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1. INTRODUÇÃO

2.11 INDICADORES ECONÔMICOS DE DESENVOLVIMENTO

A seguir são conceituados indicadores econômicos de desenvolvimento utilizados nesta monografia, afim de tornar o conhecimento deste elucidado.

2.11.1 Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O objetivo da criação do Índice de Desenvolvimento Humano foi uma maneira

padronizada para avaliação e medida do bem estar de uma população. O IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da felicidade das pessoas, nem indica o melhor lugar no mundo para se viver. Democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH. E como esclarece o PNUD (2014) o IDH tem o grande mérito de sintetizar a compreensão do tema e ampliar e fomentar o debate.

O conceito de desenvolvimento econômico amplia o conceito de crescimento econômico, ao incluir na analise dos índices ou indicadores que contemplam a melhoria das condições de vida da população, que nem sempre crescem com a melhoria das condições econômicas (pobreza, desemprego, desigualdade, saúde, nutrição, educação e moradia). (LOURENÇO; ROMERO 2002 p. 37)

Desde 2010, quando o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) completou 20 anos, segundo o PNUD (2014), novas metodologias foram incorporadas para o cálculo do

IDH. E atualmente, os três pilares que constituem o IDH (saúde, educação e renda) são mensurados da seguinte forma:

• Saúde: uma vida longa e saudável é medida pela expectativa de vida;

• Educação: o acesso ao conhecimento é medido pela média de anos de educação de adultos, sendo o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e pela expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que uma criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da criança;

• Renda: o padrão de vida é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em Paridade de Poder de Compra (PPC) constante.

O índice foi desenvolvido em 1990 e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em seu relatório anual. A Organização das Nações Unidas (ONU), todos os anos, classifica os países membros de acordo com essas medidas. O PNUD (2014) considera como país de baixo desenvolvimento humano aquele que apresenta um IDH menor que 0,500; entre 0,500 e 0,800, médio e alto quando for acima deste valor.

No ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano de 2013, segundo o PNUD (2014), os Estados Unidos encontram-se na 4ª posição, com 0,910. Não muito distante da Noruega, que esta em 1° lugar, com 0,943. Já o estado da Flórida, encontra-se em 23°, com 0,936.

2.11.2 Produto Interno Bruto (PIB)

O Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com Lourenço e Romero (2002), corresponde ao valor de mercado de fluxo de bens e serviços finais disponibilizados por uma economia em um determinado período de tempo (normalmente um ano), concedendo o acompanhamento de suas modificações estruturais e de seu curso conjuntural.

Segundo os autores, este cálculo é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em metodologia recomendada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a partir de um preciso levantamento e sistematização de informações primárias e secundárias apuradas.

É importante salientar que no cálculo do PIB apenas considera-se os bens e serviços finais da cadeia de produção, excluindo todos os insumos intermediários (matérias- primas, mão-de-obra, impostos e energia). A exclusão dos bens e serviços intermediários é feita para evitar a dupla contagem dos valores gerados na cadeia de produção, o que provocaria erro na soma do PIB. (IBGE, 2014) Quando uma determinada região apresenta declínio de dois trimestres consecutivos no valor do PIB, significa que sua economia encontra-se em recessão técnica. Desta forma, o IBGE (2014) explica que apesar do PIB ser considerado um bom indicador de crescimento, não pode ser considerado um índice de desenvolvimento, uma vez que seu cálculo não inclui dados como distribuição de renda, expectativa de vida e nível educacional da população, entre outros aspectos.

Os Estados Unidos, de acordo com dados do Human Development Indicators (2015), esta na primeira posição, com o maior PIB do mundo, US$ 16,800 trilhões. E no ranking dos estados, depara-se em 4°, com o estado da Flórida, com US$ 768 bilhões.

2.11.3 Produto Interno Bruto (PIB) per capita

Com base em Vasconcellos e Garcia (2003), o PIB per capita trata-se do valor médio agregado por um indivíduo, em moeda corrente e a preço de mercado, dos bens e serviços finais produzidos em determinado espaço geográfico em determinado ano.

O Produto Interno Bruto per capita, de acordo com o IBGE (2014), é calculado a partir da divisão do PIB pelo número de habitantes da região, indicando quanto cada habitante produziu em determinado período. O valor per capita foi o primeiro indicador utilizado para analisar a qualidade de vida em um país. Países podem ter um PIB elevado por serem grandes e terem muitos habitantes, mas seu PIB per capita pode resultar baixo, já que a renda total é dividida por muitas pessoas. Lourenço e Romero (2002) ensinam que o PIB per capita mede a produção do conjunto dos setores da economia por habitante, indicando o nível de produção econômica em um território, em relação ao seu contingente populacional. Os valores muito baixos caracterizam a existência de segmentos sociais com precárias condições de vida. Porém o PIB per capita não é uma medida de renda pessoal, pois ele pode aumentar enquanto

a maioria dos cidadãos de um país ficam mais pobres, ou proporcionalmente não tão ricos, pois o PIB não considera o nível de desigualdade de renda de uma sociedade.

No ano de 2013, o Produto Interno Bruto per capita dos Estados Unidos constatou-se em 9° lugar, com US$ 54.679, e em 39° lugar, seguiu o estado da Flórida, com US$ 34,800 milhões, de acordo com o The World Bank (2015).

2.11.4 Taxa de Desemprego

O desemprego é caracterizado como a “não possibilidade” do trabalho assalariado nas organizações. De acordo com Garraty (1978, p. 10-11), desemprego significa:

A condição da pessoa sem algum meio aceitável de ganhar a vida. […] e os desempregados são pessoas capazes de trabalhar para satisfazer suas necessidades, mas ociosas, independentemente de sua boa vontade para trabalhar ou cio que elas possam fazer para atender as necessidades da sociedade.

A taxa de desemprego representa a proporção de pessoas aptas a exercer uma profissão (e que procuram um emprego remunerado, mas diante de outras justificações não entram no mercado de trabalho). Também podem estar acrescentados na taxa de desemprego aqueles que exercem trabalhos não-remunerados. Segundo o IBGE, (2015), a taxa de desemprego é o número dos trabalhadores desempregados dividido pela força de trabalho total.

Amadeo (1994, p. 31) afirma que “o desemprego aumenta os problemas relacionados com a saúde física e mental do trabalhador, fazendo com que se acentue a procura pelos serviços profissionais ligados a esta área”. O autor também salienta que a violência e o crime, de um modo geral, estão diretamente relacionados com o desemprego. Este pode ainda provocar radicalização política, tanto à direita quanto à esquerda, bem como ampla desorganização familiar e social. Nesta direção, acompanhando o estudo, o United States Department of Labor (2015) declara que no ano de 2014, os Estados Unidos apresentou uma taxa de 5,9% de desemprego no país e simultaneamente, 4,8% no estado da Flórida.

De acordo com Gentili (1995), embora a escolarização seja difícil de medir, parâmetros econômicos têm sido crescentemente utilizados tentando associar o investimento educacional com retorno econômico no mercado de trabalho. De fato, a dimensão econômica cada vez mais assume particular força em todas as avaliações dentro e fora das instituições de ensino.

[...] as profundas desigualdades que ocorrem, na educação, entre estudantes que frequentam diferentes escolas. [...] evidencia-se a importância que adquirem as decisões tomadas para o conjunto dos sistemas educativos. A importância que cada país dá à educação e o interesse e recursos que cada um lhe atribui acaba por gerar como resultado a própria aprendizagem dos alunos. (CARRASCO e TORRECILA, 2009, p. 42).

Segundo o IBGE (2015) a taxa de escolarização é a percentagem dos estudantes (de um grupo etário) em relação ao total de pessoas (do mesmo grupo etário), podendo ser líquida ou bruta. Os Estados Unidos, em 2014, alcançou uma média de 84,6% de pessoas que concluíram o ensino médio. Já o estado da Flórida, atingiu 82,8%, de acordo com o Human Development Indicators (2015).

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