• Nenhum resultado encontrado

1.3.1.3.4 4-Hidroxilação do DHEA

Capítulo 2 – Estágio em Farmácia Comunitária

2.9 Interação Farmacêutico-Utente-Medicamento

2.9.1 Atendimento ao público

A interação farmacêutico-utente-medicamento traduz-se no atendimento ao balcão, sendo esta tarefa a mais frequente no âmbito da FC. Assim, menciono que a mesma foi por mim desempenhada um mês após o início do estágio em questão, não descuidando todas as outras tarefas essenciais para um funcionamento de excelência da farmácia.

Num contexto de FC, o utente/doente deve ser considerado o principal foco de atividade do farmacêutico. Segundo o Código Deontológico da Ordem dos Farmacêuticos, a sua primeira e

devendo pôr o bem dos indivíduos à frente dos seus interesses pessoais ou comerciais e promover o direito de acesso a um tratamento com qualidade, eficácia e segurança” (11). Deste modo, a linguagem e postura que se adota perante o utente, deve ser concordante com as suas características e necessidades individuais. Assim, a abordagem ao utente não deve assumir um carater padronizado, mas sim um carater personalizado, privilegiando sempre uma linguagem comum ao invés de uma linguagem demasiado técnica, em adição a um discurso claro, preciso e empático como forma de garantir que o utente compreendeu a informação transmitida pelo farmacêutico.

Torna-se também essencial a complementaridade da informação oral com informação escrita, para que no momento da administração não surjam dúvidas por parte do utente relativamente à posologia. Menciono que, a informação escrita foi-me muita vez solicitada pelos utentes, sobretudo nos polimedicados, sempre que lhes era instituída na terapêutica uma nova medicação ou sempre que a embalagem do medicamento mudava de aspeto.

Note-se que, a utilização de um software informático, como o Sifarma 2000, oferece inúmeros benefícios e ferramentas que promovem um atendimento de excelência dentro do qual destaco o acesso a informação científica dos medicamentos, informação essa que pode ser transposta para uma linguagem mais comum no sentido de fornecer esclarecimentos ao utente.

O farmacêutico é, hoje, designado como um profissional de saúde capaz de promover o uso racional dos medicamentos junto dos utentes. Em adição aos esclarecimentos relativos à posologia dos medicamentos, torna-se fulcral o farmacêutico avaliar se a dispensa da medicação age em conformidade com as necessidades do utente. Assim, o farmacêutico deve investigar a ocorrência de possíveis interações medicamentosas bem como advertir o utente quanto às possíveis reações adversas associadas à medicação. Invoco, novamente, o exemplo de utentes polimedicados, os quais considero que merecem uma atenção redobrada por parte do farmacêutico, sendo, algumas vezes, alvo destas possíveis interações medicamentosas pela toma de diversas medicações para diferentes condições fisiopatológicas. Devo afirmar que, para um seguimento farmacoterapêutico mais rigoroso consultei diversas vezes o historial de medicação dos utentes.

Considero que, o atendimento ao balcão foi, indubitavelmente, a tarefa mais apreciada ao longo do período de estágio, em virtude de determinadas caraterísticas pessoais das quais destaco a capacidade comunicativa, característica essencial no contato com os utentes. Menciono também que, neste contexto toda a informação científica, adquirida no decorrer das unidades curriculares do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, acerca dos

essencial do farmacêutico na promoção da saúde e bem-estar dos utentes, como da comunidade em geral.

2.9.2 VALORMED

A consciencialização do medicamento enquanto resíduo traduziu-se na criação da VALORMED, uma sociedade sem fins lucrativos que tem a responsabilidade de gerir resíduos de embalagens vazias bem como medicamentos fora de uso, dentro dos quais se incluem medicamentos de uso humano ou de uso veterinário (12). Apraz-me mencionar que, a farmácia São Cosme assume-se como uma das farmácias integrantes do programa em epígrafe, onde os farmacêuticos assumem a responsabilidade de sensibilização e esclarecimento dos utentes no ato de dispensa dos produtos, no que concerne às boas práticas e sustentabilidade ambiental. A farmácia é, assim, a face mais visível da VALORMED (12).

Assim sendo, na farmácia São Cosme encontra-se sempre disponível um contentor apropriado para a recolha dos items. De forma mais especifica, neste contentor podem ser colocados folhetos informativos, cartonagens vazias, frascos, blisters, ampolas, bisnagas (quer contenham ou não restos de medicamentos) e todos os acessórios utilizados para facilitar a administração de medicamentos como colheres, seringas doseadoras, copos, conta-gotas, entre outros (12). De mencionar que, sempre que o utente tenha alguma dúvida acerca do descarte ou não do produto para o contentor da VALORMED, os farmacêuticos da farmácia São Cosme prestam o esclarecimento necessário para que tal dúvida seja solucionada, contribuindo, assim, para a minimização do impacto ambiental.

Uma vez cheio, o contentor de recolha é fechado e selado, registando-se numa folha que acompanha o mesmo, o peso, o código da farmácia e a assinatura do responsável do fecho do contentor. De seguida, a recolha dos contentores da farmácia é assegurada pelos distribuidores grossitas, aproveitando de forma integrada e otimizada o circuito de distribuição de medicamentos. Destaco que, na farmácia São Cosme a recolha dos contentores é garantida pela Plural - Cooperativa Farmacêutica, CRL e Alliance Healthcare.

Devo destacar com grande satisfação a participação ativa dos utentes da farmácia São Cosme neste programa os quais, neste contexto, demonstram preocupação com a sustentabilidade do ambiente e consciência de que os medicamentos devem ser encaminhados para as autoridades competentes e não permanecerem inutilizados na casa do utente. Menciono também, a minha participação nesta tarefa, nomeadamente no fecho e pesagem dos contentores e no esclarecimento de dúvidas por parte dos utentes.