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Capítulo IV Intervenção Pedagógica em contexto do 1.º Ciclo do Ensino Básico

4.5 Intervenção com a Comunidade Educativa

De acordo com Zabalza (2001), deve de existir uma colaboração entre a escola e a família, sendo que a instituição deve permitir essa intervenção tanto em atividades dentro como fora da escola.

Durante o estágio foi-nos proposto a elaboração de uma atividade que envolvesse a comunidade educativa. Assim sendo foram desenvolvidas quatro atividades com a mesma, no entanto serão apresentadas somente duas, enquanto as outras duas poderão ser vistas nos apêndices presentes no CD- ROM.

Visita de estudo aos Bombeiros Voluntários

Durante uma conversa com a professora titular da turma, falou-se que seria interessante organizar uma visita de estudo com o grupo. Dado que no início do ano letivo as crianças tinham feito referência à profissão que gostavam de ter no futuro, e que na sua grande maioria desejavam ser bombeiros, achou-se por bem levá-los a conhecer melhor essa profissão. Assim, após serem tratadas todas as burocracias necessárias a uma visita com crianças, iniciou-se a organização da mesma.

No primeiro dia falou-se da visita aos Bombeiros Voluntários da Madeira, explicando o porquê da sua realização.

Neste sentido elaborou-se um cartaz, que iria conter as três fases de uma saída de campo, ou seja, a pré-saída, a saída e a pós-saída, aproveitando o momento para clarificar os três conceitos. Para a realização da primeira parte do cartaz foram feitas algumas questões pertinentes, que iriam constar no mesmo, para que os alunos exprimissem o que esperavam encontrar, bem como as suas expetativas para aquele dia. Aproveitou-se também para dar algumas orientações em relação aos comportamentos a ter durante a visita.

No segundo dia deu-se a visita. A saída da escola foi às 8:30h para chegarmos aos bombeiros por volta das 9:00h. Correu tudo como previsto, exceto o facto de um menino ter entrado em pânico ao entrar no autocarro o que o impossibilitou de realizar a visita. Ao chegarmos ao quartel fomos recebidos por um bombeiro que nos guiou a uma sala para a visualização de alguns vídeos sobre comportamentos corretos a ter durante um incêndio ou terramoto de terra, bem como diversas explicações sobre o que era ser bombeiro, mantendo assim um diálogo com todas as crianças. Posteriormente visitámos as instalações, como por exemplo os dormitórios, o ginásio onde treinavam, a cozinha, entre outros lugares. Seguiu-se um lanche na cantina onde os bombeiros por norma faziam as suas refeições. No fim deu-se início à parte mais divertida para as crianças, de acordo com as observações das mesmas, que foi visitar os carros, as ambulâncias, experimentar

Durante a aula fiz algumas perguntas aos alunos, sobre a visita que se vai realizar amanhã: “quais são as vossas expetativas para o dia de amanhã?” e “O que esperam ver ou encontrar, no sítio onde trabalham os bombeiros?”.

Diário de Bordo, 1 de dezembro de 2014

Durante a explicação foi mencionado que iríamos visitar uma instituição de bombeiros, dado que muitos meninos queriam ser um quando fossem grandes. A reação do grupo foi muito positiva.

os fatos e capacetes, descer num ferro, observar as paredes de escalada onde eram realizados treinos e por fim observar dois carros que já estavam fora de uso e que antigamente tinham servido de apoio aos bombeiros.

Figura 19 – Alguns momentos da visita aos Bombeiros Voluntários

Após a visita, os alunos realizaram o desenho da parte que mais gostaram, destacando-se a descida nos ferros e a visualização dos carros.

Por fim, no terceiro dia, finalizou-se o cartaz da visita com as respostas a algumas questões realizadas como “O que é que gostaram mais na visita?”, “existiu alguma coisa de que não gostassem?” e “o que aprenderam de novo?”. Feitos os registos das respostas, o cartaz foi exposto na sala.

o Concluindo…

Esta foi uma visita em que obtivemos tanto o apoio dos bombeiros por nos receber tão bem, como dos horários do funchal que se disponibilizaram prontamente ao pedido efetuado. A ida à instituição referida, tornou-se numa experiência agradável a todos os alunos, pois ficaram extremamente contentes e fascinados com tudo em seu redor. Serviu também para ficarem alerta às várias situações de perigo que podem surgir no nosso dia- a-dia, através da pequena palestra que existiu no início da visita, para se manterem em segurança.

Por fim pode-se mencionar que a visita terminou mais cedo que o previsto e como tal, em conjunto com as professoras que nos acompanharam, foi decidido ir até ao Mercado no centro do Funchal, uma vez que, muitas crianças nunca lá tinham ido. É caso para dizer que foi uma manhã em grande, que serviu para enriquecer os conhecimentos de todo grupo.

Cd´s de Natal

Chegada a época de Natal, achou-se por bem criar uma árvore de Natal diferente, ou seja, feita de Cd’s.

Dando início a esta proposta, começou-se por tirar uma foto a cada um dos alunos, com um chapéu de Pai Natal na cabeça, para que posteriormente, em tamanho reduzido pudéssemos cortá-las e colá-las no centro de cada CD, de forma a tapar o furo.

Figura 20 – Cd’s com as fotos da turma

No seguimento desta ideia e como era necessário criar uma atividade com a comunidade envolvente, cada criança levou o seu CD para casa, identificado com a sua foto e em conjunto com os seus pais e demais família enfeitaram os mesmos. O único critério existente era elaborá-lo com o máximo de criatividade, e a verdade é que se obteve Cd’s muito bem enfeitados e com muita imaginação.

Figura 21 – Exemplos de enfeites nos Cd’s

Os alunos tiveram duas semanas para a realização deste trabalho, pois muitos diziam que não tinham tintas, nem materiais para enfeitar, ao qual era respondido para eles inventarem. Deu para entender que se não estimularmos a criatividade das crianças, elas deixam-se ficar, arranjando desculpas para não fazerem o que lhes é pedido. Mas no final observou-se grandes trabalhos, como se pode visualizar nas fotos acima, acabando por ficar uma árvore de Natal lindíssima.

Para a exposição da árvore, nos corredores da escola, foi criado, em cartolina, um vaso, para servir de base à nossa árvore. Esta construção foi realizada em papel cenário.

o Concluindo…

Apesar de ter existido alguma resistência inicial por parte dos alunos e também dos seus pais, que insistiam em declarar que não tinham materiais para enfeitar, no final acabou por ficar um trabalho muito criativo. Por fim pôde-se concluir que inicialmente existia alguma falta de vontade em realizar este trabalho, pois quando se aperceberam que podiam criar Cd’s fantásticos com materiais tão simples, o resultado foi muito bom. Acabei mesmo por ficar surpreendida com a utilização de alguns recursos materiais, como aparas, bocadinhos de rolhas e ainda as bolinhas que ficam dentro do furador.