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Informações de custos utilizadas para tomada de decisões gerenciais.

USO DE ESTIMATIVAS DE CUSTOS PARA DECISÕES DE ESTOQUES

D: Informações de custos utilizadas para tomada de decisões gerenciais.

Para decidir sobre preço de venda, uma empresa utiliza a informação de custo do produto durante todo seu ciclo de vida, como também informações obtidas a partir do custeio pleno. Três empresas utilizam custeio pleno (absorção) acrescido de markup e uma toma decisão com base no preço desejado pelo cliente.

Conclui-se que as três empresas que utilizam o custeio pleno (absorção) mais markup tomam decisão de preço, que pode ser de curto prazo, utilizando o método de custeio que é melhor indicado para decisões de longo prazo. Sendo assim, elas deixam de usar informações do método de custeio variável que fornece a margem de contribuição dos produtos que poderia ser acrescida de um markup gerando um preço mais competitivo no mercado, por não considerar os custos fixos, podendo minimizar os custos com capacidade ociosa, caso haja.

Para formar o preço de transferência, as empresas pesquisadas que o realizam o fazem com base nas informações do Custeio por Absorção. Esta decisão compromete a avaliação dos dois setores, o de fiação e o de tecelagem. Se a divisão vendedora, fiação, estiver trabalhando com sua capacidade plena, o ideal seria utilizar o preço de transferência com base no mercado, diminuído de alguns custos de promoção e vendas, negociado entre ao dois gestores. Todavia, se a divisão vendedora, estiver operando com capacidade ociosa, e impossibilitada de qualquer utilização, o preço de transferência pode ser pelo menos igual aos custos variáveis de fabricação do produto transferido.

Duas empresas utilizam custo de oportunidade, sendo que uma utiliza-o para decidir se ela deverá acrescentar ou eliminar parte de suas operações que não estejam dando resultado e a outra, além de decidir sobre acrescentar ou eliminar atividades, utiliza o custo de oportunidade para decidir também se os produtos devem ser produzidos ou eliminados, e ainda para decidir se estes devem ser fabricados ou comprados de terceiros.

Para decisões de qualidade, uma empresa utiliza informações de custos internos de não controlar a qualidade como perdas, retrabalho, reinspeção etc. Duas empresas utilizam

informações de custos externos de não controlar a qualidade como informações sobre o custo de defeitos nos produtos, uma quarta empresa utiliza tanto os custos de controlar como os de não controlar para tomar esse tipo de decisão. Uma empresa declarou não utilizar esse tipo de informação.

Conclui-se que as empresas não estão controlando a qualidade como versa a teoria estudada que preceitua o confronto dos custos de controlar a qualidade com os custos de não controlar. Para isso, as empresas devem analisar a relação custo/benefício deste controle para fornecimento da informação para esse tipo de decisão.

A informação de custo para decidir sobre estocagem para três empresas é a de custos de manutenção dos mesmos. Duas empresas responderam não possuir um sistema preparado para fornecer esse tipo de informação.

Em resumo, conclui-se que as empresas podem não estar utilizando todo o potencial das informações de custos para decisões gerenciais, pois a maioria deixa de utilizar essas informações alegando que o sistema de informações não está preparado para fornecê-las. Isto pode ser um indicativo de que as saídas do sistema de informação da contabilidade de custos das empresas não estão adequadas as necessidades dos gestores.

A conclusão confirmou-se quando se extraiu à opinião dos próprios gestores a respeito da qualidade das informações de custos que são geradas por seu sistema de informação gerencial, as respostas foram as seguintes: um gestor acredita que suas informações são “razoáveis”, dois disseram que suas informações são adequadas à decisão e outros dois disseram serem suas informações compreensíveis. Isso demonstra que, para esses gestores, qualidades como informação atual, relevantes, confiáveis, oportunas e que permitem comparabilidade não são características inerentes as suas informações, pois essas qualidades foram elencadas para serem escolhidas e não foram assinaladas pelos gestores.

Apresentou-se às empresas dez decisões possíveis de serem tomadas pelas empresas com base em informações de custos relevantes, encontradas na literatura pesquisada e consideradas usuais nas indústrias.

De dez decisões elencadas, pelo menos duas são tomadas com base em informações de custos relevantes por cada uma das empresas pesquisadas.

Uma empresa respondeu necessitar tomar todas as 10 decisões elencadas e disse utilizar informações de custo relevantes para sete delas.

Uma segunda empresa respondeu necessitar tomar oito dessas decisões e disse utilizar informações de custo relevantes para todas elas.

Uma terceira empresa respondeu necessitar tomar três dessas decisões, dizendo utilizar informações de custo relevantes para as três decisões.

Uma quarta empresa respondeu também necessitar tomar três dessas decisões, afirmando utilizar informações de custo relevantes para todas três.

Finalmente, uma quinta empresa respondeu necessitar tomar duas decisões e disse utilizar informações de custos relevantes para uma delas.

As decisões de manter ou substituir equipamento, manter, extinguir ou substituir produto, produzir ou comprar e manter, aumentar ou diminuir materiais em estoques, são tomadas com base em informações de custos relevantes por três das empresas pesquisadas. Isto representa 24% do total das decisões presumidas.

Decisões de fabricar ou não fabricar por encomendas especiais, decidir sobre aceitar ou não um cliente (Lucratividade de clientes), preço de venda de produtos, valor do preço de transferência e decidir sobre melhorias na qualidade de produtos são tomadas com base nas