• Nenhum resultado encontrado

Impostos e taxas

No documento Relatório e Contas Consolidadas (páginas 89-92)

A Portugal Telecom e as empresas incluídas na consolidação sedeadas em Portugal são tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas à taxa de 25%, acrescida de, aproximadamente, 10% de Derrama, atingindo uma taxa agregada de cerca de 27,5%. A partir de 1 de Janeiro de 2007, a derrama passará a ser no máximo de 1,5% sobre a matéria colectável, atingindo desta forma uma taxa agregada máxima de 26,5%. O impacto da alteração da taxa de derrama na valorização dos impostos diferidos foi registado em 2006 no resultado do exercício ou directamente em resultados acumulados, de acordo com o reconhecimento dos respectivos impostos diferidos.

A Portugal Telecom e a PT Multimedia são tributadas de acordo com o regime especial de tributação dos grupos de sociedades, do qual fazem parte as empresas em que detêm, directa ou indirectamente, pelo menos 90% do seu capital e cumprem os requisitos previstos no artigo 63º do Código do IRC.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social, sendo que para as quotizações e contribuições relativas a exercícios anteriores a 2001 o prazo era de dez anos), excepto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongadas ou suspensos. O Conselho de Administração da Portugal Telecom, suportado nas informações dos seus serviços de assessoria fiscal, entende que eventuais revisões e correcções dessas declarações fiscais, bem

como outras contingências de natureza fiscal, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2006, excepto para as situações que foram objecto de registo de uma provisão (Nota 38).

a) Impostos diferidos

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os movimentos ocorridos nos impostos diferidos foram como segue:

(i) Na sequência da alteração da taxa nominal de imposto em Portugal a partir de 1 de Janeiro de 2007, de 27,5% para 26,5%, conforme mencionado atrás, os impostos diferidos foram actualizados de acordo com a taxa imposto expectável de recuperação. Os impactos desta alteração foram registados na rubrica de imposto sobre o rendimento da demonstração dos resultados, no montante de 16.250.967 euros, e directamente em resultados acumulados, no montante de 16.231.317 euros.

(ii) Em 31 de Dezembro de 2006, esta rubrica inclui impostos diferidos activos relativos a prejuízos fiscais reportáveis reconhecidos pela PT Multimedia, pela Vivo e pela Sport TV nos montantes de 71 milhões de euros, 199 milhões de euros e 3 milhões de euros, respectivamente. Durante o exercício de 2006, a Vivo e a Sport TV registaram activos por impostos diferidos referentes a prejuízos fiscais de exercícios anteriores nos montantes de respectivamente 134 milhões de euros (Nota 7.c) e 3 milhões de euros (Nota 7.d). (iii) A redução ocorrida nesta rubrica refere-se à adopção pela Empresa do regime voluntário de tributação de mais-valias obtidas na

alienação de investimentos em períodos anteriores, cuja tributação tinha sido suspensa ao abrigo do regime de reinvestimento. Deste modo, o montante não tributado ao abrigo deste regime, 141.972.529 euros, foi registado como um ganho na demonstração dos resultados consolidados de 2006, conforme referido no detalhe da reconciliação da taxa de imposto.

Saldo 31 Dez 2004 Alterações ao perímetro de consolidação Resultado líquido Resultados acumulados Ajustamentos de conversão cambial Impostos a pagar (Nota 27) Outros movimentos Saldo 31 Dez 2005 Impostos diferidos activos

Benefícios de reforma 633.933.981 (2.432.747) (110.793.932) 199.547.931 - - - 720.255.233

Prejuízos fiscais reportáveis 535.569.417 (8.909.622) 2.462.271 - 16.586.861 (261.690.411) 2.858.356 286.876.872

Provisões 112.188.079 (5.803.538) 16.631.756 - 10.272.451 - - 133.288.748

Contribuição adicional para o fundo de pensões 26.202.668 - 113.787.601 - - - - 139.990.269

Instrumentos financeiros 21.823.859 - (3.892.741) 208.370 - - 337.785 18.477.273

Outras diferenças temporárias 41.912.912 - 15.550.331 - 31.762.363 - (302.992) 88.922.614

1.371.630.916 (17.145.907) 33.745.286 199.756.301 58.621.675 (261.690.411) 2.893.149 1.387.811.009

Impostos diferidos passivos

Mais-valias fiscais com tributação suspensa 272.860.764 (585.265) (648.204) - - - - 271.627.295

Reavaliação de activos fixos 20.768.991 (2.235.362) (2.002.954) - - - - 16.530.675

Instrumentos financeiros 8.976.821 - 2.578.873 - - - 862.524 12.418.218

Outras diferenças temporárias 25.249.831 - 11.250.260 - - - (2.209.202) 34.290.889

327.856.407 (2.820.627) 11.177.975 - - - (1.346.678) 334.867.077

(14.325.280) 22.567.311 199.756.301 58.621.675 (261.690.411) 4.239.827

Nos termos da legislação em vigor em Portugal, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os prejuízos fiscais reportáveis das empresas subsidiárias em Portugal expiram como segue:

Relatório e contas consolidadas _ 2006 89

2006 2005

Registados como impostos diferidos

activos Não reconhecidos

Registados como impostos diferidos

activos Não reconhecidos

2006 - - - 195.510.362 2007 - 20.811.015 - 20.811.015 2008 - 3.883.962 477.242.146 3.883.962 2009 282.473.528 4.477.091 311.981.853 4.477.091 2010 - 21.057.364 - 21.057.364 2011 - - - - 2012 10.445.324 - - - 292.918.852 50.229.432 789.223.999 245.739.794

Em 31 de Dezembro de 2006, os prejuízos fiscais reportáveis das subsidiárias em Portugal incluem 282 milhões de euros referentes ao consolidado fiscal da PT Multimedia e 10 milhões de euros referentes à Sport TV.

Os prejuízos fiscais apurados pela Vivo, no montante de 586 milhões de euros, não têm prazo de caducidade, podendo ser utilizados até um limite anual de 30% dos lucros fiscais gerados durante o exercício.

b) Reconciliação da taxa de imposto

Nos exercícios de 2006 e 2005, a reconciliação entre as taxas nominal e efectiva de imposto é como segue:

2006 2005

Resultado antes de impostos 961.815.131 990.495.905

Taxa nominal de imposto 27,5% 27,5%

264.499.161 272.386.374

Reversão de impostos diferidos passivos relativos à tributação de 50%

dos ganhos obtidos na alienação de certos investimentos (Nota 7.e) (141.972.529) - Prejuízos fiscais reportáveis de exercícios anteriores (137.074.448) - Prejuízos fiscais não recuperáveis (i) 54.723.658 59.252.594 Liquidação de uma empresa subsidiária (Nota 7.e) (53.342.681) - Alteração da taxa de imposto em Portugal (ii) 16.250.967 -

Diferenças permanentes 12.308.925 (17.483.830)

Taxas de imposto diferenciadas (9.416.219) (7.994.637) Provisões para contingências fiscais relativas a IRC (Notas 27 e 38) 8.545.381 6.873.860 Liquidação adicional de imposto relativa a exercícios anteriores - 12.677.670

Outros (6.834.897) (2.438.796)

7.687.318 323.273.235 Imposto sobre o rendimento

Imposto corrente (Nota 27) 308.814.019 345.840.546

Imposto diferido (iii) (301.126.701) (22.567.311)

7.687.318 323.273.235

(i) Esta rubrica está relacionada essencialmente com prejuízos fiscais de determinadas empresas instrumentais pertencentes à Brasilcel, em que não é expectável virem a ser obtidos lucros tributáveis que permitam recuperar esses prejuízos fiscais.

(ii) Esta rubrica refere-se ao impacto nos impostos diferidos da alteração da taxa de Derrama de 10% sobre a colecta para 1,5% da matéria colectável.

(iii) A variação ocorrida nesta rubrica resulta essencialmente (a) de um ganho de 268.135.502 euros registado em 2006 em resultado da reversão de impostos diferidos passivos relacionados com ganhos obtidos na alienação de investimentos financeiros, no seguimento da adopção pela Empresa do regime voluntário de tributação de mais-valias acima mencionado, e (b) de um ganho de 137.074.448 euros referente ao registo em 2006 de impostos diferidos activos por prejuízos fiscais de exercícios anteriores. Estes efeitos foram parcialmente compensados pelo aumento dos custos com impostos diferidos activos relacionadas com os benefícios de reforma, de ganhos de 3 milhões de euros em 2005 para custos 105 milhões de euros em 2006, em linha com a evolução dos montantes registados nas rubricas “Custos com benefícios de reforma, líquidos” e “Custos de curtailment, líquidos” da demonstração dos resultados.

No documento Relatório e Contas Consolidadas (páginas 89-92)