projeto foi criado uma logomarca: “Eu controlo a pressão arterial” (APÊNDICE D). Esta logomarca foi utilizada em todos os impressos, personalização de brindes e lanches e crachás das oficinas. Além disso, foram confeccionadas camisas tanto para os pesquisadores (para identificação em campo) quanto para os homens (todos receberam a camisa no dia da primeira participação nas oficinas). A proposta para criação e uso desta logomarca surgiu com o intuito de fortalecer a participação dos homens, identificar o grupo e garantir uma divulgação do projeto de educação em saúde junto à comunidade.

O fluxograma da intervenção do estudo está descrito nas figuras 1 e 2:

Figura 2 – Fluxograma da Intervenção do Estudo nos meses de Julho a Outubro/2014

6.6.3.1 Operacionalização das oficinas de educação em saúde

Passado a fase de recrutamento, em duas tardes agendadas com intervalo de 15 (quinze) dias, o grupo de homens participou de diferentes atividades de educação em saúde voltadas para prevenção e controle da HAS e seus fatores de risco. Essas atividades foram desenvolvidas de maneira lúdica, privilegiando o formato preconizado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2007): estratégias realizadas numa perspectiva dialógica, emancipadora, participativa, criativa e com a participação do usuário, no que diz respeito à sua condição de sujeito de direitos e autor de sua trajetória de saúde e doença. Além de fornecer autonomia dos profissionais de saúde diante da possibilidade de reinventar modos de cuidado mais humanizados, compartilhados e integrais (BRASIL, 2009).

No dia da primeira participação no projeto de educação em saúde, os homens receberam crachá e camisa personalizados. Antes do início das oficinas, todos os homens presentes foram convidados a responder o instrumento relacionado ao conhecimento sobre a HAS e seus fatores de risco, o qual foi aplicado mediante entrevista (APÊNDICE B). Nesta fase de coleta este instrumento foi considerado o pré-teste sobre o conhecimento (antes das atividades educativas). Ao término das atividades, aplicava o pós- teste 1 apenas com as questões específicas da temática apresentada.

Neste estudo foram desenvolvidas quatro oficinas com diferentes temáticas focadas na abordagem direta ao grupo de homens, nas quais foram empregadas diferentes estratégias a exemplo de debates temáticos, jogos, diálogo com especialista, apresentação teatral e exposição de vídeos educativos.

As oficinas foram realizadas em espaço apropriado (auditório da unidade de saúde com capacidade para até 30 pessoas). Os seguintes temas foram abordados nas oficinas e contemplaram as sugestões dos homens levantadas na fase de constituição do baseline.

Oficina 1: Expectativas e crenças sobre HAS e seus fatores de risco; Oficina 2: Tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e estresse X HAS; Oficina 3: Hábitos alimentares, obesidade e gordura no sangue X HAS; Oficina 4: HAS, o uso de medicação e a sexualidade.

Para garantir melhor adesão dos homens à intervenção, as oficinas temáticas foram desenvolvidas em dupla. Assim, no agendamento do primeiro dia para a realização da intervenção operacionalizou-se a oficina 1 e, ao término da mesma, a oficina 2. Decorrido quinze do primeiro agendamento da intervenção foram operacionalizadas as oficina 3 e depois a oficina 4.

Para cada oficina foi elaborado um plano de ação. Conforme APAE (2010), o Plano de Ação é o planejamento de todas as ações necessárias para atingir um resultado desejado. É um momento importante para que o grupo possa identificar e relacionar as atividades prioritárias para a ação tendo em vista os resultados esperados, bem como compor elementos que justifiquem a realização da ação. Um bom plano de ação deve deixar claro tudo o que deverá ser feito, como e quando, para o cumprimento de seus objetivos e metas. Quanto maior a quantidade de ações e pessoas envolvidas, mais necessário e importante é ter um plano de ação. Quanto melhor o plano de ação, maior a garantia de atingir o objetivo.

Ressalta-se que os planos de ação deste estudo foram elaborados considerando as demandas e avaliações dos usuários observadas durante a fase de recrutamento e o cenário em que estão envolvidos. Sabe-se que quanto maior o envolvimento dos responsáveis por sua execução, maior a garantia de se atingir os resultados esperados.

Quadro 5: Etapas dos Planos de Ação

ETAPAS DO PLANO CARACTERÍSTICA

PROBLEMA Situação problema identificada pelo pesquisador e

sinalizada pela comunidade e/ou profissionais que justifica a seleção da mesma para intervenção educativa.

PARTICIPANTES Público da ação educativa.

TEMA Temática que embasará o planejamento e a

operacionalização da ação educativa.

DATA Dia de realização da ação educativa (Será verificado a

disponibilidade dos participantes, além da rotina e hábitos da população).

HORÁRIO Hora de início da ação educativa (Nesta etapa também

será verificado a disponibilidade, rotina e hábitos dos participantes do estudo, além de ser previsto o tempo de duração da ação educativa).

LOCAL (Onde) Descrição do local onde será realizada a ação,

considerando a estrutura física e os sujeitos envolvidos. OBJETIVOS (O que fazer) São propósitos específicos, alvos a serem alcançados ao

longo de determinado período de tempo. Indica onde estarão concentrados os esforços. O que se pretende alcançar ao final da atividade?

ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS