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ÍNDICES DE QUALIDADE DO SOLO, RENTABILIDADE E PRODUTIVIDADE PARA DEFINIÇÃO DE SISTEMAS

THE SERGIPE COASTAL TRAILS

4.3.4 Indicador de Sustentabilidade dos Sistemas de Cultivo

O Indicador de Sustentabilidade dos Sistemas de Cultivo visa a classificação dos Sistemas de Cultivo avaliados neste estudo, segregando-os e ordenando-os em sustentáveis e não sustentáveis. Para o cálculo do Índice da dimensão Ambiental (ID IQS) (Tabela 4.1), adotou-se como limite de sustentabilidade o IQS = 0,5. Souza (2005), propôs uma escala de mensuração ao avaliar um Latossolo Amarelo nos Tabuleiros Costeiros da Bahia, figura como uma alternativa interessante, diante a semelhança de condições edafoclimáticas encontrada nos estudos. Assim os valores de IQS, segundo Souza (2005) são considerados como ótimo, quando maior que 0,71 (IQS > 0, 71); regulares quando 0,51 < IQS < 0,71; e ruins quando menores que 0,50 (IQS ≤ 50) (SOUZA, 2005).

Para cálculo do Índice da dimensão Econômica (ID IR) (Tabela 4.1), adotou-se como valor limite de sustentabilidade o IR = 6,96 % (correspondente ao rendimento da caderneta de poupança no ano de 2017, segundo dados do IPCA). Este valor foi considerando como limiar entre o sustentável e o não sustentável, uma vez que o agricultor dispondo do montante suficiente para investir na produção agrícola, caso investisse na caderneta de poupança por igual período obteria a mesma rentabilidade à baixo risco, justificando-se o investimento apenas, quando a atividade agrícola oferece rendimentos superiores.

Para o cálculo do Índice da dimensão Técnica (ID Pro) (Tabela 4.1), adotou-se como valor limite de sustentabilidade produtividade de 25.117 espigas/ha, equivalendo ao maior ponto de nivelamento de produção (produção mínima necessária para cobrir os custos da produção) observado entre os sistemas de cultivo avaliados entre 2016 a 2018. Assim, considerou-se que valores de ISSC superiores a 0,40 (Quarenta décimos), indicariam sistemas de cultivo sustentáveis.

O sistema de manejo do solo PD apresentou o maior ISSC (0,55), sendo considerado sustentável, à medida que o CM apresentou ISSC = 0,28 e o CC, ISSC = - 0,5, ambos considerados insustentáveis (Tabela 4.1). Este comportamento está atrelado a produtividade e a rentabilidade apresentada por estes sistemas de manejo. O CC apresentou rentabilidade negativa para todas as plantas antecedentes avaliadas neste estudo, indicando prejuízo

financeiro ao agricultor (Tabela 4.1), decorrente do alto custo de produção do preparo do solo e insumos utilizados (Apêndice G), associado a baixa produtividade do MV, não fazendo frente as obrigações financeiras. Comportamento semelhante foi observado no CM, de modo especial para o sistema de cultivo Crotalária/CM, que também apresentou IR negativo (Tabela 4.1). De acordo com Zago e Mello (2015), os recursos investidos no empreendimento rural têm como objetivo a obtenção de lucros futuros. Para Martins, Miranda e Diniz (2014), a rentabilidade é considerada a alma do negócio, já que sem ela, a continuidade do empreendimento estará comprometida.

Dentre os sistemas de cultivo avaliados, o que possui melhor ISSC para a safra de 2017, é o Guandu/PD (0,59), seguido da Crotalária/PD (0,58) (Tabela 4.1). As duas plantas antecessoras são leguminosas, o que confere uma baixa relação C/N da fitomassa produzida pelas mesma, que nas condições edafoclimáticas do presente estudo, fazem com sejam facilmente decompível, disponibilizando de maneira rápida para a safra do milho que é subsequente ao seu plantio, nutrientes essenciais ao desenvolvimento e produção de espigas de MV. Desta forma estes sistemas de cultivo apresentam altas produtividades quando comparados aos demais sistemas avaliados nesse estudo, e consequentemente maior IR, conforme observado na Tabela 4.1, sendo esta dimensão a de maior influência no desempenho destes sistemas de cultivo.

O maior IR do Guandu/PD deve-se a produtividade alcançada pelo sistema de cultivo (a maior dentre os tratamentos avaliados), embora o mesmo não apresente um baixo custo operacional total (COT) (Apêndice G), onde o custo da semente da planta antecedente, representa 8,48 % do COT, tornando este sistema mais oneroso que quando comparado a Crotalária/PD, cuja semente representa apenas 1,41 % do COT. Assim essa diferença de custos, foi superada pela produtividade alcançada pelo sistema Guandu/PD, tornando-o mais rentável. Salienta-se que embora estes sistemas tenham apresentado maior produtividade, o teor de MOS deste não é considerado o maior dentre os avaliados, assim como também não apresenta maior IQS (Tabela 4.1). Este resultado possivelmente deve-se a época de coleta das amostras do solo para análise , que ocorreu após a safra do MV, onde os nutrientes oriundos da rápida decomposição da MOS (de baixa relação C/N) foram utilizados pela cultura do MV, ou lixiviados do solo, já que o mesmo apresenta no horizonte A (0 – 0,27m) 82,1 % de Areia; 12,5 % de Silte; e 5,4 %Argila (textura areia-franca) o que não favorece a retenção dos cátions. Destaca-se que todos os sistemas de cultivo do PD avaliados foram considerados sustentáveis, assim como Caupí/CM e Guandu/CM (Tabela 4.1). Entretanto, o menor ISSC foi apresentado pelo Guandu/CC (- 0,53), seguidos de Crotalária/CC e Milheto/CC (- 0,52),

considerados insustentáveis, assim como Caupí/CC, Crotalária/CM e Milheto/CM (Tabela 4.1). Este baixo desempenho está associado a dimensão econômica que foi negativa, uma vez que a rentabilidade foi negativa, ou seja, os sistemas de cultivos provocaram prejuízo, sendo que a Receita Bruta gerada não fez frente as obrigações de produção (Apêndice G). Desta forma, práticas agronômicas que proporcionem ao agricultor a elevação da produtividade e diminuição dos custos de produção, devem ser priorizadas para garantir a sustentabilidade da atividade agrícola. (KANEKO et al., 2010), não negligenciando, entretanto, aspectos ambientais.

Ao avaliar-se o COT dos sistemas não sustentáveis, percebe-se que os maiores custos de produção se referem a mão de obra, seguida do custo com fertilizantes e calcários, energia elétrica utilizada para captação de água e irrigação e por fim com o custo com operações mecanizadas. Assim, além de causarem alterações na qualidade do solo auferindo os menores valores de IQS, os sistemas convencionais são mais caros que os sistemas conservacionistas, tornando-se mais um ponto negativo no processo de avaliação da utilização desta forma de manejo do solo, quando se visa a sustentabilidade das explorações agrícolas.

Como a produtividade e rentabilidade podem também estar atreladas à fatores não controlados via experimento, avaliou-se também o comportamento do ISSC considerando os valores médios de produtividade e rentabilidade alcançados pelos sistemas de cultivo, entre o 16º e o 18º ano, visando eliminar o efeito pontual de uma única avaliação no tempo, para inferir sobre a superioridade de um sistema de cultivo com relação aos demais. Assim os resultados desta análise encontram-se apresentados na Figura 4.1 e Apêndice H.

O sistema de manejo do solo PD continua apresentando-se como o sistema de maior ISSC (0,57) sendo considerado sustentável, assim como o CC configura como o sistema de manejo do solo de menor ISSC (0,28) seguido do CM (0,29) ambos considerados insustentáveis (Figura 4.1) , corroborando com os dados da safra do 17º ano de cultivo (2017). Deste modo, o efeito da adoção de sistema conservacionistas de manejo do solo tornam-se mais interessantes quando perduram por tempo prolongado, evidenciando e assegurando a sustentabilidade da exploração agrícola (VIANA et al., 2006), conforme observado neste estudo.

A dimensão que menos contribuiu para a formação do ISSC médio, foi a rentabilidade, precedida da produtividade. Observou-se ainda, IR negativo, ou seja, prejuízo, para o Guandu no CC (- 4,76 %), o que provocou um ISSC também negativo para este sistema de cultivo (- 0,11). Comportamento semelhante a 2017 também foi apresentado para o sistema de cultivo de melhor ISSC. Desta forma Guandu/PD (0,60) apresentou o melhor desempenho entre os sistemas de cultivo avaliados, seguido do Milheto/PD (0,59) e Crotalária/PD (0,57) (Figura 4.1). A junção do Milheto/PD, aos sistemas de maior ISSC da safra de 2017, pode ser atribuído

a produtividade média do Milheto/PD associada a um reduzido COT (o mais baixo dentre os três sistemas de cultivo com melhor ISSC) e principalmente ao elevado valor da dimensão ambiental (IQS) apresentada por esse sistema de cultivo, sendo o maior dentre todos os tratamentos. Essa inserção possibilita a correção de efeitos pontuais de safra ocasionados por falhas no plantio ou irrigação da área, por exemplo.

Figura 4.1- Indicador de Sustentabilidade (ISSC) de doze Sistemas de Cultivo de Milho Verde desenvolvidos nos Tabuleiros Costeiros de Sergipe, associando quatro Plantas Antecedentes e três sistemas de manejo do solo.

____ Limite de Sustentabilidade; CC: Cultivo Convencional; CM: Cultivo Mínimo; PD: Plantio Direto. Fonte: ASSUNÇÃO, S. J. R. Elaborada com dados da autora, 2019.

O Milheto, assim como o Milho , aportam material vegetal ao solo, com alta relação C/N, o que torna a decomposição destes resíduos mais lenta, podendo prolongar os efeitos benéficos do aporte de matéria orgânica ao solo (FOLLMANN, 2015), quando associado aos efeitos do não revolvimento do solo oriundos do sistema de manejo, afetará a qualidade do solo de maneira positiva , conforme observado.

A agricultura desenvolvida nos Tabuleiros Costeiros de Sergipe, necessita de atenção quanto a aspectos relacionados a conservação dos solos agricultáveis, objetivando a manutenção da sustentabilidade econômica da atividade e garantia de segurança alimentar local (FERREIRA, 2015). De modo geral, percebe-se que a produtividade agrícola está diminuindo em sistemas de produção que prevalecem formas inadequadas de manejo dos solos para as regiões tropicais, ocasionando sua degradação e prejuízos financeiros aos agricultores que a utilizam (BROWN et al., 2018). Assim, a agricultura baseada em princípios conservacionistas está sendo considerada como uma forma de alcançar a sustentabilidade da produção agrícola,

-0,20 -0,10 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 C aupí G ua ndu C rot a lá ri a Mi lhe to C aupí G ua ndu C rot a lá ri a Mi lhe to C aupí G ua ndu C rot a lá ri a Mi lhe to CC CM PD In d ic a d o r d e S ust en ta bi li d a d e d o s S ist em a s d e C ul ti v o

Manejo do Solo e Plantas Antecedentes

Sistemas de Cultivo Sustentáveis

pois promove a conservação de recursos naturais (SAPKOTA et al., 2015), eleva a produtividade, é mais rentável e mantém os seus efeitos benéficos ao longo dos anos.

4.4 CONCLUSÕES

O Indicador de Sustentabilidade dos Sistemas de Cultivo indica o grau de sustentabilidade do sistema avaliado, categorizando-o em sustentável e não sustentável.

O sistema de Cultivo Convencional é insustentável, quando avaliado pelo Índice de Qualidade do Solo, Índice de Rentabilidade e Produtividade.

A dimensão que menos influenciou o valor do Indicador de Sustentabilidade dos Sistemas de Cultivo foi a econômica, expresso pelo parâmetro Índice de Rentabilidade.

A dimensão que mais influenciou o valor do Indicador de Sustentabilidade dos Sistemas de Cultivo foi a ambiental, expresso pelo parâmetro Índice de Qualidade do Solo.

Os sistemas de cultivo Guandu/PD e Crotalária/PD apresentaram o melhor Indicador de Sustentabilidade dos Sistemas de Cultivo, dentre os Sistemas de Cultivo avaliados para o 17º ano de cultivo.

Os sistemas de cultivo Guandu/PD, Milheto/PD e Crotalária/PD apresentaram o melhor Indicador de Sustentabilidade dos Sistemas de Cultivo, dentre os Sistemas de Cultivo avaliados para o período de 2016 a 2018.

O Guandu apresenta-se como uma alternativa viável de Planta Antecedente na produção de Milho Verde sob sistema de Plantio Direto e Cultivo Mínimo quando se visa a sustentabilidade das explorações agrícolas.

O Índice de Qualidade do Solo apresentou-se como um eficiente instrumento de avaliação da dimensão ambiental das explorações agrícolas.

O Índice de Rentabilidade apresentou-se como um eficiente instrumento de avaliação da dimensão econômica das explorações agrícolas.

A avaliação da sustentabilidade via modelo do IDH, mostrou-se eficaz.

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Para o desenvolvimento do cultivo de Milho Verde nas condições edafoclimáticas presentes nos Tabuleiros Costeiros de Sergipe, o uso de sistemas conservacionistas de manejo do solo, como o Plantio Direto devem ser priorizados quando se visa a sustentabilidade das explorações agrícolas.

A sustentabilidade agrícola preconiza o desenvolvimento da atividade por longo período, sendo rentável e não gerando passivo ambiental, preservando assim os recursos naturais. Desta forma, este sistema mostra-se mais eficiente que o cultivo convencional, quando avaliado sob aspectos de rentabilidade, qualidade do solo e produtividade agrícola do Milho Verde.

O usos de plantas antecedentes associadas ao manejo conservacionista do solo, também mostra-se como um fator importante de ser adotado, visando elevar a matéria orgânica aportada ao solo, que em regiões tropicais é responsável por boa parte da CTC do solo; assim como o efeito do sistema radicular e dos bioporos produzidos sobre a estrutura do solo, favorecendo a produtividade das culturas. Entretanto, deve-se ainda avaliar em futuros estudos, o uso de consórcio de plantas leguminosas e gramíneas no intuito de melhor aproveitar os efeitos benéficos provocados por cada uma, que não foram avaliadas neste estudo.

Desta forma, observou-se que a qualidade do solo nos diferentes sistemas de cultivo avaliados no experimento de longa duração no campus rural da UFS, sofreu influência do manejo do solo e da planta antecedente utilizada, sendo maiores nos sistemas conservacionistas que no sistema convencional.

Salienta-se que o manejo do solo, degradou a sua qualidade, quando comparado ao solo sob vegetação nativa, embora perceba-se ao avaliar os indicadores que compõem o índice que naturalmente este solo possua limitações químicas de retenção de nutrientes e disponibilização para as plantas, indicando que o mesmo pode ser manejado visando melhorar as suas características, diante da sua utilização racional.

A produtividade dos sistemas de cultivo avaliados também sofreu influência do manejo do solo e da planta antecedente adotada. De modo semelhante, a qualidade do solo, a produtividade foi maior nos sistemas conservacionistas, sendo reflexo da qualidade que ele possui.

Ademais, observou-se que para as condições do presente estudo e para os sistemas de cultivo avaliados, que os sistemas de cultivo mais produtivos são os mais rentáveis. Salienta- se, no entanto, que sistemas de cultivo altamente produtivos com custos elevados podem fazer