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P L A N O D E P O R M E N O R D E R E A B I L I T A Ç Ã O U R B A N A D O C A M P U S D E C A M P O L I D E

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO

2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL / O SÍTIO

3. LIMITES DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

4. OBJETIVOS / CONCEITO E CARATERÍSTICAS DO PLANO DE PORMENOR

5. ENQUADRAMENTO LEGAL

5.1 RJIGT

5.1.1 CONTEÚDO MATERIAL DO PLANO 5.1.2 CONTEÚDO DOCUMENTAL DO PLANO

6. COMPATIBILIDADE DO PLANO EM RELAÇÃO AOS INSTRUMENTOS DE

GESTÃO TERRITORIAL EFICAZES

6.1 ENQUADRAMENTO NO PROT-AML

6.2 ENQUADRAMENTO NA 1ª REVISÃO DO PDML

6.3 ALTERAÇÕES Á 1ª REVISÃO DO PDML

7. DESCRIÇÃO DA PROPOSTA

7.1 SUBUNIDADE OPERATIVA DE PLANEAMENTO E GESTÃO

7.2 ÁREA EXTERIOR À SUOPG

7.3. CENÁRIO DEMOGRÁFICO

7.4 PAISAGISMO / ARRANJOS EXTERIORES

7.5 ACESSIBILIDADES E PERCURSOS PEDONAIS

7.6 ESTACIONAMENTO

8 REABILITAÇÃO URBANA

9 CEDÊNCIAS

10 COMPROMISSOS NA ÁREA DO PLANO

11 INFRAESTRUTURAS GERAIS DO PLANO

11.1 INFRAESTRUTURAS VIÁRIAS

11.2 INFRAESTRUTURAS DE ÁGUA

11.3 INFRAESTRUTURAS DE SANEAMENTO

11.4 INFRAESTRUTURAS ELÉTRICAS E DE COMUNICAÇÃO

11.5 INFRAESTRUTURAS DE GÁS

12 ESTUDO ACÚSTICO-RECOMENDAÇÕES A INTEGRAR O REGULAMENTO DO PLANO

13 CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA

13.1 CARTA DE DECLIVES

13.2 SISTEMA DE VISTAS

13.3. PLANTA DE BACIAS HIDROGRÁFICAS 13.4. PLANTA DE TALVEGUES

14. AVALIAÇÃO DE RISCOS E MEDIDAS MITIGADORAS

14.1. RISCO DE CHEIAS E INUNDAÇÕES 14.2. RISCO SÍSMICO

14.3. RISCO DE INSTABILIDADE / MOVIMENTO DE VERTENTES 14.4. RISCO DE INCÊNDIOS

15. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

15.1. INTRODUÇÃO

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15.3. GESTÃO DE RESÍDUOS

16. REDE GEODÉSICA, CARTOGRAFIA E LIMITES ADMINISTRATIVOS

16.1. REDE GEODÉSICA

16.2. CARTOGRAFIA

16.3. LIMITES ADMINISTRATIVOS

ANEXOS

I. FICHA TÉCNICA – EQUIPA PROJETISTA DO PPRUCC

II. QUADROS SÍNTESE

III. FICHAS DE IDENTIFICAÇÃO E CARATERIZAÇÃO DOS EDIFÍCIOS

IV. FICHA DE DADOS ESTATÍSTICOS

V. ESTUDO DE TRÁFEGO

VI. ESTUDO GEOLÓGICO E GEOTÉCNICO

VII. ESTUDO ACÚSTICO

VIII. RELATÓRIO AMBIENTAL

IX. RELATÓRIO DA RECONVERSÃO DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL DE LISBOA –

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1. INTRODUÇÃO

Os termos de referência para a elaboração do plano de pormenor do Campus de Campolide foram aprovados pela Câmara Municipal de Lisboa em sessão pública realizada a 16 de julho de 2008. A proposta preliminar foi igualmente submetida a apreciação, na sessão de 29 de julho de 2009 e mereceu, da mesma forma, aprovação.

Durante a fase de concertação, após a realização da conferência de serviços com todas as entidades representativas dos interesses a ponderar, que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) levou a efeito, nas reuniões efetuadas com a Direção Geral do Património Cultural (DGPC) foi acordado transformar o plano de pormenor em plano de pormenor de reabilitação urbana (PPRU), conforme prevê a legislação que entretanto entrou em vigor (decreto-lei 307/ 2009 de 23 de outubro).

Inicialmente foi elaborado um Plano de Pormenor (1998/1999) para o Campus da Universidade Nova de Lisboa (UNL) abrangendo o núcleo atualmente edificado. Propunha-se que esta subunidade territorial viesse a integrar a nova Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da UNL, atualmente sediada na Avenida de Berna.

Verificou-se, posteriormente, a necessidade de ampliar o estudo urbanístico em causa e integrar uma nova área referente à envolvente urbana do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), localizada a sul do atual Campus de Campolide o que se traduziu num novo Plano de Pormenor, visando a requalificação de todo o espaço urbano do Alto de Campolide.

É neste contexto que surge a elaboração do presente Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana do Campus de Campolide (PPRUCC) com o objetivo de produzir uma proposta que integrasse as grandes estruturas urbanas em presença, nomeadamente a Universidade Nova de Lisboa (com o antigo Colégio dos Jesuítas, atual Faculdade de Economia), o Estabelecimento Prisional de Lisboa (Penitenciária), o Palácio da Justiça e um troço importante do novo Corredor Verde da cidade de Lisboa.

Trata-se, assim, de produzir uma importante renovação urbana numa área singular da cidade a partir da instalação de novos complexos escolares (nova Faculdade de Ciências Sociais e Humanas) e outros equipamentos, para além de novas funções de Habitação, Turismo e Serviços.

A articulação de toda esta área urbana exigia acabar com a excessiva compartimentação do território decorrente da presença dos velhos muros da antiga penitenciária, desníveis do terreno, aquartelamentos militares, etc..

O Plano de Pormenor pretende, assim, produzir um espaço público com unidade e critérios urbanísticos afins que funcione como elemento aglutinador de todo o território.

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2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL / O SÍTIO

A Área de intervenção da proposta para o Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana do Campus de Campolide, que abrange uma superfície de cerca de 374.655 m2, integra-se nas Freguesias de Campolide e Avenidas Novas, segundo a Carta Administrativa Oficial de Portugal – CAOP, de 2013), com delimitação conforme planta anexa.

O Plano abrange a colina que articula o Alto do Parque Eduardo VII e a vertente norte de Campolide.

Este promontório é limitado por estruturas de grande escala e de diferentes características:

 Estruturas Viárias (Av. Calouste Gulbenkian a norte e Av. Marquês da Fronteira a sul);  Urbanas (Bairro Azul a nascente e Complexo da Nova Campolide a poente);

 Paisagísticas (Corredor Verde a norte e poente e Parque da casa Ventura Terra);

A colina de Campolide traduz-se numa situação ímpar da cidade de Lisboa caracterizada por duas entidades topográficas, urbanas e ambientais distintas:

 A sul, o Vale da Avenida da Liberdade (dominado pelo Palácio da Justiça e Penitenciária, com vista sobre a Baixa e o Rio Tejo);

 A norte, o Vale de Campolide (dominado pelo Colégio de Jesuítas e Nova Reitoria com vista sobre Monsanto e o Aqueduto das Águas Livres).

É sobre estas duas vertentes que incide o Plano, confrontado, a norte, com a visão da cidade limitada pelo Parque de Monsanto e, para sul, uma esplêndida perceção do Centro Histórico (Castelo de S. Jorge e Rio Tejo).

O Plano promove a articulação de toda esta área e incide sobre os seguintes domínios:

 Relações do Complexo Universitário com as vertentes enunciadas (Vale da Avenida da Liberdade e Vale de Campolide);

 Ligação entre a nova estrutura de Habitação e Serviços, o Edifício do EPL e o Pólo Universitário;

 Articulação do Complexo Universitário com as áreas institucionais envolventes, nomeadamente, o Estabelecimento Prisional de Lisboa – EPL, o Palácio da Justiça, o antigo Tribunal de Polícia, etc.;

 Articulação dos novos Conjuntos Urbanos com o projeto do Corredor Verde e do Jardim Histórico e Palacete Mendonça (Casa Ventura Terra);

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ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

AV. MIGUEL TORGA

MARQUÊS DE POMBAL R. MARQUÊS DA FRONTEIRA

AV. CALOUSTE GULBENKIAN BAIRRO AZUL

M

M

M

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As pré-existências notáveis da envolvente, ora dialogantes, ora constrangedoras, identificam-se como referências determinantes na estruturação do Plano, quer pelo porte edificado, quer pela vertente paisagística em presença.

Particularmente, sendo o estabelecimento prisional uma pré-existência a considerar e tendo uma forte centralidade, a sua envolvente urbana exige uma requalificação profunda, permitindo estabelecer um núcleo estruturante da cidade.

Assim, o Plano visa operar sobre os terrenos abrangidos atualmente pelo EPL – Estabelecimento Prisional de Lisboa – uma operação de reconversão urbanística, integrando esta área no território da cidade.

Para apoiar o estudo da futura reconversão do EPL, foi elaborado um estudo específico que conclui sobre a possibilidade de adaptação da antiga prisão a um Equipamento Coletivo.

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3. LIMITES DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

A delimitação da área de intervenção do Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana do Campus de Campolide decorre da agregação de grandes áreas:

 Os terrenos afetos à Universidade Nova de Lisboa;

 Os terrenos adquiridos pela ESTAMO, correspondentes ao Estabelecimento Prisional de Lisboa;

 A área urbana do Palácio da Justiça e antigo Tribunal de Polícia;

 O Corredor Verde da cidade de Lisboa (troço entre a Rua Marquês da Fronteira e a Avenida Calouste Gulbenkian).

Serve a presente proposta do Plano de Pormenor para estabelecer as fronteiras e as diferentes ligações deste território à cidade, dando origem a uma Subunidade Operativa de Planeamento e Gestão (SUOPG) que adiante se carateriza.

Em conjunto, a área de intervenção tem, sinteticamente, as seguintes confrontações:

Para norte

 A Avenida Calouste Gulbenkian, com a sua estrutura paisagística que bordeja todo o limite norte da plataforma, confrontando-o com a dimensão própria de uma estrutura viária de grande escala;

 Os novos edifícios das instituições bancárias que ladeiam a Avenida Calouste Gulbenkian, prevendo-se a extensão do Banco Santander.

Para nascente

 Um tecido urbano, muito uniformizado e caracterizado, designadamente pelo Bairro Azul, vocacionado para uma articulação com o “Campus”, enriquecedora de ambas as áreas;

 A Escola Secundária Marquesa de Alorna, objeto recente de obras de requalificação no âmbito do Plano de Reabilitação do Parque Escolar;

 O Jardim Histórico e o Palacete Mendonça (Casa Ventura Terra), sede do MBA da Universidade Nova, confinando com a estrutura verde denominada Corredor Verde de ligação entre o Parque Eduardo VII e as áreas urbanas a norte da Avenida Calouste Gulbenkian;

 A presença volumétrica dos edifícios do Palácio de Justiça e antigo Tribunal de Polícia. Para sul

 O Edifício do EPL – Estabelecimento Prisional de Lisboa;

 A Rua Marquês da Fronteira que estabelece uma relação com o Parque Eduardo VII e toda a área habitacional de Campolide.

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Para poente

 A fronteira materializada pela Residência de Estudantes Alfredo de Sousa;  A presença da Escola Preparatória Querubim Lapa, a manter;

 Um terreno municipal a utilizar para compensação à ESTAMO;  Os edifícios da Nova Campolide, de excessiva volumetria;

 As instalações da EPAL, com os seus depósitos de águas e respetivos planos verdes;

 A Avenida Miguel Torga que bordeja toda a área de contorno e a transição com a malha antiga de Campolide.

LIMITE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO AV. MIGUEL TORGA

R. MARQUÊS DA FRONTEIRA

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4. OBJECTIVOS / CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DO PLANO DE PORMENOR

O Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana do Campus de Campolide destina-se, assim, a organizar, caracterizar e articular com a cidade diversas áreas de uso público e dar destino àquelas que se referenciam:

a) A Universidade Nova de Lisboa – Campus da UNL.

b) Área evolvente do EPL - Estabelecimento Prisional de Lisboa – Propriedade da ESTAMO;

c) Palácio de Justiça e antigo Tribunal de Polícia;

d) Corredor Verde da cidade de Lisboa.

O Plano estabelece a estratégia de atuação e as regras de uso e ocupação do solo e dos edifícios tendo em vista a valorização e a modernização do tecido urbano da área de intervenção, nas suas vertentes económica, social e cultural.

Uma vez que na sua área de intervenção estão identificados imóveis classificados como património cultural e as respetivas zonas de proteção, o Plano prossegue ainda os objetivos e os fins de proteção previstos para os planos de pormenor de salvaguarda, nos termos da Lei nº 107/2001, de 8 de setembro.

O Plano estrutura a ocupação do território propondo:

a) Uma área Institucional de Ensino Universitário para o Campus;

b) Uma área de reconversão urbanística (Turismo, Habitação e Serviços) para a envolvente da EPL

c) Um equipamento coletivo – reabilitação do edifício do EPL d) Uma nova paisagem urbana materializada no Corredor Verde.

O espaço público configurado vem consolidar a comunicação entre os equipamentos universitários, o equipamento coletivo (reconversão do EPL) e os Estabelecimentos Hoteleiros, Habitação e Serviços decorrentes da reestruturação urbana.

Enquanto proposta conceptual, o Plano consubstancia-se num conjunto de ideias estruturantes e de diretivas exatas que o apetrecham como instrumento regulador da ocupação proposta, numa perspetiva de articular edifícios e espaços públicos, em diferentes condições de permeabilidade e manutenção.

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5. ENQUADRAMENTO LEGAL

Este Plano de Pormenor constitui o instrumento de planeamento territorial no que concerne à definição da ocupação dos terrenos abrangidos pela UNL - Universidade Nova de Lisboa (Campus de Campolide), pelo EPL – Estabelecimento Prisional de Lisboa, propriedade da ESTAMO S.A. demais parcelas pertencentes à Câmara Municipal de Lisboa e Ministério da Defesa (junto à Igreja de Campolide).

O presente documento constitui a síntese dos fundamentos justificativos para a realização do Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana do Campus de Campolide, doravante designado por Plano, a elaborar nos termos do Decreto-Lei nº 380/99, de 22 de setembro, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 46/2009 de 20 de fevereiro, as alterações introduzidas pelo DL n.º 181/2009, de 7 de agosto e o DL n.º 2/2011, de 6 de janeiro (RJIGT) e Lei n.º 32/2012 de 14 de agosto.

5.1. RJIGT

5.1.1. Conteúdo material e documental do Plano

O conteúdo material e documental do Plano é o decorrente do disposto nos artigos 91º e 92º do RJIGT e dos artigos 24º e 25º da Lei n.º 32/2012 de 14 de agosto, e sem prejuízo de outros elementos que decorrem de regimes especiais.

a) Conteúdo material do Plano:

 Definição e caracterização da área de intervenção, identificando os valores culturais e naturais a proteger;

 As operações de transformação fundiária necessárias e a definição das regras relativas às obras de urbanização;

 O desenho urbano, exprimido a definição dos espaços públicos, de circulação viária e pedonal, de estacionamento, bem como do respetivo tratamento, implantações, modelação do terreno, distribuição volumétrica, bem como a localização dos equipamentos e zonas verdes;

 A distribuição de funções e a definição de parâmetros urbanísticos, designadamente índices, densidade de fogos, número de pisos e alturas de fachadas;

 Indicadores relativos às cores e materiais a utilizar;

 As operações de demolição, conservação e reabilitação das construções existentes;  As regras para a ocupação e gestão dos espaços públicos;

 A implantação das redes de infraestruturas, com delimitação objetiva das áreas a ela afetas;

 Os critérios de inserção urbanística e o dimensionamento dos equipamentos de utilização coletiva e a respetiva localização no caso dos equipamentos públicos;

 A identificação dos sistemas de execução do Plano e a programação dos investimentos públicos associado, bem como a sua articulação com os investimentos privados;

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b) Conteúdo documental do Plano:

b.1 Elementos que constituem o Plano:

 Regulamento;

 Planta de Implantação, que representa o regime de uso, ocupação e transformação da área de intervenção desdobrada nas seguintes Plantas:

- Planta de Ocupação do Solo - Desenho nº 01, na escala 1/1000;

- Planta de Operação de Transformação Fundiária – Cedências e Espaços Privados com ónus de Utilização Pública – Desenho nº 02, na escala 1/1000;

- Planta Geral de Paisagismo – Desenho nº 03, na escala 1/1000;

 Planta de Condicionantes, Desenho nº 04, na escala 1/1000, que identifica as servidões e restrições de utilidade pública em vigor que possam constitui limitações ou impedimentos a qualquer forma específica de aproveitamento – Desenho nº 04, na escala 1/1000.

b.2 Elementos que acompanham o Plano:

Peças Desenhadas:

 Planta de Localização – Desenho nº 05, na escala 1/25000;  Planta de Enquadramento – Desenho nº 06, na escala 1/5000;  Planta da Situação Existente – Desenho nº 07, na escala 1/2000;  Planta de Demolições – Desenho nº 08, na escala 1/2000;

 Extratos da 1ª Revisão do PDML – Desenho nº 09, na escala 1/10000;  Planta de Explicitação de Zonamento – Desenho nº 10, na escala 1/1000;

 Planta de Identificação das Categorias do Uso do Solo na Subunidade Operativa de Planeamento e Gestão (SUOPG) – Desenho nº 11, na escala1/1000;

 Planta de Situação Fundiária – Cadastro Original – Desenho nº 12, na escala 1/1000;  Planta de Operação de Transformação Fundiária – Lotes propostos – Desenho nº 13,

escala 1/1000;

 Planta de Gestão do Espaço Público e Privado – Desenho nº 14, na escala 1/1000;  Planta de Sistema Viário, Pedonal e Ciclovia – Desenho nº 15, na escala 1/1000;  Planta de Estacionamento – Desenho nº 16, na escala 1/1000;

 Paisagismo – Planta de Tipologias Vegetais – Desenho nº 17, na escala 1/1000;  Paisagismo – Planta de Modelação de Terreno – Desenho nº 18, na escala 1/1000;  Paisagismo – Planta de Pavimentos – Desenho nº 19, na escala 1/1000;

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 Perfis Gerais – Pré-Modelo de Ocupação – Desenho nº 20, na escala 1/1000;  Infraestruturas Viárias – Planta de Piquetagem – Desenho nº 21, na escala 1/1000;  Infraestruturas Viárias - Perfis Longitudinais dos Arruamentos I – Desenho nº 22,

esc.1/1000 e 1/100;

 Infraestruturas Viárias - Perfis Longitudinais dos Arruamentos II – Desenho nº 23, esc.1/1000 e 1/100;

 Infraestruturas Viárias – Perfis Transversais tipo dos Arruamentos – Desenho nº 24, esc.1/1000 e1/100;

 Planta do Traçado da Rede de Distribuição de Águas – Desenho nº 25, esc.1/1000;  Planta do Traçado da Rede de Drenagem de Águas Residuais – Desenho nº 26, na

escala 1/1000;

 Planta do Traçado da Rede de Drenagem de Águas Pluviais – Desenho nº 27, na escala 1/1000;

 Planta do Traçado da Rede de Distribuição de Energia Elétrica – Desenho nº 28, na escala 1/1000;

 Planta do Traçado da Rede de Iluminação Pública – Desenho nº 29, na escala 1/1000;  Planta do Traçado da Rede de Telecomunicações – Desenho nº 30, na escala 1/1000;  Planta do Traçado da Rede de Distribuição de Gás – Desenho nº 31, na escala 1/1000.  Planta do Traçado da Rede de Resíduos Sólidos Urbanos – Desenho nº 32, na escala

1/1000

Peças Escritas:

 Relatório, contendo a fundamentação técnica das soluções propostas no Plano, suportada na identificação e caracterização objetiva dos recursos territoriais da sua área de intervenção e na avaliação das condições económicas, sociais, culturais e ambientais para a sua execução;

 Anexos:

I. Ficha Técnica – Equipa Projetista do PPRUCC II. Quadros Síntese

III. Fichas de identificação e caracterização dos edifícios

IV. Ficha de dados estatísticos

V. Estudo de Tráfego

VI. Estudo Geológico e Geotécnico

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VIII. Relatório Ambiental no qual se identificam, descrevem e avaliam, os eventuais efeitos significativos no ambiente, resultantes da aplicação do Plano e as suas alternativas razoáveis que tenham em conta os objetivos e o âmbito de aplicação territorial respetivos;

IX. Relatório da reconversão do Estabelecimento Prisional de Lisboa - apreciação arquitetónica e urbanística

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6. COMPATIBILIDADE DO PLANO EM RELAÇÃO AOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO

TERRITORIAL EFICAZES

6.1 Enquadramento no Plano Regional de Ordenamento do Território de Lisboa e Vale do

Tejo (PROT-AML)

O PROT-AML está consagrado na Resolução de Conselho de Ministros n.º 68/2002 de 8 de Abril.

Os planos municipais devem adaptar-se às opções estratégicas, orientações e determinações emanadas do Plano Regional.

Segundo o Esquema de Modelo Territorial traduzido no PROT-AML a área de intervenção encontra-se na dimensão territorial denominada de Área Metropolitana Central e constitui um Centro de 1º Nível e insere-se na Unidade Territorial 2 – “Lisboa Centro Metropolitano”, na Subunidade “Área Central de Lisboa” em “Área Urbana Central a Revitalizar”. Estes espaços destacam-se pela sua necessidade de recuperação no sentido de combater a desertificação populacional e de decadência comercial.

Em termos de Orientações Territoriais, destaca-se a norma 1.3.2.1 atinente À Unidade Territorial onde se insere o Plano a qual estabelece: “Promover Lisboa como área central para a localização de atividades e desempenho de funções de nível superior com capacidade de servir de motor de desenvolvimento do AML”.

Em termos de Normas orientadoras e de entre as Ações Urbanísticas a promover, destacam-se as seguintes:

1) Implantação de atividades inovadoras e de qualidade;

2) Criação de condições favoráveis à reabilitação e manutenção da função habitacional;

3) Dinamização do comércio, dos serviços e de atividades culturais e recreativas;

4) Criação de espaços públicos qualificados;

O Plano encontra-se conforme estas intenções de renovação e requalificação urbanas através de:

1) Consolidação da vocação científica pela ampliação do Campus da UNL, através da futura instalação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas desta Universidade e da reabilitação futura da EPL como Equipamento Coletivo.

2) e 3) Elevação do nível de serviços urbanos, ao nível da criação de novas áreas qualificadas, e melhoria da qualidade da oferta habitacional. Inclusão de um Empreendimento Hoteleiro como dinamizador desta renovada ocupação.

4) Valorização do espaço público, estruturação da rede viária principal permitindo a permeabilidade do território constituído atualmente por grandes áreas encerradas em relação à malha urbana circundante.

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Inclusão de Áreas Verdes de enquadramento de edifícios, nomeadamente os diversos Equipamentos e Instituições Universitárias. Valorização de toda a Circulação Pedonal reservando áreas qualificadas, junto à estrutura verde, que permitam o atravessamento de peões desde a malha urbana circundante e correspondente Infraestrutura Viária.

A renovação de todas as Infraestruturas (técnicas, viárias, pedonais) e a intervenção ao nível da revitalização do Edificado deverão ser considerados como aceleradores do desenvolvimento tal como preconizado pelo PROT-AML.

No que concerne à Estrutura Metropolitana de Proteção e Valorização Ambiental, o PROT-AML identifica o Corredor Verde como prolongamento da Área Vital abrangente correspondente ao Parque Eduardo VII.

O Plano aproxima o Corredor da Estrutura Urbana, considerando-o como elemento central e estruturante de toda a operação. A revitalização da área habitacional e a implantação de uma nova população (estudantes, turismo etc.) serão determinantes para a consolidação do uso desta Área Verde Vital e da Ciclovia que a percorre.

6.2 Enquadramento na 1ª Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa

6.2.1 De acordo com a Planta de Ordenamento relativa à Qualificação do Espaço Urbano da 1ª

Revisão do PDML, e conforme assinalado na Planta de Explicitação de Zonamento do PPRUCC, o uso do solo na área definida para o Plano está previsto realizar-se segundo as seguintes categorias e subcategorias de espaço:

a) Espaços Consolidados:

 Espaços Centrais e Residenciais – Traçados Urbanos B e C;  Espaços Verdes de Recreio e Produção;

 Espaços Verdes de Enquadramento a Infraestruturas;  Espaços de Uso Especial de Equipamentos;

 Espaços de Uso Especial de Infraestruturas. b) Espaços a Consolidar:

 Espaços Centrais e Residenciais;  Espaços Verdes de Recreio e Produção;

6.2.2 Também de acordo com o disposto na Planta de Ordenamento relativa à Qualificação do

Espaço Urbano da 1ª Revisão do PDML, o PPRUCC, é abrangido por uma extensa área de valor Arqueológico de Nível III, assinalada nas Plantas de Implantação e de Explicitação do Zonamento do presente PP.

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6.2.3 Relativamente ao Património Edificado e Paisagístico, identificam-se, à data, na área do

Plano:

a) Imóveis classificados, e respetivas zonas gerais e especiais de proteção, assinalados na Planta de Condicionantes e na Planta de Explicitação do Zonamento:  3199 Aqueduto das Águas Livres, seus Aferentes e Correlacionados”, Monumento

Nacional, Dec. N.º 5/2002, de 19.02.2002;

 3213 Casa de Ventura Terra, incluindo os elementos decorativos que a integram e o respetivo parque, Imóvel de Interesse Público, Dec. Nº 28/82, de 26.02.1982;

 3270 Escadaria do antigo Colégio Jesuíta em Campolide / Edifício onde esteve instalado o Batalhão de Caçadores nº 5”, Imóvel de Interesse Público, Dec. Nº 129/77, de 29.09.1977;

 4662 Capela do antigo edifício do Colégio de Campolide da Companhia de Jesus, Imóvel de Interesse Público, Dec. Nº 45/93, de 30.11.1993;

 74296 Cadeia Penitenciária de Lisboa / Estabelecimento Prisional de Lisboa, Monumento de interesse público, Rua Marquês de Fronteira, 52 a 60, Lisboa, freguesia de Campolide, Portaria nº 740-AZ/2012 e Anexo, publicada no DR, 2ª série, nº248, Suplemento, de 24-12-2012 e da Declaração de Retificação nº291/2013 ao Anexo, publicada no DR, 2ªsérie, nº 47, de 07-03-2013.

b) Imóveis e conjuntos edificados não classificados integrados na Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico (CMPEP), assinalados na Planta de Implantação:  10.04 – Mesquita de Lisboa / Rua Dr. Júlio Dantas; Rua da Mesquita; Rua Ramalho

Ortigão;

 10.08 – Escola Primária Oficial Mestre Querubim Lapa / Trav. de Estêvão Pinto; Rua de Campolide - Escola Básica do 1º Ciclo nº 23 e Jardim de Infância;

 10.09 – Edifício de habitação plurifamiliar / Trav. de Estêvão Pinto, 6 - (Antigo) Palácio Roque Gameiro;

 10.11 – Conjunto Arquitetónico da Universidade Nova de Lisboa, composto por:

10.11A – (Antigo) Colégio de Campolide / Trav. de Estêvão Pinto; Av. Ressano Garcia -

Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa;

10.11B – Residência Universitária Alfredo de Sousa / Campus de Campolide - Trav. de

Estêvão Pinto;

10.11C – Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa / Campus de Campolide - Trav. de Estêvão Pinto; Av. Ressano Garcia;

10.11D – Reitoria da Universidade Nova de Lisboa / Campus de Campolide - Av.

Ressano Garcia (Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura 2002);

 10.12 – Palácio da Justiça de Lisboa / Rua Marquês de Fronteira;  10.16 – Reservatório Pombal / Rua Marquês da Fronteira;

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A proposta do Plano de Pormenor prevê a manutenção dos bens imóveis e conjuntos anteriormente referidos, e vem aceitar a escala introduzida pelos edifícios do Colégio dos Jesuítas e do EPL e, ainda, pelos edifícios do Palácio da Justiça e antigo Tribunal de Polícia, tentando minimizar a excessiva volumetria do complexo da Nova Campolide.

6.2.4 Conforme definido na Planta da Estrutura Ecológica Municipal da 1ª Revisão do

PDML, e vertido para a Planta de Implantação do PPRUCC, na área do plano identificam-se os identificam-seguintes sistemas integrados na estrutura ecológica municipal:

a) Estrutura Ecológica Fundamental:

Sistema de Corredores Estruturantes;  Sistema Húmido;

b) Estrutura Ecológica Integrada:

 Espaços Verdes; c) Eixos Arborizados;

Na mesma Planta, identificam-se as Parcelas que, pertencendo ao PPRUCC, integram a Estrutura Ecológica Municipal.

6.2.5 A Planta da Ordenamento - Sistema de Vistas da 1ª Revisão do PDML, identifica, na

área correspondente ao PPRUCC, nomeadamente no Campus da UNL e na zona a norte deste, pertencente ao Corredor Verde, os seguintes Subsistemas:

 Subsistema de Pontos Dominantes;  Subsistema de ângulos de visão;  Subsistema de vales.

6.2.6 Em relação aos Riscos Naturais e Antrópicos, o PPRUCC procede à avaliação e

recomenda a adoção de medidas mitigadoras no presente Relatório, reconhecendo na sua área de Intervenção os seguintes Riscos:

a) Vulnerabilidade às inundações: moderada (compreende uma faixa na zona poente do plano, que abrange os edifícios propostos entre a Travessa Estevão Pinto e a Alameda proposta, os edifícios existentes da Nova Campolide e os edifícios propostos da futura FCSH);

b) Suscetibilidade de Ocorrência de Movimentos de Massa em Vertentes: moderada (na Parcela a norte do Campus da UNL, pertencente ao Corredor Verde) e elevada (na Parcela correspondente ao Edifício do SAMS);

c) Vulnerabilidade Sísmica dos Solos: moderada (abrangendo a zona nascente do plano, nomeadamente as Parcelas do Palácio da Justiça, do Tribunal de Polícia, parte do atual EPL, o corredor verde – 1ª fase e a Casa de Ventura Terra com o respetivo parque).

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6.2.7 De acordo com a Planta de Condicionantes de Infraestruturas e as Plantas de

Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública (SARUP I e II) da 1ª Revisão do PDML, na área do PPRUCC, identificam-se as seguintes condicionantes, assinaladas na respetiva peça fundamental do plano (Planta de Condicionantes):

a) Condicionantes de Infraestruturas:

 Sistema de Drenagem – Rede Principal;  Linhas de Metro (Existentes e em Estudo);  Estações de Metro (em Estudo);

 Zona de Proteção do Metro (Linhas Existentes e em Construção e Linhas em Estudo);

b) Servidões Administrativas e Restrições de Utilidade Pública

 Instalações Militares;

 Marcos Geodésicos (Vértices Geodésicos);  Servidão do Aeroporto de Lisboa;

 Prisões e Estabelecimentos Tutelares de Menores;

 Imóveis Classificados e respetivas zonas gerais e especiais de proteção (já identificados anteriormente neste Capítulo).

6.3 Alterações à 1ª Revisão do Plano Director Municipal de Lisboa

A proposta de plano vem alterar pontualmente, as parcelas Q e A1 identificadas na Planta de Implantação – Ocupação do Solo do PPRUCC.

Os ajustes introduzidos devem-se por um lado, à transposição da escala da 1ª Revisão do PDML para um PP, e por outro lado, ao conhecimento mais profundo e atualizado do território, obtido no decurso da elaboração do PPRUCC, que ditou o incremento das alterações agora consagradas no presente plano.

A parcela Q, que integra a área da EPAL, qualificada como espaço consolidado de uso especial de infraestruturas na Planta de Ordenamento – Qualificação do Espaço Urbano da 1ª Revisão do PDML, corresponde a uma área com uma ocupação distinta da restante parcela; compreende um equipamento - Lar de idosos e Centro de Dia da Associação para o Serviço de Apoio Social a Reformados da EPAL. Optou-se por considerar uma nova qualificação do solo nesta área, adequada ao uso existente e à sua otimização, aplicando-se o disposto no PDML para os espaços consolidados de uso especial de equipamento.

A parcela A1 configura apenas um ajuste dos limites da qualificação de espaço atribuída na 1ª Revisão do PDML, para a área que envolve o palácio da Justiça - espaço consolidado de uso especial de equipamento. Esse ajuste deve-se à conformação com os limites da intervenção do projeto do corredor verde (1ª fase), adotando-se nessa zona a qualificação adequada à situação existente de espaço verde de recreio e produção consolidado, de acordo com o definido no PDML para a área adjacente ao palácio da justiça.

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7. DESCRIÇÃO DA PROPOSTA

No presente ponto, o Plano é descrito nas seguintes componentes:

Subunidade Operativa de Planeamento e Gestão (SUOPG), onde se instala a principal

edificação, incluindo equipamentos que compõem o Plano de Pormenor;

Área exterior à SUOPG;

Cenário Demográfico;

Paisagismo / Arranjos exteriores que sintetizam todo um território eminentemente

pedonal;

Acessibilidades e percursos pedonais;

Estacionamento.

7.1 Subunidade Operativa de Planeamento e Gestão (SUOPG)

A única Subunidade Operativa de Planeamento e Gestão proposta está referenciada ao Cadastro Proposto e representa o sector de intervenção mais determinante para a consolidação do Território. A estrutura viária e as condições das infraestruturas propostas obrigam a que esta área venha a ser intervencionada em conjunto constituindo-se como uma Subunidade Operativa de Planeamento e Gestão comum.

Esta Área central abrange:

 O Campus de Campolide;  A envolvente urbana do EPL;

 A área adjacente à Avenida Miguel Torga.

O Corredor Verde e a envolvente do Palácio da Justiça estão excluídos da Subunidade Operativa de Planeamento e Gestão sendo que as intervenções nestes sectores serão menos intrusivas, nomeadamente do ponto de vista da Edificação, restringindo-se à requalificação paisagística e à execução de um parqueamento subterrâneo.

Fazem parte da Subunidade Operativa de Planeamento e Gestão os seguintes edifícios:

a) EDIFÍCIOS EXISTENTES:

U1a – Faculdade de Economia e ISEGI;

U1b – Residência Universitária Alfredo de Sousa; U1c – Faculdade de Direito;

U1d – Reitoria e Serviços Sociais da UNL.

E1a1 – Hospital da EPL / Estabelecimento Hoteleiro IG1 – Igreja Paroquial de Santo António de Campolide

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b) EDIFÍCIOS PROPOSTOS UNL:

U1e – Pavilhão Polidesportivo; U1f – Edifício de Extensão da UNL; U1g – Ampliação da Faculdade de Direito; U1h – Cantina e Cafetaria;

U2 – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas; E5 – Habitação.

c) EDIFÍCIOS PROPOSTOS ESTAMO:

E1a2/ E1a3 – Comércio e Serviços; E1c/E1d – Habitação;

E2a/b/c/d – Habitação, Comércio e Serviços;

E3a/E3b – Estabelecimentos Hoteleiros (inclui EPL3 a reconverter); E4a – Habitação e Comércio.

d) EDIFÍCIOS PROPOSTOS MINISTÉRIO DA DEFESA:

E4b – Habitação e Equipamento.

e) EDIFÍCIOS PROPOSTOS PELA PARÓQUIA:

IG2 – Equipamento EQ1 – Equipamento EQ2 – Equipamento

f) EDIFÍCIOS A RECONVERTER:

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Subunidade Operativa de Planeamento e Gestão

Subunidade Operativa de Planeamento e Gestão – Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana do Campus de Campolide

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A Subunidade Operativa de Planeamento e Gestão abrange três setores que a seguir se descrevem:

Setor 1

 O setor referente à ampliação do Campus de Campolide da Universidade Nova de Lisboa que vem definir as condições de usos e ocupação de novas áreas situadas a norte e a sul do atual Campus, tendo por objetivo a integração e coerência de todo o complexo existente.

 O estudo realizado vem consolidar anteriores propostas no sentido de conferir “estrutura urbana” ao espaço público existente entre os edifícios, visando disciplinar as intervenções arquitetónicas e paisagísticas futuras.

 Assim, o “centro” do Campus Universitário que atualmente se encontra ocupado pela Reitoria, Faculdade de Economia e Bloco Polivalente (atual Faculdade de Direito), corresponde ao núcleo inicial de todo o complexo universitário.

 A norte, o Campus confronta-se com a ampliação do Corredor Verde, que continuará o seu percurso para Monsanto. Junto a esta área serão construídos equipamentos de apoio de dimensões muito reduzidas, como a Cantina Universitária e o Pavilhão Polidesportivo, de forma a usufruir da proximidade do Corredor Verde como zona de estadia e prática de desporto ao ar livre.

 A poente, a Residência Universitária Alfredo de Sousa já existente, delimita o Campus.  A sul, a Universidade disporá de uma área destinada à futura Faculdade de Ciência

Sociais e Humanas, ligando o Campus à malha urbana Habitacional, ao Complexo do Palácio da Justiça e ao equipamento coletivo (reconversão do EPL) e fazendo a transição de alturas de edifícios distintas.

Pretende-se, assim, resolver, com a reestruturação proposta, a confirmação deste lugar ímpar na cidade, transformando-o num “logradouro” que interessa a toda a população escolar que frequenta e habita o Campus.

Entendeu e propôs a Universidade transformar este território da cidade num Campus acessível, não se apresentando como um condomínio fechado.

Setor 2

O segundo sector, correspondente à envolvente urbana do EPL, com uma centralidade naturalmente gerada pelo edifício do EPL, e pela sua localização de charneira entre as duas vertentes da encosta (norte e sul), tirando ainda partido da proximidade dos espaços verdes contíguos (Parque Eduardo VII e futuro Corredor Verde).

A proposta de requalificação da área abrangendo o EPL assenta nas diversas opções que a seguir se descrevem:

 Recuperação do edifício E1a para serviços sobre embasamento existente. Esta plataforma será refeita de forma a poder albergar Comércio/Serviços com frente para a Rua F, resolvendo, deste modo, a diferença de cotas entre a soleira de E1a e as vias existentes (Av. Marquês da Fronteira e Transversais).

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 Proposta de dois edifícios de habitação, E1b e E1c, com uma altura de fachada de 8 e 9 pisos, articulando os planos verdes junto aos depósitos da EPAL e estabelecendo uma transição entre o Edifício do Hospital a reconverter, o seu embasamento em galeria comercial, os novos Edifícios Hoteleiros e o restante tecido urbano;

 Proposta de um edifício (linear), E2a, E2b, E2c e E2d que irá delimitar e enquadrar uma praça de acesso às estruturas institucionais como o Palácio de Justiça e o antigo Tribunal de Polícia (edifício de equipamento);

 Proposta para um conjunto edificado, E3a e E3b, composto por Estabelecimentos Hoteleiros, incluindo parte do edifício EPL3 a reconverter;

 A proposta dos Edifícios de Habitação, Comércio e Equipamento E4a e E4b assenta em terrenos a ceder pela CML e Ministério da Defesa;

 Proposta para a reabilitação do edifício da penitenciária – EPL1/2 -, a cargo da CML, destinando-o a um equipamento coletivo;

 Proposta de um edifício E5 que será objeto de permuta entre a UNL (detentora da possibilidade de construção) e a ESTAMO.

Toda a área a requalificar dentro da Subunidade Operativa respeitará o índice urbanístico indicado em Quadro Síntese.

A necessidade de enquadrar e perspetivar o futuro aproveitamento do Estabelecimento Prisional de Lisboa – EPL -, conduziu à elaboração de um estudo sobre a evolução dos casos europeus mais significativos, as potencialidades e constrangimentos do edifício e as atitudes sobre possíveis reconversões e integração no Plano de Pormenor.

Os estudos de integração ou “memória” do edifício prisional colocaram duas hipóteses:

 A supressão do edifício configurando apenas a marca no território, dando lugar a um parque verde;

 A manutenção com reabilitação do edifício convertendo num equipamento.

A CML optou pela segunda hipótese, ou seja a manutenção do Edificado, requalificando-o.

A ESTAMO adquiriu ao Estado os terrenos do atual EPL – Estabelecimento Prisional de Lisboa- que será desafetado futuramente, prevendo-se que o espaço urbano venha a ser reestruturado, tornando-se este um dos objetivos principais do Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana do Campus de Campolide. A área em causa será parcialmente enquadrada com um Edifício destinado a Estabelecimento Hoteleiro de elevada categoria (4 a 5 estrelas).

Este Empreendimento Turístico irá posicionar-se de modo a beneficiar do quadrante de vistas sobre o Vale da Avenida da Liberdade, na direção do Castelo de S. Jorge e do Rio Tejo.

Do restante programa urbanístico elaborado pela ESTAMO é importante salientar a preferência de uma afetação de usos para habitação, não apenas por razões de viabilidade do próprio projeto, dada a procura no mercado imobiliário, mas ainda porque se entende que os espaços urbanos devem ser habitados e vividos num quotidiano de forma plena. Também por razões de sustentabilidade, procurou-se não vocacionar áreas exclusivamente ao terciário, sob pena de nos defrontarmos com uma cidade desertificada a partir de certas horas do dia.

Assim, é proposto que o edifício fronteiro ao Palácio da Justiça seja misto de Habitação e Serviços (terciário), a fim de que o espaço urbano proposto apresente uma vida urbana com algum significado, e a desfrutar a diferentes horas.

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DESCRIÇÃO DA PROPOSTA

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Setor 3

O terceiro sector que se integra na Subunidade Operativa abrange os terrenos adjacentes à Avenida Miguel Torga. A C.M.L dispondo de terrenos junto à Avenida Miguel Torga, prevê a cedência destes terrenos à ESTAMO e Ministério da Defesa, destinados à construção do edifício E4a e E4b de Habitação e Comércio a promover futuramente, tendo em conta que receberá o edifício do EPL, destinado a um Equipamento Coletivo, como cedência para um índice de construção acordado.

7.2. Área exterior à SUOPG

O Palácio da Justiça e o antigo Tribunal de Polícia carecem de um evidente enquadramento, que é resolvido no Plano através de uma praça e um arranjo de superfície que lhe confere uma evidente urbanidade.

A nascente do complexo afeto ao Ministério de Justiça, está situado o Corredor Verde e Jardim Histórico da Universidade, onde se localiza o Palacete Mendonça (a unidade de MBA – Master’s Business Administration – da UNL).

O Corredor Verde é uma ampla faixa de espaço verde público, paralela ao Jardim Histórico da UNL, estruturada por uma ciclovia.

Este espaço urbano permitirá dar sequência à ambicionada ligação entre o Parque Eduardo VII e o Monsanto.

Todo o desenho do Corredor Verde é da responsabilidade dos Serviços da Câmara Municipal de Lisboa, através do Departamento de Espaços Verdes.

O edifício de extensão do Banco Santander resulta de um compromisso urbanístico firmado com o município e em vigor. A proposta prevê uma construção com frente para a Av. Calouste Gulbenkian e enterrado na relação que estabelece com a cota do Campus de Campolide.

7.3 Cenário Demográfico

Na área de intervenção do Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana do Campus de Campolide a população residente está distribuída do seguinte modo:

 A população universitária, afeta à Universidade Nova de Lisboa;

 A população do ensino básico e secundário, afeta a duas escolas municipais existentes;  A população prisional, afeta ao Estabelecimento Prisional de Lisboa;

 A população laboral referente a serviços, Ministério da Justiça, antigo Tribunal de Polícia e às Instituições Bancárias (sediadas junto à Av. Calouste Gulbenkian), para além do público que as frequenta;

 A população residente em alguns conjuntos habitacionais: Nova Campolide, edifícios da Travessa Estevão Pinto e edifícios onde residem as famílias dos guardas prisionais.

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POPULAÇÃO EXISTENTE

No que se refere às projeções populacionais do novo Plano de Pormenor, propõe-se um conjunto de alterações no âmbito populacional afeto à Subunidade Operativa de Planeamento e Gestão e que se referem a:

 População Universitária, com o acréscimo de equipamentos universitários como a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, a ampliação da Faculdade de Direito, a extensão da UNL, o Pavilhão Polidesportivo, o edifício da Cantina;

 A reconversão do EPL em Equipamento Coletivo levando à anulação da população prisional desta área;

 Habitacional, com a introdução de novos edifícios para habitação permanente, como o E1b/c, E2a/b/c/d, E4a/b e E5;

 Comercial, nos pisos térreos dos edifícios E2a/b/c/d e E4a;

 De serviços, nos edifícios E1a, E1b e E1c, E2a/b/c/d e Instituições Bancárias Ba e Bb;  De equipamento, nos edifícios IG1, IG2, EQ1, EQ2 e E4b

 Turística / habitação temporária, nos Estabelecimentos Hoteleiros (E3a/b). Sector Sup. Pavimento (Aproximada) Unidade População Universitário Alunos 4.300 Ensino Alunos 1.150

Prisional 6.400m² Presos/ Guardas 1.300

Serviços 60.580m² 9m² / trabalhador 6.730

Habitacional 38.772m² 4.5 hab / fogo 1.479

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AUMENTO PREVISTO DA POPULAÇÃO

Sector

Sup. Pavimento (Aproximada)

Unidade População

Universitário 68.570m² Alunos Aprox. 5.000*

Habitacional 63.204m²/ 150 4.5 hab / fogo Aprox. 1.800

Comércio 6.920m² - População flutuante

Serviços 6.505m²

9m²/ trabalhador Aprox. 700

Equipamentos (EPL) ** 23.800m² - Aprox. 350

Turismo

29.961m² / 70 m²

(Unid. Aloj.)

X 2 Camas Aprox. 800

Total Aprox. 8.650pessoas

* De acordo com dados fornecidos pela UNL

**No cálculo da população haverá que subtrair 1300habitantes afetos ao estabelecimento prisional.

Cálculo da população total prevista:

(14.959 pop. Existente – 1300 hab. Prisionais) + 8650 pop. aumento = 22.309 p.

Trazer para o Campus de Campolide novos utilizadores permanentes e temporários que contribuam para o povoar e reequilibrar do ponto de vista socioeconómico, promovendo a habitação de várias tipologias, novos equipamentos universitários, turismo, comércio e serviços é determinante para a sua revitalização.

Apresenta-se, assim, um cenário demográfico que se considera possível e desejável, decorrente da proposta apresentada.

7.4 Paisagismo / Arranjos Exteriores

O espaço urbano, sobre o qual opera o presente plano de pormenor, corresponde a uma manta de retalhos de usos não conexos, lotes ocupados por entidades privadas ou públicas, mas quase sempre invariavelmente fechados sobre si próprios e sem relação com um contexto, cuja matriz tem vindo a ser alterada ao longo das últimas quatro décadas.

Os macro lotes, com usos dificilmente relacionáveis entre si e não pensados numa lógica comum de relacionamento funcional aberto com a cidade, vão coexistindo com uma aparente

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inevitabilidade, revelando ou criando um mundo encerrado, anteriormente ignorado, agora pouco acessível: um back stage, espaço residual de alguma marginalidade. A presença dos grandes equipamentos murados determina um obstáculo funcional e percetivo importante e estrangula de tal forma as várias possibilidades de passagem/ligação que as tornam quase inviáveis. A excessiva compartimentação do território urbano constitui um fator de desqualificação da cidade.

Por outro lado, a persistência de um espaço não edificado no interior da cidade constitui um valor por si próprio, valor de vazio, no sentido de conservação de potencialidade máxima, mas também no sentido da relação da cidade com o seu espaço físico. A não edificação representa, de facto, reversibilidade, o legado sucessivo sem constrangimentos que não sejam a obrigação de não interromper esta cadeia de sustentabilidade; representa, também, a presença de uma materialidade insubstituível quando se procura uma consciência identitária do próprio chão e da própria ligação ao território.

7.4.1 Conceito

O presente plano de pormenor constitui a oportunidade (histórica) para afrontar efetivamente estas questões, para definir os modos de relacionamento daquelas grandes unidades entre si e destas com os sistemas de dimensão mais abrangente e complexa, a escala da cidade de Lisboa.

Contudo, o plano tem na sua génese uma formulação limitadora naquilo que aos aspetos identificados diz respeito, na medida em que são prevalecentes (porque aparentemente incontornáveis) as lógicas de manutenção da integridade daquelas unidades, com eventual exceção do espaço do EPL. Desta forma, a organização e caraterização do espaço público assume uma importância fulcral em termos da possibilidade de definição estrutural da nova situação urbana, eventualmente a única estrutura possível para a construção da identidade do plano.

A definição de uma matriz de espaço público estruturada, otimizadamente conectada com os tecidos envolventes, permite unir, sob um mesmo discurso urbano, peças de naturezas muito contrastadas e que parecem não querer compatibilizar-se, dando um sentido de identificação e de reconhecibilidade, e permitindo estabelecer um sistema de referenciação, fundamental para uma apropriação mais eficaz e, consequentemente, para a obtenção de melhores padrões de vivência.

Os grandes espaços exteriores de estadia desenvolvem-se segundo os seguintes conceitos:

 Praças;

 Rua / Travessias Pedonais;  Relvados / Terraços;  Pátios / Claustros.

Aquela definição concretiza-se essencialmente, pelo estabelecimento de uma família de materiais e construtividades que deverá conjugar aquilo que é próprio, intrínseco, diferenciador na cidade de Lisboa (o que será predominante o elemento ligante com o contexto), com reinterpretações, declinações de marcada contemporaneidade, material e formal; e na utilização de material vegetal, particularmente arbóreo, como veículo de criação de identidade, rua a rua, mas também na marcação de subespaços com características especiais, na definição de uma métrica de cheios e vazios própria do espaço público e, de certa forma, complementar relativamente à composição volumétrica das massas de edificação.

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7.4.2 Espaço Público

No que se refere ao Campus da Universidade Nova de Lisboa, o espaço público é caracterizado pela ampla praça principal relvada que decorre do posicionamento do edifício da Reitoria e da Faculdade de Economia. Trata-se do grande espaço de referência que constitui uma plataforma ímpar de apreciação da cidade, nomeadamente o seu quadrante de vistas do Parque do Monsanto.

Todo o espaço público é marginado por amplos relvados destinados, não só a estadia, como à possibilidade da prática do desporto de manutenção e outras atividades.

O espaço referente ao Equipamento Coletivo (antigo EPL) é constituído, igualmente, por uma plataforma verde central, hierarquizadora de toda a estrutura verde a partir da “Estrela de 6 Pontas” que caracteriza o grande complexo edificado. A reabilitação do edifício do EPL será sempre um lugar caracterizado pela centralidade e situação de “horizontalidade” do lugar.

Complementarmente, os edifícios de Habitação, de Turismo e Serviços, estabelecem um “limite aberto” e estabilizam um “logradouro” acessível.

A nascente, a relação desta plataforma central com o Corredor Verde deverá ser mediada pela “Praça da Justiça” que se procurará definir através da pavimentação e dos percursos pedonais propostos.

O Corredor Verde é uma enorme faixa de espaço público atravessado por uma ciclovia que consolida a ligação entre o Parque Eduardo VII e a futura ligação a Monsanto. O Corredor Verde corresponde a um importante espaço de descompressão na Cidade de Lisboa.

A CML procurou que a ciclovia disponha do enquadramento mais favorável, compondo o percurso com arvoredo e vegetação.

No início desta parcela do Corredor Verde localiza-se um respirador do Metro, cuja integração deverá ser melhorada.

O Jardim Histórico, com o Palácio Ventura Terra, vem reforçar o Corredor Verde, mantendo-se intacto todo o espaço verde já classificado.

No âmbito do futuro projeto de Espaço Público, caberá a definição dum Plano de Preservação e Manutenção das áreas e equipamentos que o constituem, do qual constará um conjunto de normas, de ordem geral e específica, quanto a: eventuais sistemas de financiamento, identificação das entidades responsáveis envolvidas e respetivas competências (organismos de gestão, fiscalização, empreiteiros, etc.), modelos contratuais entre as partes, adequados e de acordo com os procedimentos regulamentares usuais em situações do mesmo género, aturada descrição e modo de execução dos trabalhos a considerar, devidamente balizados no tempo, no espaço e na natureza que os distingue, estabelecimento de custos padronizados face às tarefas apuradas e demais diretrizes a considerar.

A montante do referido plano, o projeto deverá atender à adoção de soluções sustentáveis e equilibradas do ponto de vista biofísico, urbanístico e paisagístico, que deverão nortear a conceção

Geral do desenho da cidade, obviando a insuficiências e desajustes e tendo presente ou antecipando o enquadramento funcional e orgânico da conservação dos espaços

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7.5. Acessibilidades e Percursos Pedonais

As acessibilidades e percursos pedonais foram objeto de estudo e detalhe aquando da versão final do Plano, demarcando os principais trajetos que organizam todo o espaço público.

Pretende-se “disfuncionalizar” o espaço de circulação viária, conferindo a todos os percursos uma característica acentuadamente pedonal.

A relação entre edifícios surge reforçada pelos circuitos pedonais de ligação entre o Equipamento Coletivo (antigo EPL), a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e todo o Campus Universitário.

A implantação da área de Cantina e Cafetaria no interior do Campus, com uma relação privilegiada com o Corredor Verde, obrigará a um contínuo fluxo de população universitária entre os diferentes equipamentos universitários.

Em planta geral estão definidas as principais portarias do Campus Universitário que configuram um “acesso automóvel controlado”. Este condicionamento e o carácter eminentemente pedonal dos circuitos do Plano são reforçados pelas restrições de atravessamento automóvel no interior do Campus, com exceção dos veículos que acedem aos parqueamentos de superfície e em subsolo.

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Vedação do Campus

O Campus dispõe de uma vedação que restringe o acesso pedonal à noite, por razões de segurança. A reconfiguração desta vedação já existente está acordada com a UNL, incluindo a renovação do perímetro cercado através de uma vedação de melhor qualidade.

Os acessos da Universidade Nova de Lisboa serão constituídos por uma estrutura viária interna ao Campus, cuja ligação à estrutura urbana envolvente é, a norte, pela Rua Marquesa de Alorna e, a poente, pela nova ligação que se estabelece com a Avenida Miguel Torga, mantendo-se a Travessa Estêvão Pinto como via pedonal.

A acessibilidade deste território da Universidade está garantida através de três saídas do Metro, o que permite afirmar que se trata de uma área urbana de elevada centralidade em Lisboa:

 A norte, pela Praça de Espanha, (que, a partir do teatro Aberto, atravessa o princípio da Avenida José Malhoa, passando na Mesquita e desembocando na Rua Marquesa de Alorna);

 A nascente, junto a S. Sebastião (atravessando o Bairro Azul em direção à Mesquita);  A poente, (futura) na Rua. Marquês da Fronteira (atravessando a parte poente da antiga

penitenciária),

São estes os três vetores principais previstos das acessibilidades pedonais para integrar no Plano.

A população universitária deverá atingir cerca de 9000 alunos, sendo a sua circulação no Campus, eminentemente pedonal.

 Observando o Campus nas suas ligações viárias teremos que afirmar que é uma área de excelência em termos de centralidade e contorno:

 A sul, a Rua Marquês da Fronteira;  A poente, a Avenida Miguel Torga;  A norte, a Avenida Calouste Gulbenkian;  A nascente, a Rua Marquesa de Alorna.

Em termos de transportes públicos, é proposta uma ligação que atravessa toda a área do Plano a partir da Avenida Miguel Torga, marginando a futura Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e prosseguindo, através da praça contígua ao Palácio da Justiça, até à Rua Marquês da Fronteira.

A Universidade disporá de um circuito que define um anel pedonal no interior do Campus. Esse anel pedonal corresponderá a uma circulação que interliga os principais equipamentos universitários, respondendo a questões de acessibilidades e segurança.

A Travessa Estevão Pinto e a Rua Marquesa de Alorna constituem acessos que se integram e acedem ao sistema viário principal.

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ACESSIBILIDADES E PERCURSOS PEDONAIS

Percurso Pedonal

Percurso Pedonal para Peões com Mobilidade Reduzida

Percurso Transportes Públicos

Ciclovia

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7.6. Estacionamento

O Estudo de Estacionamento consta do Relatório de Tráfego que permite quantificar os parqueamentos propostos em superfície e subterrâneo. A respetiva descrição e estimativa de nº de lugares constam da Planta de Estacionamento.

A nova Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, assim como a nova Faculdade de Direito e o edifício de extensão da UNL, disporá de uma área de estacionamento coberto em cave.

As capacidades existentes e propostas decorrem das projeções realizadas sobre a atual utilização do Campus e da transferência da população da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e da construção e ampliação da nova Faculdade de Direito.

No âmbito das consultas do Plano, o Ministério da Justiça deverá pronunciar-se sobre a cedência para o domínio público da área prevista para a construção de um parqueamento subterrâneo e o arranjo de superfície correspondente à “Praça da Justiça”, que integra o Palácio de Justiça e o antigo Tribunal de Polícia e previsto no Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana do Campus de Campolide.

A gestão do parqueamento sob a Praça da Justiça assim como o arranjo de superfície será acordado entre os diferentes intervenientes.

O planeamento do estacionamento envolve uma opção de base: privilegiar o estacionamento coberto em detrimento do estacionamento de superfície.

Pretende-se, assim, libertar o espaço público de um estacionamento com pouca rotatividade que em nada dignifica este espaço público.

Assim, é proposto que o estacionamento à superfície seja de curta duração, favorecendo-se o estacionamento coberto.

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8. REABILITAÇÃO URBANA

A Câmara Municipal de Lisboa aprovou na reunião de 21 de Dezembro de 2011, a estratégia de reabilitação urbana para o território da cidade, numa perspetiva alargada relativamente a anteriores pontos de vista no concerne à área a delimitar, procurando desta forma abranger todas as áreas suscetíveis de requalificação e revitalização, mesmo aquelas que não fazendo partes das mais degradadas, possam ver melhoradas as suas condições de utilização e contribuir para um funcionamento mais harmonioso e sustentável do tecido urbano.

A área delimitada incluiu toda a área de intervenção do Plano, à exceção do perímetro do Estabelecimento prisional de Lisboa. À semelhança de outras grandes áreas de equipamentos ou de infraestruturas, na maioria pertencentes ao Estado, muitas encerradas ou obsoletas e para as quais se pondera a sua refuncionalização ou até a sua reestruturação, foi entendido que as operações necessárias teriam que passar por outo tipo de iniciativas. Contudo, no caso presente, tanto a ponderação do programa como o processo de classificação do imóvel, conduziram, no âmbito do processo de plano, a considerar a reabilitação do edifício como o mais adequado para se atingirem os objetivos preconizados.

A presente proposta de Plano enquadra-se por um lado, na estratégia que está espelhada no Regime jurídico da reabilitação urbana:

 Reabilitar tecidos urbanos em degradação;

 Promover a sustentabilidade ambiental, cultural e económica dos espaços urbanos fomentando a revitalização urbana, orientada por e objetivos estratégicos de desenvolvimento urbano, em que as ações de natureza material são concebidas de forma integrada e ativamente combinada na sua execução com intervenções de natureza social e económica;

 Assegurar a reabilitação de edifícios que se encontrem degradados, funcionalmente inadequados ou devolutos e melhorar as condições de habitabilidade e de segurança contra risco sísmico e de incêndios;

 Fomentar a adoção de critérios de eficiência energética em edifícios públicos e privados;  Garantir a proteção e promover a valorização do património cultural, afirmando os

valores patrimoniais, materiais e simbólicos como fatores de identidade, diferenciação e competitividade urbana;

 Modernizar as infraestruturas urbanas;

 Requalificar os espaços verdes, os espaços urbanos e os equipamentos de utilização coletiva;

 Promover a criação e a melhoria das acessibilidades para cidadãos com mobilidade condicionada.

Por outro lado, inscreve-se na estratégia avançada pela Câmara, tanto no que concerne aos objetivos gerais:

 Reabilitar a cidade, aumentar a coesão social, rejuvenescer o centro de Lisboa, atrair novas famílias, fixar empresas e emprego;

Referências

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