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d) implementação de mais taxas de IRS 147 de 05 (cinco) para 8 (oito) e sem

a) alteração da Lei Geral Tributária (LGT), procedendo ao alargamento do

prazo de caducidade

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de 3 (três) para 6 (seis) anos e aumento do prazo de

prescrição

145

de 8 (oito) para 12 (doze) anos e de 15 (quinze) para 20 (vinte)

anos;

b) aumento dos quadros de magistrados (judiciais e do Ministério Público) em

mais 150 (cento e cinquenta) magistrados de cada função, ou seja, um total de

300 (trezentos) magistrados, bem como aumento dos funcionários judiciais em

300 (trezentos) novos elementos, ambos a serem distribuídos pelos Tribunais

Administrativos e Fiscais, de acordo com o maior número de pendências;

c) 1. transferência

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de competências e dos respectivos quadros de pessoal

da Segurança Social, relativos aos processos inspectivos, criminais e de

execução fiscal para a Autoridade Tributária, em que esta seria a responsável

pela instauração destes mesmos processos;

2. aumento (em valor a definir) dos quadros da Inspecção Geral de

Finanças para proceder ao aumento das auditorias internas;

d) implementação de mais taxas de IRS

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de 05 (cinco) para 8 (oito) - e sem

que pensões mais baixas tinham. (...) Era de toda a justiça que a situação dos pensionistas, dos reformados, a situação das famílias, em matéria de abono, de subsídios, fosse considerada, dentro das possibilidades dos nossos recursos da previdência social e dos recursos financeiros. Por outro lado, a esta política de mais justa distribuição e utilização social dos recursos financeiros e da previdência, correspondeu uma política de austeridade pública. No passado, falou-se muito de austeridade e ela foi pedida muitas vezes aos portugueses, prometendo um futuro melhor. Nós continuamos a entender que temos de trabalhar intensamente, para um futuro melhor, que é de toda a justiça e que a dignidade do povo português merece, mas devemos é sobretudo, pedir austeridade pública, e fazer uma justa distribuição dos rendimentos!» CARNEIRO, Francisco Sá – Textos – Sétimo Volume -1980. Lisboa: Aletheia Editores. Abril de 2012. ISBN: 978-989-622-453-0. [Consult. 19 de Setembro de 2016]. Disponível na Internet <URL:http://www.institutosacarneiro.pt/pdf/volume_7.pdf>, p.164.

144 A caducidade está sujeita ao princípio da legalidade tributária (Cfr. art. 8.º da LGT) e o prazo de caducidade do direito à

liquidação está previsto no n.º 2 do art. 45.º da LGT.

145 O mesmo sucede com a prescrição que também está sujeita ao princípio da legalidade tributária (Cfr. art. 8.º da LGT) e

os prazos de prescrição da prestação tributária encontram-se previstos nos n.ºs 1 e 4 do art. 48.º da LGT.

146 «Entre 2005 e 2011, as dívidas à Segurança Social passaram de 2150,1 para 7142 milhões €, ou seja, aumentaram em

4991,9 milhões €. Isto representa um aumento médio de 831,9 milhões € por ano. E a solução adoptada pelos sucessivos governos não foi de fazer um esforço sério para as recuperar, mas sim de criar provisões para as anular.» ROSA, Eugénio; VARELA, Raquel, Op. Cit. (A Segurança Social é Sustentável), p. 133.

147 As taxas de IRS encontram-se previstas no art. 68.º do CIRS com a redacção dada pela Lei n.º 7-A/2016 de 30 de

Março, e, no meu entendimento, estas mesmas taxas não respeitam os princípios da igualdade fiscal e da capacidade contributiva, por serem abrangidos, em excesso, demasiados níveis de rendimento numa mesma taxa, não distinguindo os diferentes níveis salariais da classe média. Pelo que «repetindo a velha fórmula aristotélica, podemos dizer que o princípio da igualdade fiscal exige que o que é (essencialmente) igual, seja tributado igualmente, e o que é

alteração da taxa máxima

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- onde seriam introduzidas taxas de 30%, 33% e

40% relativamente à taxa normal e 23%, 26% e 33% para a taxa média, para

rendimento colectável a definir para cada uma das taxas indicadas, assim

contribuindo para uma justiça fiscal mais equitativa entre os diferentes

rendimentos auferidos pelos contribuintes;

e) 1. aumento das taxas contributivas

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das entidades empregadoras para a

Segurança Social de 20,3%, 22,3%, 26,1% e 26,75% todas para 35,75%

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,

(essencialmente) desigual, seja tributado desigualmente na medida dessa desigualdade. Mas a comparação do que é igual ou desigual implica um critério ou um termo de comparação (tertium comparationis). E este é identificado com a ideia de capacidade contributiva, a qual, de algum modo, remonta ao pensamento da antiguidade clássica e tem expressão na própria Bíblia. Pois bem, o princípio da igualdade de tributação, assente no princípio da capacidade contributiva, diz-nos que as pessoas são tributadas em conformidade com a respectiva capacidade contributiva, o que significa, de um lado, que ficarão excluídos do campo da incidência dos impostos aquelas pessoas que não disponham dessa capacidade e, de outro lado, que face a detentores de capacidade contributiva, os contribuintes com a mesma capacidade pagarão o(s) mesmo(s) imposto(s) (igualdade horizontal) e os contribuintes com diferente capacidade pagarão diferentes impostos, seja em termos qualitativos, seja em termos quantitativos (igualdade vertical).O que significa (…) que a exigência da tributação em conformidade com a capacidade contributiva mais não é do que uma expressão específica do princípio da igualdade para o domínio dos impostos (...)». NABAIS, José Casalta, Op. Cit., p. 443 e 444.

148 Com opinião, totalmente contrária à exposta e defendida por mim, em que se deveria aumentar a taxa máxima de

imposto para 65 por cento é argumentado por ATKINSON (referindo-se ao Reino Unido, mas expressando que se poderia aplicar como regra geral de captação de receitas fiscais) da seguinte forma: «Mas porque estarei eu a contrariar os indícios que dizem que a taxa máxima de imposto para maximizar receita é de 40 por cento? (…) imaginemos que pressupomos que os proventos marginais vêm do trabalho por conta própria, ou que as pessoas são pagas através de uma empresa, pelo que a taxa máxima das contribuições para a segurança social não é aplicável? Os contribuintes podem não gastar todos os seus rendimentos em bens taxados com IVA. Imaginemos que eles guardam o rendimento adicional, ou que o gastam no estrangeiro. Nesse caso, o intervalo de confiança para a taxa de imposto maximizadora das receitas passa de 46 por cento para 74 por cento.» ATKINSON, Anthony B., Op. Cit., p. 254 e 255.

149 Concernente à taxa social única convém referir que «na linha do que ficou consignado no novo Código Contributivo,

mas que nunca foi aplicado, nomeadamente uma diferenciação entre as contribuições sobre contratos permanentes e os a prazo, como forma de incentivar a contratação permanente. Em finais de 2015, havia 2.248 milhões de trabalhadores com contratos permanentes (76% do total) e 701,3 mil com contratos a prazo (24% do total), sem considerar a Administração Pública.» ALBUQUERQUE, José Luís; ALMEIDA, João Ramos de. LOUÇÃ, Francisco et al. Op. Cit., p.151.

150 A precariedade laboral está intimamente ligada à diminuição de receitas e ao respectivo depauperamento da

Segurança Social, pelo que se as entidades empregadoras optam pela flexibilidade e precariedade têm que recompensar a Segurança Social e demais contribuintes que se esforçam e assumem o encargo contributivo de contratar e manter a trabalhadores sem termo e a tempo completo. Pois, quer os trabalhadores, quer a Segurança Social, sabem que no final destes contratos ou das funções que foram incumbidas a tais trabalhadores, estes regressarão ao mercado laboral e poderão requerer prestações sociais a que tenham direito, consequentemente, aumentando as despesas e encargos da Segurança Social e também agindo em concorrência desleal com os outros operadores económicos e contribuintes que pagam mais e com grande esforço para cumprir pontualmente tal obrigação. Sendo que na Bélgica a TSU é de «45,32%=13,07%+32,25%» o que significa que o aumento aqui proposto de uma TSU, para as situações supra-descritas, não é muito superior à TSU normal daquele país-membro. LOUÇÃ, Francisco et al. Op. Cit. p.129.

relativamente a trabalhadores com contratos de trabalho a termo certo ou