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Foram utilizados os seguintes instrumentos de coleta de dados: I – Gravação em vídeo de todas as aulas;

II – Diário de campo do pesquisador; III – Diário de campo dos bolsistas PIBID;

IV – Questionário de opinião dos estudantes e professores; V – Avaliação do material pelos professores.

I – Gravação em vídeo de todas as aulas

Foram feitas gravações em vídeo de todas as aulas das duas turmas investigadas. Tanto os estudantes quanto a unidade escolar foram informados que as aulas seriam gravadas com a finalidade de investigar a aceitação e dificuldade dos estudantes acerca das aulas de Química com enfoque CTS. Não ocorreu nenhuma manifestação de recusa sobre a gravação em vídeo das aulas, ao contrário, foram muitos solícitos à ação.

Ambas as partes foram informadas de que os dados obtidos através da gravação poderiam ser utilizados na dissertação de mestrado e, caso alguma fala proferida pelos estudantes fosse interessante para a investigação e, por conseguinte

tivesse a necessidade de ser utilizada, seria utilizado pseudônimo para preservar a real identidade do sujeito. Além disso, esse instrumento era previsto no “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” (ver Apêndice A) assinado pelos pais ou responsáveis dos estudantes.

A conversa com os professores também foi gravada na forma de vídeo. Este instrumento foi escolhido para analisar principalmente a participação e interesse dos estudantes no decorrer das aulas e no debate proposto para a sexta aula que trata da retomada da questão social inicialmente introduzida. E, na etapa do colóquio com os professores, este instrumento subsidiou o pesquisador na identificação das percepções e dificuldades dos professores, bem como no engajamento dos mesmos na análise inicial do material.

II – Diário de campo do pesquisador

Ao término de cada turno de aula, foi redigido um diário de campo do pesquisador para conseguir coletar com detalhes dados relativos às observações e percepções, ao longo das aulas de aplicação do protótipo do material de apoio ao professor.

Esse relato das aulas buscou identificar e analisar os pontos mais relevantes e interessantes na visão dos estudantes. Além disso, foi um momento importante para que eu, enquanto professor optante pela educação CTS, conseguisse fazer uma autoavaliação de minha prática docente e, assim refletir sobre os pontos que atingiram êxito e aqueles que, porventura, mereçam uma reestruturação. O ato de redigir o diário de campo adquiriu importância, à medida que o material de apoio estava ainda em construção.

III – Diário de campo dos bolsistas do Pibid

Dois estudantes do curso de licenciatura em Química do IFG, bolsistas do Pibid, fizeram relatos das aulas de aplicação do material de apoio aos professores, observando principalmente a participação dos estudantes.

Optou-se por esse instrumento pelo fato de necessitar de percepções díspares das pessoas que estavam envolvidas de forma direta com a condução e a

análise dos dados da pesquisa. Dessa forma, tivemos mais uma possibilidade de garantir a idoneidade do processo de construção desta dissertação.

IV – Questionário de opinião dos estudantes e professores

Buscando identificar a opinião dos estudantes sobre as aulas CTS e a abordagem temática desenvolvida, foi aplicado um questionário (ver Apêndice C). Esse questionário contemplava perguntas referentes desde as contribuições de abordagens diferenciadas do ensino de Química, até a avaliação, acerca da ação pedagógica do professor/pesquisador durante o processo de aplicação do material de apoio. Além disso, buscava registrar, junto a esses estudantes, sugestões que corroborem para a construção de materiais didáticos que levem em consideração a opinião dos estudantes. Ou seja, serviu como mais um suporte para dimensionar a participação e o entendimento dos estudantes durante a execução do material.

No caso do questionário dos professores (ver Apêndice D), este contemplava questões inerentes à sua trajetória acadêmica e profissional. Abordava também aspectos relacionados às suas percepções iniciais sobre o material e, já buscava sugestões desses professores sobre possibilidades de aulas interdisciplinares a partir do tema “água”. Algumas das sugestões foram acatadas na versão final do material.

V – Avaliação do material pelos professores

Ao final da segunda reformulação, proveniente da etapa de conversa com os professores e bolsistas do Pibid, foram selecionados quatro professores e os dois bolsistas para serem os leitores críticos do produto final dessa dissertação. O critério adotado para a seleção dos professores, como já mencionado, foi a formação inicial e/ou continuada na área e o tempo de atuação na disciplina ministrada. Dessa forma, foram leitores críticos dois professores de Química, um de Física e um de Biologia.

Foi elaborado um roteiro, para facilitar a análise dos leitores críticos. Esse roteiro de análise (ver Apêndice E) apresenta os seguintes critérios: a) viabilidade da aplicação do material em suas em suas aulas; b) tipo de contribuição que o módulo poderá trazer ao ensino de Ciências (Foco na área de atuação e/ou formação)

(Química, Física e Biologia); c) em que aspectos a proposta se diferencia da abordagem tradicional; d) as falhas contidas no material; e) sugestões para melhoria das falhas encontradas; f) quaisquer outras ponderações acerca do material recebido.

As questões norteadoras do roteiro se configuraram na etapa de análise dos dados como categorias estabelecidas a priori. Pretendi com esse instrumento atingir uma das dimensões do objetivo desta dissertação que é a avaliação do material produzido. Além disso, conseguiu-se também identificar a viabilidade de aplicação do material nas aulas desses profissionais e a disponibilidade deles em trabalhar em uma perspectiva de educação CTS. Ao final dessa análise crítica dos leitores, chegou-se à versão final que encontra-se no Apêndice F.