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3.4 D ESCRIÇÃO DO M ODELO DE G ESTÃO DO C ONHECIMENTO

3.4.2 Incubadora de Idéias

Com fundamento nas teorias dos capítulos dois e três, é possível comparar o cérebro como uma biblioteca, onde se guarda o que se aprende. Dentro dessa linha de pensamento, é possível derivar que a incubadora de idéias é a guardiã do ativo e passivo cultural tácito e explicito de uma organização. Com base nesta afirmação é possível definir incubadora de idéias como a biblioteca que mapeia, reúne, trata, cria, dissemina e guarda toda energia social de uma organização.

Por isso, o líder representado pela caricatura feminina que gerencia a incubadora de idéias, tem como objetivo estimular e fortalecer os modelos mentais dos colaboradores através da aplicação e combinação de metodologias e pedagogias educacionais no âmbito organizacional para compartilharem conhecimentos e trabalharem juntos. Portanto, a caricatura feminina deve converter o core de conhecimento tácito e explicito em encontros frutíferos para criar novas idéias e fortalecer a cultura corporativa. A figura 18 ilustra de como se forma o conhecimento na incubadora de idéias.

Figura 18 – Formação do conhecimento orientado à ação

Nota-se na figura 18 que, a construção do conhecimento se inicia e ocorre através diversas fontes, interna e externa à empresa e conforme já ilustrada na figura 17, os quais podem gerar fatos e dados. Os fatos e dados são tratados, manipulados e interpretados gerando informação.

CONHECIMENTO INFORMAÇÃO TRATA - CRIA APRENDE E ENTREGA FONTES DE CONHECIMENTOS AMBIENTE GERAL SOCIAL-POLÍTICO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DADOS HABILIDADE S AÇÃO

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Na sequência, as informações são testadas, validadas e codificadas, transformando-se em conhecimento. Em seguida podem ser injetadas nos processos estratégicos, táticos ou operacionais ou guardadas para um posterior uso da organização. Dessa forma é possível verificar que o cérebro da figura 18 é um núcleo processador que transforma dados em informação, informação em conhecimento e, finalmente, o conhecimento aciona a habilidade para execução de uma ação que é a externalização na forma da atitude desempenhada pelo indivíduo.

A partir da premissa descrita no parágrafo anterior se explica o porquê do rodízio e intercâmbio das caricaturas entre as atividades de apoio e processos. Isto significa dizer que a caricatura pode ser alocada para qualquer atividade de apoio ou processo com base no seu conhecimento tácito, explícito e na sua habilidade. Diante deste contexto é possível listar no quadro 16, os conhecimentos que o líder deve reunir para gerir a atividade de apoio.

Quadro 16 – Conteúdo de conhecimentos múltipos reunidos na incubadora de idéias

Dessa forma, entende-se que o mapa do conhecimento tácito, explícito e coletivo representa um valioso instrumento de dados que podem ser analisados a fim da organização obter informações úteis para implementação de suas estratégias de negócios. Portanto, a padronização de um vocabulário único corporativo deve estar fincada e sistematizada na incubadora de idéias. Por isso, acredita-se que a força motriz para construção da cultura de uma empresa pode ser extraída a partir do oxigênio gerado pelo filtro, tratado e injetado pela incubadora de idéias em todos os processos corporativos.

-Padronização de diferentes vocabulários para o entendimento da linguagem.

-Otimizar a necessidade de conhecimento com os recursos e estratégias da organização.

-Mapeia e reúne o Inventário de competências centrais da empresa. O importância do mapa do fluxo da força de trabalho é a capacidade de associar práticas específicas de conhecimento tácito com os resultados empresariais. -Assegurar-se de que o conjunto de práticas da força de trabalho se encaixa na estrutura empresarial e nas realidades de mercado.

-Representação visual do fluxo de pessoas na empresa (contratação, promoção e saída) ao longo do ano. -Analisa, trata e interpreta o conhecimento tácito explicito capturados de fontes, interna e externa à empresa. -Guarda do estoque de saberes.

-Conexão com engenharia de negócios e engenharia de suporte.

-Promove a interface da estrutura produtiva da empresa com meio exterior (mercado consumidor e mercado supridor). -Projeta e inova produtos, valida processo, revisa processo, planeja e gerência projetos.

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Logo, é possível concluir que é atribuição da incubadora de idéias é rastrear continuamente as metodologias e tecnologia educacional, de modo a encontrar alternativas dentro do contexto vigente junto com a solução e que ela possa ser utilizada com o conhecimento já estruturado e mescladas com as idéias capturadas de diferentes fontes externas de saberes. Esta ação pode desencadear um novo processo de conhecimento e contribuir para consolidar a cultura da organização.

Sendo assim, a produção de saberes gerados pela incubadora pode dar o tom e a dinâmica dos processos de negócios de uma organização, sendo que sem conhecimento a empresa não gera novos projetos. É importante ressaltar que o conhecimento tácito ou explícito pode existir na empresa, na mesa ao lado, numa outra unidade ou em uma universidade no outro lado do mundo. Não importa a distância é trabalho das atividades de apoio introjetar no tempo necessário do processo que o demanda, o conhecimento que este precisa, ou seja, da pessoa que executa o trabalho.

Portanto, dependendo de sua complexidade e frequência de uso, o conhecimento pode estar armazenado no processo mais próximo (no próprio equipamento, no cérebro do trabalhador, embutido no hardwares ou softwares que usa), ou bem mais distante, (no cérebro do consultor).

Por isso, é possível derivar a partir das contextualizações descritas nos parágrafos anteriores que o propósito da gestão do conhecimento é remover os obstáculos gerados diariamente entre os líderes e processos produtivos de maneira a disponibilizar o conhecimento tácito ou explícito da forma mais econômica, utilizando com eficácia os instrumentos tangíveis e intangíveis.