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Importância da Formação Continuada e sua relação com a arte– na narrativa de história de vida com a arte-educação, o professor da análise não

COMO VEJO A MINHA FORMAÇÃO NO SESI COM A ANAISTA?

5- Importância da Formação Continuada e sua relação com a arte– na narrativa de história de vida com a arte-educação, o professor da análise não

mencionou a formação continuada. Porém, na segunda narrativa (quadro abaixo), ele fala da formação continuada e da sua importância: “A formação com a Analista

também um espaço para uma conversa intelectualizada, onde prática e teoria são confrontadas¹”.

COMO VEJO A MINHA FORMAÇÃO NO SESI COM A ANALISTA?

9 QUE PROVOCA?

9 QUE ME FAZ PENSAR?

A formação com a Analista proporciona “inspiração” para atividades a serem praticadas na sala de aula, como também um espaço para uma conversa intelectualizada, onde prática e teoria são confrontadas¹.

Cria uma expectativa, uma vontade imensa de procurar, estudar, em saber mais. Mais oportunidades de Bibliografias e vivências e experiências³.

Quando olhamos a imagem que esse professor criou associada à formação continuada, podemos observar que ele se utiliza de linhas, formas e palavras. As formas são: escola, coração e notas musicais. As palavras são: Imagens não é tudo.

Recordações ficam para sempre...na mente divina, música sempre, Infância com muitas brincadeiras, Amor maior pelo aprender, pela arte e gosto pela leitura. Podemos

entender que o professor associa seus prazeres, suas crenças, seus sentimentos e seu conhecimento de história de vida, com a sua aprendizagem formadora na formação continuada quando considera que a formação continuada proporciona “inspiração” para desenvolver sua prática em sala de aula e também quando narra que a formação cria expectativas para a busca dos saberes: “Cria uma expectativa, uma vontade imensa de

procurar, estudar, em saber mais²”.

A música, a linguagem artística mais próxima aos seus saberes construídos ao longo de sua vida, também está presente na imagem que ele associa à formação continuada, por ser a linguagem que ele experimentou e experenciou esteticamente,

primeiro junto à família e depois como opção pessoal. Além disso, é uma das quatro linguagens trabalhadas nos encontros de formação e desenvolvida em sua prática pedagógica com os alunos. Essa concepção de Arte está garantida nos Referenciais Curriculares da Rede Escolar SESI-SP (2003).

(...) é preciso que a abordagem educacional no campo da Arte se dê de forma ampla, envolvendo as diferentes manifestações artísticas: música, arte visual, arte cênica, dança (...). Daí ser desejável o trabalho conjunto das diferentes linguagens que integram o campo das arte se, dessa perspectiva, sem dúvida, o tratamento curricular de área de conhecimento se mostra mais adequado(...) (Referenciais curriculares da rede escolar SESI-SP, 2003, p. 201).

FIGURAE

E

Fonte: esse texto foi construído inspirado nas minhas representações reunidas e sistematizadas ao longo da minha formação, advindas de tantos processos de aprendizagens. Dentre esses processos destaco as idéias do prof° Dr° Ronaldo Alexandre de Oliveira (docente responsável Teia do Saber 2005).

Desenho

Categorias Estéticas: Linha : traçadas finas

Cor: claras Textura: lisa

Luz Natural Forma: irregular

Elementos que compõem a obra: Cheio aberto

Composição: Assimétrica

Temática: Alegorias

Como os olhos se movem e relação à obra: Salteado

A formação continuada, segundo o professor, proporciona, além de “inspiração” para sua prática em sala de aula, “espaços de conversas”, experimentações e reflexões, onde “prática e teoria são confrontadas¹”. Esse universo de vivências e experiências da formação continuada, cria no professor a busca pelo conhecimento em Arte, provocando o querer “saber mais”: “Cria uma expectativa, uma vontade imensa de

procurar, estudar, em saber mais²”. Ele também menciona o contato com bibliografias que a formação continuada proporciona no estudo das teorias e dos conceitos de Arte:

“Mais oportunidades de Bibliografias e vivências e experiências³.

NARRATIVA 06

HISTÓRIA DE VIDA COM A ARTE-EDUCAÇÃO

Volto no tempo, e lembro do garoto de 5 anos que desenhava a sala da casa do avô, procurando observar detalhes do jogo de sofá vermelho¹.

E tendo a oportunidade de fazê-lo ao som de grandes clássicos como Madame Butterfly da coleção preferida do seu avô, que era barbeiro do Jânio Quadros².

O menino crescia curioso por imagens que eram devoradas avidamente e fazendo parte do seu aprendizado³. Antes da moda da reciclagem, já fazia seus brinquedos no quintal de 20 X 25, esculpia no Natal um presépio, pintando com pouco guache, porém bem colorido, e agindo da mesma forma na fase escolar e nas aulas de artes industriais pegava madeira do quintal e “catava” resto de couro no curtume perto de casa e fazia trabalhos com arte e alegria4.

Chega a fase adulta, a faculdade difícil de pagar mas chegamos lá eu e todos os que me ajudaram em casa5.

DIÁLOGO COM NARRATIVA 06

1 - Relação com a arte na história de vida e na vida escolar: processos de mudanças – o professor ao narrar seu percurso pessoal faz relação com a arte vivenciada na sua infância na casa de seu avô. Traz para a narrativa recordação de detalhes carregados de emoções: “Volto no tempo, e lembro do garoto de 5 anos que

desenhava a sala da casa do avô, procurando observar detalhes do jogo de sofá vermelho¹”.

A relação com a arte também acontece na música: sons e cores que o acompanharam nessas experiências estéticas que vivenciou: “E tendo a oportunidade

de fazê-lo ao som de grandes clássicos como Madame Butterfly da coleção preferida do seu avô (...)²”. Essa forma de o professor narrar sua história, como se estivesse falando

de uma criança que já não mais vive, ou convive, com o adulto de hoje, pode ser uma forma de à distância re-olhar a construção de sua profissão.

Nóvoa (1997, p. 26), afirma que: “os momentos de balanço retrospectivo sobre

os percursos pessoais e profissionais são momentos em que cada um produz a” sua “vida (...) a” sua “profissão” .

Em sua narrativa, também podemos entender que quanto mais o “tempo passa”, maior o interesse do “menino” pela arte e pelo conhecimento: “O menino crescia curioso

por imagens que eram devoradas avidamente e fazendo parte do seu aprendizado³”.

Suas experiências estéticas compõem o cenário da trajetória e da curiosidade pela arte e pelos materiais que ia descobrindo nas festas tradicionais que vivenciava enquanto criança e na vida escolar que seguia paralelamente às aulas de “artes

industriais”. Sempre com “sucatas” suas habilidades afloravam nas manifestações artísticas de sua infância na confecção de brinquedos e ou objetos: “(...) já fazia seus

brinquedos (...) esculpia no Natal um presépio, pintando com pouco guache, porém bem colorido, e agindo da mesma forma na fase escolar e nas aulas de artes industriais pegava madeira do quintal e” catava “resto de couro no curtume perto de casa e fazia trabalhos com arte e alegria4”.

O professor vivencia situações de aprendizagens individualmente no seu cotidiano quando sua habilidade, para esculpir, permite-lhe construir o “presépio para o Natal”. E vivencia no coletivo, na fase escolar, junto às aulas de “artes industriais”, trabalhos com diversos materiais, propiciando o “fazer/produzir” artístico. Nesse período de estudos do professor dessa narrativa, fazia parte do currículo escolar a disciplina “Artes Industriais” para os meninos e “Prendas Domésticas” para as meninas, ministradas por professores segundo o sexo correspondente, onde privilegiava somente o fazer/produzir com o uso de diferentes materiais.

2- Influência dos mestres ao longo da sua história de vida – apesar do