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(1)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INTEGRAÇAO DA AMÉRICA

LATINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

MIRIAM GLENDA ANYOSA CHUCHON

Complementaridade das Economias de Peru e Brasil: evolução da

integração comercial a partir do ano 2000.

São Paulo

(2)

MIRIAM GLENDA ANYOSA CHUCHON

Complementaridade das Economias de Peru e Brasil: evolução da integração

comercial a partir do ano 2000

Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de

Integração da América Latina da Universidade de São

Paulo, como requisito parcial para a obtenção do título

de Mestre em Integração da América Latina.

Orientador: Prof. Dr. Simão Davi Silber

(3)

DEDICATÓRIA

A Deus,

representado em Jesus por ter me dado a vida,

a coragem e a oportunidade de aprender a aprender.

Ao meu filho Ruddy Augusto Vasquez Anyosa por ser um exemplo de vida,

(4)

“DEVEMOS SABER O QUE O ESPAÇO DE UMA NAÇÃO VALE;

DEVEMOS SABER O QUE SEU POVO PODE;

DEVEMOS SABER OFERECER A OPORTUNIDADE PARA CAPACITÁ-LO”

(5)

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador, Prof. Dr. Simão Davi Silber pela paciência, atenção e apoio

durante este período.

Ao Prof. Dr.

Celso Cláudio de Hildebrand e Grisi e ao Prof. Dr. Valter Beraldo pela

confiança que depositaram em mim para fazer este trabalho.

Ao Prof. Dr. Gilson Garófalo, ao Prof. Dr. Gilberto Martins, à Prof. Dra. Nadia

Wacila Hanania Vianna, ao Prof. Dr. Osvaldo Coggiola e ao Prof. Dr. Rafael Duarte Villa

pelo auxílio no início e transcurso desse processo.

A meu querido amigo Giam Pietro Baresi, por estar sempre presente nas minhas

horas difíceis.

A minha irmã Elia Marilú porque com ela compartilho meus triunfos e alegrias.

A todos meus professores e amigos que incondicionalmente me apoiaram para

(6)

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo identificar as diferenças e semelhanças do

intercâmbio comercial de produtos e serviços entre Peru e Brasil a través da evolução das

relações bilaterais entre os dois países a partir do ano 2000. Com este estudo se procura

evidenciar que uma convivência harmoniosa e uma trajetória de crescimento econômico

dinâmico para o Brasil, dependerá da adoção de estratégias bilaterais de comércio, para

assim melhor liderar os países integrantes do Mercosul.

Houve necessidade, então, de dividir a pesquisa em três frentes: Primeiro, o

levantamento de diferentes conceitos teóricos para melhor entendimento do significado de

Complementaridade Econômica/Integração Econômica. Segundo, os Perfis Econômicos de

Peru e Brasil a partir do ano 2000. Terceiro, As Relações Bilaterais Comerciais entre Peru

e Brasil a partir do ano 2000. Assim, constatamos que falta eliminar divergências nas

estatísticas de comércio bilateral de ambos países e que ainda não há harmonização na

qualificação dos produtos.

A pesquisa compreendeu o levantamento bibliográfico e bibliográfico-digital

referente a cada um dos capítulos projetados.

(7)

RESUMEN

Este trabajo tiene como objetivo identificar las diferencias y semejanzas del

intercambio comercial de productos y servicios entre Perú y Brasil a través de la evolución

de las relaciones bilaterales entre los dos países a partir del año 2000. Con este estudio se

busca evidenciar que una convivencia harmoniosa e una trayectoria de crecimiento

económico dinámico para el Brasil, dependerá de la adopción de estrategias bilaterales de

comercio, para así mejor liderar los países integrantes del MERCOSUR.

Por lo que hubo necesidad, de dividir la investigación en tres partes: Primero,

búsqueda de los diferentes conceptos teóricos para mejor comprensión del significado de

Complementación Económica/Integración Económica. Segundo, los Perfiles Económicos

de Perú y Brasil a partir del año 2000. Tercero, las Relaciones Bilaterales Comerciales

entre Perú y Brasil a partir del año 2000. Así, constatamos que falta eliminar divergencias

en las estadísticas de comercio bilateral de ambos países y que todavía no hay

harmonización en la calificación de los productos.

La pesquisa comprendió la búsqueda bibliográfica y bibliográfica-digital referente a

cada uno de los capítulos proyectados.

(8)

ABSTRACT

This research has as objective identify the differences between e common points of

the commercial exchange of goods and services between Peru an d Brazil take into

account the evolution of the bilateral relations since 2000. This research aims underline

that a harmonic relation and an background of dynamic economic growth, as for Brazil,

will depend of developing bilateral strategies of trade. That strategy will allow improve

the Brazilian leadership in relation to the MERCOSUL’s countries.

There were necessity of organizing the research in three parts: first, discussion of

the basic theoretical concepts to improve the understanding of

economic

complementation

and

regional integration

. Second, the economic profile from Peru and

Brazil since 2000. Third, the commercial and bilateral relations between Peru and Brazil

since 2000. Thus, the research conclude that there are divergences in statistics of both of

countries , and that there is not still harmony in the qualification of trade products.

This research embraces a bibliographical framework and bibliographical-digital

framework.

(9)

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

... ... 15

OBJETIVOS

... ... 17

JUSTIFICATIVA

... ... 18

METODOLOGIA

... ... 19

CAPITULO I

... ... 20

ALGUNS CONCEITOS TEÓRICOS ... ... 20

1. TRATADO ... ... 20

1.1.1 VALIDADE ... ... 20

1.1.2 CONTEÚDO ... ... 20

1.1.3 TIPOS DE TRADADO ... ... 20

1.1.4 CONCLUSÃO E RATIFICAÇÃO ... ... 21

1.1.5 TÉRMINO E VIGÊNCIA ... ... 22

2. TRATADO COMERCIAL ... ... 23

2.1

COMO NASCERAM OS TRATADOS COMERCIAIS? ... 23

2.1.1

PRINCÍPIOS QUE ORIGINAM O INTERCÂMBIO COMERCIAL ENTRE

PAÍSES ... 23

2.1.2

CLÁUSULA DA NAÇÃO MAIS FAVORECIDA ... 24

2.2

TRATADO NACIONAL ... 25

2.3

O PROTECIONISMO ... 25

2.4

LIBERALIZAÇÃO DO COMÉRCIO ... 26

2.5

TRATADOS DE LIVRE COMÈRCIO – TLC ... 27

2.5.1

OBJETIVOS PRINCIPAIS DE UM TRATADO DE LIVRE COMÉRCIO –TLC 27

2.5.2

LIVRE CÂMBIO ... 27

(10)

3. A NOVA TEORIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL ... 29

TENDÊNCIAS RECENTES ... 32

4. INTEGRAÇÃO ... 33

4.1 INTEGRAÇÃO ECONÔMICA OU COMERCIAL? ... 33

4.2 ETAPAS DOS PROCESSOS DA INTEGRAÇÃO ... 34

4.2.1 ZONA DE PREFERÊNCIAS DE TARIFAS ALFANDEGARIAS ... 35

4.2.2 ZONA DE LIVRE COMÉRCIO ... 35

4.2.3 UNIÃO ADUANEIRA ... 37

4.2.4 MERCADO COMUM ... 38

4.2.5 UNIÃO ECONÔMICA ... 38

4.2.6 INTEGRAÇÃO ECONÔMICA COMPLETA ... 39

4.3 PERFIL INTERNACIONAL DE INTEGRAÇÃO ... 40

4.3.1 INTEGRAÇÃO NOS CONTINENTES ... 40

4.3.2 PROCESSO DE INTEGRAÇÃO REGIONAL DAS AMÉRICAS:

PRESERVAÇÃO E MUDANÇAS ... 42

4.3.3 DIFERENÇAS ENTRE INTEGRAÇÃO E O LIVRE COMÉRCIO ... 42

4.4 PRINCIPAIS ACORDOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: COMUNIDADE

ANDINA – CAN E O MERCADO COMUM DO SUL – MERCOSUL ... 44

4.4.1 VISÃO DO TRATADO DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMERICAS – ALCA .. 46

4.4.2 PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO COM A INTEGRAÇÃO

SUL-AMERICANA ... 48

4.5 DIFERENÇAS ENTRE PROCESSO DE INTEGRAÇÃO E LIVRE

COMÉRCIO ... 49

(11)

ANTECEDENTES ... 52

ANÁLISE DE ALGUMAS VARIÁVEIS ECONOMICAS ... 55

O PRODUTO INTERNO BRUTO-PIB ... 55

INFLAÇÃO ... 57

EMPREGO E TAXA DE DESEMPREGO ... 57

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA ... 59

CONTAS PÚBLICAS ... 59

PRODUÇAO E RECURSOS ECONOMICOS ... 61

SETOR AGROPECUARIO ... 61

SETOR PESCA ... 62

SETOR MINEIRO E HIDROCARBONETO ... 62

SETOR MANUFATURA ... 62

1.4 ABERTURA COMERCIAL ... 63

2.

PERFIL ECONÔMICO DO BRASIL A PARTIR DO ANO 2000 ... 63

ANTECEDENTES ... 64

ANÁLISE A ALGUMAS VARIÁVEIS ECONÔMICAS ... 65

O PRODUTO INTERNO BRUTO – PIB ... 65

INFLAÇÃO ... 66

EMPREGO E TAXA DE DESEMPREGO ... 67

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA ... 68

CONTAS PÚBLICAS ... 68

PRODUÇÃO E RECURSOS ECONOMICOS ... 71

SETOR AGROPECUÁRIO E PESCARIA ... 71

SETOR MINEIRO ... 73

(12)

3.

ABERTURA COMERCIAL ... 74

CAPITULO III

... 76

1.

RELAÇOES BILATERAIS COMERCIAIS ENTRE PERU E BRASIL ... 76

ANTECEDENTES ... 76

RETOMADA DOS ACORDOS COMERCIAIS BILATERAIS ... 77

2.

ESTRUTURA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL DO PERU E DO BRASIL ... 81

ESTRUTURA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL DO PERU ... 81

PERFIL DA EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES PERUANAS PARA O MUNDO

DO ANO 2000 A 2008 ... 82

PERFIL DAS IMPORTAÇÕES PELO PERU DO MUNDO DO ANO 2000 A 2008 ... 82

ESTRUTURA DO COMERCIO INTERNACIONAL DO BRASIL ... 86

EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA O MUNDO DO ANO

2000 A 2008 ... 86

EVOLUÇÃO DAS IMPORTAÇÕES PELO BRASIL POR FATOR AGREGADO DO

MUNDO DO ANO 2000 A 2008 ... 90

3.

ESTRUTURA DO COMÉRCIO BILATERAL BRASIL – PERU ... 92

EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DA PAUTA DE EXPORTAÇÃO DO PERU A

PARTIR DO ANO 2000 ATÉ 2008 ... 92

EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA DA PAUTA DE EXPORTAÇÃO DO BRASIL A

PARTIR DO ANO 2000 ATÉ 2008 ... 149

TENDÊNCIAS DO INTERCAMBIO COMERCIAL PERU-BRASIL ... 204

FORMAS DE INCETIVAR O COMÉRCIO EXTERIOR ENTRE BRASIL E PERU .. 205

INTERCÂMBIO DE SERVIÇOS ... 206

(13)

INTEGRAÇÃO DAS VIAS DE COMUNICAÇÃO ENTRE PERU E BRASIL ... 208

CONSIDERAÇÕES FINAIS

... 209

REFERÊNCIAS

... 210

GRÁFICOS E TABELAS

GRÁFICO Nº1 EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO DIRETO ESTRANGEIRO EM

PERU ... 54

GRÁFICO Nº2 CRECIMIENTO DEL PIB 1999 - 2008 DO PERU ... 55

GRÁFICO Nº3 EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO DIRETO ESTRANGEIRO EM

BRASIL ... 64

GRAFICO Nº4 MERCADOS DE DESTINO DAS EXPORTAÇÕES DE PERU EM

2008 ... 83

GRAFICO Nº5 MERCADOS DE DESTINO DAS EXPORTAÇÕES DE BRASIL EM

2008 ... 86

TABELA Nº1 DIFERENTES TIPOS DE ACORDOS ... 40

TABELA Nº2 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS – PERU ... 60

TABELA Nº3 PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS-BRASIL ... 70

TABELA Nº4 EVOLUÇÃO DO PERFIL DAS EXPORTAÇÕES EM MUSAD DE

PERU PARA O MUNDO (2000 – 2008) ... 84

TABELA Nº5 EVOLUÇÃO DO PERFIL DAS IMPORTAÇÕES EM MUSAD DO

MUNDO PELO PERU (2000 -2008) ... 85

TABELA Nº6 EVOLUÇÃO DO PERFIL DAS EXPORTAÇÕES EM MUSAD DE

BRASIL PARA O MUNDO (2000-2008) ... 89

(14)

TABELA Nº8 EVOLUÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DE PERU PARA O BRASIL

(2000-2008) ... 94

TABELA Nº9 EVOLUÇÃO DO PERFIL DAS IMPORTAÇÕES EM MUSAD DO

BRASIL PELO PERU (2000-2008) ... 122

TABELA Nº10 EVOLUÇÃO DO PERFIL DAS EXPORTAÇÕES EM MUSAD DO

BRASIL PARA PERU (2000-2008) ... 150

TABELA Nº11 EVOLUÇÃO DO PERFIL DAS IMPORTAÇÕES EM MUSAD

PELO BRASIL DO PERU (2000-2008) ... 177

(15)

INTRODUÇÃO

É relevante salientar que, a pesar de se tratar de integração, cada país e cada bloco

tem seus próprios interesses pelo que este trabalho tentará identificar as convergências e

divergências para uma melhor negociação bilateral entre Peru e Brasil. Para isso é

necessário definir os interesses que se desejem priorizar, assim como os pré-requisitos que

devem reunir os processos de integração, dessa forma propiciariam um maior

desenvolvimento na região

1

.

Existem muitos trabalhos por diferentes autores no relacionado à integração dos

países sul – americanos, mas poucos trabalhos acadêmicos sobre acordos de integração

entre Peru e Brasil. A pesquisa que se desenvolve pretende analisar as visões que os países

envolvidos têm em relação aos benefícios e oportunidades que resulte da integração

comercial de produtos e serviços, mesmo porque as relações comerciais também estão

relacionadas à segurança por motivos estratégicos.

Os países latino-americanos fariam parte de um sistema de relações econômicas

internacionais, que Prebisch denominara "centro-periferia", onde os países

industrializados seriam o centro, e os não industrializados, a periferia. No conceito

centro-periferia está a idéia de um desenvolvimento desigual originário. Consideram-se

centros as economias em que penetraram primeiro as técnicas capitalistas de produção.

A periferia está constituída pelas economias cuja produção permanece inicialmente

atrasada do ponto de vista tecnológico e organizativo.

Na América do Sul, muito embora sempre tenham existido contatos entre zonas

fronteiriças, a estrutura de comércio e os laços políticos diplomáticos nunca priorizaram a

integração mútua. A linha vertical do Tratado de Tordesilhas condicionou a geografia, as

histórias nacionais e as conexões físicas, pois dividiu a região entre os latino-americanos

(16)

de origem espanhola e os de origem portuguesa. Assim, os vínculos econômicos, políticos

e culturais das nações sul-americanas desenvolveram-se primeiro verticalmente com os

países colonizadores, depois com os centros dinâmicos do capitalismo, e, por último, a

atenção voltou-se para os países próximos.

Somou-se à herança colonial o fato de que o Brasil não dedicou, no passado, em

virtude de seu enorme mercado interno, esforços significativos ao desenvolvimento do

intercâmbio comercial com os países vizinhos. Na atualidade, o Mercosul desponta como a

possibilidade de fortalecer a identidade e, acima de tudo, é um instrumento para a criação

de um espaço sul-americano econômico e político integrado.

Este estudo também procurará evidenciar que uma trajetória de crescimento

econômico dinâmico para o Brasil dependerá da adoção, em principio de uma estratégia

bilateralista de comércio com os paises fronteiriços e manter vínculos com blocos e regiões

em que esses paises estão inseridos.

Ocorreram muitas mudanças em todas as áreas e setores econômicos, envolvendo

os aspetos políticos e geopolíticos.

Todos estes antecedentes motivaram o fortalecimento e surgimento de alianças e

sociedades principalmente comerciais e/ou financeiras constituindo-se em blocos, que se

traduziram na sua última etapa em Uniões Plenas.

As nações menos desenvolvidas e/ou emergentes são forçadas a seguir o mesmo

caminho para não ficar fora do contexto mundial, por esse motivo buscam estabelecer

relações de complementaridade, principalmente com seus vizinhos mais próximos, como é

o caso de Peru e Brasil motivo deste estudo. Este movimento é chamado de regionalização

da economia.

(17)

que complementaridade econômica não só deve responder às leis do mercado, mas também

ao apoio estratégico de políticas comuns entre países, por meio de acordos plenamente

consensuais.

Assim a complementaridade econômica e a integração comercial, são dois fatores

que convergem numa dinâmica que constitui a base e fortaleza da interação

latino-americana, além dos âmbitos políticos, sociais e culturais, sendo este vetor dos

componentes que acelera ou atrasa o desejado objetivo comum.

OBJETIVOS

A abordagem deste assunto requer sejam superadas as brechas existentes e

discutidos temas raramente tratados. Consequentemente, o estudo

pode ser importante para

consolidar uma maior integração bilateral e para que os custos sociais, econômicos e

políticos associados ao processo de reformas econômicas de Peru e Brasil tenham um

significado.

As reformas econômicas resumem-se ao conceito de “mais mercado e menos

Estado”, de modo que com esta pesquisa pretende-se apresentar contribuições

bibliográficas diferentes que apontem também para “mercados que funcionem bem e

governos de melhor qualidade”. Para ter melhor visão da complementaridade comercial

bilateral (Peru-Brasil) pretende-se igualmente segmentar os produtos que tem maior

intercâmbio para identificar setores correlatos de maior integração.

Este trabalho envolverá inclusive o tema das estratégias de desenvolvimento

produtivo nos dois paises, ambos com economia aberta, com enfoque estrutural e

integralizada, colocando ênfase nas semelhanças e diferenças num estudo comparativo das

(18)

então determinar se os acordos regionais econômicos e comerciais são fatores importantes

com potencial de fomentar o diálogo, a integração e a segurança.

JUSTIFICATIVA

A complementaridade de produtos supõe, em principio, intercâmbio desigual,

matérias primas por produtos de valor agregado, que cada vez que o processo integrador se

acentue, suporá um intercâmbio mais equilibrado, estando essa possibilidade cada vez mais

próxima por ser a integralização um fato irreversível que se acelera graças ao progresso

tecnológico.

A economia de serviços é potencial para que nossos países complementem suas

economias de maneira que possa fortalecer suas empresas para assim competir com os

outros blocos econômicos especialmente os do norte, que são os que têm praticamente o

controle do comércio internacional ALCA.

Aconteceram muitas mudanças no que tange todas as áreas e setores econômicos,

envolvendo os aspetos Políticos e Geopolíticos. Os mapas tradicionais mudaram

desaparecendo alguns países e surgindo outros novos, tendo as grandes potências

impulsionando ainda mais este fenômeno, convencidas dos seus potenciais produtivos e

tecnológicos.

Para que dois ou mais paises se integralizem em qualquer setor, devem os

envolvidos criar normas baseadas nas leis internacionais da OMC – Organização

Mundial do Comércio, no caso da complementaridade de Peru e Brasil podem-se aplicar

os requisitos que servem para o Mercosul, sendo os seguintes:

¾

Autodeterminação dos estados membros (Peru e Brasil)

(19)

¾

Afinidades na visão do mundo

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento de este estudo será utilizada a pesquisa bibliográfica de

livros, revistas, periódicos etc. e bibliografia digital/Tecnologia da Informação-Internet,

visando conhecer as contribuições cientificas sobre o assunto. Este estudo investigará o

nível de similaridade no intercambio de grupos de produtos e serviços entre Peru e Brasil

(Tipos de estratégia).

Será utilizada como estratégia de estudo a coleta de dados de fontes relativas às

organizações responsáveis pelo comercio internacional, numa abordagem qualitativa de

materiais, tais como OMC, FMI, COIMEX, Sistema de Análise das Informações de

Comércio Exterior via Internet – ALICE-Web, do Ministério de Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior e Radar Comercial e especialmente a Associação Latino

Americana de Integração. Com os dados coletados será levantada a realidade das

(20)

CAPITULO I

1. ALGUNS CONCEITOS TEÓRICOS

1.1. Tratado

Em Direito internacional é um acordo escrito concluído por duas ou mais

nações

soberanas ou por uma nação e uma organização internacional (por exemplo, a União

Européia). Concertar os tratados é atributo essencial da soberania. Por princípio básico os

tratados devem obrigatoriamente ser os mais completos possíveis para evitar eventuais

problemas posteriores e os signatários devem aderir de boa fé.

1.1.1. Validade

Para um tratado ter validade, os signatários devem ter a capacidade necessária para

concertar ou melhorar os tratados. Os representantes que negociem deverão estar

autorizados para atuar com plena liberdade. Um tratado não será válido se existiu ameaça

ou força que violem os princípios do Direito Internacional consagrados na Carta das

Nações Unidas.

Os tratados de paz depois das guerras eram considerados pelo geral como nulos

devido à existência de produtos bélicos. Porém, em 1932 os Estados Unidos estabeleceu

uma política que reconhecia a validade dos tratados realizados por médios contrários ao

Pacto Briand-Kellogg, conhecido como Tratado de Paris. Um dos princípios conhecido

como doutrina Stimson, foi adotada pela Sociedade de Nações e com posterioridade levado

junto a outros princípios análogos, para a Convenção de Viena em 1969.

(21)

Na prática os tratados são ilimitados. Inclusive incluem a aquisição de território

estrangeiro, a cessão de território próprio, a delimitação e retificação de fronteiras, a

promessa de ajuda recíproca, a garantia de investimentos estrangeiros, a extradição de

pessoas que delinqüem e condenadas por isso e inúmeros supostos. Os tratados podem ser

bilaterais ou multilaterais, como acontece com as Convenções do Direito do Mar e dos

Direitos Humanos ou as que regulam os privilégios e imunidade diplomática. Os tratados

multilaterais constituem a base para a formação de organizações internacionais e a

determinação das suas funções e potestades.

1.1.3. Tipos de tratado

Os tratados são de conteúdo político ou comercial. Os políticos podem ser de

Segurança e Defesa da soberania de cada país para a mútua defesa no caso de ataques

exteriores, sempre que não violem a Carta das Nações Unidas; a garantia e respeito de um

determinado status (ex. acordos onde uma das partes poderá ser considerada neutra em

caso de uma guerra concreta); também podem ser sobre a preservação das fronteiras

existentes. Já os tratados comerciais regulam as questões econômicas, como a redução de

tarifas alfandegárias para produtos importados que procedam da outra parte do acordo.

Mas recentemente, estes tratados contêm a chamada “cláusula da nação mais

favorecida”, com o que cada signatário deverá dar ao outro o mesmo tratamento que já se

tinha dado ou ainda se deva dar no futuro a uma terceira nação. O tratado mais importante

e mais conhecido é o GATT – Acordo Geral sobre as tarifas Alfandegárias

e Comércio,

que garante tratamento igual aos nacionais dos países signatários. Outro tipo de tratado

estabelece que qualquer disputa devera ser resolvida pelas arbitragens de tribunais

especiais ou de instituições como o Tribunal Permanente de Arbitragem ou o Tribunal

Internacional de Justiça.

(22)

Como visto o Direito Internacional não tem uma forma fixa pré-estabelecida para a

conclusão dos tratados, nem um procedimento específico para isso. Um acordo assinado

por funcionários autorizados pode ser concluído por meio do intercâmbio de notas

diplomáticas, ou pela assinatura de uma ou mais cópias do texto que suponha o

consentimento dos respectivos governos. Muitos tratados requerem retificação por cada

uma das partes, de modo que, quando conseguido o acordo sobre o texto definitivo e

assinado o documento, se proporá a ratificação do Parlamento ou da autoridade que nas

normas constitucionais de cada uma das partes tenha reservada a autorização de

ratificação.

1.1.5. Término e Vigência

Os trados perdem sua vigência por diversas causas. Pode o Próprio Tratado

estabelecer um prazo de duração determinado, ou autorizar a uma das partes a dar por

extinto com comunicação à outra parte ou ainda consignar uma data concreta de duração.

Também pode ocorrer quebra de contratado por uma das partes, chamado desistência

unilateral, que por regra geral terá medidas de sanção. Uma forma peculiar pode ser a

cláusula “

rebus sic stantibu

s”, que quer dizer que o tratado se fez considerando as

circunstâncias concretas do momento e que tais circunstâncias não existem mais, por ter

acontecido câmbio substancial das tais circunstâncias. Ex. um tratado na situação atual da

economia internacional, pode não ter mais validade caso de acontecer mudanças radicais

com uma crise mundial quando não teria sentido continuar aplicando este critério.

As regras do Direito Internacional sobre a celebração da validez, efeitos,

interpretação, modificação, suspensão e término da vigência dos tratados internacionais

foram codificados na

Convenção de Viena de 1969

, em uma conferência que teve lugar

(23)

Unidas e esteve presente também a Suiza mesmo sem ser membro das Nações Unidas. A

Comissão do Direito Internacional preparou o acordo, a Convenção entrou em vigência em

janeiro de 1980, com a ratificação de 35 nações.

2. TRATADO COMERCIAL

E um acordo entre dois ou mais países para a concessão de determinados benefícios

de forma mútua. Basicamente existem três tipos de tratados comerciais:

Zona de Livre Comércio, União Aduaneira e União Econômica, se falará de cada um deles

quando se trate do tema da integração.

2.1. Como nasceram os Tratados Comerciais?

Os acordos comerciais podem-se remontar à antiguidade. Reaparecendo o comércio

na idade média, os acordos comerciais iniciaram sua evolução. Os primeiros acordos

costumavam ser bilaterais com o principal objetivo de estabelecer direitos legais das partes

assinantes do acordo, assim se criava a idéia do tratado nacional. A questão relacionada á

supressão de tarifas alfandegárias do comércio ficava relegada a um segundo lugar.

2.1.1. Princípios que originam o intercâmbio comercial entre países

A economia internacional ao tratar sobre as relações econômicas entre os países se

refere ao comércio internacional, fluxo de capitais, intercâmbio de tecnologia, fluxo de

fatores de produção, entre outros aspetos.

No estudo da economia internacional se encontram

temas como: teoria do comércio

internacional, teoria da política comercial, balanço de pagamentos e ajustes do balanço de

pagamentos.

A partir do século XVI, até meiados do XVIII, a visão mercantilista da Inglaterra,

(24)

aqueles que compravam dos outros países, convencidos que isto garantia mais riqueza, que

estava representada no pagamento das suas mercancias que deveriam ser em metais

preciosos.

Adam Smith, em 1776 no seu livro “

A Riqueza das Nações”

quando se refere ao princípio

da Vantagem Absoluta

afirma que um país deveria especializar-se na produção de aqueles

bens que produz com maior eficiência, assim os países se beneficiariam mutuamente e

quando se refere ao princípio do Livre Comércio os países garantiriam a obtenção de

benefícios do fluxo de intercâmbios de bens entre países ao evitar barreiras nestas

transações.

No Século XIX, David Ricardo explicou o princípio da Vantagem Comparativa: se

um país não tem vantagem absoluta, pode sim produzir bens ou serviços com menor

eficiência ou que tem menor vantagem absoluta, de esta forma um país pode obter

benefícios do comércio internacional mesmo não sendo o mais eficiente em produzi-lo,

podendo importar aqueles bens, nos quais a desvantagem absoluta é maior. Com esta

política adotada o país aperfeiçoaria os benefícios do comércio internacional. Esta

vantagem comparativa é obtida através dos menores custos de oportunidade de cada país,

ou seja, ao aproveitar o melhor uso alternativo dos seus fatores de produção.

No século XX, se incorpora o conceito da vantagem competitiva em função do

desenvolvimento e à alta competitividade dentro do comércio internacional. A vantagem

competitiva é um conjunto de características de destaque na produção de um bem ou

serviço considerando o “suply chain” e a tecnologia de informação, pontos chaves na

tomada de decisão do consumidor.

2.1.2. Cláusula da Nação mais Favorecida

(25)

comercial devem estender-se a todos os países assinantes do mesmo. Por esta cláusula os

direitos e privilégios concedidos a um país são aplicáveis ao resto dos países membros da

união; ademais, qualquer acordo futuro também terá efeito no resto dos países assinantes

do acordo comercial. Este tipo de cláusula pode ser incondicional (pode-se aplicar a todos

os aspectos não contemplados pelo acordo comercial, assim como a todos os

contemplados) ou condicionada, ou seja, sua aplicação fica limitada a certos aspectos

comerciais. O fato da cláusula de nação mais favorecida poça estar condicionada se deve á

crença que as concessões realizadas a um país a câmbio de certos benefícios não têm por

que se estender aos outros países que não oferecem a mesma contrapartida.

2.2. Tratado Nacional

É o resultado conseguido de um tratado nacional em território de outra nação

através da assinatura de um acordo comercial, obteve maior força durante o Século XIII. A

Veneza, uma das cidades mais importantes daquela época na Itália que comercializava

especialmente com o oriente próximo, conseguiu mediante um acordo com o Sultão da

cidade de Alepo, que seus comerciantes tivessem direito a negociar seu bairro em dita

cidade e conseguiram uma jurisdição própria tanto em causas civis como em causas penais.

Em meiados do Século XIX, os acordos que legitimavam a existência deste tratado

nacional estavam tão desenvolvidos que permitiam plena jurisdição sobre os direitos e

propriedades dos comerciantes estrangeiros. Os comerciantes podiam viajar de modo livre,

sem a necessidade de passaportes ou vistos, é neste o momento que se começa a prestar

atenção predominante à eliminação de barreiras ao comércio.

2.3. O Protecionismo

O tratado franco – britânico de 1860, conhecido como tratado de Cobden devido ao

economista e estadista inglês Richard Cobden, representou o ponto de partida de um

(26)

promulgar a liberdade de comércio, reduzindo e eliminando todas as tarifas alfandegárias

entre os países assinantes, provocou uma onda de acordos de tarifas alfandegárias bilaterais

entre os demais países europeus.

Em quase a totalidade destes acordos se incluíam a cláusula da nação mais

favorecida, pelo que se generalizaram as concessões de tarifas alfandegárias, abrindo o

caminho para um comércio multilateral.

Não obstante, rapidamente surgiram fortes pressões que ameaçavam a expansão de

esta rede comercial a escala mundial. O imperialismo, com a conseguinte rivalidade

econômica e guerra de tarifa alfandegária, passou a ser a norma; A Alemanha voltou a

estabelecer tarifas alfandegárias protecionistas em 1879; A Espanha, que já desde

mediados do Século XVII tinha sido protecionista, reforçou esta tendência mais ainda

durante o Século XIX, permanecendo isolada do exterior, salvo quando precisou aproveitar

sua a neutralidade durante a I Guerra Mundial, até 1959, ano em que se estabeleceu o plano

de estabilização. O clima cosmopolita em quase todo o século XIX, com a sua filosofia do

laissez-faire

que implicava na não – ingerência dos governos nos assuntos econômicos,

deu lugar no início do século XX um forte nacionalismo econômico, sobre todo a partir da

grande depressão da década de 1930. O princípio aceitado em reconhecer os direitos de

propriedade foi abandonado.

2.4. Liberalização do Comércio

Em 1947 se assinou o acordo general sobre tarifas alfandegárias e comércio –

GATT entre os 23 países, ampliando-se este acordo para 96 países em 1988. Seu principal

objetivo consiste em reduzir as tarifas alfandegárias e em eliminar as práticas restritivas do

comércio internacional. Se aceita a existência de acordos especiais entre países membros

(27)

Americana de Livre Comércio – ALAC em 1960, e o Mercado Comum Centro Americano

– MCCA em 1960.

A atual complexidade dos tratados comerciais permitiu uma notável estabilização

do comércio internacional, assim como uma grande homogeneização das práticas

comerciais. Um dos tratados comerciais mais importantes, entre outras porque quebrava

com as barreiras ideológicas da época, foi o assinado por Estados Unidos e União

Soviética em 1972; com as que se resolveram antigas diferenças e conflitos nos transportes

e volume da dívida, proporcionando um novo modelo para o comércio a grande escala.

2.5. Tratados de Livre Comércio - TLC

É um Tratado Comercial entre dois ou mais paises onde os assinantes concordam

na concessão de preferências de tarifas alfandegárias mútuas e a redução de barreiras de

tarifas não alfandegárias no comércio de bens e serviços. Com a finalidade de aprofundar a

integração econômica dos países assinantes, um TLC incorpora além dos temas de acesso a

novos mercados, outros aspectos normativos relacionados ao comércio, assuntos laborais;

etc.

2.5.1. Objetivos principais de um Tratado de Livre Comércio - TLC

- Eliminar barreiras que afetem ou minimizem o comércio

- Promover as condições para uma competência justa

- Incrementar as oportunidades de investimento

- Proporcionar uma proteção adequada aos direitos de propriedade intelectual.

- Estabelecer processos efetivos para a estimulação da produção nacional.

- Fomentar a cooperação entre países amigos

- Oferecer uma solução a controvérsias

Os tratados de livre comércio (TLC) aparecem como um mecanismo eficaz para

(28)

se esperar que por motivos de segurança tenha que se resguardar nesse processo os

produtos mais sensíveis. Claro está independentemente dos desafios que o fenômeno da

globalização trousse junto, tanto o Peru quanto o Brasil ficarão em melhor situação se

tiverem maior acesso aos mercados internacionais participando ativamente do comércio

mundial.

2.5.2. Livre-Câmbio

Significa intercâmbio de bens e matérias primas entre países sem restrições de

tarifas alfandegárias, taxas de importação ou controles fronteiriços. Esta política

econômica contrasta com o protecionismo ou o fomento dos produtos nacionais mediante a

imposição de tarifas alfandegárias à importação ou outros obstáculos legais para a

movimentação de bens entre países.

2.5.3. Primeiras doutrinas Livre-Cambistas

As primeiras doutrinas sobre comércio internacional começaram a se desenvolver

com a aparição dos modernos estados nacionais durante o século XV. Uma das primeiras

doutrinas de política econômica, conhecida como mercantilismo, predominou na Europa

ocidental desde o século XVI até aproximadamente o início do século XIX.

Os defensores de esta doutrina queriam reforçar a unidade nacional e aumentar o poder do

Estado. Para eles a riqueza era indispensável para ter o poder, representada em ouro e prata

e a acumulação de estes era uma condição necessária para obter riqueza. Os países que não

tinham minas de ouro ou prata podiam conseguir estes metais preciosos exportando mais

do que importavam, graças ao estrito controle governamental do comércio exterior.

Contraria a esta doutrina surgiu na França uma nova escola econômica no século XVIII,

desenvolvida por um grupo de teóricos conhecido como os fisiocratas, seguidores do

(29)

tiveram transcendência na França, influenciaram o pensamento do economista Adam

Smith, cujas teorias sobre o livre comércio ajudaram a desenvolver a política econômica do

seu país.

Smith rejeitava os postulados protecionistas da doutrina mercantilista. Assinalava

que a riqueza não consistia em acumular metais preciosos, mas o que se podia comprar

com ditos metais. A regulação governamental do comércio reduzia a riqueza das nações

porque impedia que estas adquirissem uma maior quantidade de bens ao menos preço

possível. O contrário acontecia com o livre comércio, cada país poderia aumentar sua

riqueza exportando os bens que produzia com menores custos e importando os que se

produziam mais barato em outros países.

Segundo Smith, cada país se especializaria na produção e exportação de aqueles

bens que produzia com vantagem absoluta. Outro economista britânico, David Ricardo,

acrescentou a este análise nos inícios do século XIX o conceito geral da vantagem

comparativa. A teoria ricardiana assinala que alguns países não tinham vantagem absoluta

na produção de nenhum dos seus bens. Porem estes países poderiam se beneficiar do livre

comércio caso de centralizar

esforços na produção de aqueles bens nas que tinham uma

vantagem comparativa. Este princípio continua sendo a base teórica de todos os

argumentos a favor do livre comércio.

Ricardo supunha que todos os países se beneficiariam do livre comércio. O filósofo

e economista britânico John Stuart Mill demonstrou depois que estes ganhos do comércio

dependiam da demanda recíproca de importações e exportações. Quanto maior a demanda

de bens que um país exportava em ralação a sua demanda de importações, maiores ganhos

obteria este país do comércio livre entra nações. Os ganhos se refletiriam na melhora da

relação real de intercâmbio de esse país. Esta relação é expressa na proporção dos preços

(30)

3. A NOVA TEORIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

A teoria clássica do comércio desenvolvida por Smith, Ricardo e Mill tratava sobre

todo de analisar os ganhos derivados do livre comércio. Porém, a teoria moderna do

comércio internacional aceita a realidade da teoria da vantagem comparativa e centra sua

análise nos padrões de comércio de cada país e as origens da tal vantagem.

Os teóricos clássicos supunham que as diferenças nas vantagens comparativas se

deviam à diferente produtividade dos recursos, o que reflexa uma desigual distribuição

entre países de tecnologia e qualificação de mão de obra. Alguns economistas do século

XX deram uma explicação mais precisa das diferentes vantagens na produção, destacando

que a diversidade de preços dos bens finais reflexa a desigualdade dos preços dos recursos

produtivos e esta diversidade se deve à escassez relativa de estes recursos em cada país. Os

países se especializam na produção e exportação de aqueles bens que requerem matérias

primas e recursos dos que o país dispõe em abundância e importa os bens que requerem

recursos que o país não possui.

Apesar das conclusões da teoria clássica, alguns países não adotaram uma política

comercial livre - cambista. A principal exceção foi a Grã Bretanha que entre as décadas de

1840 e 1930 suprimiu todas as restrições à importação. O predomínio histórico das

políticas protecionistas reflete por um lado, o poder dos grupos de pressão industrial

temerosos da competência exterior e por outro lado a fortaleza de alguns argumentos a

favor da proteção. Estes argumentos podem se classificar em três categorias: os que

pretendem um câmbio na composição da produção, os argumentos relativos ao nível do

emprego e os que defendem um câmbio na distribuição dos ingressos ou renda. Baixo

certos supostos, os três tipos de argumentos têm certa validez teórica, assim como algumas

(31)

A primeira categoria, os que pretendem um câmbio na composição da produção,

um dos argumentos mais antigos utilizados a favor da proteção é o denominado

argumento da indústria nascente. Segundo esta teoria, quando se reduz ou elimina a

competência exterior mediante restrições à importação, as indústrias nacionais

podem crescer e se desenvolver com maior rapidez. Em teoria, uma vez conseguido

o desenvolvimento de estas indústrias, pode se suprimir a proteção porque as

indústrias já podem competir com a dos outros países. A pesar de isso, na prática a

proteção permanece, porque as indústrias nacionais não conseguem suficiente

fortaleza para competir com o mercado externo. A principal limitação de este

argumento é a sua incapacidade para determinar o tipo de indústrias que poderiam

crescer até adquirir a suficiente força para enfrentar os competidores externos.

A segunda categoria, os argumentos relativos ao nível do emprego, também

considerado como o argumento protecionista da defesa nacional afirma que um país

deve evitar depender de outro no relacionado à fabricação de materiais

indispensáveis para garantir sua defesa para fazer frente aos problemas externos,

bens e tecnologia que não se pode adquirir em outros países como é em caso de

guerra.

A limitação de este argumento é que não se podem determinar exatamente

quais são as indústrias indispensáveis para garantir a defesa nacional.

Um terceiro argumento defende o protecionismo para evitar o

dumping

externo. O

dumping

é o fenômeno que se dá quando um país vende no exterior, bens a preços

mais baratos dos que adjudica no seu próprio país. A proteção está justificada neste

caso, só se fica demonstrado que o Estado que pratica o

dumping

pretende

conseguir no país que se protege um monopólio, eliminando os produtores

(32)

Quando há muito desemprego se defende a necessidade de proteger ao país para

incrementar a produção nacional e em conseqüência, o nível de emprego; se considera que

ao reduzir as importações aumentará a demanda de produtos de produtos substitutivos

nacionais e a produção interna. Os economistas estimam que esta é uma política baseada

no princípio de “empobrecer ao vizinho”: a melhora de emprego no país se consegue

reduzindo o emprego e a produção dos demais países. A limitação de este argumento é

provoca reações por parte dos demais países que acabam adotando políticas similares.

A proteção pode se utilizar para redistribuir a renda entre diversas nações e dentro de

um mesmo país. Por exemplo, se um país tem uma forte demanda das suas exportações,

pode obter ingressos às costas de outros mediante a aplicação de restrições ao comércio.

Os demais países terão maiores dificuldades para conseguir divisas destinadas a pagar as

importações que desejam, pelo que terão que reduzir o preço dos seus produtos para e

melhorar sua relação de intercâmbio do país protecionista. Ao igual que o argumento

anterior, esta táctica implica em reações adversas por parte dos demais países.

Tendências recentes

Embora quase todos os países favoreçam de forma oficial o livre comércio e

rejeitam o protecionismo, é difícil levar da teoria à prática, incluso entre os países mais

industrializados. A partir da II Guerra Mundial, os países mais desenvolvidos uniram seus

esforços para promover o livre comércio e eliminar as barreiras protecionistas. Quando as

economias se encontram num período de expansão e tem pleno emprego, quase todo o

mundo promove o livre comércio. Mesmo assim, ao entrar em uma etapa de recessão,

quase todos os países aplicam políticas protecionistas já que aumentam as pressões das

organizações de trabalhadores e de outros grupos de pressão como são os sindicatos por

(33)

A integração das economias mundiais é de tamanha magnitude que as políticas

econômicas nacionais de um país afetam todos os demais. Isto provocou a aparição de

novos argumentos a favor do protecionismo os quais afirmam que as políticas econômicas

de alguns países têm resultados muito prejudiciais. As regras sobre comércio que surgiram

no seio do Acordo Geral sobre tarifas alfandegárias e Comércio – GATT, não fez

referência alguma às políticas nacionais, mas a Organização Mundial do Comércio – OMC

tem, ao menos em teoria, a atribuição de dirimir as disputas comerciais entre diferentes

países.

4. INTEGRAÇÃO

Segundo diferentes autores, integrar significa unir as partes num todo ou constituir

um todo com as partes, o que seria uma definição literal de integração.

Partindo do básico, a palavra integração provém do latim, integratio – onis que

segundo o dicionário significa “ação ou efeito de integrar ou integrar-se, constituir as

partes de um todo, unir-se a um grupo para formar parte dele”.

4.1 Integração Econômica ou Comercial?

Em aspectos relacionados ao econômico, político e social há diferentes acepções.

Bela Balassa define integração econômica como “um processo e uma situação das

atividades econômicas

2

”.

Integração política para Karl Deutsch que compara a integração ao poder, por este

último relacionar-se às diferentes formas de agir de um dos atores que não agiria

caso no existisse esse poder é “a integração de atores ou unidades políticas como

indivíduos, grupos, municípios, regiões ou países no que diz respeito a sua conduta

(34)

política, onde a integração é uma relação na qual a conduta de estes atores se

modifica no que diz respeito do que houvesse sucedido se não existisse a

integração

3

”.

No relacionado à integração social, é mais vislumbrado como uma aproximação á

idéia de cooperação internacional, em ações tendentes a diminuir a discriminação e

a postergação.

Mas a integração pode ser também:

Relação entre as partes que agem interdependentemente e que em união têm

propriedades que independentemente não conseguiriam.

Processo integrativo com a que se consegue a relação entre as unidades que antes

estavam separadas.

Assim Leon Lindberg quando fala sobre a Comunidade Européia define a integração

como: “os processos pelos quais as nações antepõem o desejo e a capacidade de conduzir

as respectivas políticas exteriores e internas chave, de forma independente entre si,

procurando pelo contrário, tomar decisões conjuntas ou delegar seu processo de tomada de

decisões a novos órgãos centrais” e “o processo pelo qual os agentes políticos de diversos

cenários diferentes estão convencidos de mudar suas expectativas para um novo centro

4

”.

Já para Jorge Mariño “se entende por processo de integração regional ao processo

convergente, deliberado (voluntário), baseado na solidariedade gradual e progressiva entre

dois ou mais estados, sobre um plano de ação comum em aspectos econômicos, sociais,

culturais, políticos, etc.

Pode-se perceber em estas definições a força de elementos intangíveis e subjetivos na

conformação das novas unidades integradas e a profundidade que adquirem os mecanismos

(35)

O fenômeno da integração econômica tem uma historia de 140 anos. Já o comercio

se remonta a muitos anos antes do registro formal do comercio internacional, desde o

início dos grandes descobrimentos como a agricultura e a roda, a sociedade humana viu

uma grande necessidade de realizar trocas de mercadorias.

4.2. Etapas dos Processos da Integração

Conforme a literatura existente que trata sobre este tema há quase um consenso

sobre as etapas que passam os processos de integração, segundo Bela Balassa se

estabelecem cinco etapas ou graus de integração, mais a etapa preliminar conhecida como

área de preferências de tarifas alfandegárias, tendo como características

5

:

4.2.1. Zona de Preferências de Tarifas Alfandegárias

É um acordo entre vários Estados, mediante o qual estes se comprometem a dar um

tratamento preferencial a sua respectiva produção em comparação ao dado a outros países,

significa que se concedem vários graus de tarifas alfandegárias no comércio recíproco.

Pode-se subdividir em três:

Área de preferências de tarifas alfandegárias propriamente ditas, onde as

concessões se dão exclusivamente aos direitos aduaneiros, exportação e importação

de mercadorias.

Área de preferências aduaneiras, onde não só se limitam às restrições de tarifas

alfandegárias, mas que pode contemplar também outros tributos aduaneiros que se

aplicam pela exportação ou importação, podendo considerar tanto restrições diretas

como indiretas.

Áreas de preferências econômicas, que abarcam aspectos que não são de natureza

aduaneira, mas que fazem um tratamento discriminatório da mercadoria estrangeira

uma vez que esta foi importada.

(36)

Apesar de este ser um grau de integração sumamente superficial que muitos autores

não consideram como tal, é válido considerar-lo como um primeiro passo do amplo

processo de integração.

4.2.2. Zona de Livre Comércio

Significa que os Estados Parte concordam em suprimir as tarifas alfandegárias e

outras barreiras ou restrições quantitativas ao comércio recíproco de bens, mas

conservando sua autonomia e independência em relação a seu comércio com terceiros

Estados. Para chegar a uma Zona de Livre Comércio se fixam prazos, condições e

mecanismos para baixar as tarifas alfandegárias. Enfatizam-se as medidas nas fronteiras

das partes para incrementar os fluxos dos intercâmbios recíprocos.

Como em um acordo de livre comércio se da o problema do controle das

importações de extra zona, os estados partes devem programar instrumentos que possam

estabelecer a origem dos produtos, de essa forma diferenciar entre os bens que são gerados

na zona e os que provêm de outras latitudes, já que os produtos que se devem beneficiar

com o acordo são os originários dos Estados partes, evitando a triangulação, o ingresso de

produtos do exterior à Zona a través do país que cobra as tarifas alfandegárias mais baixas;

isto se obtém por meio das cláusulas de origem, as que deverão ser precisas e rigorosas.

Em uma Zona de Livre Comércio os países assinantes do tratado se comprometem

em anular as tarifas alfandegárias nas suas fronteiras, ou seja, entre os países assinantes do

tratado os preços de todos os produtos comercializados entre eles, serão os mesmos para

todos os integrantes da zona, de forma que um país não pode aumentar preços dos bens

produzidos em outro país que faz parte da zona de livre comércio, por médio de tarifas

alfandegárias de importação. Exemplo a Associação Européia de Livre Comércio –

(37)

4.2.3. União aduaneira

Em este processo, os Estados participantes alem de as correntes comerciais por

meio da redução das tarifas alfandegárias entre eles, adota medidas frente a terceiros países

uma política de tarifa alfandegária comum ou tarifa externa comum.

Para Vicente Arnaud, as condições que uma união aduaneira perfeita deve reunir são

6

:

A completa eliminação entre seus Estados membros;

O estabelecimento de uma tarifa uniforme sobre as importações do exterior da União;

A distribuição dos ingressos aduaneiros entre seus membros conforme à fórmula

combinada.

Então, os estados que integram uma união aduaneira, além de reduzir as tarifas

aduaneiras entre si até chegar a zero, adotam uma tarifa alfandegária externa comum, de

forma gradual com prazos e relações temporárias de exceções que normalmente são

diferentes segundo o desenvolvimento econômico dos Estados parte, em relação aos

produtos que importam de outros países que não fazem parte da zona.

Os direitos de importação obtidos pela tarifa alfandegária externa comum, devem ser

distribuídos entre os Estados membros, para o que devem definir o mecanismo a ser usado.

Por outra parte, ao existir uma tarifa alfandegária externa comum, se eliminam as normas

de origem, pelo que uma mercadoria de procedência estrangeira que ingressa legalmente

por qualquer repartição aduaneira, prévio pago do imposto comum fixado, tem livre

circulação pelo espaço geográfico dos países sócios da união. A negociação com o exterior

devera se fazer necessariamente em bloco.

Então, uma União aduaneira é uma ampliação dos benefícios derivados de uma Zona

de Livre Comércio. Em Uma União Aduaneira, além de se eliminar as tarifas alfandegárias

internos para os países membros da união, se cria uma tarifa alfandegária externa comum –

(38)

AEC para todos os países, ou seja, qualquer país da união que importe bens produzidos por

outro país não pertencente á união aplicará a estes bens a mesma tarifa alfandegária. As

uniões aduaneiras têm como característica permitir a livre circulação de pessoas e capitais

por todos os territórios dos países membros, o que permite a livre aquisição de bens de

consumo e empresas dos cidadãos de um país no resto dos países pertencentes ao acordo

comercial.

4.2.4. Mercado Comum

É a etapa em que os países membros que compõem a união aduaneira agregam a

possibilidade da livre circulação de pessoas, serviços e capitais sem discriminação, por

esse motivo, se estabelece a livre circulação dos fatores produtivos.

Em um mercado comum, não há aduanas internas nem barreiras tarifárias entre os

Estados partes; se pratica uma política comercial comum, se permite o livre deslocamento

dos fatores de produção (capital, trabalho, bens e serviços), em outras palavras, as quatro

liberdades fundamentais da comunidade e se adota uma tarifa alfandegária aduaneiro

exterior unificado.

Portanto, a legislação dos países membros deve unificar-se ou harmonizar-se com o

objeto de garantir as condições de livre concorrência no âmbito do mercado interior

comum. As normas não só devem perseguir a supressão das barreiras que impedem o livre

exercício das quatro liberdades que foram mencionadas (barreiras aduaneiras, físicas,

técnicas, comerciais, restrições monetárias; etc.), mas também daquelas que são

conseqüências de práticas restritivas de repartição ou exploração dos mercados imputáveis

às empresas (regras de competência).

4.2.5. União econômica

(39)

as políticas monetária, financeira, fiscal, industrial, agrícola, entre outras com a finalidade

de eliminar as discriminações que possam se encontrar nas disparidades entre as políticas

nacionais de cada um dos Estados partes.

Como o objeto da integração são todas as atividades econômicas no âmbito da

união econômica, entre estas a política financeira, a harmonização de uma política

monetária leva à criação de um banco central comum e finalmente à adoção de uma moeda

comum, com o que se aperfeiçoa uma união monetária.

Como exemplo de União Econômica, temos a União Econômica Européia que

representa o mais alto grau da integração comercial entre diferentes países. Alem dos

benefícios derivados da união aduaneira, se produz uma integração econômica plena ao

eliminarem-se as diferentes moedas dos países integrantes da união, criando-se um único

banco central para todos eles. A UE constitui uma união econômica plena desde 1999, ao

finalizar o processo de convergência entre os países membros e criar uma única moeda “o

Euro”.

Os dias 9 e 10 de dezembro de 1991 o Conselho Europeu aprovou em Maastricht

(países baixos), o Tratado da União Européia e assinado definitivamente o Sete de

fevereiro de 1992 na mesma cidade. Logo de se ratificar o primeiro de novembro de 1993 a

Comunidade Européia se transformou na União Européia. Este fato se considera como um

grande para frente no processo de integração européia, ao se estabelecer políticas

exteriores e monetárias comuns nos países membros.

4.2.6. Integração Econômica Completa

Este é o maior grau de profundidade a que pode aspirar um processo de integração,

e se produz quando a integração avança além dos mercados, porque no transcurso deste

(40)

no campo monetário, fiscal, social, entre outras, inclusive em questões relacionadas às

políticas exteriores e de defesa.

Nesta instancia de integração, é necessário estabelecer uma autoridade

supranacional, cujas decisões obriguem os Estados membros a cumprir os acordos

assinados. Alguns autores afirmam que este grau de unificação sugere a desaparição das

unidades nacionais pela absorção das partes num todo, como é definida a palavra

“integração”.

4.3. PERFIL INTERNACIONAL DE INTEGRAÇÃO

4.3.1. Integração nos Continentes

Na atualidade, uma grande parte dos países do mundo estão imersos em uma das

etapas processo de integração. Assim existe uma proliferação de acordos comerciais na

Europa, entre os países do Norte da África e na África sub-sariana se pretende conseguir

uma União Econômica até o ano 2028. Na Ásia Central se assinaram acordos comerciais

tendentes a preencher vazios deixados pelo desmoronamento da estrutura econômica e

comercial da antiga União Soviética. Japão por sua parte, assinou no 2002 seu primeiro

tratado de Livre Comércio com Singapura. Os países de América Latina e o Caribe

assinaram já múltiplos Tratados de Livre Comércio bilaterais, trilaterais e multilaterais.

O mapa atual dos diferentes tipos de Acordos se reflete de forma sintética na Tabela

(41)

Tabela Nº 1

Diferentes Tipos de Acordos

Continentes

Acordos Comerciais Regionais

Incorporação a uma União Aduaneira

Acordo de Livre Comércio Acordos de Serviços Outros

Europa

7

9

82

11

0

América

6

0

10

5

0

Ásia

5

0

4

1

3

África

5

0

0

1

0

Oceania

3

0

2

0

0

Países de vários continentes

4

0

45

3

0

Total

30

9

143

21

3

Fonte: www.wto.org

Como se percebe na tabela anterior, são 206 acordos de diferentes tipos que foram

registrados no GATT e a Organização Mundial do Comércio (OMC), e que na atualidade

estão vigentes. A maior parte deles, aproximadamente 69%, são Tratados Bilaterais ou

Trilaterais de Livre Comércio e Acordos de associação entre um terceiro país e um bloco

de países que já têm um Acordo de Livre Comércio entre eles.

Desde a criação da Organização Mundial de Comércio (OMC) nas /Américas, se

criaram mais de 68 acordos de livre comércio entre países da mesma região, assim como a

União Européia e a Ásia, incrementando-se simultaneamente o comércio internacional e o

comércio intra-regional. Nesse sentido a região hemisférica é um protagonista importante

da nova onda de regionalismo que se expressa em blocos econômicos como: NAFTA,

CAN, CARICOM, CAFTA-RD, MERCOSUL, ALCA e outros. Com mais de 800 milhões

de habitantes e 34 nações democráticas, com exceção da República de Cuba.

Fica claro então que a integração sub-regional e o projeto hemisférico da ALCA avançam

tratando de criar um enorme livre mercado que fortaleceria a posição dos Estados Unidos

de América frente aos nossos países e seus principais competidores, a integração nas

Américas significa não só agregar elementos, mas rearticular-los e fortalecer-los a partir de

uma identidade e conceição de alcance social, econômico, político, cultural e de segurança.

(42)

São vários os acordos comerciais que atualmente estão em processo na América

Latina, chamados “tratados de livre comércio”, os quais implicam em profundas mudanças

nas sociedades da região.

Um dos pontos a ser considerado é que os atuais acordos ou “tratados de livre

comércio” não vêm a melhorar os já existentes, mas para estabelecer novos critérios. Os

acordos comerciais clássicos apenas tratavam sobre produtos, os atuais convênios

incorporam também os serviços e os investimentos num sentido mais amplo onde se inclui

tanto a entrada como a saída de capitais.

Os novos tratados comerciais também conseguiram avançar sobre os controles,

exigências e regulamentações no comércio de produtos, serviços e capitais, como por

exemplo, as medidas do controle de qualidade sobre os produtos agropecuários, as

exigências sobre porcentagens de componentes nacionais na elaboração de produtos, as

normas laborais, as exigências ambientais e outras. Esta situação se deve à imposição de

metas comerciais sobre outros âmbitos, como podem ser os fluxos de capital ou as normas

de regulação social ou ambiental.

4.3.3. Diferenças entre a Integração e o Livre Comércio.

É necessário esclarecer que não se deve confundir os novos acordos de livre

comércio com os processos de integração. Tratados de apertura comercial como os de

América do Norte – TLCAN, entre Canadá, Estados Unidos e México ou a proposta da

ALCA que se restringem ao plano econômico e não consideram uma integração política,

de fato os acordos de livre comércio muitas vezes influenciam na política que ficam

pressionadas a metas comerciais e com isso podem impedir a integração política e cultural

entre nações. Já um processo de integração além de considerar os aspectos econômicos

Imagem

Gráfico Nº1.
Gráfico Nº2
Gráfico Nº3
Gráfico Nº4                     África14% 18%9%23%36% MarrocosArgélia África do SulNamíbiaOutros                                América40%13%14%8%25% Estados UnidosCanadáChileVenezuelaOutros                   Ásia e Oceania 49%24%8%7%12% China Japão Taiw a

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