Do impulso inicial à relação atual

aviação e os grandes fatos marcantes, como a Segunda Guerra Mundial, que influenciaram a urbanização da cidade. A presença de militares nos dias atuais ainda é fortemente verificada na cidade. A pesquisa apresentada nas linhas a seguir traz a caracterização das famílias de militares que residem nas vilas da FAB no município em questão, assim como a participação desses na dinâmica da cidade. A análise pauta-se em como os militares conversam com a cidade de Parnamirim, a qual eles denominam de “ninho da Força Aérea no Rio Grande do Norte”.

Na pesquisa verificou-se que a composição familiar dos moradores das vilas é em sua maioria composta por quatro integrantes, sendo que as famílias mais numerosas têm cinco pessoas. As famílias compostas por quatro pessoas são maioria nas quatro vilas, sendo 69% no CHSD, 64% no CHAS, 63% no CHA e, por fim, 56% no CHBG, conforme está disposto no quadro 6. Verificou-se que na vila Albatroz (constituído de apartamentos) 45% das famílias são de dois ou três membros e não possuindo famílias mais numerosas, de cinco pessoas. As famílias de duas pessoas são contituídas por: casais com idades entre 30 a 39 anos (50%), 40 a 49 anos (33%) e um adulto e uma criança (17%). As famílias de três integrantes são constituídas de um casal e uma criança (50%) ou um casal e um jovem de até 17 anos (50%). Os casais são em grande parte da faixa etária entre 40 a 49 anos (67%). As famílias mais numerosas, com cinco integrantes, estão presentes em três vilas: Santos Dumont, Bartolomeu de Gusmão e Augusto Severo. As famílias são compostas em sua maioria por integrantes adultos (83%) e casais com idades entre 40-49 anos (50%) e 50-59 anos (50%).

A pirâmide etária (gráficos 1, 2, 3 e 4) mostra que a população adulta residente das vilas está concentrada entre 30 e 54 anos, com exceção do Conjunto Habitacional Santos Dumont, que tem a sua população distribuída em todas as faixas de 0 até 64 anos. Essa distribuição etária, que vai de modo geral até os 54 anos, tem relação com a profissão militar. Até o ano de 20197 a idade limite para o militar permanecer na ativa, ou seja, em serviço pela FAB, variava entre 49 até 54 anos para os sargentos e suboficiais. Como já expresso, a moradia fornecida pela

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Com a entrada em vigor da PL 1645/2019, a partir do ano de 2020, a idade limite para o militar ir para a reserva remunerada se alterou e atualmente é de 55 a 63 anos para os graduados da Força Aérea Brasileira (sargentos e suboficiais).

(KORTMANN, 2009), assim, ao irem para a reserva, os militares perdem o direito de moradia nos PNRs (BRASIL, 2019).8

Quadro 6 – Tamanho das famílias

Vilas Número de integrantes

Dois Três Quatro Cinco

Albatroz 3 1 5 0 Augusto Severo 3 4 14 1 Bartolomeu de Gusmão 0 6 10 2 Santos Dumont 0 1 9 3 Total 6 12 38 6 Fonte: Chaves (2020).

A vila Santos Dumont tem uma distribuição de idade populacional diferente, pois nela não residem somente militares da ativa, mas servidores civis da Base Aérea de Natal que possuem tempos de serviços e aposentadoria diferenciados dos militares da ativa. Pode se observar também uma pequena quantidade de adultos de idades entre 20 a 29 anos. Isso é explicado pelas idades em que os filhos são considerados dependentes dos pais militares, que é de até 24 anos, quando permanecem na condição de estudantes, e se não estiverem estudando até 18 anos para homens e 21 para mulheres. No caso de militares nessa faixa de idade, a ausência ou a pequena quantidade deles nas vilas militares tem relação com o tempo de espera na fila para ser pleiteado com a casa na vila, pois nessa faixa etária a maioria é terceiro sargento e espera pela fila cronológica. Outro possível motivo é a necessidade de se ter dependente. Então, para os militares solteiros que não possuem dependentes, não é permitido ser permissionário das vilas militares.

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Ao terminar o tempo de serviço do militar, este vai para a reserva remunerada que é semelhante a aposentadoria dos trabalhadores civis. No entanto, a reserva significa que, em caso de alguma necessidade, o militar pode ser convocado a prestar serviço à Força. A ICA 12-20/2019, em seu item 4.1.1, orienta acerca das condições para se estar habilitado a residir nas vilas militares, e uma delas é que o militar seja da ativa. O item 9.5.5.1-g determina que o prazo de desocupação do PNR pelo militar transferido para a reserva remunerada é de até trinta dias, podendo ser prorrogado por mais sessenta dias com a autorização do Chefe da Organização Militar Responsável.

Albatroz Santos Dumont

Gráfico 3 – Pirâmide etária do conjunto habitacional Augusto Severo

Gráfico 4 – Pirâmide etária do conjunto habitacional Bartolomeu de Gusmão

masculino (87%), quadro 7, ratificando a composição da carreira militar, mas estando assim um pouco acima da média do efetivo nacional, que no ano de 2016 era de 84% masculino e 16% feminino (BRASIL, 2017).

Quadro 7 – Composição dos militares

Vilas

Composição dos militares segundo o gênero

Feminino Masculino Total

Albatroz 2 7 9 Augusto Severo 2 22 24 Bartolomeu de Gusmão 17 3 20 Santos Dumont 2 13 15 Total 23 45 68 Fonte: Chaves (2020). 3.3.1 – Locomoção e transporte

Quanto ao local de trabalho desses militares, a maioria (constituindo 75% no CHA, 79% no CHAS, 58% no CHBG e 37% no CHSD) dos residentes das vilas trabalham na Ala 10 e em outras organizações militares, como: o Grupamento de Apoio de Natal (GAPNT), os diversos esquadrões de voo e logística. Em Parnamirim, as vilas são localizadas próximas das unidades da FAB na cidade (13 das 14 unidades). Diferem dessa disposição de proximidade do local de trabalho os militares que trabalham no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), que se situa a uma distância de 20 km do centro da cidade. Incialmente, esse afastamento foi justificado como uma condição de segurança para o lançamento de foguetes, planejado na criação do CLBI devido à atividade fim do Centro. Entretanto, destaca-se que, atualmente, o CLBI esta rodeado de condomínios residenciais de médio e alto padrão, como por exemplo Ponta Negra Tower, Flat Maximun Home Service, Riviera Ponta Negra, Alphaville Natal Club e Portamaris Club Condomínio. Isso se deve ao transbordamento de Natal em direção à Parnamirim, que segundo Clementino (1995), foi a partir dos anos 1980, com a construção da Via Costeira, o que influenciou a expansão imobiliária, principalmente em Ponta Negra, se espraiando para Parnamirim.

envolvida com o controle de tráfego aéreo que se localiza próximo ao Portão Oeste da Base, em que verificou-se que há 13% militares do CHA e 33% do CHBG envolvidos nessa atividade, conforme apresentado no quadro 8. Há ainda os militares que trabalham no Esquadrão de Saúde, como enfermeiros e auxiliares dos médicos da Aeronáutica, sendo nas vilas Santos Dumont e Augusto Severo 8% e no Bartolomeu de Gusmão 10%.

Quadro 8 – Local do trabalho dos militares

Vilas Ala 10/ Base Aérea de Natal CLBI Esquadrão de Saúde DTCEA/ Sul da Base Total Albatroz 6 1 0 1 8 Augusto Severo 19 3 2 0 24 Bartolomeu de Gusmão 11 2 2 4 19 Santos Dumont 7 4 1 0 12 Total 43 10 5 5 63 Fonte: Chaves (2020).

Em relação aos meios de locomoção empregados pelos militares em Parnamirim para o deslocamento ao trabalho, nota-se, em sua maioria, a utilização de automóveis e motos particulares. No CHSD, contatou-se que 86% usam carro particular para a sua condução à Ala10/Base Aérea de Natal e 17% utilizam meio de transporte coletivo – ônibus. A única unidade que oferta transporte para o efetivo é o CLBI, em virtude da distância da unidade em relação às vilas residenciais, porém verificou-se que a metade deles utilizam o ônibus da unidade e a outra metade de militares daquela OM se desloca por meios próprios (carro). Os meios de transporte para o trabalho dos moradores do Santos Dumont podem ser vistos no quadro 9.

Quadro 9 – Meio de locomoção - CHSD Conjunto Habitacional Santos Dumont Ala 10/ Base Aérea de Natal CLBI Esquadrão de Saúde Carro 6 2 1 Ônibus 1 0 0 Ônibus do Quartel 0 2 0 Total 7 4 1 Fonte: Chaves (2020).

No CHBG, observa-se que 91% emprega o carro como meio de transporte e 9% dirige-se ao trabalho a pé no translado dos militares para a Ala10/Base Aérea de Natal (quadro 10). Os dois militares que trabalham no Esquadrão de Saúde utilizam o automóvel para o deslocamento, e os que vão para o DTCEA/Sul da Base vão de carro e bicicleta). O CHBG situa-se próximo ao Destacamento de Tráfego Aéreo (DTCEA), aproximadamente à 1,2 km de distância.

Quadro 10 – Meio de locomoção - CHBG

Conjunto Habitacional Bartolomeu de Gusmão Ala 10/ Base Aérea de Natal CLBI DTCEA/ Sul da Base Esquadrão de Saúde Bicicleta 1 0 0 0 Carro 10 1 2 2 Moto 0 1 0 0 Bicicleta e carro 0 0 1 0 Total 11 2 3 2 Fonte: Chaves (2020).

A maioria dos militares residentes no CHAS, no bairro Cohabinal, se dirige às OMs de carro ou moto. Nessa vila, percebe-se que 65% emprega o carro como meio de transporte, 24% dirige-se ao trabalho de moto e uma pequena parcela se desloca a pé ou de bicicleta para a Ala10/Base Aérea de Natal, compreendendo 18% do total apontado na pesquisa.

Há ainda nessa vila, translado de militares para o CLBI. Dos militares que trabalham nessa unidade, 67% utilizam o transporte do quartel, enquanto que 33% utilizam o carro nesse deslocamento. O quadro 11 mostra os deslocamentos dos militares residentes na vila Augusto Severo.

Quadro 11 – Meio de locomoção - CHAS Conjunto Habitacional Augusto Severo Ala 10/ Base Aérea de Natal CLBI Esquadrão de Saúde Carro 11 1 1 Moto 4 0 1 Ônibus do quartel 0 2 0 Carro, a pé ou de bicicleta 3 0 0 Total 18 3 2 Fonte: Chaves (2020).

Como o CHA é posicionado dentro da área militar, a maior parte dos residentes dessa vila desloca-se para o trabalho na Ala10/Base Aérea de Natal de bicicleta ou a pé, abrangendo 83% do total, como pode ser visto no quadro 12:

Quadro 12 – Meio de locomoção - CHA

Conjunto Habitacional Albatroz Ala 10/ Base Aérea de Natal CLBI DTCEA/Sul da Base Carro 1 1 0 Bicicleta 2 0 1 A pé 1 0 0 A pé, bicicleta ou carro 2 0 0 Total 6 1 1 Fonte: Chaves (2020).

A análise em relação ao deslocamento dos militares traz um resultado já previsto, quando se considera que as vilas residenciais militares estão localizadas em Parnamirim e a maioria das unidades militares estão no mesmo município. Quanto aos moradores civis das vilas militares, os locais de trabalho não ficam restritos à essa cidade. Analisando as ocupações e deslocamentos da população adulta civil, pode se constatar que 30% exerce trabalhos domésticos e, por esse motivo não efetuam deslocamentos diários, assim como 1% é aposentado. O restante da população se divide entre estudantes (45%) e outros profissionais (25%), esses deslocam-se diariamente aos locais de aulas e trabalhos. Quanto aos estudantes, 53% estudam em Natal e 47% em Parnamirim. Já a população que exerce alguma profissão, 81% trabalha em Parnamirim, 15% em Natal e 3,84% em outras cidades. Interessante ressaltar que os profissionais que trabalham em Natal

trabalho ou estudo e o meio de locomoção da população adulta civil de cada uma das vilas militares.

Quadro 13 – Ocupações e deslocamentos dos moradores civis por vila

Vilas Local Atividade Meio de

Deslocamento Qtd

Santos Dumont

Casa Do lar - 9

Ala 10 Civil da Base Bicicleta e carro 2

Parnamirim Distribuidor Moto 1 Professor Transporte prefeitura 1 Estudante A pé e ônibus 3 Natal Enfermeiro Ônibus 2 Podólogo 1

Estudante Ônibus e carro 10

Bartolomeu de Gusmão Casa Do lar - 6 Parnamirim Advogado Carro 1 Empresário/autônomo 3 Professor 2 Enfermeiro Ônibus 1 Telemarketing 2

Estudante A pé, carro e van

escolar 6

Natal Estudante Carro e ônibus 7

Augusto Severo Casa Aposentado - 1 Do lar 12 Cabelereiro 1 Confeiteiro 1 Parnamirim Costureira Moto 1 Empresário/autônomo Carro 1 Estudante A pé, carro, van

escola e ônibus 10

Natal Enfermeiro Ônibus 1

Estudante Carro e ônibus 7 Natal e Parnamirm Organizador de

Eventos Carro 1 Albatroz Casa Do lar - 4 Parnamirim Empresário/autônomo Carro 2 Professora 1

Estudante Van escolar 2

Martins Enfermeira Ônibus 1

Fonte: Estúdio Conceito, com base de dados de campo realizado (2019).

Localizações das Atividades dos moradores Abs

Ala 10 45

CLBI 10

Centro de Parnamirim 18

Conjunto Habitacional Albatroz 4

Conjunto Habitacional Augusto Severo 15

Conjunto Habitacional Bartolomeu de Gusmão 6

Conjunto Habitacional Santos Dumont 9

DTCEA 5 Emaús 1 Esquadrão de Saúde 5 IFRN - Natal 1 IFRN - Parnamirim 4 Martins 1 Natal 21 Nova Parnamirim 1

Rosa dos Ventos 4

Santos Reis 6

Parnamirim é o local de trabalho dos militares, pelas unidades estarem situadas ali, e, também, que ela oferece para muitos familiares oportunidades, como para comerciantes, professores, costureiro, estudante, entre outras. O mapa 7 mostra a concentração dos trabalhos em Parnamirim, tanto nas áreas militares como também na região central do município de Parnamirim. Com exceção da vila Albatroz, que possui um deslocamento para a cidade de Martins, as atividades estão concentradas em Parnamirim, Natal e nas próprias residências daqueles que trabalham dentro de suas próprias casas. Para os que se deslocam para Natal, observa-se a grande quantidade de pessoas que utilizam o transporte coletivo, mostrando que as vilas estão bem localizadas no município de Parnamirim. O tópico seguinte mostrará, além das relações de ocupação, os usos que os moradores fazem dos equipamentos de uso coletivo disponíveis dentro das vilas, assim como a relação dos moradores com os equipamentos públicos distribuídos na cidade de Parnamirim.

3.3.2 – Equipamentos de uso coletivo

Como demonstrado anteriormente, as vilas residenciais da FAB, em Parnamirim, possuem diversos equipamentos de uso coletivo, como parques infantis, capelas para uso de reuniões religiosas, quadras, entre outros. Guedes (2005, p.28 e 29) ressalta que “o equipamento urbano é um tipo de objeto que apresenta originalmente a característica de prover o meio urbano com algum tipo de serviço”. O autor ainda explica que esses equipamentos objetivam “fornecer facilidades aos habitantes da cidade” por meio de serviços e usos. Assim, a pesquisa buscou verificar o uso que os moradores das vilas residenciais militares fazem desses equipamentos e a frequência que os utilizam.

Ressalta-se que no início desse trabalho, quando foram realizadas visitas e fotografadas as vilas militares, o Conjunto Habitacional Augusto Severo possuía diversos equipamentos de uso coletivo, como quadra, capela, campo de futebol, parque infantil e área de lazer. Porém, no momento em que foram realizadas as pesquisas de campo, esses equipamentos estavam desativados, pois o espaço destinado a eles contava com obras para a construção de mais unidades habitacionais nessa vila; somente o parque infantil foi deslocado para outro lugar dentro da própria vila. A figura 37 mostra a construção de novas unidades

anteriormente correspondia as da instalação da capela, parque infantil, área de festas/confraternização e quadra de areia que podem ser vistas nas figuras 35 e 36. No Conjunto Habitacional Santos Dumont, dois equipamentos também estavam desativados no momento em que ocorreu a pesquisa de campo, a academia ao ar livre e o espaço destinado a confraternizações e churrascos. Esses dois equipamentos precisavam de manutenção e estavam interditados para o uso. A figura 46 mostra os equipamentos ativos em cada uma das vilas no momento da pesquisa de campo.

Figura 46 – Equipamentos em cada vila militar

Fonte: Chaves (2020).

No Conjunto Habitacional Santos Dumont, o campo de futebol e a quadra são utilizados por 38% dos moradores (quadro 14), sendo que 40% das famílias que utilizam esses equipamentos possuem crianças. Os locais de convivência, que são banquinhos ou locais de uso coletivo dentro das vilas, são utilizados por 25% dos moradores. Esses dados podem ser visualizados no quadro 14.

Quadro 14 – Uso dos equipamentos no CHSD

Equipamentos do Conjunto Habitacional Santos Dumont

Frequência de Uso

Diariamente Semanalmente Mensalmente Não Usa

Campo de Futebol 8% 23% 8% 62%

Locais de Convivência 8% 17% 0% 75%

Quadra 15% 23% 0% 62%

Fonte: Chaves (2020).

O conjunto Habitacional Bartolomeu de Gusmão é a vila que mais possui equipamentos de uso coletivo em seu interior, como mostrado na figura 46. A área de lazer com churrasqueira (figura 47), área utilizada para festas e confraternizações, juntamente com a quadra de esportes (figura 28) são utilizados por 75% dos moradores. Quando consideradas somente as famílias que possuem crianças, a quadra é utilizada por 80% delas. O campo de futebol (figura 29) e as áreas destinadas ao convívio dos moradores são utilizados por 50 % das famílias. De todas as famílias que possuem crianças, 40% utilizam o campo de futebol. Os equipamentos com menos utilização dentro do CHBG são a capela católica (figura 48) e o parque infantil.

Figura 47 – Área de lazer com churrasqueira do CHBG

Figura 48 – Capela Católica do CHBG

a buscar saber se as famílias frequentam alguma instituição religiosa e qual denominação. Quando observadas as famílias que declararam frequentar a igreja católica, todas fazem uso da capela que está no interior dessa vila. Já no que diz respeito ao uso do parque infantil, todas as famílias que fazem uso possuem crianças abaixo de 14 anos. De todas as famílias que possuem crianças nessa vila, 44% são as que utilizam esse equipamento. A utilização dos equipamentos do CHBG e sua frequência podem ser observados no quadro 15:

Quadro 15– Uso dos equipamentos no CHBG

Equipamentos do Conjunto Habitacional Bartolomeu de Gusmão

Frequência de Uso

Diariamente Semanalmente Mensalmente Não Usa Área de Lazer e Churrasqueira 13% 19% 44% 25% Campo de Futebol 14% 21% 14% 50% Capela Católica 0% 13% 13% 73% Locais de Convivência 14% 21% 14% 50% Parque Infantil 7% 7% 7% 79% Quadra 13% 31% 31% 13% Fonte: Chaves (2020).

No conjunto Habitacional Augusto Severo, após o início das obras para a construção de mais unidades residenciais nos seus limites, restaram apenas dois equipamentos de uso coletivo, o parque infantil, que foi deslocado do antigo local, que também teve seu espaço destinado às obras, e os espaços de convivência, que são banquinhos distribuídos em partes do residencial. Esses espaços são utilizados por apenas 10% das famílias que ali residem. O parque infantil é utilizado por 33% dos moradores. Ao se observar todas as famílias que possuem crianças com idades abaixo de 14 anos, observou-se que 70% delas utilizam o parque infantil e 30% não o utilizam. O quadro 16 mostra a quantidade de famílias residentes no CHAS que utilizam seus equipamento coletivos, assim como a frequência de uso.

Quadro 16– Uso dos equipamentos no CHAS

Equipamentos do Conjunto Habitacional Augusto Severo

Frequência de Uso

Diariamente Semanalmente Mensalmente Não Usa

Locais de Convivência 5% 5% 0% 90%

Parque Infantil 5% 19% 10% 67%

Fonte: Chaves (2020).

E, por fim, o Conjunto Habitacional Albatroz possui um único equipamento, o parque infantil (figura 49) . Das famílias que residem nessa vila, 43% utilizam o parque infantil. Considerando as famílias que possuem crianças, 50% fazem uso desse equipamento. A utilização do parque infantil pelos moradores do CHA pode ser observado no quadro 17.

Quadro 17 – Uso dos equipamentos no CHA

Equipamentos do Conjunto Habitacional Albatroz

Frequência de Uso

Diariamente Semanalmente Mensalmente Não Usa

Parque Infantil 14% 29% 0% 57%

Fonte: Chaves (2020).

Figura 49 – Parque Infantil do CHA Figura 50 – Clube de Suboficiais e Sargentos da FAB em Parnamirim

localizada ao lado do Clube Albatroz (figura 50 ), um clube de campo destinado aos sargentos e suboficiais da FAB. Dos moradores do CHA, 78% são sócios do clube Albatroz.

Quadro 18– Uso dos equipamentos coletivos fora das vilas militares Vilas →

Equipamentos ↓ Santos Dumont

Bartolomeu de Gusmão Augusto Severo Albatroz Academia ao ar livre 33% 6% 14% 11% Área de lazer 17% 6% 18% 0% Campo de Futebol 8% 6% 0% 0% Igreja 75% 61% 59% 56% Parque Infantil 33% 6% 9% 11% Praça 33% % 14% 11% Quadra 17% 6% 0% 44% Fonte: Chaves (2020).

Quanto ao uso de equipamentos coletivos fora da vila militar, pode-se observar no quadro 18 que a igreja é, em todas elas, o lugar que mais famílias vão com frequência, variando de 56% (CHA) a 75% (CHSD). Nas vilas CHBG, CHAS e CHA, os outros equipamentos são pouco utilizados, com exceção da quadra no CHA. No entanto, a utilização da quadra nessa vila pode estar associada ao clube que se localiza ao lado desse residencial. O CHSD é a única das quatro vilas que possui mais utilização de equipamentos fora dos muros de seu residencial, utilizando academia ao ar livre, parque infantil e praça. Ressalta-se que a praça central de Parnamirim situa-se a 400 metros da portaria dessa vila. A utilização dos equipamentos coletivos fora dessa vila pode demonstrar também o maior vínculo que esta tem com a cidade, pois além de ser a primeira vila, teve por muitos anos o acesso a suas ruas livre para a população civil, assim como a utilização dos equipamentos que estão dispostos em seu interior.

Quanto ao desejo dos moradores por novos equipamentos de uso coletivo, dentro das vilas e fora delas, o mais citado foi a academia ao ar livre.

Quadro 19 – Equipamentos sugeridos para implantação dentro das vilas Vilas→ Equipamentos sugeridos ↓ Santos Dumont Bartolomeu de Gusmão Augusto Severo Albatroz Academia ao ar livre 61,5 47,5 40 44,5

Parque e area de lazer infantil 38,5 0 0 12

Área de lazer com piscina 0 29,5 30 0

Quadra e área de esporte 0 6 25 12

Outros equipamentos 0 17 5 31,5

Fonte: Chaves (2020).

Na vila Santos Dumont, 61% dos moradores sugeriram a academia ao ar livre. Destaca-se que existe esse equipamento nessa vila, no entanto, encontra-se indisponível para o uso, pois necessita de manutenção. Nas outras três, esse equipamento foi também muito sugerido, ficando acima dos 40% de sugestões. Nas vilas Bartolomeu de Gusmão e Augusto Severo, os moradores sugeriram também, em grande medida, uma área de lazer com piscina (29% e 30%, respectivamente).