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4. MODELO ORGANIZACIONAL DAS CONSTRUTORAS DE PEQUENO

4.2 ANÁLISE DOS SISTEMAS OPERACIONAIS ORGANIZACIONAIS

4.2.3 Controle dos Processos Produtivos (Construtivos)

4.2.3.1 Conceitos e Tipos de Indicadores

4.2.3.1.1 Indicador de Capacitação

Medida que expressa informações sobre uma determinada estrutura de produção. • O nível de qualificação da mão-de-obra empregada por um setor econômico,

por uma empresa ou por uma unidade produtiva.

• O grau de atualização dos equipamentos utilizados. • A capacidade instalada e seu grau de ocupação.

4.2.3.1.2 Indicador de Desempenho

Representa o resultado atingido em determinado processo ou características dos produtos finais resultantes.

• Custo de determinado processo • Lucro

• Ciclo de produção • Retrabalho

• Grau de aproveitamento de matérias-primas • Conformidade de produtos

4.2.3.1.3 Indicador de Qualidade

Mede o desempenho do produto ou serviço, relativo as necessidades do cliente- interno ou externo. Proporciona uma ação sobre o produto – alteração de características do projeto, por exemplo.

4.2.3.1.4 Indicador de Produtividade

Mede o desempenho dos processos, através de relações elaboradas a partir dos recursos utilizados pelos respectivos resultados atingidos.

O indicador pode ser gerado em relação:

• Ao fornecedor (qualidade dos insumos do processo)

• Ao processo (produtividade global do processo e qualidade dos produtos intermediários)

• Ao cliente do processo (qualidade dos produtos ou serviços entregues ao cliente)

4.2.3.1.5 Indicador Global

Demonstra o grau de competitividade da empresa, posicionando-a em relação ao conjunto de seu setor ou aos competidores diretos, sendo utilizados para decisões de planejamentos estratégicos. Exemplo:

• Número de unidades produzidas/número de unidades vendidas num determinado período de tempo.

• Lucro líquido/funcionários • Receita gerada/horas trabalhadas

4.2.3.1.6 Indicador Específico

Fornece informações sobre processos ou sobre estratégias e práticas gerenciais dos mesmos, orientando a tomada de decisões sobre características dos processos em termos:

• Operacionais: espessura média de revestimento; produtividade da mão-de- obra por serviço; relação entre consumo estimado e consumo efetivo de materiais (aço, cimento, areia, etc.)

• Gerenciais: taxa de freqüência de acidentes, número de alterações de um projeto, índice de rotatividade da mão-de-obra.

A coleta de informação deve ser feita por pessoas que tenham contato direto e constante com a obra para coletar as informações e repassar à administração da forma mais adequada possível.

A análise de dados deve ser procedida semanalmente, para que o engenheiro possa munir-se de informações confiáveis para gerenciar a obra e/ou corrigir eventuais falhas no processo, orientado pelos responsáveis dos diversos setores da empresa.

5. ASPECTOS METODOLÓGICOS

Consistem na introdução de estratégias organizacionais para a coordenação e controle nas pequenas empresas de construção, mediante integração de dados, informações nos processos funcionais.

O método de pesquisa previsto nesse trabalho (Figura 5) prevê aspectos quantitativos (survey, pesquisa científica – por intervenção) e qualitativos (análise empresarial). Desenvolvidos adequadamente, podem alcançar os resultados desejados para cada etapa (BRYMAN, 1988).

Nessa pesquisa incluem-se os seguintes itens:

a) estudo exploratório bibliográfico indicado, de acordo com SAMPIERI et al. (1991), para pesquisas onde o assunto ainda não foi explorado ou pouco explorado.

b) pesquisa teórica para o desenvolvimento do modelo para a gestão integrada de pequenas empresas de construção civil;

c) pesquisa de intervenção realizada na grande Florianópolis, por meio de questionários (PINSONNEAULT & KRAEMER, 1993), observações e reuniões numa construtora civil de pequeno porte e em programas computacionais (sites) referentes à documentações de obras de edificações, que abordam modelos de gestões de processos e controle produtivo;

d) análise do sistema de informações de pequenas construtoras;

e) acompanhamento (pesquisa) nas pequenas construtoras das cidades de Curitiba, Joinville, Itajaí, Balneário Camboriú e Florianópolis, para avaliar o modelo proposto (CAMPBEL & STANLEY, 1979);

f) análise dos resultados.

Figura 5. - Desenho da pesquisa

A escolha da estratégia é um dos aspectos mais importantes em termos de organização e planejamento das atividades de uma pesquisa. A pesquisa, as simulações, as pesquisas de levantamento (surveys) e os experimentos são apenas algumas das diversas estratégias de pesquisa existentes. Cada uma das pesquisas, constitui-se em uma forma diferente de coletar e analisar as evidências empíricas, apresentando, portanto, vantagens e desvantagens próprias (Easterby-Smith et al., 1991; Yin, 1994).

Segundo Yin (1994), a pesquisa depende, fundamentalmente, de fatores essenciais para o seu desenvolvimento. O fator mais importante é a identificação do tipo de questão proposta na pesquisa. Questões do tipo "o quê?" ou "quanto?" favorecem a adoção de estratégias baseadas em pesquisas de levantamento e análise de registros. Tais estratégias são adequadas para responder a questões sobre fatos e descrições. Entretanto, o objetivo da pesquisa é, como no presente estudo, desenvolver e introduzir novas práticas de gestão de

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DESENVOLVIMENTO MODELO INTEGRADO PESQUISA NA PEQUENA CONSTRUORA (SÃO JOSÉ) PESQUISA NAS PEQUENAS CONSTRUTORAS (SUL DO PAÍS) PESQUISA NA CONSTRUTORA E NA OBRA PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO TÁTICO OPERACIONAL DESENVOLVIMENTO SISTEMAS DE INFORMAÇÕES ESTUDO EXPERIMENTAL ANÁLISE DOS RESULTADOS

Fonte: PINSONNEAULT, A. KRAEMER, K. L. Survey research methodology in Management information systems : an assessment. Journal of Management Information Systems,

Autumn, 1993.

construção, onde estratégias de pesquisa são necessárias (Selltiz et al., 1987; Yin, 1994; Ballard, 2000).

Conforme se observa, a questão que norteia a presente tese tem como foco "como

capturar, estruturar, processar e difundir informações de processos organizacionais capazes de auxiliar a gestão da construção". A revisão da literatura indica, nesse caso, três estratégias de pesquisa possíveis: os experimentos, o estudo de caso e a pesquisa ação (RAPOPORT, 1970; WARMINGTON, 1980; EASTERBY-SMITH et al., 1991; YIN, 1994; EDEN & HUXHAM, 1996).

Os experimentos exigem que a pesquisa tenha controle direto, preciso e sistemático no comportamento das variáveis importantes ao estudo, resultando em uma pesquisa de avaliação.

É uma investigação empírica que utiliza múltiplas fontes de evidência para estudar um fenômeno contemporâneo dentro de seu próprio contexto, especialmente quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas (YIN, 1994, LEWIS, 1998).

A pesquisa-ação, por sua vez, também envolve a investigação dos fenômenos dentro do seu próprio contexto, bem como a coleta de múltiplas evidências. Entretanto, a principal característica dessa estratégia é que a compreensão do fenômeno pesquisado resulta do entendimento proporcionado pela mudança. Esse processo exige a cooperação entre os pesquisadores e a organização. Em razão do caráter colaborativo da pesquisa-ação, o aprendizado tende a ser conjunto e participativo (WARMINGTON, 1980; EASTERBY- SMITH et al., 1991).

Dada a natureza da questão de pesquisa, o presente trabalho envolve a investigação e intervenção de um sistema de análise de processos organizacionais que não é observada em empresas de construção. Dessa forma, uma estratégia de experimento e interferência parece adequada, pois para responder à questão de pesquisa é preciso que ocorra uma mudança na prática de gestão de processos nas empresas.

5.1 PERSPECTIVA CONTEXTUALISTA, HISTÓRICA E PROCESSUAL DA