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4. INTEGRAÇÃO

4.2 ETAPAS DOS PROCESSOS DA INTEGRAÇÃO

4.2.6 INTEGRAÇÃO ECONÔMICA COMPLETA

Este é o maior grau de profundidade a que pode aspirar um processo de integração,

e se produz quando a integração avança além dos mercados, porque no transcurso deste

processo, os Estados Parte tendem não só a harmonizar, mas também a unificar as políticas

no campo monetário, fiscal, social, entre outras, inclusive em questões relacionadas às

políticas exteriores e de defesa.

Nesta instancia de integração, é necessário estabelecer uma autoridade

supranacional, cujas decisões obriguem os Estados membros a cumprir os acordos

assinados. Alguns autores afirmam que este grau de unificação sugere a desaparição das

unidades nacionais pela absorção das partes num todo, como é definida a palavra

“integração”.

4.3. PERFIL INTERNACIONAL DE INTEGRAÇÃO

4.3.1. Integração nos Continentes

Na atualidade, uma grande parte dos países do mundo estão imersos em uma das

etapas processo de integração. Assim existe uma proliferação de acordos comerciais na

Europa, entre os países do Norte da África e na África sub-sariana se pretende conseguir

uma União Econômica até o ano 2028. Na Ásia Central se assinaram acordos comerciais

tendentes a preencher vazios deixados pelo desmoronamento da estrutura econômica e

comercial da antiga União Soviética. Japão por sua parte, assinou no 2002 seu primeiro

tratado de Livre Comércio com Singapura. Os países de América Latina e o Caribe

assinaram já múltiplos Tratados de Livre Comércio bilaterais, trilaterais e multilaterais.

O mapa atual dos diferentes tipos de Acordos se reflete de forma sintética na Tabela

Nº1.

Tabela Nº 1

Diferentes Tipos de Acordos

Continentes

Acordos Comerciais Regionais

Incorporação a uma União Aduaneira

Acordo de Livre Comércio Acordos de Serviços Outros

Europa

7

9

82

11

0

América

6

0

10

5

0

Ásia

5

0

4

1

3

África

5

0

0

1

0

Oceania

3

0

2

0

0

Países de vários continentes

4

0

45

3

0

Total

30

9

143

21

3

Fonte: www.wto.org

Como se percebe na tabela anterior, são 206 acordos de diferentes tipos que foram

registrados no GATT e a Organização Mundial do Comércio (OMC), e que na atualidade

estão vigentes. A maior parte deles, aproximadamente 69%, são Tratados Bilaterais ou

Trilaterais de Livre Comércio e Acordos de associação entre um terceiro país e um bloco

de países que já têm um Acordo de Livre Comércio entre eles.

Desde a criação da Organização Mundial de Comércio (OMC) nas /Américas, se

criaram mais de 68 acordos de livre comércio entre países da mesma região, assim como a

União Européia e a Ásia, incrementando-se simultaneamente o comércio internacional e o

comércio intra-regional. Nesse sentido a região hemisférica é um protagonista importante

da nova onda de regionalismo que se expressa em blocos econômicos como: NAFTA,

CAN, CARICOM, CAFTA-RD, MERCOSUL, ALCA e outros. Com mais de 800 milhões

de habitantes e 34 nações democráticas, com exceção da República de Cuba.

Fica claro então que a integração sub-regional e o projeto hemisférico da ALCA avançam

tratando de criar um enorme livre mercado que fortaleceria a posição dos Estados Unidos

de América frente aos nossos países e seus principais competidores, a integração nas

Américas significa não só agregar elementos, mas rearticular-los e fortalecer-los a partir de

uma identidade e conceição de alcance social, econômico, político, cultural e de segurança.

São vários os acordos comerciais que atualmente estão em processo na América

Latina, chamados “tratados de livre comércio”, os quais implicam em profundas mudanças

nas sociedades da região.

Um dos pontos a ser considerado é que os atuais acordos ou “tratados de livre

comércio” não vêm a melhorar os já existentes, mas para estabelecer novos critérios. Os

acordos comerciais clássicos apenas tratavam sobre produtos, os atuais convênios

incorporam também os serviços e os investimentos num sentido mais amplo onde se inclui

tanto a entrada como a saída de capitais.

Os novos tratados comerciais também conseguiram avançar sobre os controles,

exigências e regulamentações no comércio de produtos, serviços e capitais, como por

exemplo, as medidas do controle de qualidade sobre os produtos agropecuários, as

exigências sobre porcentagens de componentes nacionais na elaboração de produtos, as

normas laborais, as exigências ambientais e outras. Esta situação se deve à imposição de

metas comerciais sobre outros âmbitos, como podem ser os fluxos de capital ou as normas

de regulação social ou ambiental.

4.3.3. Diferenças entre a Integração e o Livre Comércio.

É necessário esclarecer que não se deve confundir os novos acordos de livre

comércio com os processos de integração. Tratados de apertura comercial como os de

América do Norte – TLCAN, entre Canadá, Estados Unidos e México ou a proposta da

ALCA que se restringem ao plano econômico e não consideram uma integração política,

de fato os acordos de livre comércio muitas vezes influenciam na política que ficam

pressionadas a metas comerciais e com isso podem impedir a integração política e cultural

entre nações. Já um processo de integração além de considerar os aspectos econômicos

incorpora a vinculação social, política e cultural entre os países.

Também se deve destacar que os processos de integração ao incorporar aspectos

políticos, tendem a gerar políticas de desenvolvimento regional coordenada entre os países

e ampliam a democracia, por exemplo, com Parlamentos regionais. As gerações novas de

acordos comerciais dão às empresas estrangeiras alguns direitos legais que na prática os

torna quase com o mesmo poder que os estados, porque estas empresas podem impor

exigências a governos nacionais e municipais inclusive abrir processos ante os tribunais de

arbitragem comercial.

Nesse sentido, a nova geração de acordos de “livre comércio” influencia fortemente

na vida interna dos países, afetando inclusive as capacidades dos Estados em decidir suas

próprias estratégias de desenvolvimento.

Atualmente na América Latina e o Caribe existem quatro grupos sub-regionais de

integração orientados a formar Mercados Comuns: Mercado Comum do Sul

(MERCOSUL), a Comunidade Andina das Nações (CAN), o Mercado Comum Centro-

Americano (MCC) e a Comunidade do Caribe (CARICOM), todos evolucionando para a

constituição de Uniões Aduaneiras. Também se deve considerar à Associação Latino-

Americana de Integração (ALADI) que substitui faz vinte anos à ALALC, a qual mantém

uma área de preferências econômicas e tenta encontrar a convergência dos esquemas sub-

regionais. Ainda tem os Acordos adicionais que reúnem países membros de diferentes

convênios de integração como são o Grupo dos Três e a Associação de Estados do caribe

(AEC). Outro grupo de importância continental é o formado pelos países assinantes do

Tratado de Livre Comércio de América do Norte (TLCN), mais conhecido como NAFTA

(North American Free Trade Agreement), mas, este acordo não tem interesse em formar

um mercado comum ou uma união aduaneira.

4.4. Principais Acordos de Integração Regional: Comunidade Andina – CAN e o

• Comunidade Andina das Nações – CAN

Originalmente formada por Bolívia, Colômbia, Chile, Equador e Peru; Venezuela

se integrou em 1973 e se retirou em 2008, já Chile se retirou em 1976. Dentro do Grupo

Andino se fixaram como objetivos: promover o desenvolvimento equilibrado e harmônico

dos países membros em condições de equidade, mediante a integração e cooperação

econômica e social, acelerar seu crescimento e a geração de empregos e facilitar sua

participação no processo de integração regional.

Os mecanismos estabelecidos foram: o programa de liberação automática dos

intercâmbios sub-regionais; a tarifa alfandegária externa comum se adotaria de forma

progressiva; a programação industrial conjunta se executaria mediante programas setoriais

de desenvolvimento industrial e a harmonização de políticas econômicas, incluindo a

adoção de regimes comuns em diferentes campos.

O 5 de setembro de 1995 no Protocolo de Trujillo7, se efetuou uma mudança

importante na estrutura institucional do Acordo de Cartagena: se cria a denominação

Comunidade Andina e se institui o Sistema Andino de Integração conformado por vários

organismos e instituições. Os países assumiram o compromisso de estabelecer até 2005 um

Mercado Comum, fase superior da integração que se caracteriza pela livre circulação de

bens, serviços, capitais e pessoas.

Para esta discussão a partir do 1º de fevereiro de 1993 entrou em funcionamento

uma Zona de Livre Comércio entre Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela, somando-se

Peru o 1º de Agosto de 1997; zona que significa compreender todo o universo da tarifa

alfandegária. A adoção e aplicação a partir de fevereiro de 1995 de uma tarifa alfandegária

Externa Comum para as importações provenientes de terceiros países permitiram a

configuração da União Aduaneira andina, que representa a etapa superior da integração.

Em relação à dinâmica do processo de integração da Comunidade Andina de

Nações durante 2002, 2003 e 2004 o mais relevante é a nova orientação estratégica desse

processo de integração comunitária, manifestado no “XIV Consejo Presidencial Andino”

realizado no Recinto de Quirama, Colômbia, em junho de 2003, onde se publicou a

“Declaración de Quirana” e o aprofundamento dessa orientação no XV Consejo

Presidencial Andino realizado em Quito, Equador, em julho de 2004.

• Mercado Comum do Sul – MERCOSUL

Este esquema de integração tem como objetivo a constituição de um Mercado

Comum dos países membros Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. Também se propõe

“aumentar seu grau de eficiência e competitividade das economias envolvidas, ampliando

as atuais dimensões dos seus mercados e acelerando seu desenvolvimento econômico

mediante o aproveitamento eficaz dos recursos disponíveis”. Tem como outros objetivos: a

preservação do meio ambiente; melhoramento das comunicações; coordenação das

políticas macroeconômicas e a complementação dos diferentes setores de suas economias.

Cabe destacar entre as metas conseguidas estão: adequado financiamento do

programa de Liberação Comercial, o que permitiu que para essa data tinha-se logrado uma

tarifa alfandegária zero para o 85% dos produtos da região. Ainda, o Conselho do Mercado

Comum aprovou uma tarifa alfandegária Externa Comum – AEC significando um avanço

num ponto considerado crítico para um processo de integração. “Assim, se formou entre

esses quatro países uma união aduaneira imperfeita que permite o livre acesso de quase a

totalidade dos seus produtos com uma tarifa alfandegária externa comum que compreende

também a grande maioria da produção”. Mesmo assim, não existe livre circulação de

fatores e pessoas; também não houve avanços na harmonização de políticas

macroeconômicas ou em conceder competência suficiente aos organismos institucionais do

MERCOSUL.

4.4.1. Visão do Tratado de Livre Comércio das Américas – ALCA.

Também é relevante fazer um estudo em síntese sobre a ALCA, por ser de interesse

regional em especial de Peru e Brasil.

A ALCA teoricamente é um projeto de integração política e comercial dos países

do continente americano, tem como antecedentes imediatos o Tratado de Livre Comércio

entre Estados Unidos e Canadá em 1988, e a assinatura do Tratado de Livre Comércio de

América do Norte – NAFTA entre Canadá, Estados Unidos e México. A NAFTA

incorpora as disposições do primeiro tratado e entra em vigência em 1994. Neste mesmo

ano se realizou em Miami, Estados Unidos, a cúpula dos presidentes dos trinta e quatro

países que integram a OEA, com exceção de Cuba, para decidir a constituição da ALCA8.

Os trabalhos preparatórios do tratado tiveram lugar, até o momento, através de sete

reuniões de ministros de Economia e Finanças. Em Denver, Estados Unidos em 1995;

Cartagena, Colômbia em 1996, Belo Horizonte, Brasil em 1996; San José, Costa Rica em

1998, Toronto, Canadá em 1999, Buenos Aires, Argentina em Abril de 2001 e Quito,

Equador em novembro de 2002. As características gerais do processo de negociação e os

objetivos a conseguir em cada etapa foram estabelecidos em três Cúpulas dos Presidentes:

Miami em 1994, Santiago de Chile em 1998 e Québec em 2001.

Com o propósito de dar cumprimento ao acordado pelos presidentes na Primeira

Cúpula das Américas, os Ministros de Economia e Comércio constituíram nas suas três

primeiras reuniões grupos de trabalho referentes a doze áreas temáticas. A tarefa destes

grupos de trabalho foi coletar informação sobre as práticas e medidas vigentes em cada um

dos países, fazer um inventário das áreas de convergência e divergência, estimular caso

correspondesse a compreensão das disposições da Organização Mundial do Comércio -

OMC relacionada com a área e fazer recomendações especificas para encaminhar as

negociações. Sua atividade contou com o apoio técnico de um Comitê Triparto constituído

pela Organização dos Estados Americanos – OEA, o Banco Interamericano de

Desenvolvimento – BID e a Comissão Econômica para América Latina das Nações Unidas

– CEPAL.

Os fundamentos que orientaram a negociação foram:

a) As decisões se adotam por consenso.

b) A ALCA será congruente com as normas e disciplinas da OMC.

c) A ALCA deverá incorporar melhoras relacionadas às normas e disciplinas

da OMC quando for possível e apropriado.

d) As negociações se iniciaram simultaneamente em todas as áreas temáticas e

o início, a canalização e o resultado das negociações da ALCA deveriam

tratar-se como partes de um compromisso único que inclua os direitos e

obrigações de mútuo acordo.

e) A ALCA pode coexistir com acordos bilaterais e sub-regionais na medida

em que os direitos e obrigações sob tais acordos não estejam ocultos ou

excedam os direitos e obrigações.

f) Os paises poderão negociar e aceitar as obrigações da ALCA

individualmente ou como membros de um grupo de integração sub-regional

que negocie com uma unidade.

g) Os direitos e obrigações da ALCA deverão ser comuns a todos os países,

mas, na negociação das diferentes áreas temáticas se poderão incluir outras

medidas, tales como períodos mais longos ou diferenciais para o

cumprimento das obrigações com o fim de facilitar o ajuste das economias

menores e sobre a base de uma análise de caso a caso.

h) Todos os países devem garantir que suas leis, normas e procedimentos

administrativos estejam conformes com as obrigações do acordo da ALCA.

Pala etapa em que estão as negociações e presencia da possível segunda versão dos aspetos

gerais e institucionais, torna difícil diagnosticar qual será o conteúdo final exato o tratado,

caso de assinar-se.

4.4.2. Perspectivas de Desenvolvimento com a Integração Sul-Americana.

O processo da integração da América Latina fecha 2007 formulando retos

importantes para o futuro. Durante o 2006 a saída da Venezuela da Comunidade Andina de

Nações –CAN, os tratado de livre comércio –TLC assinados por Colômbia e Peru com

Estados Unidos, a Cúpula da Comunidade Sul-Americana de Nações – CSN, na

Cochabamba, Bolívia e a entrada da Venezuela e Bolívia no Mercado Comum do SUL –

MERCOSUL, marcaram os processos de integração existentes na região.

No ano 2006 o MERCOSUL teve a iniciativa do processo ao convidar aos países da

Comunidade Andina das Nações – CAN a se integrar no seu mecanismo, como base da

Comunidade Sul-Americana de Nações. Além demais, países como Chile, México também

foram convidados por ambos organismos para se incorporar.

Durante a II Cúpula Sul-Americana de Cochabamba, realizada em 8 e 9 de dezembro de

2006, todos os Mandatários defenderam a integração, mas, por caminhos diversos, e não

houve acordo. Em quanto para o presidente venezuelano Hugo Chávez, o CAN não serve

mais, para Evo Morales presidente da Bolívia, a CAN e o MERCOSUL são instrumentos

efetivos para a integração.

Um dos principais pontos de conflito no processo de integração da região foi a

recente assinatura de tratados de livre comércio – TLC com Estados Unidos por parte da

Colômbia e o Peru. Isto motivou a saída da Venezuela da CAN, pelo que em Cochabamba,

Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa presidente eleito do equador, concordaram em

que o TLC “arruína los pueblos”.

4.5. Diferenças entre Processo de Integração e Livre Comércio

Geralmente se considera à integração, seja esta sub-regional, regional ou mundial

como um processo que se dá através de diversas fases, iniciando-se com Tratados de Livre

Comércio ou de criação de uma área ou mesmo de uma zona, que se beneficia com certas

preferências econômicas por parte de países ou blocos mais desenvolvidos e que pode

culminar em uma união econômica e política, como pode ser o caso da união Européia.

Basicamente, as etapas ou fases do processo integracionista na ordem em termos de

âmbito e intensidade da integração, são: a) Áreas ou zonas de preferências econômicas; b)

Áreas ou zonas de Livre Comércio; c) União Aduaneira; d) Mercado Comum; e) União

monetária; f) União econômica e monetária e g) União política.

A apertura dos mercados se baseia principalmente na redução das tarifas alfandegárias

e não alfandegárias, na liberalização do setor financeiro, na conceição de garantias ao

investimento estrangeiro e na repatriação dos lucros. A integração econômica, por outro

lado, permite homogeneizar a legislação econômica e comercial entre os países que

participam no processo integracionista e com isso facilita o aumento do comércio e do

investimento, como bases de um crescimento econômico alto e mantido constante. A

integração econômica constitui, também, uma via para o desenvolvimento de políticas

sociais e laborais integradas e, incluso para uma possível posterior união montaria,

econômica e política.

Seria um erro não diferenciar os processos de integração e o livre comércio. Os

primeiros transcendem, segundo experiências atuais, o âmbito do comercio e até da

economia, para se projetar objetivos políticos e sociais que não estão presentes com as

mesmas características nos Tratados de Livre Comércio, geralmente restringidos ao âmbito

da atividade comercial e das garantias de investimento. De essa forma, a integração

econômica se baseia em Acordos entre Estados para lograr uma maior articulação das suas

economias e assim um melhor e mais equilibrado crescimento econômico, com

desenvolvimento democrático e mais coesão social.

Os Acordos de integração econômica nas Américas são o Mercado Comum do SUL

- MERCOSUL, a Comunidade Andina de Nações – CAN, o Mercado Comum Centro

Americano – MCC e a Comunidade do Caribe –CARICOM, que evoluem para a

constituição de Uniões Aduaneiras.

É muito importante também o Tratado de Livre Comércio da América do Norte –

TLCAN, mais conhecido como NAFTA pelas suas siglas em inglês, que serviu como

exemplo e representou o primeiro passo para a criação de uma zona de Livre Comércio no

hemisfério Ocidental, representando um estimulo para a criação de empregos e como

impulso para o crescimento do comércio, turismo e desenvolvimento econômico nos três

países participantes.

Na região Americana, o tratado de Livre Comércio das Américas – ALCA poderia

se constituir em “caminho do médio” entre o livre comércio e o processo de integração.

Mas, o processo de negociação em curso e a estrutura das negociações na atualidade, não

indicam que esse seja o direcionamento do processo de criação de uma Área de Livre

Comércio das Américas.

O Mercado Comum do SUL – MERCOSUL foi estabelecido em 1991, entre

Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Nesse momento, mais de 200 milhões de pessoas e

um produto nacional bruto – PNB de aproximado de um bilhão de dólares anuais fez do

MERCOSUL o maior grupo de integração econômica de América Latina e do hemisfério

Sul. Posteriormente Bolívia e Chile assinaram Acordos de associação econômica e

comercial com o MERCOSUL e recentemente o Peru assinou um Tratado de Livre

Comércio com o Bloco.

A Comunidade Andina – CAN conformada por Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e

Venezuela, antes da saída deste último do bloco, representava aproximadamente 113

milhões de pessoas. Cabe mencionar a modo de informação o Bloco formado pelos países

caribenhos: Antiga e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belice, Dominica, Granada, Guiana,

Jamaica, Saint Kitts e Nevis, Santa Lucia, San Vicente e as Granadinas, Suriname e

Trinidade e Tobago denominado Comunidade e Mercado Comum do Caribe – CARICOM

criada em 1973.

Todos estes acordos aprofundaram e ampliaram seus compromissos preferenciais,

abrindo possibilidade para novos âmbitos conforme acontece com os acordos modernos ou

de “terceira geração”. Como resultado de este crescente aumento de acordos comerciais

modernos entre os países das Américas, incrementou-se consideravelmente o acesso

recíproco aos mercados.

Segundo a teoria econômica, a integração, junto com a apertura comercial e o

ajuste estrutural, deve gerar efeitos positivos sobre a situação econômica dos países e sobre

o nível de bem estar das pessoas, em especial dos mais pobres.

CAPÍTULO II

1. PERFIL ECONOMICO DO PERU A PARTIR DO ANO 2000

1.1. Antecedentes

A década dos 90 acaba com escândalos políticos e de corrupção que se revelam

quando Alberto Fujimori se reelege nas eleições do ano 2000, mas, os escândalos o

obrigam a renunciar e deixar o país.

Os governos, de 2001 a 2006 de Alejandro Toledo e a partir de 2006 de Alan

Garcia seguiram os lineamentos da política econômica implantada na década dos 90.

Com a política de manter equilibradas as finanças públicas e o déficit fiscal de 2001

de -2,5% do PIB conseguiram transformar em superávit de 2,1% do PIB em 2006, de 3,1%

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