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3.1- A comunicação e a interação professor-aluno

Quando se fala na interação professor-aluno, está a falar-se, obviamente em aprendizagem e a questão que se coloca nessa interação envolve o que parece impossível, ou seja, a definição dos limites, para a tolerância, disciplina, permissividade, severidade, etc, uma vez que esses limites dependem da perceção de cada um. Certo parece ser que, como suporta Ne Smith (2003), o indissociável par ensino/aprendizagem e o seu sucesso enquanto processo educativo desenvolve-se a par e passo com essa interação – filtro que facilita ou limita - professor-aluno. Na mesma linha, (Khine e Atputhasamy, 2005) defendem que os níveis de sucesso escolar dependem da relação professor-aluno e, portanto, devem ser variáveis a considerar na avaliação do sucesso educativo.

Não sendo propósito deste relatório explorar temas de Psicologia, convém não perder de vista questões que acompanham a prática quotidiana dos docentes e, para o que aqui interessa, retomar algumas das ideias e trabalhos de autores que, no essencial, dão corpo teórico à parte empírica apresentada neste relatório.

Talvez um dos mais conhecidos trabalhos no âmbito dos comportamentos na relação professor-aluno é o de Wubbels e Brekelmans, 2005. Baseado na investigação de Timothy Leary (1957), o autor procurou aplicar ao ensino o diagnóstico interpessoal da personalidade. Dito de outra forma, os autores partem da revisão da literatura para explorar o ensino numa perspetiva de interação, tendo em conta os sistemas de comunicação e o modelo para descrever as relações professor-aluno partindo do comportamento do professor.

Tendo em conta o efeito das ações que alguém exerce sobre outro(s), então parte- se do princípio de que o comportamento é uma forma de comunicação se:

 o recetor percebe o significado;

 o remetente procura influenciar o outro de forma deliberada;  o indivíduo exibe determinado comportamento à frente de outro.

Ou seja, o comportamento é considerado comunicação quando o emissor e o recetor captarem o mesmo significado (Wubbels & Brekelmans, 2005). Como se sabe, a questão dos significados do que cada um – professor e alunos – percebe é extremamente complexa porque o professor tem de lidar com turmas compostas por vários alunos com

características diferentes (leia-se capazes de interpretar comportamentos de forma diferente).

De facto, esquecemos frequentemente algumas das questões básicas da comunicação professor-aluno. Recorde-se que, desde o conteúdo das nossas mensagens que, como se sabe, constituem boa parte do suporte do relacionamento, passando pela frequência com que comunicamos (note-se que não há interação com uma única mensagem) ou pelo cuidado que devemos ter porque as mensagens/interações influenciam, tudo contribui para a construção da perceção que os alunos têm do ambiente escolar, condicionando os métodos e processos de aprendizagem (Wubbels, Brekelmans, den Brok & Tartwijk, 2006).

É evidente que não há formas de comunicar ideais - o comportamento do professor é influenciado pelo comportamento dos alunos e vice-versa. (Koul & Fisher, 2006). Assim, e em linha com os propósitos deste relatório privilegiaremos, não o comportamento ou intenção do professor, mas a perceção que os alunos constroem da sua experiência escolar, nomeadamente da interação com aquele, uma vez que é esta perceção que determina o comportamento dos alunos, nomeadamente o que pensam sobre um professor e o que decidem aprender (den Brok, Levy, Brekelmans & Wubbels, 2006).

Como se disse, a perceção da interação professor-aluno tem sido abordada com referência ao Modelo Interpessoal do Comportamento do Professor, de Timothy Leary de 1957 (Wubbels, Creton & Hooymayers, 1991).

Figura 5– Sistema bidimensional do modelo de coordenadas para o comportamento interpessoal professor (Fonte: Wubbels e Brekelmans, 2005:8)

O modelo considera a influência e a proximidade como os principais processos que influenciam a interação humana. A primeira varia entre domínio e submissão e é relativa à dimensão afetiva da interação e, a segunda, posiciona-se entre oposição e cooperação, referindo-se à forma como professor e aluno usam do controle nessa interação – dimensões que podem observar-se na Fig. 5.

Estas dimensões, por sua vez, são a âncora para oito tipos de comportamento do professor: líder, útil/amigável, compreensivo, confere responsabilidade aos alunos e valoriza a liberdade, incerto, insatisfeito e rigoroso (Fig.6).

Tal como a orientação com recurso a uma bússola, os setores introduzem rigor na identificação dos setores, podendo ser CC, CD, etc. de acordo com a sua posição no sistema de coordenadas, permitindo definir oito traços comportamentais da interação do professor: Liderança (DC), Apoio/Amizade (CD), Compreensão (CS), Liberdade dos alunos (SC), Insegurança (SO), Insatisfação (OS), Repreensão (OD) e Rigor (DO) (Khine & Atputhasamy, 2005; Koul e Fisher, 2006).

Estes oito traços comportamentais do professor permitem, ainda, identificar oito estilos interpessoais e de ensino na sala de aula, sendo que em cada um iremos destacar os aspetos relativos à forma como os alunos vêm o professor (Wubbels, Brekelmans, den Brok, e Tartwijk, 2006): Diretivo - os alunos veem o professor como exigente; Autoritário - os alunos mantêm-se atentos, produzindo mais do que com os professores diretivos. É considerado um bom professor; Autoritário e Tolerante - os alunos reagem bem à versatilidade revelando-se interessados e envolvidos; Tolerante - os alunos gostam de participar e intervir na aula, têm mais liberdade e trabalham frequentemente sozinhos; Inseguro/ Tolerante - baixa produtividade e desequilíbrio no desenvolvimento dos trabalhos; Inseguro/Agressivo - professor e alunos veem-se como opositores e passam grande parte do tempo a gerir conflitos; Repressivo - os alunos estão sempre muito apreensivos e amedrontados, não estando envolvidos na aula; Escravo - os alunos não sentem entusiasmo nem são competitivos.

Figura 6.Modelo Interpessoal do Comportamento do Professor e níveis para a observação da perceção dos alunos Fonte: Wubbels e Brekelmans, 2005:9

O modelo descrito revela que a perceção da relação com o professor, nas dimensões influência e principalmente de proximidade, é concordante com um padrão mais consistente de motivação, confiança e esforço dos alunos (den Brok, Levy, Brekelmans e Wubbles, 2006).

De igual modo, numa perspetiva interpessoal, os estudos do ambiente de sala de aula indicam uma relação forte e positiva entre a perceção de influência e de proximidade nos resultados cognitivos e afetivos dos alunos, sendo o último fator mais evidente (Wubbels e Brekelmans, 2005). Isto equivale a dizer que, quanto maior a cooperação dos professores, mais elevados são os resultados cognitivos dos alunos (den Brok, Brekelmans e Wubbles, 2004).

Curiosamente, um estudo realizado no final da década de oitenta do século XX por um dos autores atrás citado (Brekelmans,1989) revela que, em média, alunos com professores com um estilo interpessoal “repressivo” têm os resultados académicos mais elevados, enquanto os mais “inseguros/tolerantes”, “inseguros/agressivos” e “escravo” originam um nível de realização dos estudantes relativamente baixo. Para confirmar estes resultados, o autor observou, ainda, que alunos com professores mais diretivos ou autoritários e tolerantes têm resultados académicos relativamente elevados e o professor inseguro/agressivo e repressivos têm os piores resultados no que concerne às atitudes dos seus alunos.

Considerando agora as diferenças de perceção por género, as raparigas incorporam melhor comportamentos de liderança, apoio e compreensão, enquanto os rapazes são mais sensíveis à insatisfação, insegurança, repreensão e rigor (Khine e Fisher, 2004; Levy, Brok, Wubbles e Brekelmans, 2003), o que confere ao género feminino uma perceção mais positiva do professor se comparadas com o género masculino. Do mesmo modo, tendo em atenção agora a idade dos alunos, verificou-se que os mais velhos apreciam mais a capacidade de domínio e rigor dos professores, o que está em concordância com a observação de que os alunos de escolaridades superiores apreciarem mais os parâmetros de influência e proximidade, sentindo mais quando os professores são mais amigáveis e menos inseguros (Levy, Brok, Wubbels & Brekelmans, 2003).

Com o propósito de explorar o comportamento interpessoal em ambientes de aprendizagem e determinar associações entre a perceção dos estudantes e a sua interação com os professores, a sua formação cultural e resultados comportamentais, Khine e Fisher

(2004), encontraram nos seus estudos diferenças significativas entre o que os alunos pensam sobre o seu professor e as suas origens em termos culturais. Parece que a liderança, compreensão e ajuda era mais facilmente percebida juntos dos professores ocidentais do que nos asiáticos, e ainda que os últimos exibiam maior incerteza e insatisfação do que os primeiros. Este facto pode justificar-se porque o sistema educativo asiático estar mais vinculado ao currículo, o que pode levar a uma maior rigidez e até maior ansiedade em atingir objetivos (Biggs & Watkins, 1995; Khine & Fisher, 2004).

Mais recentemente, em Portugal, um estudo realizado por Fonte (2011), procurou avaliar na relação pedagógica de que forma o género, idade, ano escolar e o número de retenções têm influência na perceção que este faz relativamente ao comportamento de interação do professor. De igual modo, o autor procurou perceber em que medida a forma como o aluno percebe o comportamento do professor influencia o sucesso escolar. As conclusões apontam para a valorização do apoio e compreensão para as raparigas, e a responsabilidade/liberdade, insatisfação e repreensão mais significativa para o género masculino, género este que, se comparado com o feminino, valoriza mais a liderança, insegurança e rigor. Ainda sobre os grupos etários, verificou-se que à medida que a idade aumenta, os valores nas escalas de responsabilidade/ liberdade, insegurança, insatisfação e repreensão são maiores, tendência esta que é inversamente proporcional à apreciação da liderança no professor. Os alunos com um maior número de retenções percecionam o professor como sendo mais liberal, inseguro, insatisfeito e repreensivo. Porém, à medida que a média das classificações aumenta, aumenta também a perceção do professor líder, que apoia e compreende.

Um dos exemplos de aplicação do Questionário de Interação do Professor (que serviu de inspiração ao que utilizaremos neste relatório no desenvolvimento empírico) em Portugal, foi feito por Barbosa (2011), com uma amostra de 625 alunos. A autora concluiu que as raparigas percecionam o professor de uma forma mais positiva do que os rapazes, considerando-o mais apoiante e compreensivo, enquanto os rapazes sentem mais quando o professor é liberal, inseguro, insatisfeito e repreensivo. Os mais velhos valorizam mais a sua liberdade e sentem, especialmente, a insegurança por parte do professor. Os jovens dos primeiros níveis do ensino básico apreciam a liderança e compreensão, enquanto os alunos de níveis mais avançados neste ciclo, são mais sensíveis à liberdade, insatisfação, repreensão e rigor. Tudo indica, neste estudo, que as professoras

exercem maior liderança, respeitam mais a liberdade dos alunos, mostram-se mais insatisfeitas, repreensivas e rigorosas do que os professores. Mas o número de anos consecutivos com o mesmo professor, parece influenciar, também, a forma como os alunos percecionam o docente - à medida os anos passam, é a liderança, apoio, compreensão e respeito pela sua liberdade que pesa na apreciação dos alunos. Tal como noutros estudos, também neste se confirma a aproximação entre maior sucesso e perceções positivas acerca do professor.

Finalmente, entre muitos outros trabalho, ainda no mesmo âmbito e utilizando uma população de 405 alunos do 2º ciclo, Bastos (2011) realizou um estudo cujos resultados apontaram para o facto de que as emoções vivenciadas por alunos do 5º e 6º anos de escolaridade e a motivação para a aprendizagem são diferentes em função do género, idade e habilitações dos pais - as raparigas tendem a ser mais negativas do que os rapazes, enquanto estes se focam mais em objetivos de desempenho. Do mesmo modo, a idade parece trazer uma maior tendência para emoções negativas, sendo que a motivação vai diminuindo com a idade. Registou-se ainda que o sucesso está diretamente ligado aos alunos que percecionam a existência de Interações Positivas na sala de aula e os alunos com resultados mais elevados apresentam mais alegria e orgulho na aprendizagem.

Após esta breve revisão do estado da arte, verifica-se que os estudos mais recentes realizados em Portugal apontam para uma perceção mais positiva em relação aos seus professores dos elementos do sexo feminino do que os rapazes, considerando-os mais apoiantes, e compreensivos, ao passo que os alunos do sexo masculino, percecionam o professor como mais liberal, inseguro, insatisfeito e repreensivo - o que, apesar do hiato temporal e espacial, vai ao encontro dos estudos realizados por Fisher e Rickards (1997) e Hunus (1997) (Khine & Fisher, 2004).

3.2-Breves apontamentos cinematográficos.

Fazendo parte da relação humana, esta interação “professor-aluno” e/ou “ensino/aprendizagem” pode assumir diversas formas e ocupar diversos lugares em tempos diversificados da vida dos indivíduos, isto é, muitas vezes sai da instituição “escola” para chegar aos mais diversos grupos sociais e familiares. Por esta razão e pela riqueza de enredo que encerram, estas interações têm feito correr muita “tinta” em inúmeros estilos literários e “fita” cinematográfica.

É sobre esta última arte que nos retemos agora por breves instantes, isto porque tínhamos pensado em explorar neste relatório um conjunto de filmes alusivos ao tema proposto. Porém, a minúcia necessária à análise cinematográfica cedo se revelou ineficaz face ao tempo que dispúnhamos. No entanto, não queremos deixar de assinalar que são vários os testemunhos cinematográficos que demonstram a relevância da interação professor e aluno nas escolas, daí que vários produtores a escolhem como argumento para temas no âmbito da educação. A escolha dos filmes, como metodologia, constituí, assim, um instrumento útil para compreender este processo, ao mesmo tempo que encontrasse livre de entraves burocráticos, pode ser assistido a qualquer momento, além de poder ser visto e revisto quantas vezes forem necessárias, num curto espaço de tempo.

Com a recolha destes breves apontamentos cinematográficos pretende-se procurar um paralelismo entre situações que constituem enredo de filmes e aquela que foram vividas ao longo dos 15 anos de atividade docente, ou seja, apesar de se partir do princípio de que a fraca permanência em cada escola constitui um fator menos positivo, sustenta- se, também, que muitas das experiências vividas são comuns, já foram vividas por outros, constituem cenas que dão forma a momento cinematográficos. Por outro lado, pretende- se examinar interações entre professores e alunos, representadas em filmes e salas de aula de turmas de adolescentes.

A escolha do tema “interação professor e aluno” advém da curiosidade na compreensão da influência da vivência escolar na construção da identidade dos adolescentes e de que forma afeta a motivação e o processo ensino aprendizagem. Neste sentido foi realizada uma breve revisão de literatura acerca da análise de filmes. Esta metodologia propicia a análise de representações de interações que ocorrem nas salas de aula de diferentes culturas, contextos sociais, realidades económicas e épocas.

Esta lista foi elaborada a partir de uma recolha de filmes disponíveis na internet em blogs de cinema, bem como outros já abordados em aulas/formação e/ou por indicações de terceiros.

Assim, em síntese, é possível enunciar vários filmes onde a interação professor e aluno está presente (quadro 3).

Filmes Ano / direção / género Descrição To Sir, with Love 1967 / Sidney Poitier / drama

Numa má fase da vida um engenheiro desempregado aceita lecionar num colégio em Londres, sendo confrontado com uma turma de alunos problemáticos e desajustados socialmente. Após uma repreensão pedagógica tradicional aos alunos, o professor decide analisar o perfil dos mesmos concebendo estratégias alternativas para lidar com os mesmos baseadas no ensino de valores e comportamentos, cumplicidade e esperança. O mestre lentamente conquista a turma, cultivando o gosto pela educação não formal. Quando recebe uma proposta de emprego na sua área hesita…

Stand and Deliver

1988/ Ramón Menéndez/drama

O professor de matemática Jaime Escalante procura incutir regras numa turma de alunos problemáticos em um bairro pobre de Los Angeles. Para motivar os estudantes, na sua maioria de ascendência mexicana, o professor decide apelar para sua própria herança cultural. Ou seja, nas suas aulas faz alusão a latino-americanos famosos por seus feitos para demonstrar a importância da aprendizagem na conquista da cidadania. Dead Poets

Society

1989/Peter Weir/drama

John Keating é um carismático professor de literatura inglesa, admitido na academia Welton, um prestigiado colégio interno norte americano, na década de 50, caraterizada por tradicionais práticas educativas. Com os seus métodos educativos pouco convencionais, procura inspirar os alunos a seguirem seus sonhos. Seguindo o lema “carpe diem” Keating ensina os seus discípulos a opor-se, contestar e ser livres pensadores, tudo em prol de uma vida extraordinária. O suicídio de um dos jovens que não aguentou a pressão do pai vai abalar “o clube dos poetas mortos” e obrigar à identificação de culpados. O professor é expulso da escola.

Lean On Me

1989/ John G. Avildsen / drama

Joe Clark é um diretor e professor arrogante e pouco ortodoxo que assume a direção de um colégio onde tinha sido despedido como docente. A instituição, que no passado era acolhedora, tinha-se tornado um ambiente hostil, controlado por gangues, e local de consumo de drogas. O perfil rígido de Clark foi a solução encontrada para recolocar a escola nos eixos, mesmo que o efeito tenha de enfrentar arruaceiros e as autoridades locais.

Dangerous Minds

1995/ John N. Smith/drama

Uma ex-oficial da marinha abandona a vida militar para realizar um antigo sonho de ser professora de inglês. Começa a lecionar num colégio de negros, latinos, e na maioria de pessoas pobres, tendo que enfrentar a indisciplina e agressividade de alguns alunos. Através de métodos convencionais não consegue motivar arranja outros métodos pouco convencionais (aulas com karatê e músicas do Bob Dylan)

The Emperor`s Club

2002/ Michal Hoffman / drama

A trama do filme centra-se em Hundert, um professor de História antiga numa escola americana de tradição inglesa e Sedgewick Bell. um rapaz rebelde, cínico e calculista, filho de um senador, obrigado pelo pai a estudar. Hunder busca a mudança de carater do aluno mesmo que para isso desonestamente, forje uma classificação no concurso Clube do Imperador, desviando-se da sua retidão de caráter para tentar aproximar- se do aluno e passar-lhe seus conceitos. Porem apercebesse que não consegue mudar o caráter do aluno. Mais tarde Sedgewick repete o campeonato na sua cidade e convida o professor e os seus antigos colegas. Quando no decorrer do campeonato o ex aluno anuncia aos

colegas que a sua candidatura ao senado no lugar de seu pai pedindo o apoio de todos, Hundert apercebesse que Sedgewick continua desonesto. Os dois discutem e durante a discussão o ex aluno compreende o ponto de vista do seu mestre manifesta gratidão e vira as costas a seu pai.

Mona Lisa Smile

2003/Mike Newell/drama romântico

O filme retrata o conservadorismo que focaliza a vida das mulheres nos anos 50, cabendo-lhe unicamente o papel de esposa, mãe e dona de casa. Katherine Watson, uma professora de história de arte chega à escola mais conservadora dos E.U.A incentivando as alunas a novos papéis sociais : “Eu não sabia que exigindo excelência eu estaria desafiando os papeis

para os quais vocês nasceram”. “Vamos abrir nossas mentes para ideias novas”. A professora explicita, assim, uma das principais funções do

professor de toda e qualquer área: fazer o aluno pensar sobre sua época, questionando-a. O filme é considerado o equivalente feminino de Deads Poets Society.

Freedom Writers

2007/ Richard La Gravenese/drama

Erin Gruwell é uma professora que leciona num bairro periférico nos E.U.A. a alunos muito problemáticos, com métodos pouco convencionais e muita astúcia a professora lentamente conquista e ajuda esses alunos.

Entre les Murs

2008/Laurent Cantet/drama

Quotidiano de uma escola dos subúrbios de Paris na qual um professor de francês procura lecionar a um grupo de alunos entre 13 e 15 anos composto por negros africanos, asiáticos latino-americanos e franceses, ao mesmo tempo que ajam como uma turma homogénea.

Front of the Class

2008/ Peter Werner/drama

O filme, baseado em factos reais, conta a história de vida de Brad Cohen que tem Síndrome de Tourette (distúrbio neurológico que faz com que o corpo perca o controle e a pessoa com essa doença tem tiques nervosos). Diagnosticado aos 6 anos, e contando com o apoio de sua mãe consegue ter uma vida normal. Um diretor de o uma escola consegue a sua integração e devido ao que passou com professores pouco compreensivos decidiu o ser o professor que ele nunca tinha tido. Ele adora ensinar o mais importante: que nada nunca o impediu de viver. A personagem retratada no filme na vida real é casado com Nancy, tem um mestrado e faz o que e faz o que adora: dar aulas.

Les héritiers 2015/ Marie- Castille Mention Schaar/ comédia dramática

Desrespeito, indisciplina, violência e falta de perspetivas. É com estas condições que uma professora se depara, numa escola parisiense, com a mais complicada e problemática das suas turmas.

Quadro 3- coletânea de filmes com temas escolares, nomeadamente interação professor e aluno.

Os filmes referenciados apresentam em comum o tema a educação escolar. A maioria aborda a indisciplina e professores carismáticos que marcaram a diferença na

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