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3 ERGONOMIA INFORMACIONAL

4.2 INTERFACE HUMANO COMPUTADOR (IHC) E A AVALIÇÃO DE

interação do usuário com um aplicativo.

Os projetos onde as recomendações de usabilidade são obedecidas têm maiores chances de serem bem elaborados e estruturados, colaborando para o menor esforço do usuário, ao diminuir, por exemplo, a realização de tarefas repetitivas e ao evitar que este se perca na navegação do sistema.

As recomendações são um importante guia para desenvolvedores de sistemas, para testarem e finalizarem os softwares. Elas podem, e devem ser aplicadas desde o início do projeto, construindo estruturas e layouts que considerem aspectos de bom funcionamento, agradabilidade, facilidade de aprendizado, entre outros fatores. Mas as recomendações também podem ser utilizadas para testar e avaliar os softwares, apontando situações inadequadas e propícias ao erro.

4.2 INTERFACE HUMANO COMPUTADOR (IHC) E A AVALIÇÃO DE USABILIDADE

De acordo com Galitz (2007), Interação Humano-Computador é o estudo, planejamento e design de como as pessoas e computadores trabalham juntos para que as necessidades do usuário sejam satisfeitas da maneira mais eficiente. Galitz (2007) também diz que os projetistas de interface devem considerar uma variedade de fatores: o que a pessoa espera e desejam do sistema, quais as limitações físicas e as habilidades que os usuários possuem como a percepção deles e o processamento de informação do sistema trabalha, e o que as pessoas acham mais agradável e atrativo.

Também devem ser consideradas as características técnicas e as limitações do hardware e do software do computador. A disciplina Interação Humano- Computador (IHC) se preocupa com o design, avaliação e implementação de sistemas computacionais interativos para uso humano e com o estudo dos principais fenômenos ao redor deles (ROCHA; BARANAUSKAS, 2003). Sendo assim, IHC trata do design de sistemas computacionais que tornem as tarefas dos usuários mais fáceis e simples, e que estes possam realizá-las de forma produtiva e segura.

Atualmente a IHC obteve muitos avanços, com a evolução dos dispositivos móveis e com um maior poder de processamento gráfico, logo, possibilita-se que a interação-humano computador seja mais dinâmica.

O estudo do uso humano de computadores tem sido alvo de pesquisa e desenvolvimento que se expandiu de forma significativa nas ultimas décadas, pois o número de pessoas que utilizam computadores vem aumentando, devido a este fato a importância de IHC se torna evidente, pois se preocupa com o design e a usabilidade de sistemas computacionais para que tornem as tarefas dos usuários mais fáceis e simples.

Considera-se IHC importante, pois ela é responsável pela comunicação entre o usuário e o software, a interface deve assumir um papel facilitador no uso do software, permitindo fácil aprendizagem e simples utilização. Entretanto, o que observamos é uma grande quantidade de interfaces confusas, que não possibilitam a fácil aprendizagem, e que não possuem boa funcionalidade, ou seja, interfaces com problemas de usabilidade. Sendo assim são necessários bons métodos para avaliar as interfaces visando evitar ao máximo esses problemas.

Quando o usuário é o centro das atenções na relação humano-computador, a preocupação com o estudo do homem é tão importante quanto o estudo de novas tecnologias, ou seja, os fatores humanos. Perguntas do tipo: Quem é o usuário? Como o usuário interpreta as informações produzidas pelo sistema? São questões fundamentais que devem ser considerados durante um processo de desenvolvimento de interface.

Em meio a os fatores humanos a considerar, os componentes que merecem maior destaque são: a percepção humana, o nível de habilidade do usuário e o comportamento humano. Como o ser humano percebe o mundo através do sistema sensório, o planejamento de uma interface deve considerar, principalmente, os sentidos: visual, táctil e auditivo. Porém estes elementos por si só, não são suficientes, uma vez que cada usuário possui o nível de habilidade e personalidade individual. Estas características terão grandes impactos na saída de informações significativas de uma interface e na resposta eficiente às tarefas promovidas.

Os objetivos do estudo de IHC são o desenvolvimento de sistemas usáveis, seguros e funcionais. Nielsen (1993) denomina estes objetivos como aceitabilidade de um sistema, conforme representado na Figura 13.

Figura 13 - Atributos de aceitabilidade do sistema

Fonte: Adaptado de Nielsen (1993).

O autor define aceitabilidade geral de um sistema como a combinação de sua aceitabilidade social e sua aceitabilidade prática. A aceitabilidade social pode ser exemplificada através dos sistemas atuais de controle de portas de entrada em bancos.

Esses sistemas são utilizados em benefício da sociedade, pois previnem assaltos, porém não são aceitos socialmente pelo fato de que qualquer indivíduo que queria entrar no local tenha que passar por diversas vezes e retornar até que não possua mais nenhum objeto suspeito ao sistema. Já a aceitabilidade prática trata dos tradicionais parâmetros de custo, confiabilidade, compatibilidade com sistemas existentes, entre outros, e também da categoria denominada “Utilidade do Sistema”, que se refere ao sistema poder ser utilizado para alcançar um determinado objetivo, sendo esta categoria uma combinação de duas outras, a saber:

Utilidade (usefulness): verifica se a funcionalidade do sistema está de acordo com o seu objetivo, como se um software de pesquisa está realmente auxiliando seus usuários ou não;

Usabilidade: visa verificar o quanto o usuário pode utilizar a funcionalidade definida, sendo este o conceito principal em IHC. A usabilidade está relacionada com:

 Facilidade de aprendizado e memória  Eficiência para uso;

 Diminuição de erros;  Satisfação subjetiva.

Atualmente as interfaces humano-computador são projetadas com base em estudos, visando principalmente fatores humanos, a fim de desenvolver interfaces adaptáveis às necessidades de cada usuário, pois cada um possui uma maneira individual de aprender.