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peloDOBRO

(2x) da pena

aplicada

7.

(VUNESP – PC/SP – 2013)

Quanto ao crime de tortura, é correto afirmar que

a) a lei brasileira que comina pena para o crime de tortura não se aplica quando o crime foi cometido fora do território nacional, mesmo sendo a vítima brasileira.

b) o condenado pelo crime de tortura cumprirá todo o tempo da pena em regime fechado. c) é afiançável, mas insuscetível de graça ou anistia.

d) na aplicação da pena pelo crime de tortura, não serão admitidas agravantes ou atenuantes.

e) a condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

RESOLUÇÃO:

a) INCORRETA. A Lei nº 9.455/97 será aplicada nos casos em que o crime de tortura não for cometido no Brasil, mas a vítima é brasileira, ou quando o crime não for cometido no Brasil, mas o torturador se encontrar em local sob a jurisdição brasileira:

Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima

brasileira OU encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

b) INCORRETA. O condenado por tortura iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

Art. 1º (...) § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

c) INCORRETA. O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

Art. 1º (...) § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

d) INCORRETA. Como não temos circunstâncias agravantes e atenuantes específicas da Lei de Tortura, serão aplicadas as previstas no Código Penal!

e) CORRETA. A prática de tortura resulta na perda do cargo, função ou emprego público, bem como na interdição para o seu exercício pelo DOBRO do prazo da pena aplicada:

Art. 1º (...) § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

Resposta: D

8.

(VUNESP – TJM/SP – 2016)

Considere a seguinte situação hipotética: João, agente público, foi processado e, ao final, condenado à pena de reclusão, por dezenove anos, iniciada em regime fechado, pela prática do crime de tortura, com resultado morte, contra Raimundo. Nos termos da Lei no 9.455, de 7 de abril de 1997, essa condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público

b) e a interdição para seu exercício pelo triplo do prazo da pena aplicada. c) e a interdição para seu exercício pelo tempo da pena aplicada.

d) desde que o juiz proceda à fundamentação específica. e) como efeito necessário, mas não automático.

RESOLUÇÃO:

A prática de tortura resulta na perda do cargo, função ou emprego público, bem como na interdição para o seu exercício pelo DOBRO do prazo da pena aplicada:

Art. 1º (...) § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

Resposta: A

9.

(VUNESP – TJ/RJ – 2016)

Maximilianus constantemente agredia seu filho Ramsés, de quinze anos, causando-lhe intenso sofrimento físico e mental com o objetivo de castigá-lo e de prevenir que ele praticasse “novas artes". Na última oportunidade em que Maximilianus aplicava tais castigos, vizinhos acionaram a polícia ao ouvirem os gritos de Ramsés. Ao chegar ao local os policiais militares constataram as agressões e conduziram ao Distrito Policial Maximilianus, Ramsés e Troia, mãe de Ramsés que presenciava todas as agressões mas, apesar de não concordar, deixava que Maximilianus “cuidasse" da educação do filho sem se “intrometer".

Diante da circunstância descrita, é correto afirmar que

a) Maximilianus e Troia incorreram, nos termos da Lei n° 9.455/97, na prática do crime de tortura na qualidade de co-autores.

b) Maximilianus incorreu, nos termos da Lei n° 9.455/97, na prática do crime de tortura na qualidade de autor, e que Troia, porém, não poderá ser responsabilizada, pois não concorreu para a prática do crime.

c) Maximilianus incorreu, nos termos da Lei n° 9.455/97, na prática do crime de tortura na qualidade de autor, assim como Troia também teria incorrido no mesmo crime mas com base na omissão penalmente relevante prevista no Código Penal.

d) Maximilianus incorreu, nos termos da Lei n° 9.455/97, na prática do crime de tortura na qualidade de autor, sendo que Troia será responsabilizada pela prática do crime de omissão em face da tortura praticada por Maximilianus, também previsto na Lei n° 9.455/97, tendo em vista que tinha o dever de evitá-la.

e) Maximilianus incorreu, nos termos da Lei n° 9.455/97, na prática do crime de tortura na qualidade de autor, e que Troia também será responsabilizada pela prática do mesmo crime, porém na condição de partícipe.

RESOLUÇÃO:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento

físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. Pena - reclusão, de dois a oito anos.

Diante dessa situação, a mãe tinha o dever de evitar a conduta criminosa do pai, de modo que incorrerá nas penas do crime de tortura-omissão:

Art. 1º (...) § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de EVITÁ-LAS ou APURÁ-LAS, incorre na

pena de detenção de um a quatro anos.

Temos aqui um típico caso de crime comissivo por omissão, em que será responsabilizado criminalmente o agente que figura na qualidade de garantidor da integridade da vítima e que, sendo possível, deveria ter agido para evitar a tortura contra ela, mas não o fez.

Resposta: D

10.

(VUNESP – PC/CE – 2015)

O crime de tortura (Lei no 9.455/97) tem pena aumentada de um sexto até um terço se for praticado a) ininterruptamente, por período superior a 24 h.

b) em concurso de pessoas c) por motivos políticos. d) contra mulher

e) por agente público.

RESOLUÇÃO:

Vamos conferir as causas de aumento para os crimes de tortura?

Art. 1º (...) § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: I - se o crime é cometido por agente público;

II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; III - se o crime é cometido mediante seqüestro.

Dentre as alternativas, a única que representa uma causa de aumento de pena é a e). Resposta: E

11.

(VUNESP – PC/SP – 2014)

Marlene, na qualidade de cuidadora de dona Ana Rosa, uma senhora de 77 anos de idade e que necessita de cuidados especiais, foi filmada, por câmeras colocadas no quarto da idosa, causando-lhe sofrimento físico durante vários dias, consistindo em puxões de cabelo, beliscões, arranhões, tapas e outras barbáries. Havendo condenação por crime de tortura, é correto afirmar que Marlene

a) terá sua pena aumentada de um sexto até um terço.

b) durante a execução da pena poderá ser beneficiada pelo instituto da graça.

c) durante a execução da pena poderá ser beneficiada, apenas, pelo instituto da anistia

d) poderá, nos termos da sentença condenatória, iniciar o cumprimento da pena no regime semiaberto. e) estará sujeita à pena máxima de seis anos de detenção.

RESOLUÇÃO:

a) CORRETA. Como a vítima possui 77 anos à epoca dos fatos, incidirá a causa de aumento de pena de um sexto a um terço:

Art. 1º, § 4º: Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: I - se o crime é cometido por agente público;

II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;

b) INCORRETA e c) INCORRETA. A prática da tortura é crime insuscetível de graça ou anistia:

§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

d) CORRETA. A Lei de Tortura (Lei 9455/97) determina o início do cumprimento da pena no regime fechado:

Art. 1º (...) § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

No entanto, no HC 111.840/SP, o STF declarou a inconstitucionalidade do disposto no art. 2º, §1 da Lei 8072/90, que atinge os crimes de tortura: "É inconstitucional a fixação ex lege, com base no artigo 2º, parágrafo 1º, da Lei

8.072/1990, do regime inicial fechado, devendo o julgador, quando da condenação, ater-se aos parâmetros previstos no artigo 33 do Código Penal".

Sendo assim, é plenamente possível que o condenado pela prática do crime de tortura inicie o cumprimento da pena em regime semiaberto.

e) INCORRETA. O crime de tortura-castigo cometido por Marlene está sujeito à pena máxima de oito anos de reclusão:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

12.

(VUNESP – AGEPEN/ES – 2013)

Analise as assertivas a seguir:

I. constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda;

II. submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo;

III. constranger alguém com emprego de grave ameaça, causando-lhe sofrimento mental em razão de discriminação religiosa.

À luz da Lei n.º 9.455/97, constitui crime de tortura o que se afirma em a) I e III, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) I, II e III. e) II e III, apenas. RESOLUÇÃO:

Vamos analisar cada uma das condutas descritas pelos itens:

I. constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda → INCORRETA. A conduta descrita é tipificada como crime constrangimento ilegal, previsto no Código Penal:

Constrangimento ilegal

Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

II. submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo → CORRETA. Temos, aqui, o crime de tortura-castigo:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

III. constranger alguém com emprego de grave ameaça, causando-lhe sofrimento mental em razão de discriminação religiosa → CORRETA. Temos, aqui, o crime de tortura-discriminação:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

c) em razão de discriminação racial ou religiosa; Pena - reclusão, de dois a oito anos.

Resposta: E

13.

(FUNIVERSA – AGEPEN/DF – 2015)

No que diz respeito à legislação penal extravagante, segundo entendimento do STJ e do STF, julgue o item. Pratica crime de tortura o agente que expõe a perigo a saúde de pessoa sob sua autoridade, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, sujeitando-a a trabalho excessivo ou abusando de meios de correção ou disciplina.

RESOLUÇÃO:

Item incorreto, pois a assertiva faz referência ao crime de maus tratos, constante no Código Penal:

Maus-tratos Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação,

ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina:

Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa.

Resposta: E

14.

(FUNIVERSA – AGEPEN/DF – 2015)

Tendo como referência a legislação penal extravagante e a jurisprudência das súmulas dos tribunais superiores, julgue o item que se segue.

A condenação pela prática de crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para o seu exercício por prazo igual ao da pena aplicada.

RESOLUÇÃO:

Item incorreto, pois a prática de tortura resulta na perda do cargo, função ou emprego público, bem como na interdição para o seu exercício pelo DOBRO do prazo da pena aplicada:

Art. 1º (...) § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

Resposta: E

15.

(FUNIVERSA – SEJUS/DF – 2010)

Policial federal, na sua atividade legal, descobre que criminoso de alcunha Galego participara de assalto à Casa da Moeda, ocasião em que foram roubados seiscentos milhões de reais. De posse dessa informação, o agente da lei sequestra o bandido e passa a aplicar-lhe afogamento e choques, desfere-lhe tapas e pontapés, com a finalidade de obter informações sobre onde escondera o dinheiro. Após conseguir tais informações, franqueia a liberdade a Galego. Pelos crimes cometidos, a pena a ser aplicada a esse policial

a) corresponde à somatória da pena do crime de tortura mais a majorante do sequestro, acrescida da pena do sequestro do Código Penal.

b) é a da tortura, com a majorante do sequestro. c) é a do sequestro, com a majorante da tortura.

d) é a da tortura, com a majorante do sequestro, acrescida da metade.

e) é a da tortura, com a majorante do sequestro qualificado, acrescida, em todo caso, de dois terços.

RESOLUÇÃO:

Primeiramente, é interessante percebermos que a conduta do policial se amolda ao crime de tortura-prova:

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

O fato de Galego ter tido a sua liberdade franqueada pelo policial faz com que as penas do crime de tortura sejam majoradas de um sexto a um terço, já que o sequestro é uma das causas de aumento para os crimes de tortura:

Art. 1º (...) § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: I - se o crime é cometido por agente público;

II - se o crime é cometido contra criança, gestante, deficiente e adolescente;

II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; III - se o crime é cometido mediante seqüestro.

Resposta: B

16.

(FUNIVERSA – SEJUS/DF – 2010)

Se, da prática de crime de tortura, resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é a) de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

b) de reclusão de três a doze anos; se resulta morte, a reclusão é de doze a trinta anos.

c) a prevista para o crime de tortura, além da pena prevista para a lesão corporal ou o homicídio. d) de reclusão de dez a quinze anos; se resulta morte, a reclusão é de vinte a vinte e cinco anos. e) de reclusão de oito a dezesseis anos; se resulta morte, a reclusão é de doze a trinta anos.

RESOLUÇÃO:

A Lei nº 9.455/97 estabeleceu dois resultados que aumentam a pena prevista em abstrato para o crime de tortura, tornando-a mais grave que a modalidade simples:

Art. 1º (...) § 3º Se resulta lesão corporal de natureza GRAVE ou GRAVÍSSIMA, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta MORTE, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

Dessa maneira, nosso gabarito é a alternativa ‘a’. Resposta: A

17.

(IADES – SEAP/GO – 2019)

A respeito da Lei nº 9.455/1997, assinale a alternativa correta.

a) A consumação se dá com o emprego de meios violentos, ocasionando sofrimento físico ou mental, englobando, inclusive, o mero aborrecimento, o qual é apto a configurar o crime de tortura.

b) A tortura-castigo exige uma relação de guarda, poder ou autoridade entre o sujeito ativo e o passivo.

c) A diferenciação entre a tortura e os maus-tratos é o elemento subjetivo. No crime de maus-tratos, não há o animus corrigendi, disciplinandi, já no crime de tortura, o agente tem esse ânimo, além de agir com ódio, com vontade de ver um sofrimento desnecessário, com sadismo

d) O objeto jurídico tutelado pela norma penal no crime de tortura é apenas a integridade corporal e a saúde física. e) O dolo específico não constitui elementar fundamental para a configuração das modalidades do crime de tortura previstas no art. 1º da Lei nº 9.455/199.

RESOLUÇÃO:

(a) INCORRETA. Sofrimento físico ou mental não engloba, obviamente, o mero aborrecimento.

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento

físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Pena – reclusão, de dois a oito anos.

§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

(b) CORRETA. O crime de tortura-castigo (art. 1º, II) é próprio, exigindo condição especial do:

Sujeito ativo: só pode ser autor desse crime aquele que tiver a guarda da vítima ou exercer sobre ela algum tipo de poder ou autoridade, momentâneo ou permanente.

Sujeito passivo: por outro lado, só pode ser vítima aquele que está sob a guarda, poder ou autoridade do sujeito ativo!

(c) INCORRETA. O dolo específico do crime de tortura-castigo é o animus corrigendi – vontade de aplicar castigo ou medida preventiva!

Dessa forma, não responderá pelo crime de tortura-castigo o pai que, por sadismo, submete o filho a intenso sofrimento físico mediante o uso de violência.

(d) INCORRETA. O bem jurídico protegido pelo crime de tortura é a integridade corporal e a saúde física e psicológica das pessoas.

(e) INCORRETA. Os crimes de tortura do art. 1º, II exigem, para a sua configuração, a presença de dolo específico: a) Tortura para obtenção de informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa

b) Tortura para a prática de crime c) Tortura-discriminação

Resposta: B

18.

(FEPESE – AGEPEN/SC – 2018)

Analise as afirmativas abaixo com fundamento na Lei n° 9.455, de 7 de abril de 1977, que define os crimes de tortura e dá outras providências.

1. Aumenta-se a pena do crime de tortura de um sexto até um terço se o crime é cometido mediante sequestro. 2. A pena para o crime de tortura, quando resulta morte, é de reclusão de oito a doze anos.

3. O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

4. O condenado por crime de tortura, quando resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. a) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.

b) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4. c) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4. d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4. e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

RESOLUÇÃO:

Vem analisar comigo cada uma das assertivas?

1. Aumenta-se a pena do crime de tortura de um sexto até um terço se o crime é cometido mediante sequestro. CORRETA. O aumento de pena será, de fato, de um sexto a um terço nessa circunstância:

2. A pena para o crime de tortura, quando resulta morte, é de reclusão de oito a doze anos.

INCORRETA. A pena para o crime de tortura qualificada pelo resultado morte será de oito a dezesseis anos de reclusão:

Art. 1º, § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

3. O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. CORRETA. Perfeito! Confere aí:

Art. 1º, § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

4. O condenado por crime de tortura, quando resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.

INCORRETA. Amigo/a, a banca deu como correta a assertiva acima, pois considerou a literalidade da Lei de Tortura. Contudo, não se esqueça de que o STF entendeu pela não obrigatoriedade do cumprimento de pena em regime inicialmente fechado.

Art. 1º, § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º tortura imprópria ou omissão], iniciará o

cumprimento da pena em regime fechado.

Afirmativas 1, 3 e 4 corretas → alternativa ‘c’. Resposta: C

19.

(CESPE – PF – 2018)

Tendo como referência a legislação penal extravagante e a jurisprudência das súmulas dos tribunais superiores, julgue o item que se segue.

A condenação pela prática de crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para o seu exercício por prazo igual ao da pena aplicada.

RESOLUÇÃO:

Item incorreto, pois a prática de tortura resulta na perda do cargo, função ou emprego público, bem como na

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