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5. Planejamento da Unidade e Resultados Alcançados

5.1. Planejamento da unidade

O planejamento realizado pela Secretaria Geral contempla coordenação do fluxo de comunicação interna e externa, por meio de expedientes oficiais, assim como articulação intensa em diversos níveis do organograma do Ministério das Relações Exteriores, com vistas a promover a adequada implementação da política exterior brasileira, assegurando a prestação dos serviços diplomáticos e consulares pelas unidades gestoras do Ministério das Relações Exteriores.

A Secretaria-Geral atua por intermédio das Subsecretarias Gerais e demais unidades gestoras da Secretaria de Estado das Relações Exteriores (SERE), incluindo as unidades descentralizadas, os órgãos no exterior e uma entidade vinculada, a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG). Essas instâncias estão encarregadas da efetiva formulação e execução das estratégias institucionais, conforme estabelecido pela direção do Ministério das Relações Exteriores, sob a supervisão e coordenação da SG.

O Art. 4º da Constituição Federal, referente aos princípios que orientam as relações internacionais da República Federativa do Brasil, estabelece como prioridade a busca pela “integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina” (parágrafo único), ademais da “cooperação entre os povos para o progresso da humanidade” (inciso IX).

O Ministério das Relações Exteriores, em cumprimento a este preceito constitucional, tem promovido e participado, com cada vez mais freqüência, de encontros e Cúpulas internacionais. Nesse sentido, a Secretaria-Geral incluiu no plano de ação para o ano de 2014 a coordenação e supervisão de inúmeros eventos internacionais sediados no Brasil, como por exemplo, o Mundial de Futebol da FIFA e a Reunião de Cúpula dos BRICS.

Por fim, constaram do planejamento as atividades de supervisão e coordenação das ações desempenhadas rotineiramente pelas Subsecretarias-Gerais e demais unidades gestoras do Ministério das Relações Exteriores.

Ademais, o Secretário-Geral das Relações Exteriores representa o Itamaraty no Comitê Interministerial de Governo Aberto (CIGA) e no Comitê Gestor na Câmara de Comércio Exterior (GECEX), bem como é o responsável por assegurar e supervisionar, no âmbito do Ministério das Relações Exteriores, o cumprimento dos dispositivos relativos à Lei de Acesso à Informação.

A Secretaria-Geral das Relações Exteriores coordena e supervisiona as atividades desempenhadas pelas unidades gestoras do Ministério das Relações Exteriores, incluindo seus programas e ações. A SG não é diretamente responsável, portanto, pela condução direta ou pela gestão de qualquer programa de governo ou ação específica. As áreas responsáveis pela condução dos programas e das ações são:

Subsecretaria-Geral Política I Subsecretaria-Geral Política II Subsecretaria-Geral Política III

Subsecretaria-Geral da América do Sul, Central e do Caribe Subsecretaria-Geral de Assuntos Econômicos e Financeiros

Subsecretaria-Geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia Subsecretaria-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior

Subsecretaria-Geral de Cooperação, Cultura e Promoção Comercial Subsecretaria-Geral do Serviço Exterior

Inspetoria-Geral do Serviço Exterior Corregedoria do Serviço Exterior Cerimonial

Instituto Rio Branco Unidades descentralizadas: 

Escritórios de Representação

No Rio de Janeiro (ERERIO), em Porto Alegre (ERESUL), em Recife (ERENE), São Paulo (ERESP), Curitiba (EREPAR), Florianópolis (ERESC), Belo Horizonte (EREMINAS), Manaus (ERENOR) e Salvador (EREBAHIA)

Comissões Brasileiras Demarcadoras de Limites (Pará e Rio de Janeiro) Órgãos no exterior:

Missões Diplomáticas permanentes Repartições Consulares

Unidades Específicas, destinadas às atividades administrativas, técnicas, culturais ou de gestão de recursos financeiros

Órgãos de deliberação coletiva:

Conselho de Política Externa Comissão de Promoções Conselho de Gestão

Entidade vinculada: Fundação Alexandre de Gusmão. 5.1.1 Subsecretaria-Geral Política I

A Subsecretaria-Geral de Política I ocupou-se, em 2014, de Estados Unidos, Canadá e Europa bem como, na área multilateral, acompanhou os assuntos relativos ao sistema ONU, OEA, União Europeia, entre outros organismos. Direitos Humanos, refugiados, ilícitos transnacionais (lavagem de dinheiro, terrorismo, espionagem, contrabando, narcotráfico, corrupção), desarmamento, não proliferação e temas sociais latu sensu estão entre os temas sob responsabilidade da SGAP I.

5.1.2 Subsecretaria-Geral Política I

A Subsecretaria-Geral de Política II ocupou-se, em 2014, das relações diplomáticas com a Ásia e a Oceania, além de acompanhar os grupos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), IBAS (Índia, Brasil, África do Sul), ASA (América do Sul-Ásia) e ASPA (América do Sul- Países Árabes).

5.1.3 Subsecretaria-Geral Política III

A Subsecretaria-Geral Política III deu continuidade, em 2014, ao aprofundamento e à intensificação das relações entre o Brasil e a África. Acompanhou de perto a conjuntura política interna dos países africanos, especialmente em situações de crise nacional ou regional. Buscou contemplar, em seu planejamento, ações que aprofundassem o relacionamento bilateral do Brasil com os países sob sua competência, bem como iniciativas de difusão cultural relacionadas aos temas de sua supervisão.

5.1.4 Subsecretaria-Geral da América do Sul, Central e Caribe

A Subsecretaria-Geral da America do sul, Central e Caribe atuou, em 2014, com estrita conexão com sua finalidade relacionada à percepção da necessidade de desenvolvimento de uma política exterior do Brasil especificamente voltada ao seu entorno regional. Essa integração sul- americana utiliza a proximidade física e os objetivos comuns – sobretudo o crescimento econômico e a justiça social – para potencializar os projetos nacionais de desenvolvimento. Tal fato constitui ruptura com o paradigma histórico de buscar o desenvolvimento de maneira desconexa com o entorno regional.

Para alcançar seus objetivos estratégicos, vale-se primordialmente de mecanismos de coordenação e concertação – em âmbito doméstico e regional – para a formação de uma visão conjunta que facilite a elaboração e a implementação de projetos voltados para a ampliação da integração sul-americana.

5.1.5 Subsecretaria-Geral de Assuntos Econômicos e Financeiros

A Subsecretaria-Geral de Assuntos Econômicos e Financeiros promoveu, em 2014, consultas e reuniões com outros Ministérios e órgãos para coordenar a participação do Brasil nas negociações comerciais internacionais.

Junto à OMC, por exemplo, participou de reuniões para concluir o processo de aprovação do Protocolo de Emenda para incorporação do Acordo sobre Facilitação do Comércio (AFC) aos acordos da Organização, assim como finalizar a elaboração de programa de trabalho com vistas à conclusão da Rodada Doha. No âmbito das Nações Unidas, o objetivo foi fortalecer a coordenação política e cooperação entre os países em desenvolvimento no contexto da realização da Cúpula do Cinquentenário do G-77 e da Conferência de Viena para os Países em Desenvolvimento Sem Saída para o Mar – LLDCs. Com relação à OCDE, procurou-se fortalecer do ponto de vista político, administrativo e institucional o papel de coordenação do MRE nas atividades desenvolvidas com a Organização.

5.1.6 Subsecretaria-Geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia

A Subsecretaria-Geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia tratou, em 2014, de questões relacionadas ao meio ambiente, mudança do clima e desenvolvimento sustentável, à energia, à ciência, tecnologia e inovação, à sociedade da informação, aos usos pacíficos da energia nuclear e ao espaço exterior. Nesse contexto, participou de reuniões e seminários afins, enviando funcionários diplomáticos ou assessorando instituições brasileiras que tratam dos mencionados temas.

5.1.7 Subsecretaria-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior

A Subsecretaria-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior ocupou-se, em 2014, de questões relacionadas ao atendimento das demandas da comunidade brasileira no exterior, como por exemplo, emissão de CPF no exterior a partir do sistema consular. Registrou incremento de 22% em relação a 2013 nos atendimentos gerados por manifestações da clientela, por meio de correio eletrônico e telefones. Nas eleições de 2014, deu suporte ao TSE em 135 cidades, espalhadas por 86 países, totalizando 354.184 eleitores brasileiros cadastrados. Esse número é significativamente superior ao registrado nos anos anteriores. Foram promovidos vídeos conferências periódicas com as comunidades brasileiras no exterior com vista ao aperfeiçoamento das políticas de governo voltadas para esses nacionais.

5.1.8 Subsecretaria-Geral de Cooperação, Cultura e Promoção Comercial

A Subsecretaria-Geral de Cooperação, Cultura e Promoção Comercial tratou, em 2014, de questões relacionadas à difusão da cultura brasileira no exterior, em particular, da língua portuguesa falada no Brasil, do intercâmbio e da cooperação educacional internacional. Ofereceu subsídios para a atuação brasileira em organismos internacionais em temas relacionados à cultura e educação.

Por meio do Departamento de Promoção Comercial organizou a participação do Brasil em feiras e missões empresariais, em parceria com órgãos como o MDIC, APEX-Brasil e CNI, dentro das diretrizes do PPA 2012-2015.

A Agência Brasileira de Cooperação buscou ampliar o volume de cooperação técnica prestada pelo Brasil a outros países em desenvolvimento, de acordo com a política externa brasileira, assim como intensificou a cooperação técnica externa em temas que contribuam eficazmente com as políticas nacionais de desenvolvimento.

5.1.9 Subsecretaria-Geral do Serviço Exterior

A Subsecretaria-Geral do Serviço Exterior encarregou-se, em 2014, de questões administrativas e organizacionais. Procurou conciliar o orçamento disponível com as necessidades de manutenção, modernização e ampliação da estrutura física da Secretaria de Estado, dos 227 Postos no exterior e dos nove Escritórios regionais, inclusive de redes de informática. Procurou

desenvolver instrumentos de melhoramento e controle de recursos humanos, por meio do incremento de cursos de aperfeiçoamento.

Em relatório individual, a SGEX discorrerá detalhadamente sobre as demais informações solicitadas por esse tribunal.

5.1.10 Inspetoria do Serviço Exterior

A Inspetoria do Serviço Exterior inspecionou, em 2014, onze postos, em conformidade com o programa anual de inspeções aos Postos no exterior apresentado ao Secretário-Geral. Tais inspeções foram conduzidas em coordenação com as unidades interessadas e com os objetivos propostos.

5.1.11 Corregedoria do Serviço Exterior

A Corregedoria do Serviço Exterior instaurou e tramitou, em 2014, 2 processos administrativos e 4 sindicâncias, entre elas, 3 punitivas.

5.1.12 Cerimonial

O Cerimonial segue as normas do cerimonial brasileiro e das Convenções de Viena sobre relações diplomáticas e sobre relações consulares. Esse item, portanto, não se aplica ao setor.

5.1.13 Instituto Rio Branco

O Instituto Rio Branco, em 2014, buscou alcançar as diretrizes do Plano Plurianual da União (PPA 2012-2015) e da Lei Orçamentária Anual (LOA 2014), que fixaram quatro metas:

a) Alcançar o índice de 10% na quantidade de bolsistas estrangeiros participantes do Curso de Formação (PPA 2012-2015). Meta alcançada: 20% de alunos estrangeiros.

b) Aumentar a taxa de aprovação de candidatos afrodescendentes no CACD, dos atuais 5,17% para 7% (PPA 2012-2015). Meta não alcançada: apenas um candidato afrodescendente foi aprovado no Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata de 2014 (5,55%).

c) 200 diplomatas matriculados (LOA 2014). Meta não alcançada: apenas 117 diplomatas matriculados, somando-se os alunos do Curso de Formação, do CAD e do CAE.

d) Concessão de 58 bolsas de estudo a candidatos afrodescendentes à carreira diplomática (LOA 2014). Meta não alcançada: apenas 24 bolsas serão concedidas em 2015, com os recursos recebidos em 2014.

Nesse contexto, a meta (b) deverá ser alcançada em 2015, quando o CACD for realizado sob o auspício da Lei 12.990/2014, que reserva aos negros 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal.

No caso da meta (c), da qual o IRBr jamais se aproximou, o alto quantitativo fixado à época da elaboração do PPA 2012-2015 era plausível em vista do número de vagas autorizado para o CACD, que vem caindo conforme mostra a tabela abaixo, e da Lei 12.601/2012, que criou 400 novos cargas na carreira de diplomata, mas não foi implementada.

No caso da meta (d), cuja realização ficou bem abaixo do ano anterior, cumpre notar que a LOA 2014 destinou R$ 1.540.000 para esse fim, dos quais o IRBr, após contingenciamento, recebeu apenas R$ 1.078.000, o que permitiria a concessão de, no máximo, 43 bolsas. Entretanto, devido à transformação em organização social da instituição que realiza o processo seletivo de candidatos à bolsa de ação afirmativa (o CESPE-CEBRASPE), ficou esta impossibilitada de arcar com os cursos do processo, sendo estes, a partir de 2015, transferidos para o IRBr. Assim, R$ 478.000 que, em princípio, seriam usados para financiar bolsas, foram inscritos em restos a pagar, com vistas à realização do processo seletivo em 2015. Os restantes R$ 600.000 geraram 24 bolsas, que serão distribuídas ao longo de 2015.

As unidades descentralizadas do Itamaraty (Postos no exterior e Escritórios regionais) seguem as orientações da Secretaria de Estado, não tendo autonomia para elaborar planejamentos individuais. Nessas condições, os resultados alcançados no ano de 2014 para essas unidades estão estritamente relacionados aos objetivos e planos traçados pelas Subsecretarias-Gerais, em consonância com os ditames da Presidência da República.

5.2 Programação orçamentária e financeira e resultados alcançados (ver quadro abaixo).

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