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5. Planejamento da Unidade e Resultados Alcançados

5.3. Informações sobre outros resultados da gestão

5.3.1 Secretaria-Geral

Não se aplica à Secretaria-Geral, por não ser unidade gestora e por sua natureza de órgão central de direção. Serão apresentados relatórios individuais pela SGEB, SGEX e FUNAG que englobam outros resultados de gestão.

5.3.1.2 Subsecretaria-Geral Política I

De acordo com o Plano Plurianual 2012-15 (Lei 12.593, Anexo I, Objetivo 919), compete ao MRE, por meio do DHS e dos Postos no exterior, particularmente as Missões junto à ONU, em Nova Iorque e em Genebra, e à OEA, em Washington, "promover a percepção internacional do compromisso do Brasil com os direitos humanos e com os temas sociais, por meio da participação ativa em órgãos multilaterais e do diálogo e da cooperação bilaterais".

No ano de 2014, esse objetivo foi buscado por meio da participação ativa do Brasil no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, na III Comissão da Assembleia Geral da ONU, da Organização Mundial de Saúde, da Organização Internacional do Trabalho e dos demais organismos regionais e internacionais relacionados a essa temática.

Das metas estabelecidas pelo PPA no marco desse objetivo geral, são dignos de nota os seguintes resultados verificados em 2014:

1- Assinar o Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais – Desde 2013, o MRE e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República realizam consultas relativas à assinatura do Protocolo com órgãos federais e conselhos atuantes nessa área. O Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA) emitiu resolução favorável à assinatura e ratificação daquele instrumento. O assunto deverá ser levado à consideração da Casa Civil da Presidência da República.

2 - Elaborar critérios e procedimentos de natureza pública para a seleção de candidatos brasileiros a órgãos de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) – O Ministério das Relações Exteriores tem buscado conferir primazia ao critério da qualificação no processo de seleção de candidatos brasileiros a órgãos de tratados de direitos humanos da ONU e da OEA, buscando identificar os potenciais candidatos por meio de diálogo junto a outros órgãos governamentais, conselhos nacionais e organizações do terceiro setor. O Ministério das Relações Exteriores, em diálogo permanente com a sociedade civil, segue aberto a discorrer sobre os critérios que informaram as decisões em cada caso específico.

3 - Elaborar sítio eletrônico para a difusão permanente e atualizada de informações sobre temas de direitos humanos e política externa – A necessidade de difusão de informações sobre política externa em direitos humanos está sendo atendida por meio da disposição dessas informações no portal do Ministério das Relações Exteriores e em sítios eletrônicos geridos pelas Delegações do Brasil junto às Nações Unidas em Genebra e em Nova York, assim como pelo atendimento a pedidos específicos de informação, apresentados ao amparo da Lei de Acesso à Informação. O Ministério das Relações Exteriores tem lançado mão, igualmente, das redes sociais para difundir informações sobre política externa em direitos humanos.

4 - Promover o credenciamento do Conselho Nacional dos Direitos Humanos junto ao Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos como "Instituição Nacional Brasileira", conforme os "Princípios de Paris" – O Ministério das Relações Exteriores tem assento no Conselho Nacional dos Direitos Humanos e participa ativamente do processo em curso de estruturação daquele órgão, em conformidade com a Lei 12.986/2014 e com os Princípios de Paris. Quando o Conselho o solicitar, o Ministério das Relações Exteriores apoiará seu processo de credenciamento junto ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Cabe ressaltar, nesse contexto, as seguintes iniciativas e ações levadas a cabo em 2014: Departamento de Direitos Humanos (DDH)

1 - Análise, negociação e aprovação de resoluções e declarações em foros multilaterais e regionais, particularmente no Conselho de Direitos Humanos (CDH), na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), e na Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).

2 - Acompanhamento de negociações de soluções amistosas pelo Governo brasileiro no âmbito do Sistema Interamericano de Direitos Humanos.

3 - Coordenação da elaboração de relatórios e peças de defesa do Estado brasileiro aos órgãos do Sistema Interamericano de Direitos Humanos.

4 - Coordenação da atuação brasileira em audiências públicas e reuniões de trabalho na Comissão Interamericana de Direitos Humanos e em audiências na Corte Interamericana de Direitos Humanos.

5 - Articulação governamental com vistas à análise de recomendações dirigidas ao Brasil por mecanismos convencionais e extraconvencionais do Sistema de Direitos Humanos das Nações Unidas, assim como de decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre o Brasil e de recomendações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

6 - Articulação governamental com vistas à participação do Brasil em órgãos intergovernamentais e de peritos dedicados à temática dos direitos humanos, no âmbito do Mercosul, da Unasul, da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Organização das Nações Unidas (ONU).

7 - Articulação governamental com vistas à elaboração de relatórios a órgãos internacionais específicos de monitoramento em matéria de direitos humanos.

8 - Apoio ao diálogo junto a organizações do terceiro setor, a formadores de opinião e ao meio acadêmico sobre questões relacionadas a Direitos Humanos e Política Externa, especialmente por meio da realização de videoconferências periódicas com organizações da sociedade civil.

9 - Divulgação nos foros internacionais competentes da aplicação do Plano Decenal de Direitos Humanos da Criança e do Adolescente, do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT e do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial.

10 - Reunião Regional da América Latina e do Caribe sobre a Década dos Afrodescendentes, em Brasília.

11 - Participação na 14ª Sessão do Grupo de Trabalho de Especialistas sobre Afrodescendentes, em Genebra.

12 - Negociação do Plano de Atividades da Década Internacional dos Afrodescendentes no âmbito do Grupo de Trabalho Intergovernamental para a Efetiva Implementação da Declaração e Plano de Ação de Durban, em Genebra, e da Assembleia Geral das Nações Unidas.

13 - Participação no Diálogo Interativo com o Grupo de Trabalho de Especialistas sobre Afrodescendentes sobre o Relatório da visita realizada ao Brasil de 3 a 13 de dezembro de 2013, em Genebra.

14 - I Reunião do Grupo de Trabalho encarregado de elaborar um Plano de Ação para a Década dos Afrodescendentes Latino-americanos e Caribenhos, em Brasília.

15 - Participação, em alto nível, do Lançamento da Década Internacional dos Afrodescendentes, em Nova York.

16 - Realização de evento cultural em comemoração ao lançamento da Década Internacional dos Afrodescendentes, em Genebra.

17 - Coordenação da Participação do Brasil na Conferência Mundial sobre os Povos Indígenas, em 22-23/09/14.

18 - Promoção da cooperação na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e do Mercosul em assuntos relacionados aos direitos dos povos indígenas que habitam regiões de fronteira.

Departamento de Temas Sociais (DTS)

1 - Participação de articulação governamental com vistas a dar cumprimento às recomendações do Comitê CEDAW de reparação financeira às peticionárias no caso Alyne Pimentel.

2 - Representação do Governo brasileiro nas negociações para uma Convenção Interamericana dos Direitos das Pessoas Idosas.

3 - Articulação governamental para permitir a assinatura, pelo Governo brasileiro, em outubro de 2014, da Convenção Iberoamericana dos Direitos dos Jovens.

4 - Copatrocínio e participação no evento paralelo da Relatora Especial das Nações Unidas sobre Venda de Crianças, Prostituição Infantil e Pornografia Infantil sobre a proteção de crianças e adolescentes contra a exploração sexual no contexto dos grandes eventos esportivos. Na ocasião, foi apresentada a iniciativa brasileira de lançamento da Agenda de Convergência.

5 - Participação no Dia de Discussão Geral do Comitê dos Direitos da Criança, em Genebra, sobre Mídia Digital e Direitos das Crianças.

6 - Apoio à realização do XXI Congresso Panamericano da Criança e do Adolescente, em Brasília.

7 - Articulação governamental com vistas à participação nas Conferências dos Estados- Partes (COP) da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, eleição do Brasil na COP7 para compor a mesa diretiva da COP e promoção da cooperação com outros países e instituições.

8 - Atuação na Assembleia Mundial de Saúde (AMS) com vistas à aprovação de resoluções propostas pelo Governo brasileiro sobre o combate global às hepatites e à tuberculose. 9 - Articulação governamental com vistas à participação brasileira nos esforços internacionais de combate ao surto de Ebola em países da África Ocidental.

10 - Coordenação da participação do Brasil na 6ª Conferência das Partes da Convenção- Quadro para o Controle do Tabaco.

11 - Fortalecimento da UNITAID, contribuindo para que conte com fontes estáveis de financiamento e implemente medidas que permitam a redução de preços e o acesso da população mundial a medicamentos de qualidade, e aprovação de decisão para que o Brasil sedie, em 2015, reunião anual do Conselho Executivo da organização.

12 – Engajamento brasileiro no processo de revisão dos 20 anos do Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (Cairo+20), ao longo de 2013 e 2014.

13 - Atuação na 103ª Conferência Internacional da OIT com vistas à adoção de um Protocolo à Convenção 29 (1930) para a supressão do trabalho forçado.

14 - Articulação governamental com vistas à preparação da Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito, que ocorrerá nos dias 18 e 19 de novembro de 2015, em Brasília.

15 - Articulação governamental com vistas à participação nas discussões internacionais sobre o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e sobre a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015.

16 - Eleição de Renato Zerbini Ribeiro Leão ao Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU, em abril de 2014.

17 - Atuação em favor da eleição do Brasil para o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, no mandato 2017-2019.

Coordenação de Ilícitos Transnacionais (COCIT)

Os objetivos do PPA que estiveram, em 2014, sob a responsabilidade da unidade jurisdicionada inscrevem-se no Objetivo 0901 do Programa 2057 - Política Externa. A esse respeito, cabe ressaltar os seguintes resultados obtidos em 2014:

1 - Promover a cooperação nas áreas de segurança pública de grandes eventos internacionais no Brasil e de prevenção ao terrorismo:

A COCIT participou dos esforços governamentais voltados para o aprimoramento da segurança pública e a prevenção a atos terroristas, fazendo parte, durante a Copa do Mundo FIFA 2014, do Centro de Inteligência Nacional (CIR) coordenado pela ABIN, no âmbito do qual interagiram com a comunidade de segurança para melhor garantir a integridade e o bem estar de turistas e dignitários estrangeiros em visita ao Brasil.

2 - Negociar, no âmbito das Nações Unidas, instrumento multilateral sobre crimes cibernéticos.

O Brasil acompanha as negociações de convenção universal sobre o tema. Em 2014, a COCIT realizou gestões junto a outros órgãos governamentais para identificar fontes de financiamento que permitissem dar continuidade aos trabalhos sobre o assunto no âmbito da Comissão de Prevenção do Crime e Justiça Criminal (CPCJC/ECOSOC). Restrições orçamentárias do MRE e dos órgãos brasileiros consultados impossibilitaram a realização de contribuição nesse sentido. Em paralelo à CPCJC/ECOSOC, o País vem tratando o tema no plano bilateral e no âmbito do BRICS, da OEA e da Conferência dos Ministros da Justiça dos Países Ibero-americanos (COMJIB).

Resultados: Texto da Convenção Ibero-americana na matéria, aberta para assinatura em 2014, foi submetido à consideração do MJ, que ainda não se pronunciou sobre a conveniência de aderir ao instrumento, já sinalizada positivamente pela PGR.

3 - Implementar mecanismos de diálogo e cooperação internacional na área do enfrentamento ao problema mundial das drogas e aos ilícitos transnacionais.

No plano bilateral, a COCIT coordena internamente a preparação de reuniões bilaterais na área de enfrentamento ao problema mundial das drogas (PMD) e aos ilícitos transnacionais, as quais contribuem para o aprofundamento da cooperação internacional na matéria, ao permitirem a identificação de prioridades, a discussão de iniciativas conjuntas e o intercâmbio de informações e boas práticas na matéria. Cabe à COCIT, também, acompanhar a execução dos compromissos acordados bilateralmente na matéria do enfrentamento ao PMD.

Resultados: Entre 2012 e 2013, foram realizadas reuniões bilaterais com Bolívia, Colômbia, Estados Unidos, Guiana, Peru, Rússia e União Europeia. Em 2014, foi realizada reunião bilateral com o Peru. Foi realizado o seguimento dos compromissos acordados nas reuniões mencionadas e foram adiantados os preparativos para reunião bilateral com o Paraguai, que viria a ser realizada em fevereiro de 2015.

4 - Em paralelo, o MRE tem participado ativamente dos foros que tratam do problema mundial das drogas e do enfrentamento aos ilícitos transnacionais no âmbito da ONU, OEA, CELAC, UNASUL, MERCOSUL e BRICS.

Resultados: A COCIT coordenou a participação brasileira na Assembleia-Geral Extraordinária da OEA sobre o Problema Mundial das Drogas, realizada em 19/9/2014 na Cidade da Guatemala. Coordenou também a participação do País nos LV e LVI períodos ordinários de sessões da Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas (CICAD/OEA).

5 - Aprofundar a participação, no âmbito da UNASUL, em atividades do Conselho Sul- Americano sobre o Problema Mundial das Drogas.

O Conselho Sul-Americano sobre o Problema Mundial das Drogas foi criado em 2010 e conta com seis Grupos de Trabalho, nas seguintes áreas: i) redução da demanda; ii) desenvolvimento alternativo, integral e sustentável, inclusive o preventivo; iii) redução da oferta; iv) medidas de controle; v) lavagem de ativos; vi) fortalecimento institucional e harmonização legislativa.

Resultados: A COCIT coordenou a preparação da participação brasileira na Reunião Ministerial do Conselho (7/2014), a qual avançou no exame de diversos projetos, entre os quais o estabelecimento de uma rede sul-americana de observatórios de drogas. O Brasil indicou pontos focais para todos os Grupos de Trabalho do Conselho, que participam de suas atividades. Os pontos focais são representantes de órgãos do Governo brasileiro competentes pelos temas dos GTs e mantêm contato com os pontos focais dos demais Estados Membros da UNASUL.

6 - Aprofundar a participação, no âmbito da UNASUL, em atividades do Conselho Sul- Americano em Matéria de Segurança Cidadã, Justiça e Coordenação de Ações contra a Delinquência Organizada Transnacional.

A COCIT coordenou a participação brasileira no processo de criação do Conselho Sul- americano em matéria de Segurança Cidadã, Justiça e Coordenação de Ações contra a Delinquência Organizada Transnacional (CDOT), instituído em novembro de 2012.

Resultados: O CDOT teve sua segunda reunião ministerial em junho de 2014. A COCIT coordenou a ativa participação do Brasil na elaboração do Plano de Ação do Conselho, o qual se acha agora em fase de execução, mediante seus três Grupos de Trabalho: segurança cidadã; justiça; e ações contra a delinquência organizada transnacional. Têm sido realizadas diversas ações, como a organização de seminários e a elaboração de metodologias para intercâmbio de informações sobre acesso à justiça, lavagem de ativos e legislação sobre controle de armas.

7 - Negociar acordos de cooperação na área de segurança e combate a ilícitos transnacionais nos âmbitos bilateral, regional e multilateral.

8 - O Brasil é signatário de acordos de cooperação na matéria com todos os países da América do Sul e alguns países da África.

Resultados: Em 2014, foram encaminhadas ao exame dos demais órgãos competentes do Governo brasileiro as propostas de acordos bilaterais apresentadas por países interessados. Aguarda-se reação.

5.3.1.3 Subsecretaria-Geral Política II

Em 2014, foram realizadas no âmbito do Departamento da Ásia do Leste (DAL): - Visitas de autoridades brasileiras a países da Ásia do Leste;

- Recepção e acompanhamento de autoridades provenientes daquela região em visita oficial ao Brasil;

- Visitaram o Brasil os líderes das duas maiores economias da Ásia, o Presidente Xi Jinping, da China, e o Primeiro-Ministro Shinzo Abe, do Japão;

- Durante a visita do mandatário chinês, além da assinatura de 56 atos bilaterais, o Comunicado Conjunto da visita anunciou a venda de 60 aviões da Embraer; o lançamento do 5º satélite do programa espacial sino-brasileiro; e investimentos nos setores industrial e de alta tecnologia;

- Em 2014, foi, também, inaugurado o Diálogo Estratégico Global Brasil-China, em nível de Chanceleres, cuja primeira reunião ocorreu em Brasília;

- No contexto da visita do líder japonês, as relações nipo-brasileiras foram elevadas ao nível de Parceria Estratégica e Global e foram concluídos entendimentos em várias áreas, com destaque aos setores de construção naval; mineração; promoção de investimentos de pequenas e médias empresas japonesas no Brasil; cooperação em ciências do mar; e cooperação na área de saúde;

- A Vale acordou com o governo da Indonésia a extensão de seu contrato para exploração de níquel até 2045 e instalou centro de logística na Malásia, que servirá de base para suas operações em toda a Ásia.

Em 2014, foram realizadas no âmbito do Departamento da Ásia Central e Meridional (DACMO):

- Visitas de autoridades brasileiras a países da Ásia Meridional;

- Recepção e acompanhamento de autoridades provenientes daquela região em visita oficial ao Brasil;

- Assinatura de atos bilaterais com a Índia (cooperação nos usos pacíficos no espaço exterior, meio ambiente e cooperação em assuntos consulares e de mobilidade);

- Recepção e acompanhamento no Brasil de visitas oficiais do Presidente do Conselho Estratégico de Relações Exteriores do Irã e do Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros do Afeganistão;

- Proposição de novos mecanismos bilaterais que se encontram atualmente em fase de negociação ou de consideração pela contraparte estrangeira;

- Realização de Reunião de Consultas Políticas com a Nova Zelândia;

- Assinatura de atos bilaterais com Fiji (mecanismo de consultas políticas) e Austrália (cooperação em matéria penal).

Resultados

Em julho de 2014, o Brasil organizou a VI Cúpula do BRICS, em Fortaleza/CE. O evento propiciou encontros da Senhora Presidenta da República com os Chefes de Estado ou de Governo da Rússia, Índia, China e África do Sul. No contexto da Cúpula, foi também realizado, em Brasília, encontro dos mandatários dos BRICS e Chefes de Estado e de Governo da América do Sul. Na ocasião, foram assinados o Acordo Constitutivo do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS e o Tratado para o Estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas, primeiras instituições financeiras do BRICS.

Ao longo do ano, foram mantidas reuniões de trabalho no âmbito dos demais mecanismos com vistas à preparação dos encontros de Cúpula dos Foros ASA (2016) e ASPA (2015), a serem sediados, respectivamente, pelo Equador e pela Arábia Saudita.

5.3.1.4 Subsecretaria-Geral Política III

De modo a dar continuidade ao aprofundamento e à intensificação das relações entre o Brasil e a África, o Departamento da África (DEAF) acompanhou de perto, em 2014, a conjuntura política interna dos países africanos, especialmente em situações de crise nacional ou regional, entre as quais, destacam-se:

- Epidemia de Ebola na África Ocidental, que afetou particularmente Guiné, Libéria e Sierra Leone;

- Instabilidade política e confrontos armados em diversos países, tais como Líbia, República Democrática do Congo, Somália, Sudão do Sul, Mali e República Centro Africana. No caso da Líbia, a deterioração das condições de segurança levou o governo brasileiro a transferir, em caráter temporário, as atividades de sua Embaixada em Trípoli para a Embaixada em Túnis;

- Desdobramentos da crise política no Egito, no seguimento da destituição do Presidente Mohamed Morsi, em julho de 2013;

- Desdobramentos relacionados com a pirataria no Golfo da Guiné;

- Consolidação da transição democrática na Tunísia, com a adoção de nova Constituição e realização de eleições legislativas e presidenciais. Foi realizada, em abril, a reunião do Comitê de Seguimento Brasil-Tunísia, com o objetivo de relançar a cooperação entre os dois países;

- Processo eleitoral em Moçambique. O governo brasileiro recebeu, em agosto de 2014, a visita do então candidato à presidência moçambicana, Filipe Nyusi, que venceu as eleições em outubro.

Cabe destacar, em especial, o acompanhamento e apoio dado pelo Brasil ao processo eleitoral na Guiné-Bissau, que encerrou período de rompimento da ordem institucional aberto por golpe de estado em abril de 2012. Sob a coordenação do DEAF, foram enviados técnicos do Tribunal Superior Eleitoral para apoio às eleições de abril e maio. Também foi dado apoio logístico e financeiro (hospedagem e escritório) à missão do Representante Especial da CPLP na Guiné- Bissau, o brasileiro Carlos Moura, até o término de seu mandato, em julho. Diplomata do DEAF integrou a Missão de Observação Eleitoral da CPLP à Guiné-Bissau, à qual foi também prestado apoio financeiro. Com o retorno à ordem constitucional, iniciou-se a retomada da pauta de cooperação bilateral, com o envio de missões técnicas para projetos nos setores de formação de policiais, formação de jovens lideranças e fortalecimento agrícola. O Brasil for representado na

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