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Mapa 3 Comunicações caracterização e necessidades dos edifícios

11.5 Infraestruturas de Gás 1 Redes Existentes

A área integrada no Plano de Pormenor do Campos de Campolide está localizada numa zona central da Cidade de Lisboa, que se encontra consolidada, pelo que o estudo da rede de gás pressupõe o conhecimento do cadastro da rede de gás existente.

A área de intervenção, na fase atual, é caracterizada, essencialmente pela área pertencente à UNL e à ESTAMO, cujos arruamentos e espaços são de carácter privado, daí que as redes de infraestruturas públicas de gás são quase inexistentes; as redes existentes são de carácter privado, nomeadamente ramais de ligação dos edifícios.

Na envolvente, nos arruamentos públicos confinantes com a área do Plano, existem redes de infraestruturas públicas de gás, que permitem um adequado abastecimento da rede projetada que vai permitir a ligação das construções previstas e existentes na área do Plano.

11.5.2 Caracterização da Solução

A origem do gás natural do loteamento será a rede pública de distribuição de gás da Galp energia, existente nos arruamentos contíguos ao perímetro do Plano, nomeadamente nas condutas existentes, na Rua Marquês da Fronteira e na Av. Miguel Torga, conforme o traçado previsto que se apresenta.

O traçado da rede teve em conta a localização dos edifícios, o traçado dos arruamentos e ainda o cadastro fornecido pela Galp energia.

A rede fará parte integrante das infraestruturas gerais do Plano e desenvolver-se-á ao longo dos passeios e entre os limites dos lotes, na zona exterior. A rede alimentará, nos percursos, os ramais privativos de cada lote/edifício, de acordo com as entradas previstas nesta fase do Plano de Pormenor.

Os pormenores de instalação dos acessórios da rede, assim como as valas tipo, os maciços de ancoragem requeridos nas curvas e tês das condutas e os órgãos do sistema serão os habitualmente utilizados pela Galp energia.

Contudo, tendo presente que se trata de um Plano de Pormenor, foram previstos na estimativa.

A rede será executada em condutas de PEAD PE 80 (MRS 8,0) SDR 11 de DN 110, 160 e eventualmente 200 mm, sendo o traçado da rede principal adaptado à disposição dos lotes e dos arruamentos favorecendo a constituição de malhas com a rede pública existente, ou a projetar no perímetro exterior do Plano.

Todos os materiais e acessórios a aplicar serão de qualidade reconhecida e devidamente homologados pelo LNEC.

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11.5.3 Ligação dos edifícios

À entrada dos edifícios, em ponto a definir, serão instalados os contadores de gás, nas condições adequadas. Em princípio, cada edifício terá um ramal de ligação de gás.

Os diâmetros dos ramais de ligação dos edifícios, a ligar à rede geral, serão considerados em função do cálculo das redes prediais, numa fase posterior. A sua localização final será definida no Projeto das Redes Interiores de Gás dos lotes e edifícios.

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12. ESTUDO ACÚSTICO

O Estudo Acústico constitui o Anexo VII do presente Relatório. As recomendações do referido Estudo estão integradas no Regulamento do Plano Pormenor do Campus de Campolide.

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13. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA E GEOMORFOLÓGICA

No âmbito do Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana do Campus de Campolide foi elaborado um Estudo Geológico e Geotécnico (Anexo VI) dos terrenos interessados na área de intervenção do referido Plano (Geotest). Nesse documento procede-se à identificação das formações geológicas ocorrentes, à análise geomorfológica da área em estudo, à caracterização da hidrologia e hidrogeologia do local, à exposição da tectónica e sismicidade do local, bem como à apreciação geotécnica geral dos terrenos interessados.

No Estudo Geológico e Geotécnico que se apresenta em anexo, constam os trabalhos desenvolvidos por Geotest, Lda., os quais compreenderam a análise da base topográfica disponível, o reconhecimento geológico de superfície, a consulta e recolha de elementos bibliográficos da especialidade existentes sobre o local, incluindo a pesquisa e análise de toda a informação de ordem geológica e geotécnica disponível nos arquivos da Geotest, Lda., para além da análise dos resultados obtidos a partir de diversas campanhas de prospeção geotécnica desenvolvidas na área de intervenção e na sua envolvência.

De uma forma resumida, na área de intervenção ocorre a “Formação de Benfica”, atribuída ao Eocénico-Oligocénico, sobrejacente às formações do “Complexo Vulcânico de Lisboa”, com intercalações Vulcano-sedimentares, atribuídas ao Neocretácico.

As formações vulcânicas do Neocretácico assentam sobre formações cretácicas datadas do Cenomaniano superior, denominadas por “Calcários cristalizados com rudistas e calcários apinhoados com Neolobite vibrayeanus” ou “Formação da Bica”. Numa zona mais a ocidente em relação à área de intervenção surgem as formações carbonatadas do Cretácico acima referidas, regra geral sob depósitos de cobertura recentes.

Numa zona a leste da área de intervenção ocorrem as formações do Miocénico marinho de Lisboa, habitualmente designadas por “Argilas e Calcários dos Prazeres”, atribuídas ao Aquitaniano (Miocénico inferior).

Em grande parte da área de intervenção existe uma cobertura de depósitos de aterro recentes, de natureza heterogénea e com espessuras variáveis, resultantes da intensa ocupação humana.

A área de intervenção do PPRUCC insere-se na zona de topo de um relevo, que culmina nos pontos cotados a variar entre 112.00 e 122.00, na zona de Campolide, e na cota 139.40 no vértice geodésico Caçadores 5. Para poente, parte da área em estudo insere-se numa vertente com orientação geral NE-SW a NNE-SSW e inclinação geral para W, a qual terá resultado do encaixe da Ribeira de Alcântara e dos seus principais afluentes da margem esquerda.

A nível local, a área de intervenção deste PPRUCC situa-se numa zona topograficamente elevada, com cotas altimétricas a variar entre 68.00 e 120.50. Tal como referido anteriormente, constitui para poente o topo de uma encosta, com declive para W e a qual delimita o vale da Ribeira de Alcântara.

Em grande parte da área de intervenção existem diversas plataformas de aterro, relativamente aplanadas, criadas a tardoz de antigas estruturas de contenção. Os depósitos recentes de aterro apresentam uma permeabilidade baixa a moderada, associada à predominância de materiais argilosos e argilo-arenosos, tratando-se de uma modelação topográfica resultante de sucessivas ações de urbanização desenvolvidas ao longo do tempo.

Do ponto de vista hidrogeológico as formações que constituem as “Argilas e Calcários dos Prazeres” comportam-se como um maciço globalmente pouco permeável, dada a

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predominância da componente argilosa a argilo-margosa. No entanto, estas formações podem apresentar intercalações de carácter mais arenoso entre camadas de baixa permeabilidade, as quais podem dar azo à ocorrência de níveis de água suspensos, geralmente pouco produtivos.

A “Formação de Benfica”, como apresenta componente argilosa bastante pronunciada, revela- se pouco permeável. O “Complexo Vulcânico de Lisboa” possui globalmente baixa produtividade, pelo facto de ser constituído pela alternância entre escoadas lávicas e níveis de piroclastos.

A “Formação Carbonatada do Cenomaniano Superior” apresenta uma permeabilidade do tipo fissural (secundária), em que a circulação de água se faz essencialmente através das superfícies de descontinuidade.

Em termos de permeabilidade dos solos, verificam-se solos de baixa a média permeabilidade, o que confere um reduzido grau de percolação, não se revelando, por isso, a área de intervenção do PPRUCC uma zona preferencial de recarga de aquíferos.

A cartografia dos declives tem como objetivo pôr em evidência a distribuição espacial da declividade dos terrenos, o que permite, juntamente com vários outros fatores relativos aos processos ativos da geodinâmica externa, avaliar áreas com aptidão para atividades específicas, bem como obter informações vitais para a avaliação do risco de erosão dos maciços e potencialidade para a ocorrência de fenómenos de instabilidade de vertentes.

Para a elaboração da Planta de Declives, apresentada no Estudo Geológico e Geotécnico, foram considerados os seguintes intervalos de declive: 0-4%, 4-8%, 8-15% e >15%.

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