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IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

NOTA INTRODUTÓRIA

EMPRESAS CONSOLIDADAS PELO MÉTODO PROPORCIONAL

12. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O detalhe dos activos e passivos geradores de impostos diferidos para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 pode ser analisado da seguinte forma:

Activos por Impostos Diferidos

Diferenças Temporárias

2007

Provisões não aceites fiscalmente 1.833.578

Prejuízos fiscais 6.033.102

Acréscimos de custos não aceites fiscalmente

-Outros

-7.866.680 2008

Provisões não aceites fiscalmente 1.643.639

Prejuízos fiscais 42.460.649

Justo valor dos derivados 2.386.683

Benefícios fiscais 1.532.204

Outros 7.181.651

55.204.826

Passivos por Impostos Diferidos

Diferenças Temporárias

2007

Reavaliação de activos imobilizados 17.453.817

Diferimento de tributação de mais valias 114.305

Justo valor dos derivados 2.573.281

Acréscimos de proveitos não tributados 1.577.242

Afectação de justo valor às licenças, terrenos e existências

de empresas adquiridas 47.646.756

69.365.401

2008

Reavaliação de activos imobilizados 31.751.098

Diferimento de tributação de mais valias 103.486

Justo valor dos derivados 20.342

Acréscimos de proveitos não tributados 6.657.656

Outros 315.145

Martifer SGPS, SA | Informação Financeira Consolidada 177

Em 31 de Dezembro de 2008, os activos e passivos por impostos diferidos ascendiam a Euro 13.556.397 e Euro 9.844.754, respectivamente (2007: Euro 2.124.024 e Euro 14.054.601, respectivamente), sendo o efeito na demonstração dos resultados positivo de Euro 10.232.469 (2007: efeito positivo de Euro 1.080.396).

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, o detalhe dos activos por impostos diferidos, por situação geradora, que não foram reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas anexas são como seguem:

2008 2007

Prejuízos fiscais:

A caducar para além de 2010 16.500.000 11.530.000

Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, face à legislação fiscal em vigor em Portugal no que concerne à tributação de dividendos, as diferenças temporárias relativas a resultados apropriados de subsidiárias, associadas e participadas para as quais não foram registados passivos por impostos diferidos não são materialmente relevantes para as demonstrações financeiras anexas.

A reconciliação do imposto do exercício e do imposto corrente pode ser analisada como se segue:

2008 2007

Imposto corrente 10.116.729 5.872.998

Impostos diferidos relativos ao reconhecimento de diferenças temporárias (487.126) (91.073) Impostos diferidos relativos à reversão de diferenças temporárias 703.824 367.942

Efeito das alterações nas taxas de imposto - (284.560)

Registo de activos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis 10.015.771 1.088.087

Imposto diferido 10.232.469 1.080.396

Imposto do exercício (115.739) 4.792.602

Em 31 de Dezembro de 2008, a reconciliação entre a taxa normal e efectiva de imposto é como se segue:

2008 2007

Resultado antes de impostos 7.588.014 31.001.701

Taxa nominal de imposto (26,5% em Portugal) 2.010.824 8.215.451

Resultados isentos de tributação Custos não dedutiveis para efeitos fiscais:

- Amortizações de reavaliações de imobilizado 723.023 489.646

- Provisões acima dos limites legais 159.728 103.261

- Outros - (175.158)

Utilização de benefícios fiscais (2.848.981) (938.863)

Não reconhecimento no exercício de activos por impostos diferidos

associados a prejuízos fiscais gerados no exercício 4.369.094 3.055.450 Efeito da existência de diferentes taxas de imposto em Portugal e nas diversas

subsidiárias do Grupo (1.662.321) (4.967.692)

Reconhecimento de impostos diferidos activos relativos

a prejuízos fiscais de exercícios anteriores (2.094.926) -

Outros (772.180) (989.493)

Imposto do exercício (115.739) 4.792.602

A Martifer SGPS e as suas empresas participadas nacionais são tributadas individualmente e encontram-se sujeitas a impostos sobre lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - IRC, à taxa normal de 25%. De acordo com a localização das sedes das participadas, a taxa de imposto é acrescida de derrama, que no máximo pode atingir 1,5% do respectivo lucro tributável. Para as empresas do Grupo localizadas em Oliveira de Frades, as mesmas beneficiam de uma redução de taxa de IRC para 15%, até ao limite de Euro 200.000 por empresa, durante um período de três exercícios, ao abrigo dos auxílios ‘de minimis’. Estes auxílios concedidos ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 1998/2006, da Comissão, de 15 de Dezembro, viram o seu limite aumentar para Euro 500.000 por empresa, durante um período de três exercícios, aplicável a todos os apoios concedidos desde 1 de Janeiro de 2009 até 31 de Dezembro de 2010, conforme disposto na Portaria n.º 184/2009 de 20 de Fevereiro. Adicionalmente, os resultados gerados em Espanha, na Polónia e na Roménia são tributados, respectivamente a 30%, 19% e 16%.

Mais se informa que o Estado Polaco atribuiu à Martifer Polska uma isenção fiscal de Impostos sobre lucros durante 19 anos, o Estado Português concedeu à Martifer Energia um Benefício Fiscal ao Investimento no montante total de Euro 1.259.044, a ser deduzido à colecta (2008: Euro 292.260; 2007: Euro 660.152 e 2006: Euro 306.632) e o Estado Espanhol concedeu um crédito fiscal de 6% sobre o montante do investimento realizado nos parques eólicos que entraram em funcionamento em 2008, pelo que o Grupo considerou estarem reunidas as condições para efectuar o registo de impostos diferidos activos decorrentes deste crédito, no montante de Euro 1.524.348. No que à Martifer Polska diz respeito e porque o benefício fiscal está directamente correlacionado com o valor dos lucros tributáveis futuros, não é possível quantificar o montante futuro de tal benefício.

De acordo com a legislação nacional em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das Autoridades Fiscais por um período de quatro anos (dez anos para a Segurança Social até 31 de Dezembro de 2001, cinco anos após essa data) e, consequentemente, as declarações fiscais dos exercícios de 2005 a 2008 poderão ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração do Grupo entende que eventuais correcções, resultantes de diferentes interpretações da legislação vigente, por parte das Autoridades Fiscais, não poderão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas.

Conforme corroborado pelos nossos advogados, não existem activos ou passivos materiais associados a contingências fiscais prováveis ou possíveis ou a liquidações adicionais recebidas das Autoridades Fiscais que devessem ser alvo de divulgação no Anexo às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2008 e 2007.

Martifer SGPS, SA | Informação Financeira Consolidada 179

13. ACTIVOS NÃO CORRENTES CLASSIFICADOS COMO DETIDOS PARA

VENDA

Em 30 de Junho de 2007, o Conselho de Administração do Grupo decidiu que a participação financeira de 23,08% detida na associada REpower Systems AG deixasse de ser contabilizada pelo método da equivalência patrimonial (conforme disposto na alínea 13 (a) do IAS 28) e passasse a ser classificada como um activo não corrente disponível para venda (de acordo com o IFRS 5). A alteração na classificação daquele investimento financeiro resultou do facto de que a quantia pela qual tal activo se encontrava registado iria ser recuperável através de uma transacção de venda e não através do seu uso continuado.

Tal transacção de venda resultou de um acordo estabelecido no primeiro semestre de 2007 com o Grupo Suzlon, inerente à Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada por ambas as entidades sobre a totalidade do capital social da REpower Systems AG, no qual, em caso de sucesso da OPA (o que se veio a concretizar), eram estabelecidos os mecanismos para a alienação de tal participação.

Em 15 de Dezembro de 2008, no seguimento do acordo atrás referido, foi celebrado com o Grupo Suzlon um acordo, denominado ‘3rd Amendment Agreement to the Takeover, Shareholders’ and Pooling Agreement’ o qual estabelece o calendário para a concretização da venda da participação detida pela Martifer SGPS, S.A. no capital da REpower Systems AG e a totalidade das acções representativas do capital da RPW Investments, SGPS, S.A., a realizar da seguinte forma:

1. Tranche A: ocorreu no passado dia 29 de Dezembro e envolveu a venda de 494.488 acções da REpower Systems AG pelo contravalor de Euro 64.778.050;

2. Tranche B: a realizar no próximo dia 7 de Abril de 2009 e que corresponderá à venda das restantes 25.182 acções da REpower Systems AG pelo preço de Euro 3.298.842, bem como à alienação de 49.861 das 377.000 acções representativas do capital da RPW Investments, SGPS, S.A. pelo preço de Euro 26.701.158;

3. Tranche C: a operação ficará finalizada a 4 de Maio de 2009 com a concretização da venda das restantes 327.139 acções da RPW Investments, SGPS, S.A. pelo valor global de Euro 175.185.178.

Adicionalmente, é de relembrar que o Grupo Suzlon entregou ao Grupo Martifer uma garantia bancária em first demand emitida por uma instituição financeira de elevada reputação, para assegurar o efectivo cumprimento das obrigações do Grupo Suzlon decorrentes do acordo celebrado com o Grupo Martifer.

Em 31 de Dezembro de 2008, o montante pelo qual se encontra registada a participação financeira na REpower Systems AG, bem como o detalhe dos movimentos ocorridos, no exercício, na mesma são como se segue:

Valor de balanço em 31 de Dezembro de 2007 67.452.210

Alienação de 494.488 acções da REpower Systems AG 24.180.119

Valor de balanço em 31 de Dezembro de 2008 43.272.091

De acordo com os segmentos de negócio referidos na Nota 4, o investimento financeiro disponível para venda integra o segmento dos Equipamentos para a Energia.

14. DIVIDENDOS

O Conselho de Administração da Martifer SGPS propõe à Assembleia Geral a seguinte aplicação do Resultado Líquido do Exercício das contas individuais, no valor de Euro 4.101.392,40

• Para reserva legal, 5% correspondente a Euro 205.069,62 • Para resultados transitados Euro 3.896.322,78

Em 2008, não foram distribuídos quaisquer dividendos.