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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Nesta pesquisa foram utilizados, como instrumentos de coleta de dados, questionários, exercícios dirigidos para o treinamento perceptual e provas para a avaliação do desempenho dos alunos na interpretação radiográfica das anormalidades ósseas dos maxilares.

3.4.1 Questionário

Foram aplicados dois questionários estruturados aos alunos da disciplina de Radiologia Odontológica da Universidade Federal de Odontologia, participantes da pesquisa. Para a elaboração desses questionários, tomaram-se por base as orientações de Günter (2003) e Gil (2008).

Günter (2003), considera que existem três caminhos para estudar e compreender o comportamento humano: a) observar o comportamento que ocorre naturalmente no ambiente real; b) criar situações artificiais e observar o comportamento ante tarefas definidas para essas situações; c) perguntar às pessoas sobre o que fazem ou fizeram e pensam ou pensaram. Conforme esse autor, cada uma dessas formas está ligada à qualidade e à utilização dos dados a serem considerados pelo pesquisador para que se propõe na pesquisa.

O questionário, segundo Yaremko et al. (1986, p. 186), pode ser definido como “um conjunto de perguntas sobre um determinado tópico que não testa a habilidade do respondente, mas mede sua opinião, seus interesses, aspectos de personalidade e informação biográfica”. Construir um questionário consiste basicamente em traduzir os objetivos da pesquisa em questões específicas. As respostas a essas questões é que irão proporcionar os dados requeridos para testar as hipóteses ou esclarecer o problema da pesquisa. As questões constituem, pois, o elemento fundamental do questionário (GIL, 2008, p. 129).

Para a elaboração do questionário utilizado nesta pesquisa, foram consultados os questionários aplicados por Bastos (2005), Correa (2001) e Nogi (2005) e seguiram-se as orientações metodológicas preconizadas

por Günther (2005) e Gil (2008). De acordo com Gil (2008), depois de elaborados os questionários a serem utilizados em uma pesquisa, antes da aplicação definitiva, os mesmos devem ser submetidos a uma prova preliminar, designada de pré-teste, com a finalidade de evidenciar possíveis falhas de construção, tais como: complexidade das questões, imprecisão na redação, ausência de questões importantes, presença de questões desnecessárias, constrangimento ao respondente, exaustão, etc. O pré-teste do Questionário no 1, cujo objetivo foi o de levantar dados para avaliar a possibilidade do emprego de uma ferramenta de ensino-aprendizagem mediada por computador com acesso à Internet, foi aplicado a um grupo de pessoas pertencentes à população pesquisada, ou seja, alunos da disciplina de Radiologia Odontológica da UFSC, de semestre anterior ao dos participantes da pesquisa. Esse questionário, após o pré-teste, foi também aplicado aos alunos participantes da pesquisa, antes de iniciarem a utilização do protótipo da ferramenta colaborativa virtual de apoio ao ensino presencial para o estudo radiográfico das anormalidades ósseas dos maxilares. Segundo Gil, para que um pré-teste seja eficaz é necessário que:

Os elementos selecionados sejam típicos em relação ao universo, e que aceitem dedicar para responder ao questionário maior tempo que os respondentes definitivos, isto porque, depois de responderem ao questionário, os respondentes deverão ser entrevistados a fim de se obterem informações acerca das dificuldades encontradas. O pré-teste de um instrumento de coleta de dados tem por objetivo assegurar-lhe validade e precisão. Como é sabido, no caso do questionário a obtenção desses requisitos é bastante crítica. Todavia, o pré-teste deve assegurar que o questionário esteja bem elaborado, sobretudo no que se refere: a) clareza e precisão dos termos; b) forma de questões; c) desmembramento das questões; d) ordem das questões; e) introdução do questionário. (GIL, 2008, p. 137).

A aplicação dessa prospecção, levando em consideração os métodos e técnicas de pesquisa social recomendados, resultou nas correções necessárias, o que levou à validação de um questionário dividido em quatro seções, a saber: seção 1 – Uso do computador, com duas perguntas; seção 2 – Uso da Internet, com sete perguntas; seção 3 –

Internet como instrumento de ensino-aprendizagem na odontologia, com dez perguntas; seção 4 – Dados de identificação, com 8 perguntas. (apêndice A)

O segundo questionário – Questionário no 2 -, foi aplicado somente aos alunos participantes da pesquisa, após a utilização do protótipo da ferramenta colaborativa virtual em apoio ao ensino presencial, uma vez que o seu objetivo era o de avaliar a ferramenta em si. Esse questionário, também elaborado a partir das orientações de Günther (2003) e Gil (2008), a exemplo do Questionário no 1, foi submetido a um pré-teste, seguindo-se as normas de validação do instrumento para posterior aplicação na pesquisa. Por se tratar de um questionário destinado à avaliação do protótipo da ferramenta de capacitação virtual, quanto ao seu design, conteúdo, funcionalidade e outros aspectos relevantes na sua construção, a aplicação foi feita após a sua construção, mesmo em forma de protótipo.

O Questionário nº 2 contém duas seções, assim apresentadas: Seção 1 – “Avaliação do protótipo da ferramenta de capacitação do aluno de odontologia – DRAMA”, com quinze perguntas; e seção 2 – “Dados de Identificação”, com oito perguntas. (Apêndice A)

É importante salientar que, conforme recomendado pelos autores pesquisados, em ambos os questionários, a seção correspondente aos “Dados de Identificação” do respondente é apresentada somente ao final do questionário, sem identificar o nome do respondente e com a observação de que “este item não tem a finalidade de identificar o respondente, mas apenas, a de caracterizar a amostra”.

Os resultados da aplicação desses questionários foram tabulados e tratados estatisticamente ao final da pesquisa, para que, juntamente com os demais dados obtidos por meio dos outros instrumentos de avaliação, pudessem ser analisados e discutidos, a fim se de estabelecerem as conclusões e recomendações com base nos objetivos propostos.

3.4.2 Estudo dirigido utilizando a ferramenta colaborativa virtual - DRAMA

Com a finalidade de contribuir com os alunos da disciplina de Radiologia Odontológica da UFSC no aprendizado do manuseio do protótipo da ferramenta colaborativa destinada ao ensino-aprendizagem do diagnóstico das anormalidades ósseas dos maxilares e, ao mesmo tempo, estimular o seu uso, foram programadas seis tarefas em forma de

testes com exercícios de treinamento perceptual das imagens radiográficas (Apêndice B).

Essas tarefas foram disponibilizadas aos alunos por meio da plataforma de gestão de aprendizagem Moodle, com as orientações e cronograma para a sua execução, conforme mostra a Figura 23 a seguir:

Figura 23 – Página da disciplina de Radiologia Odontológica da UFSC no Moodle,

com tarefas destinadas ao treinamento perceptual das imagens das anormalidades ósseas dos maxilares (http://www.presencial19.moodle.ufsc.br/course/view.php?id=14318).

Cada uma dessas seis tarefas (testes) foram elaboradas contendo 10 questões sobre os cinco tipos de exercícios que fazem parte do protótipo da ferramenta colaborativa virtual, conforme cronograma das aulas presenciais, a fim de que, quando disponibilizadas no Moodle, os alunos já tivessem conhecimento de seu conteúdo didático.

Assim, essas tarefas foram programas e repassadas aos alunos para treinamento conforme descrição a seguir:

TAREFAS PARA TREINAMENTO PERCEPTUAL DOS