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1.5 ESTRUTURAS DA DISSERTAÇÃO

2.2.2 Infraestrutura Turística

Para que uma determinada localidade tenha infraestrutura turística, deve-se oferecer ao visitante acessos, infraestrutura básica urbana, equipamentos turísticos e equipamentos de apoio ao turismo. Para o Mtur, 2010 a Infraestrutura de Apoio ao Turismo consiste em:

Equipamento Médico-hospitalar - pronto-socorro, hospitais,

clínicas, entre outros;

Outros Sistemas - saneamento, água, gás, eletricidade, entre

outros;

Sistemas de segurança - delegacia de polícia, postos da polícia

rodoviária, corpo de bombeiros e outros;

Sistemas de transportes - terrestres (rodovias, terminais,

estações rodoviárias e ferroviárias), hidroviários (portos, estações e serviços fluviais) e marítimos. Inclui os equipamentos de transportes - carro, ônibus, táxi, bicicletas;

Unidades educacionais - escolas, centros de treinamento e

outros.

Meios de hospedagem - estabelecimentos hoteleiros - hotéis,

motéis, pousadas rurais e urbanas, pensões, camping, entre outros;

Locais de entretenimentos - áreas de recreação e instalações

desportivas (parques, praças, mirantes, marinas), estabelecimentos noturnos (casa de espetáculos, boates), cinemas e teatros, entre outros;

Serviços de alimentação - restaurantes, bares, lanchonetes,

Outros equipamentos e serviços turísticos - agências de

viagens, transportadoras turísticas, postos de informação turística, locadora de imóveis, locadora de veículos, comércio turístico (lojas de artesanato e souvenirs), casas de câmbio, bancos e outros.

Para Barretto (2009), ao falar de infraestrutura, entende-se a base material, o conjunto de aparelhos que garantem o conforto da vida urbana atual. Sendo assim, a infraestrutura turística constitui-se de:

Quadro 3 - Infraestrutura turística INFRAESTRUTURA TURÍSTICA DE ACESSO BÁSICA URBANA EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS (preservação do serviço turístico) EQUIPAMENTOS DE APOIO (prestação de serviços que não são exclusivos do serviço turístico, mas

indispensáveis para o seu acontecimento) Estradas; Aeroportos; Portos; Rodoviárias; Estação de trem. Ruas; Sarjetas; Iluminação pública etc.

Alojamento nos núcleos receptores; Agências nos núcleos

emissores; Transportadoras entre ambos. Rede de atenção médico Hospitalar; Rede de atenção ao automóvel; Rede de entretenimento; Rede gastronômica, oferta alimentar, entre

outros. Fonte: BARRETTO, 2009, p. 37.

Nessa perspectiva, os serviços turísticos são aqueles direcionados exclusivamente ao turista do qual os prestadores desses serviços tiram sua subsistência, como por exemplo, os guias turísticos. Os serviços turísticos podem ser prestados - sem infraestrutura, que são os guias e recreacionistas, com equipamento de uso, como as lanchas, trenzinhos, charrete; com infraestrutura, equipamentos dentro de um imóvel, como serviços de hotelaria.

Segundo esse mesmo autor (2009), as somas desses serviços destacados no quadro constituem a infraestrutura turística, pois a definição de um determinado equipamento ser turístico ou não, é a utilização ou não do mesmo. Assim, para que o turismo tenha base sólida e consistente na localidade receptora, precisa-se de planejamento e infraestrutura urbana, atraindo o turista com segurança, conforto e qualidade de vida sem prejudicar a população local. Ou seja, a soma de infraestrutura de acesso, infraestrutura básica urbana, equipamentos turísticos e equipamentos de apoio resultam na infraestrutura turística.

Para que a infraestrutura turística seja plena para o seu desenvolvimento, as comunidades locais e regionais precisam ter parcerias entre si e com o governo e a iniciativa privada.

Um arquiteto e urbanista, ao planejar as questões de infraestrutura turística para um município, deve estar atento às obras que não são tão visíveis, mas são fundamentais para a localidade, como: as redes de saneamento básico, esgoto, pavimentação, sinalização e acessibilidade com a melhoria de estradas.

Precisa pensar, também, nos serviços ligados diretamente ao turismo como as redes de hotéis, qualificação dos serviços de atendimento ao turista e a diversificação e preservação da culinária local entre outros. Para haver tenha infraestrutura, é preciso que se planeje, que se cumpram as metas estipuladas e previstas e constituídas ações futuras considerando o crescimento da localidade receptora. Prevendo essas questões básicas de ações futuras, o planejador tende a melhorar a infraestrutura do município, pois com o planejamento virão em acréscimo à infraestrutura básica urbana, os equipamentos turísticos e os equipamentos de apoio ao turismo.

Quando houver falhas na infraestrutura de uma determinada localidade, acredita-se que o arquiteto e urbanista deva planejar, estudar e criar estratégias e diretrizes de projeto para que sejam executadas e implantadas no menor tempo possível de forma eficaz e coerente.

Com isso, a infraestrutura estará agindo como uma condicionante para o desenvolvimento da atividade turística e, em acréscimo, desenvolvendo os municípios, pois não é possível uma cidade desenvolver-se sem acesso, sem pavimentação e sinalização, ambos indispensáveis para o desenvolvimento turístico.

Numa determinada localidade turística, a infraestrutura deve estar de acordo para atender a todas as atividades turísticas e facilitar o deslocamento para outras localidades. O turismo demanda investimentos e ampliação da infraestrutura para atender os turistas de forma adequada.

BRASIL- Mtur (2010) informa que a infraestrutura é fornecida, em grande parte, pelo setor público e os serviços turísticos normalmente pelo setor privado, elementos que geram lucro, incluindo os serviços e equipamentos turísticos (meios de hospedagem, restaurantes, agências receptivas, empresas transportadoras entre outros).

Dessa forma, para reforçar os quesitos de infraestrutura nos destinos turísticos, deve-se ter:

a) Sinalização turística - sinalização descritiva nos atrativos turísticos dos destinos, disponibilidade das informações em idioma

estrangeiro e em braile, sinalização com placas ou similares nos atrativos com explicações sobre detalhes históricos, culturais ou naturais do local e indicações ao visitante à sua localização e horários de funcionamento;

b) Centro de atendimento ao turista - unidades de atendimento com qualidade em aeroportos, rodoviárias, nos principais atrativos, na sede do órgão oficial de turismo, disponibilização de folders e propagandas de serviços nos destinos e na região turística, a distribuição de mapas turísticos (gratuitos ou não) e a oferta de sistema de reservas de hotéis;

c) Capacidade dos meios de hospedagem - conservação e modernização das unidades habitacionais, a oferta de categorias hoteleiras como econômica superior e luxo, a existência de estabelecimentos alternativos de hospedagem como albergues, pousadas; deve-se adaptar programas de sustentabilidade de estabelecimentos de hospedagem, fontes de energia renovável, dispor de serviços como reservas on-line, terminais para pagamento com cartões de crédito, acesso à internet e acessibilidade;

d) Capacidade do turismo receptivo - empresas de turismo receptivo nos destinos, atendimento em idioma estrangeiro; deve-se dispor de serviços prestados aos turistas, como: city tour; passeios para destinos do entorno; turismo de aventura; transfer; passeios de barco; visitas guiadas (individuais e em grupos); by night e guias de turismo cadastrados pelo Ministério do Turismo;

e) Estrutura de qualificação para o turismo - nível de

qualificação profissional de atendimento aos turistas no destino como técnico e superior, dispor de programas contínuos de qualificação, de guias de turismo, bares e restaurantes, hotelaria e operadores;

f) Capacidade dos restaurantes - levantamento do número de restaurantes em atividade no destino, a existência de associação local formal e representativa, o incentivo as questão ambientais, capacitação e orientação de proprietários e empregados de estabelecimentos que vendem alimentos ao público quanto à manipulação e higiene, a existência de ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) local ou regional nos destinos, o uso de fonte de energia renovável, acessibilidade, e à existência de estabelecimentos com padrão turístico;

g) Espaços para eventos - centro de convenções, com estrutura e

capacidade, transporte público próximo aos locais de hospedagens, terminais (aeroporto e rodoviária), centros de conferências com espaços

multifuncionais, pavilhões para feiras, parques de exposições e salas em hotéis; (BRASIL – Mtur 2010).

Para que sejam diagnosticadas as falhas de infraestrutura e assim se possa nelas intervir, deve-se primeiramente dar atenção e cuidar das questões de infraestrutura básica, como saneamento, rede de água, energia, acesso, escoamento de água pluvial entre outros que fazem parte da infraestrutura básica; posteriormente deve-se planejar as ações futuras quanto à infraestrutura turística, que está voltada apenas para o turismo e não mais para a população local.

2.3 PLANEJAMENTO