INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS
2. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As demonstrações financeiras da Sede são agregadas com as das Sucursais, o que representa a sua atividade
2.2. Adoção de normas (novas ou revistas) emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (IASB) e interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretation Commitee”
(IFRIC), conforme adotadas pela União Europeia
No decorrer do primeiro semestre de 2012 a Caixa adotou na preparação das suas demonstrações financeiras a seguinte norma emitida pelo IASB e endossada pela União Europeia, com aplicação em exercícios económicos iniciados em ou após 1 de janeiro de 2012:
‐ IFRS 7 – “Instrumentos financeiros: Divulgações” (Emendada) – As alterações efetuadas ao normativo introduzem clarificações quanto à natureza e extensão das divulgações efetuadas no âmbito da exposição a instrumentos financeiros. Adicionalmente, pretendem melhorar a qualidade das divulgações referentes a operações de transferência de ativos financeiros como são exemplo as operações de securitização. As alterações ao normativo são de aplicação obrigatória para exercícios económicos iniciados em ou após 1 de julho de 2011.
Adicionalmente, até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, foram ainda emitidas as seguintes
normas e interpretações, ainda não endossadas pela União Europeia:
‐ IFRS 9 – “Instrumentos financeiros” – Este normativo representa a primeira fase do processo
de alterações em curso ao IAS 39 – “Instrumentos financeiros: Classificação e mensuração” e IFRS 7 – “Instrumentos financeiros: Divulgações”. O texto do novo normativo introduz alterações aos atuais critérios de classificação e mensuração de ativos financeiros, sendo de destacar:
Classificação e mensuração de ativos financeiros
a) Os instrumentos de dívida que sejam detidos com o objetivo de recebimento dos fluxos contratuais (não sendo como tal geridos em função de variações do seu justo valor), sendo esses fluxos representativos somente de pagamentos de capital e juros sobre o montante do investimento inicial, deverão ser mensurados pelo seu custo amortizado. Os instrumentos de dívida não enquadráveis nestas características deverão ser mensurados pelo seu justo valor por contrapartida de resultados do exercício;
b) Os instrumentos de capital deverão ser mensurados ao justo valor por contrapartida de resultados, encontrando‐se disponível uma opção para designação irrevogável destes instrumentos que não sejam detidos para negociação, no momento do seu reconhecimento inicial, para mensuração ao justo valor por contrapartida de capitais próprios. A utilização desta opção determina que as posteriores valorizações do instrumento (incluindo valias realizadas nas vendas mas excluindo dividendos recebidos) sejam integralmente reconhecidos por contrapartida de uma rubrica de reservas;
c) O enquadramento da classificação e mensuração de ativos financeiros com derivados embutidos deverá ser efetuado considerado a totalidade das características do
instrumento, deixando de ser possível proceder à separação do derivado e do contrato de acolhimento;
d) Encontra‐se igualmente disponível uma opção de valorização ao justo valor por contrapartida de resultados para instrumentos de dívida enquadráveis na categoria de valorização ao custo amortizado, desde que em resultado desta alteração se reduza de forma significativa uma inconsistência contabilística que de outro modo subsistiria; e) Sendo de aplicação retrospetiva, deverão, no entanto, ser considerados no âmbito da
classificação e mensuração dos ativos financeiros de acordo com os novos requisitos do IFRS 9, os factos e circunstâncias em vigor na data da primeira aplicação (independentemente das circunstâncias e objetivos considerados na data do reconhecimento inicial dos ativos que permaneçam em balanço na data de referência para adoção da norma).
Requisitos de contabilização de passivos financeiros
f) Relativamente a passivos financeiros designados na opção de mensuração pelo seu justo valor, a componente associada a alterações no risco de crédito próprio deverá ser registada por contrapartida de reservas, sendo o remanescente desta valorização reconhecida por contrapartida de resultados;
g) Instrumentos financeiros derivados passivos cuja liquidação seja feita sob a forma de entrega de instrumentos de capital não cotados e cujo justo valor não possa ser mensurado de forma fiável, deverão, aida assim, ser mensurados ao justo valor.
A adoção desta norma é de aplicação obrigatória para exercícios económicos iniciados em ou após 1 de janeiro de 2015.
‐ IFRS 7 – “Instrumentos financeiros: Divulgações” (emendada). O texto do novo normativo é modificado de forma a incluir divulgações específicas a apresentar no exercicio de adoção da IFRS 9, com o objetivo de permitir aos utilizadores das demonstrações financeiras a reconciliação entre as categorias e linhas de balanço apresentadas em conformidade com os requisitos da IAS 39, e as novas categorias e linhas de balanço apresentadas de acordo com as disposições do novo normativo.
‐ IFRS 13 – “Mensuração ao justo valor” – A IFRS 13 estabelece um quadro transversal a aplicar à
mensuração inicial e subsequente de um ativo ou passivo ao justo valor, sempre que esta mensuração seja requerida por outro normativo. Vem igualmente definir o enquadramento das divulgações a prestar relativas a ativos e passivos mensurados ao justo valor. Este normativo é de aplicação obrigatória para exercícios económicos iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013, sendo permitida a adoção antecipada.
‐ IAS 19 – “Benefícios a empregados” (emendada) ‐ A revisão do texto do normativo, elimina o
método do corredor obrigando as entidades a reconhecer as variações ocorridas nos ativos do fundo e nas responsabilidades com planos de benefício definido, no periodo a que se referem. O texto revisto da norma é de aplicação obrigatória para exercícios económicos iniciados em
‐ “The Package of five”
Em maio de 2011 o IASB emitiu um conjunto de cinco normas relativas aos elementos a observar no âmbito da preparação de demonstrações financeiras consolidadas e ao tratamento de operações entre empreendedores. Desta forma foram emitidas emendas à IAS 27 – “Demonstrações financeiras consolidadas e separadas” e 28 – “Investimentos em associadas” assim como os novos normativos IFRS 10 ‐ “Demonstrações financeiras Consolidadas”, IFRS 11 – “Empreendimentos conjuntos” e IFRS 12 – “Divulgações de interesses em outras entidades”. Cada um destes normativos é de aplicação obrigatória para exercícios económicos iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013, sendo permitida a adoção antecipada. A adoção antecipada de um dos normativos que integram o “Package of five” torna‐se extensiva aos restantes.
IFRS 10 – “Demonstrações financeiras consolidadas” e IAS 27 – “Demonstrações financeiras separadas” (Emendada) – A IFRS 10 revoga a SIC ‐ 12 “Consolidação – Entidades com finalidade especial” e baseia‐se no texto da IAS 27 em matérias respeitantes ao âmbito de aplicação e critérios de preparação de demonstrações financeiras consolidadas. O novo normativo estabelece os princípios para apresentação e preparação de demonstrações financeiras consolidadas quando uma entidade controla uma ou mais entidades. A definição de controlo é estabelecida como base única de consolidação, existindo controlo sempre que uma entidade esteja exposta ou tenha direito aos rendimentos variáveis de uma entidade, tendo, adicionalmente, a capacidade de influenciar esses mesmos rendimentos. A IAS 27 (Emendada) retém apenas a contabilização e os requisitos de divulgação aplicáveis à preparação de demonstrações financeiras individuais.
IFRS 11 – “Empreendimentos conjuntos” – O IFRS 11 revoga e substitui a IAS 31 – “Interesses em empreendimentos conjuntos” e a SIC ‐ 13 ‐ “Entidades conjuntamente controladas – contribuições não monetárias por empreendedores”. O novo normativo vem estabelecer os critérios para a identificação, classificação e tratamento contabilístico de empreendimentos conjuntos, com base nos direitos e obrigações que as partes envolvidas detêm na transação.
IAS 28 – “Investimentos em associadas” (Emendada) – O texto emendado da IAS 28
regula a contabilização de investimentos em associadas e estabelece os requisitos para aplicação do método de equivalência patrimonial na contabilização de investimentos em associadas e joint ventures, sendo aplicável a entidades com controlo conjunto ou influência significativa sobre outras.
IFRS 12 – “Divulgações de interesses em outras entidades” – Este normativo estabelece os requisitos de divulgação relativos a investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos, com o objetivo de permitir avaliar a natureza e riscos que as participações detidas nestas entidades representam para a posição financeira, “performance” e fluxos de caixa da entidade investidora.
Em junho de 2012, o IASB publicou um documento que pretende clarificar aspetos relativos ao guidance de adoção dos IFRS 10 ‐“Demonstrações financeiras consolidadas”, IFRS 11‐ “Empreendimentos conjuntos” e IFRS 12 “Divulgações de interesses em outras entidades”, e que introduz emendas ao texto dos referidos normativos.
‐ “Annual Improvements to IFRS 2009‐2011 Cycle”
O documento publicado pelo IASB em Maio de 2012 pretende fazer um conjunto de emendas
aos normativos IFRS 1 – “Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro”, IAS 1 – “Apresentação das demonstrações financeiras”, IAS 16 – “Ativos fixos tangíveis”, IAS 32 – “Instrumentos financeiros: Apresentação”, e IAS 34 – “Relato financeiro intercalar”. As emendas emitidas são de aplicação retrospectiva e obrigatória para periodos económicos iniciados em ou após 1 de janeiro de 2013, sendo permitida a sua aplicação antecipada. São de destacar as seguintes emendas:
IAS 1 – “Apresentação das demonstrações financeiras”(Emendada): As emendas introduzidas ao texto do normativo pretendem clarificar que a apresentação de informação comparativa é obrigatória apenas na extensão dos requisitos mínimos estipulados por este normativo. O texto alterado clarifica ainda que em caso de alteração retrospetiva de políticas contabilísticas ou reclassificações efectuadas pela entidade, a apresentação de um saldo de abertura do periodo comparativo à demonstração da posição financeira é mandatória apenas quando as alterações efectuadas tenham um impacto material nas demonstrações financeiras. A IAS 1 emendada não prevê a obrigatoriedade de apresentação de notas explicativas ao saldo de abertura do periodo comparativo.
IAS 32 – “Instrumentos Financeiros: Apresentação”(Emendada): A emenda emitida define que o montante de imposto calculado sobre a distribuição de rendimentos de instrumentos de capital e custos de transação deverá ser registado em conformidade com os requisitos da IAS 12 – “ Imposto sobre o rendimento”.
IAS 34 – “Relato financeiro intercalar”(Emendada): As principais alterações introduzidas pelo normativo emendado, dizem respeito ao relato por segmentos no contexto do reporte financeiro intercalar, nomeadamente ao requisito de divulgação separada dos activos e passivos totais por segmento reportável, sempre que esta informação seja providenciada regularmente ao orgão de gestão e haja alterações significativas aos montantes apresentados no último reporte anual.
Apesar de não se encontrar ainda disponível uma avaliação do impacto da adoção das normas e interpretações acima referidas na preparação das demonstrações financeiras individuais da Caixa, o Conselho de Administração entende que a sua aplicação não apresentará um impacto materialmente relevante para as mesmas.
2.3. Alteração de política contabilística – IAS 19 – Ganhos e perdas atuariais associados a